26 de novembro de 2015

Muito bem





A correcção da rotunda junto ao Caravela está em marcha. Como foram rápidos a reagir e a correcção não envolve grandes custos o Farpas não a contabilizará na rubrica Faz & Desfaz. 
O Farpas é amigo.

25 de novembro de 2015

Que dia é hoje, hã?

"Tu vais conversando, conversando,
 que ao menos agora pode-se falar... ou já não se pode? Ou já começaste a fazer a tua revisãozinha constitucional tamanho familiar, hã? 
Estás desiludido com as promessas de Abril, né? As conquistas de Abril! Eram só paleio a partir do momento que tas começaram a tirar e tu ficaste quietinho, né filho? E tu fizeste como a avestruz, enfiaste a cabeça na areia: não é nada comigo, não é nada comigo, né? E os da frente que se lixem... 
E é por isso que a tua solução é não ver, é não ouvir, é não querer ver, é não querer entender nada, precisas de paz de consciência, não andas aqui a brincar, né filho? Precisas de ter razão, precisas de atirar as culpas para cima de alguém e atiras as culpas para os da frente, para os do 25 de Abril, para os do 28 de Setembro, para os do 11 de Março, para os do 25 de Novembro, para os do... que dia é hoje, hã?"

in FMI, José Mário Branco

Duas constatações importantes: 
1. Em Pombal não se brinca em serviço: de pequenino se aprende o que é um combatente, um herói do Ultramar (explicaram isso aos meninos, não explicaram?)
2. Ainda há cravos vermelhos. São exageradas as notícias sobre a sua morte.


20 de novembro de 2015

Homens bons e Homens maus

Pombal é uma terra de gente boa - boa até demais – constituída por Homens “bons”, meia dúzia de desalinhados - Homens “maus” – e uma grande franja de adormecidos.
Mas será que o Homem “bom” faz, em média, mais bem do que o Homem “mau”? É uma questão que vários filósofos colocaram, e que convém abordar numa terra de gente cada vez mais obediente ao poder e mais temente a Deus. Russel, um Lord de quinta geração, procurou responder a esta dúvida, caracterizando primeiro o Homem “bom” e o Homem “mau”, e, depois, os seus contributos para o bem comum. Segundo ele, “o Homem “bom” não fuma nem bebe, evita linguagem de baixo calão, conversa na presença de homens exactamente o que falaria se houvesse mulheres presentes, vai à igreja com regularidade e tem opiniões correctas sobre todos os assuntos. Tem verdadeiro horror ao mau procedimento e está ciente que é nosso doloroso dever punir o Pecado. Tem horror ainda maior aos pensamentos errados e considera ser responsabilidade das autoridades proteger os jovens contra os que questionam a sabedoria das opiniões aceites, de modo geral, pelos cidadãos de meia-idade bem-sucedidos. Além dos deveres profissionais, aos quais é assíduo, ele dedica muito tempo a trabalhos que visam o bem. Acima de tudo, é claro, a sua “moral”, em sentido limitado, deve ser irrepreensível”. Em síntese: “um Homem “Bom” é aquele cujas opiniões e actividades são agradáveis aos que detêm o poder” e o Homem “mau” é o oposto da descrição anterior.
Para Russel, uma das principais utilidades de ter Homens “bons” nos cargos políticos “é fornecer uma cortina de fumaça para que os outros possam dar continuidade às suas actividades de modo insuspeito” porque a moral estabelecida dita que “um Homem “bom” nunca será suspeito de usar a sua “bondade” para esconder vilões”. Só que, um dos principais problemas é que “os padrões de “bondade” reconhecidos em geral pela opinião pública não são aqueles calculados para fazer o mundo um lugar melhor”. E Pombal não o é seguramente.

19 de novembro de 2015

Arrumador de automóveis

Quase todos os dias, o arrumador de automóveis está presente no parque provisório de estacionamento da avenida do Continente que foi preparado pela Câmara Municipal para a época do último Bodo. Muito zeloso e exigente e pouco polido, o arrumador lá vai ditando as suas regras aos automobilistas, tentando impor a sua ordem no estacionamento de viaturas e discutindo com os “infratores”. Às indicações ou à rudeza do pobre arrumador, respondem alguns automobilistas com agressividade ou estacionando nos acessos, talvez para o contrariarem e para lhe mostrarem que ele não tem autoridade ou com o receio de que se não derem gorjeta sofrerão represálias…
Também não gosto de ver arrumadores a imporem ordem no estacionamento, pois normalmente pretendem uma gratificação de quem não lhes solicitou serviço e, muitas vezes, de quem já está a pagar taxa de estacionamento e danificam as viaturas de quem não paga, o que não é o caso daquele arrumador. Nesta caso, nada justifica prejudicar o estacionamento dos outros cidadãos ou agredir ou ameaçar um miserável arrumador, sobretudo por quem se pretende superior a ele…

18 de novembro de 2015

Faz & Desfaz (III)

A CMP tem dinheiro em excesso e não sabe onde o gastar.

Vai daí, Faz & Desfaz & Faz. E assim, contribui, à sua maneira, para reanimar a economia.

Foto da PombalTV

Obras no Barco

As obras no Barco são como as obras de Santa Engrácia, começaram mas não se sabe como e quando acabam. Pelo meio, incomodam muita gente, e, no final, não é certo resolvam mais problemas do que acrescentam. O desenho das vias, das rotundas e dos acessos são de utilidade muito duvidosa. Não se compreende o exagerado estreitamento das faixas de rodagem (não é por falta de terreno livre) nem a geometria das rotundas e acessos. Reduzem a fluidez do trânsito e aumentam os riscos de acidentes. Pude confirmá-lo, ontem, quando me cruzava com um autocarro de passageiros na rotunda junto ao Caravela. Não colidimos porque (praticamente) parei. O autocarro, quando fazia a curva para sair da rotunda e entrar na via no sentido de Ansião, invadiu a minha faixa de rodagem. Mas desconfio que não tinha grande alternativa.
Corrijam enquanto é tempo.

16 de novembro de 2015

"É como se estivesse no Outeiro e um kamikaze tivesse ativado o cinto no Louriçal"

foto: Reuters

Pela primeira vez nas nossas vidas, conhecemos pessoas que podiam ter morrido num atentado e que, felizmente, sobreviveram. Pela primeira vez nas nossas vidas, conhecemos pessoas que perderam familiares, amigos mais ou menos próximos, num atentado. Pela primeira vez na minha vida, um atentado com kamikazes aconteceu aqui, à porta de casa, a minutos de onde vos escrevo, como se estivesse no Outeiro do Louriçal e um kamikaze tivesse ativado o seu cinto no Louriçal.
Pela segunda vez nas nossas vidas, passámos duas noites difíceis, perturbadas pelas horas passadas a ver em direto os canais de informação e a ler atentivamente o que as pessoas descreviam no Twitter: relatos de mortos, de feridos estendidos no chão, e rumores, vagas contínuas de pânico um pouco por toda a capital.
As primeiras intervenções do Presidente francês não me convenceram, a primeira decisão do PrimeiroMinistro aniquilou-me : hoje, segunda-feira, sabemos que as forças armadas francesas já bombardearam a cidade de Raqqa, na Síria. Outros sinais não auguram também nada de bom: houve desacatos durante uma manifestação anti-migrantes em Pontivy e um movimento de pânico na Praça da República provocado pelo lançamento de petardos. Isto adicionado a algumas teorias da conspiração e/ou informações que saíram e reforçam cada vez mais o que o governo francês tinha iniciado com as suas primeiras tomadas de posição: a divisão.
Se é verdade que, na última sexta-feira, muitos parisienses abriram as suas portas, ajudaram e esconderam as vítimas e reuniram-se na Praça da República, antevê-se o mesmo cenário do início do ano 2015: cada um vai olhar por si e pelos seus, fazer como se nada tivesse ocorrido, fazer pela sua comunidade, pela sua etnia, pela sua religião, pelo seu meio social. Os mesmos jornalistas e políticos polémicos vão inundar as televisões, brincar com o fogo, tentar criar o que os terroristas sempre sonharam: uma guerra civil.
Mas também não somos ingénuos. Sabemos que o fim dos bombardeamentos na Síria não iria tornar as nossas vidas mais seguras, mais pacatas, mas apenas dar «uma razão/um argumento» a menos aos terroristas para nos atacar pois sabemos que é quase impossível desradicalizar quem se radicalizou como é muito complicado tornar menos racista quem já o é.
Não temos, por enquanto, medo de morrer. Mas talvez, sim, medo de ter medo de morrer. Por uma razão injusta, por uma guerra que não apoiamos, uma das muitas guerras que a França trava e travou sem consultar o seu povo previamente. Uma das guerras que faz ironicamente também «viver» o país a nível económico (a França bateu o seu recorde de vendas de armas em junho de 2015) e ocupar um lugar de destaque no cenário mundial (ver a importância do Canal de Suez e do transporte/comércio de petróleo na região.

Mickael Oliveira, Lusodescendente, filho de emigrantes do Outeiro do Louriçal. Mora em Saint Denis, perto do local onde três kamikazes se fizeram explodir.

13 de novembro de 2015

Rezemos pelo padre João Paulo

Eucaristia em honra de São Martinho, presidida pelo pároco da cidade, na Igreja do Cardal. "Rezemos hoje pelo nosso País, pelos nossos políticos e pelo nosso Município", pediu o padre João Paulo.
                                                                                                                           Município de Pombal

12 de novembro de 2015

Medalhas, sintoma de esgotamento

Há muito tempo que a condecoração de personalidades e entidades pelo executivo da CMP, no dia do município, se transformou numa rotina sem grandeza nem brio, que em nada engrandece os distinguidos.
Quando avalias, avalias-te. O lote de distinguidos deste ano confirma o esgotamento do executivo municipal: é incapaz de distinguir alguém. Convenhamos: é difícil encontrar distinção numa vida social dormente, que o poder local moldou à sua maneira. 

Distinguir, repetidamente, personalidades e entidades vulgares e acrescentar à lista funcionários da câmara é de uma confrangedora vulgaridade.

E o po(l)vo, pá?


Esta imagem vale por mil palavras. As comemorações do Dia do Município - que deveriam chamar-se comemorações da paróquia de Pombal/festas de São Martinho - trouxeram ao Teatro-Cine um concerto de Rita Guerra, na véspera de feriado. O concerto era de borla, bastando para isso reservar o bilhete, como sucede, amiúde, nesta terra-amiga. Ora acontece que, horas depois de disponibilizadas as reservas, quem ligou para a linha indicada percebeu que o concerto estava esgotado. Comunicação eficaz? Divulgação massiva? Agora o leitor que retire daqui as suas "inalações" - como dizia um político da região, noutro tempo. 
O polvo que se instalou em Pombal nas últimas décadas conseguiu esta proeza: na Câmara trabalham os tios, os primos, os amigos dos amigos, que encheram (rapidamente) a sala. Na verdade, a avaliar pelas imagens prontamente divulgadas, tratou-se de uma festa privada paga pelo erário público. Ou como canta Rita Guerra: "pormenores sem a mínima importância"...

8 de novembro de 2015

O general no seu labirinto


A revista "Domingo" - que acompanha o inimitável Correio da Manhã - publica na sua edição desta semana um depoimento de Narciso Mota, na secção "a minha guerra". O ex-presidente da Câmara e actual Presidente da Assembleia Municipal de Pombal deixa um testemunho doído sobre o estado da democracia e do país: "lamento que 40 anos depois da Revolução os valores da democracia não sejam aqueles por que lutámos. os partidos políticos imprescindíveis num Estado de Direito Democrático precisam de estadistas competentes e honestos que saibam governar o país sem consentimento da corrupção. Os portugueses devem repudiar e penalizar os compadrios políticos e a gestão danosa com enriquecimento ilícito, as injustiças sociais, a corrupção que enriquece alguns em prejuízo de um todo nacional". 
Lido assim, ninguém diria que teve responsabilidades nos últimos 20 anos, nomeadamente dentro de um partido político.

7 de novembro de 2015

Mercado municipal renovado

O dia 11/11, dia do município, está a chegar para mais umas festas, medalhas e inaugurações. A renovação do mercado municipal está quase concluída para a inauguração prevista e para o funcionamento com novas regras.
Vai terminar o acordo tácito que dura desde há alguns anos entre a ASAE é o Município de Pombal para aquela entidade não fazer fiscalizações no mercado, para não ter de o encerrar. A partir do dia 11/11 próximo, a ASAE poderá aparecer e fiscalizar a qualidade dos produtos alimentares, as licenças, a regularidade fiscal dos vendedores e as condições do local.

Alguns vendedores pretendem desistir da sua atividade, para não terem de cumprir regras. Até agora, ninguém fiscalizou o que comprámos no mercado para comer… 

4 de novembro de 2015

O Ilídio em estilo radical

O Farpas lá vai fazendo “escola”. O presidente Ilídio, de tanto nos ler, já revela um radicalismo inimaginável há uns tempos atrás. 
                    
Utilizo a IC2, todos os dias, ao longo de vinte anos,e ainda não vi crime nenhum. Mas fala quem sabe!
Força presidente Ilídio. Assim, talvez consiga retirar Vermoil do marasmo. Mas cuidado: o S. Pedro contabiliza estes deslizes de linguagem, e, no momento do juízo final, relembra-os. É melhor passar pelo confessionário.

Volte engenheiro. Está perdoado!

Falhada que foi a nossa tentativa de eleger o engenheiro a Presidente, como muitos se recordam, através do M.A.M., está na altura de lançarmos uma petição pelo regresso daquele que, mesmo na sombra, continua a ser o nosso comentador de estimação.
Rodrigues Marques foi acometido de uma súbita timidez, que o impede de publicar, em modo público, na caixa de comentários, as mensagens que tem enviado, todos os dias, a várias horas, para as caixas de e-mail d'os da casa. Sem insultar nem destratar ninguém. É bem verdade que o tempo tudo traz... E tudo leva. Agora que está liberto de todas as responsabilidades político-partidárias e afins que tantos dissabores lhe causaram, o engenheiro terá todo o tempo do mundo para se dedicar à troca de ideias.
Sinta-se em casa, camarada Marques!