18 de novembro de 2009

Um hino para Pombal



Depois daquele rasgo que tiveram os funcionários da Câmara de Portimão, aqui há dias, bem que Pombal poderia ser notícia, também. Bastava que os futuros funcionários adoptassem para hino esta pérola de Sérgio Godinho. Sem perder de vista que nunca devemos vestir demasiado uma camisola. Um dia ela pode ir à lavagem, encolhe, e aí ficará um bocado ridícula. Tenho assistido a vários exemplos desses, ultimamente, numa Câmara conhecida.

10 comentários:

  1. Dizes bem Paulinha. Quando se esta a trabalhar numa Autarquia não devemos vestir muito a camisola porque senão se mudar a cor, depois é que são o cabo dos trabalhos.

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  2. No caso da CMP, a perseguição ainda é pior, nem é preciso ter cartão de outra cor, basta ser amigo ou familiar de alguem ligado á oposição.

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  3. É sinal que é uma Câmara conservadora... apreciam as linhagens.

    Era para isso que servia a Inquisição.

    Querem ver que vamos ter a Monarquia de Pombal?

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  4. Bem pelo contrário ..., bem pelo contrário ...,

    Em qualquer circunstância o funcionário deve despir a camisola do partido e ter sempre bem colada à pele a camisola do serviço público. È disso que falamos, não é? Facilmente se esquecem da igualdade de oportunidades e da diferenciação pelo mérito!

    A canção do Sérgio Godinho tem toda a acuidade. Mas aqui os meus vizinhos de Portimão padecem exactamente do mesmo problema. A maioria dos que aparecem nesse vídeo chegou lá, talvez, nessas mesmas circunstâncias. Lembram-se da história dos apartamentos para o Portimonense? Os Rosas estão nessa Câmara desde as primeiras autárquicas e, aqui na minha cidade de residência, em 8 anos de poder quase duplicaram o quadro de pessoal e criaram empresas municipais onde colocaram bastantes mais.

    Estamos perante uma pandemia mais alarmante que a gripe A.

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  5. Paula:
    TEM PACIÊNCIA MAS ESSA AFIRMAÇÃO ACHO QUE É DEMASIADA OFENSIVA para todos os funcionários das Câmaras do País (então comigo, já sabes...quem não se sente não é filho de boa gente).
    Então achas que se o poder for PSD e o funcionário for PS, este deve desempenhar um mau papel por ter outra cor partidária ou criar dificuldades ao serviço??? Por amor de Deus… Nós só devemos ter uma cor: a cor da Imparcialidade, da responsabilidade e do profissionalismo.
    Para que fiques a saber, o meu concurso público CMP baseou-se nisto:
    Segue aqui a carta ética com os Dez princípios éticos da Administração Pública:

    CARTA ÉTICA
    Dez princípios éticos da Administração Pública
    AdminiLegis

    • PRINCÍPIO DO SERVIÇO PÚBLICO
    Os funcionários encontram-se ao serviço exclusivo da comunidade e dos cidadãos, prevalecendo sempre o interesse público sobre os interesses particulares ou de grupo
    • PRINCÍPIO DA LEGALIDADE
    Os funcionários actuam em conformidade com os princípios constitucionais e de acordo com a lei e o direito
    • PRINCÍPIO DA JUSTIÇA E DA IMPARCIALIDADE
    Os funcionários, no exercício da sua actividade, devem tratar de forma justa e imparcial todos os cidadãos, actuando segundo rigorosos princípios de neutralidade.
    • PRINCÍPIO DA IGUALDADE
    Os funcionários não podem beneficiar ou prejudicar qualquer cidadão em função da sua ascendência, sexo, raça, língua, convicções políticas. ideológicas ou religiosas, situação económica ou condição social
    • PRINCÍPIO DA PROPORCIONALIDADE
    Os funcionários, no exercício da sua actividade só podem exigir ao cidadão o indispensável á realização da actividade administrativa

    • PRINCÍPIO DA COLABORAÇÃO E DA BOA FÉ
    Os funcionários, no exercício da sua actividade, devem colaborar com os cidadãos, segundo o principio da boa fé, tendo em vista a realização do interesse da comunidade e fomentar a sua participação na realização da actividade administrativa
    • PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO E DA QUALIDADE
    Os funcionários devem prestar informações e/ou esclarecimentos de forma clara, simples, cortez e rápida
    • PRINCÍPIO DA LEALDADE
    Os funcionários no exercício da sua actividade, devem agir de forma leal, solidária e cooperante
    • PRINCÍPIO DA INTEGRIDADE
    Os funcionários regem-se segundo critérios de honestidade pessoal e de integridade de carácter
    • PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA E RESPONSABILIDADE
    Os funcionários agem de forma responsável e competente, dedicada e crítica, empenhando-se na valorização profissional.


    Presidência do Conselho de Ministros
    Gabinete do Secretário de Estado da Administração Publica
    Secretariado para a Modernização Administrativa

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  6. Ferro, acredito que esta carapuça não te serve. Mas atitudes dessas, são como as bruxas: que as há, há. Podes até concordar com o polvo que se instalou nas relações de empregabilidade que caracterizam a Câmara. Mas eu tenho o direito de continuar a achar indecoroso que o sobrinho do primo da tia do cunhado da nora do filho sejam admitidos por princípios que nada têm a ver com essa carta, muito menos com critérios de transparência. É isso que me faz impressão. Nesssa Câmara como noutra qualquer, seja lá de que partido for. Em Leiria, onde houve recentemente uma mudança, é interessante ver o desconforto dos que se comprometeram até à medula com outros poderes. É disso que eu estou a falar.

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  7. Paula Sofia, como sabe eu pude apreciar a mudança PS (Armindo Carolino) para PSD (Narciso Mota) na nossa Câmara. Pode crer que há de tudo. Gente que é olhada pelo recém chegado com desconfiança porque serviu lealmente o anterior senhor; gente que tenta deliberadamente enrascar o poder emergente; gente que aproveita para subrepticiamente e lisonjeiramente ir ocupando posições de destaque com o novo Patrão. Mas há gente honesta que não abdica da sua ideologia e continua a servir lealmente o interesse público. Que me perdoe a modéstia do Antigo Chefe da Repartição Administrativa, Sr. Matias, mas há coisas que mesmo que pareçam gratuitas dignificam os intervenientes. O Sr. Matias serviu lealmente a Câmara sob vários presidentes. Não sei o que ele disse aos outros mas o que ele disse a Narciso Mota, sei muito bem. «Sou comunista e não vou deixar de o ser. Mas pode contar com a minha lealdade.» Posso jurar que foi dos mais desinteressados, coerentes, úteis e imparciais conselheiros de actos administrativos de um recém chegado que nunca teve a humildade de reconhecer que havia muita coisa que não sabia. Quanto às "linhagens" na Câmara, elas existem e, quando os lugares são conseguidos sem protecção (e há mais do que nós pensamos), não vem mal ao mundo por aí. Chato é quando se começam a criar lugares especiais para as pessoas, quando as pessoas é que deviam ser aptas para os lugares criados por verdadeira necessidade dos serviços.
    Há anos que anda comigo esta pergunta: Qual a linhagem que apresentou a emérita Ana Pedro ao Presidente? E o tal de Vilas Verdes veio ao colo de quem? Aí, nas Farpas, onde tanto se sabe, não há ninguém que dê um jeitinho para me esclarecer?
    Saudações.

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  8. Professor, subscrevo quase tudo. E no dia em que soube que a Câmara vai perder outro elemento de craveira (que é o dr. Agostinho Lopes), temo pelo que aí vem. Também me lembro bem do senhor Matias. Mas há-de convir que se o homem fosse do PS...outro galo cantaria. Todos nos lembramos de como o engº Narciso até dizia querer na sua equipa candidatos antigos da CDU como os camaradas Adelino Malho ou Adérito Araújo.

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  9. Também lamento. Tenho muito boa impressão do Dr. Agostinho Lopes. Ainda me lembro dele estagiário mas já muito competente.
    Um abraço

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  10. Quando se defende muito uma camisola só para agradar a outrém (a um "mandador"), ela soa, invariavelmente, a falso. Mudando o mandador, duas hipóteses se colocam:
    1 - O novo "mandador" é uma pessoa "com eles no sitio", e diz oufaz entender: "se foi falso com o outro, é falso por condição, será falso tb para mim, e portanto não me serve". Sera um mandador idóneo, que busca os melhores;
    2 - Ou o novo "mandador" é um incapaz, gosta de lacaios e bufos, e gosta do estilo bajulador do falso que antes tinha a outracamisola vestida até ao tutano. É um mandador ao estilo do que nos vamos habituando, por essse país fora.
    É por predominarem este segundo tipo de "mandadores", que a coerência e a assunção de valores em que se acredita, va dando lugar aos lambe-botas.

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