30 de janeiro de 2009

Os motores aquecem

Depois de ler "O Correio de Pombal" de ontem fiquei esclarecido: para algumas pessoas é importante qualificar muito negativamente a oposição política que o PS faz. Ainda bem. É sinal que já se percebeu que, em ano de eleições, a mensagem está a passar. Logo, torna-se necessário "matar" o mensageiro.

Go Shopping?

GO! GO! - não nos chamem parvos!

Leio que Pombal vai ter o seu Freeport.
Um investimento de 28 milhões que – único aspecto positivo, para os autores do "estudo de impacto ambiental" agora divulgado no site do Notícias do Centro – vai criar 721 postos de trabalho e permitir uma afluência de mais de 5 milhões de visitantes por ano.
Como é possível acreditar nestes números! Por favor, corrijam lá isso. Os pombalenses não são lorpas. Nem todos o são…

Cinco milhões? Nem em Fátima…

Ainda o GO! Shopping e os tais cinco milhões de visitantes. Estará o autor (ou autores) no seu perfeito juízo quando admitiram uma tal afluência? Haverá alguém, minimamente inteligente, que acredite ser possível atingir uma décima parte – ao menos! – desse fantasioso número? Olhemos aqui para o lado, para Fátima. Que, apesar de toda a promoção global que é feita, com a colaboração de Nossa Senhora, dos Pastorinhos e dos propalados Milagres, não consegue tantos milhões de visitantes.
Desçamos à terra, senhores…

Alfredo Faustino

29 de janeiro de 2009

Os dias da Rádio

No éter pairam novidades. A Rádio Clube tem um novo presidente. Chama-se Rodrigues Marques. Parece que vai ter um novo fôlego. Será isso bom ou mau?

Adenda: A notícia pode ser lida no site da Rádio Clube de Pombal. Diz isto.

GO, GO que se faz tarde

Está em consulta pública o estudo de impacte ambiental do GO Shoping, essa faca de dois gumes que vai cortar a cidade ali perto do Castelo. Pode ser ser consultado na Agência Portuguesa do Ambiente, na Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, na Câmara Municipal de Pombal e na Junta de Freguesia.
Da leitura do documento resultam duas coisas: Vem aí mais emprego. Mas vamos arrasar com o que resta da mata do castelo, que sucumbe a cada dia à falta de uma recuperação digna, como merecia. Como merecíamos. O que o estudo não diz - nem lhe compete, pois que isso deveria ser avaliado por quem aprova e incentiva - é que o avultado investimento que ilusoriamente criará mais de 700 postos de trabalho está condenado ao mesmo destino de todos os centros comerciais de Pombal: um abandono disfarçado a cada loja que fecha, a cada negócio que não resulta. É talvez o preço a pagar pela nossa centralidade, pela proximidade a Leiria e Coimbra, pela peculiar forma de estar e de ser dos pombalenses, sempre a desdenhar o que temos e a valorizar o que é do vizinho. E o problema é que nas últimas décadas faltou o rasgo, o engenho e a arte para contrariar essa tendência. Ainda se ao menos tivéssemos qualidade de vida. Ainda se houvesse um jardim. Um parque. Uma brecha por onde pudessem respirar avós e netos. E nós todos, fartos de escritórios, muros de betão e paredes de vidro. Mas não há. Nem se vislumbra que haja tão depressa, pois que no horizonte está tudo na mesma, como a lesma.
E não aprendemos nada com o Pombal Shoping. Ainda lhe acrescentámos as Galerias do Marquês. E As Jerónimo. Em qualquer um destes o exercício de apreciar a vitalidade do comércio é deprimente. Agora o castelo. Faltava o castelo. Era só o que faltava.

FARC

Ingrid Bettancourt
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia–Exército do Povo (em castelhano Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia–Ejército del Pueblo), esses "facínoras" trataram bem a Ingrid. Decorridos seis meses após a sua libertação, depois de 6 anos e meio de cativeiro, não está nada mal. Não é verdade? Até a apontam como candidata ao Prémio Nobel da Paz ! Soy loco por ti, America!

28 de janeiro de 2009

POMBAL E A CRISE

POMBAL EM CRISE: AS MEDIDAS DE COMBATE À RECESSÃO

“ É preciso que alguma coisa mude, para que tudo fique na mesma...”

Príncipe Giuseppe Tomasi di Lampedusa, em O Leopardo

O conjunto de medidas aprovadas pela Câmara Municipal de Pombal de combate à recessão, anunciadas pelos órgãos de comunicação local, não irão resolver, como é compreendido e aceite pelo próprio executivo camarário, qualquer problema originado pela grave crise económica que actualmente atravessa o nosso país e consequentemente o nosso concelho. Um concelho, como o nosso, onde existem problemas sociais graves, onde o desemprego cresce continuamente, o poder de compra diminui todos os dias, a fome alastra nas famílias de menores (ou nulos) rendimentos, as medidas apregoadas não irão surtir o efeito a que se propõem. Estas medidas, que no dizer do Sr. Presidente, Engº Narciso Mota, pretendem ajudar as familias carenciadas do concelho, não irão ajudar em nada. Medidas como, manutenção das taxas pelo licenciamento de obras particulares e urbanismo, isenção de taxas de licenciamento de reabilitação e recuperação de imóveis, legalização de habitação, arrumos, alpendres, amexos e garagens construídas até o ano 2000, estarão direccionadas para os que mais desesperam com o agravamento das condições de vida ? E a isenção ao jovens até aos 35 anos do pagamento de taxas de licenciamento para a construção de habitação própria, desde que a estimativa orçamental do imóvel, se inclua, no segundo escalão de isenção do Imposto Municipal sobre Imóveis ( IMI ) ? Estas medidas, em matéria de urbanismo, mais parecem que se destinam a revitalizar a construção civil, que propriamente a mitigar os problemas sociais graves que afectam o nosso concelho. Isto é, não me parece, que os incentivos, pois de incentivos se tratam, no âmbito da construção civil, vá de encontro as necessidades mais prementes da poplução mais afectada com a crise. Todavia, o não aumento dos preços do consumo da água e saneamento de sólidos urbanos para o ano de 2009, parece-me correcta, mas nada de extraordinário, tendo em conta os altos preços praticados, e para combate à recessão parece-me pouco. As outras medidas, tais como o fornecimento à população escolar do 1º ciclo do ensino básico de manuais escolares e bonificação dos escalões da componente de apoio à família nas escolas da rede pública, parecem-me perfeitamente normais, com crise ou sem ela. E já agora, a isenção de bilhete nas linhas Pombus, não estão direccionadas sómente para os pombalenses da cidade ? A recessão é um período em que ocorre um grande declínio na taxa de crescimento económico de uma determinada região ou país, e assim sendo, como é, as medidas anunciadas, mais não são que meros paliativos para combater a grave situação social que se vive no país e no concelho. Poder-se-à perguntar, competirá à CMP combater a recessão ? Que poderes e meios terá o Município para de alguma forma combater as crises inerentes ao sistema de uma economia de mercado? Poucas ou nenhumas.As medidas que ora se propõem, como é bom de ver, não irão estimular o emprego, o crescimento e desenvolvimento económico no nosso concelho. Não será essa a intenção da CMP, dirão. Pois não, porque o combate à recessão só se fará, ou não, com José Socrates e seus ministros. Entendo, que estas crises são parte integrante do sistema capitalista, e por isso, por mais medidas que se tomem para que algo mude, tudo ficará na mesma. A não ser que se procurem soluções fora do quadro do liberalismo económico, isto é, que se parta para a construção de uma sociedade de novo tipo, e isso não está nos horizontes do Município, e muito menos do nosso governo.

Mais um falhanço…

O Tribunal de Contas rejeitou um empréstimo da CMP.
Mais um falhanço, a somar a tantos outros. E aonde ninguém esperaria.
Como pode o executivo de uma câmara com grande capacidade de endividamento falhar a aprovação de um empréstimo no Tribunal de Contas? Poder pode, tanto pode que aconteceu.
Parece inexplicável, mas explica-se pela incapacidade de planeamento.

P.S.: Nos últimos anos, o Tribunal de Contas tem-me surpreendido pela positiva. Mérito, concerteza, do seu Presidente, Oliveira Martins, de quem não tinha uma opinião muito favorável.
No meio da desgraça que é o desempenho das entidades que se dedicam à regulação, fiscalização e administração da justiça salvava-se a ASAE e, nos últimos tempos, o Tribunal de Contas.

24 de janeiro de 2009

Parabéns à Vanda e ao Francelino!


Motivado pelo Eco e pelo Correio de Pombal, que deram honras de primeira página aos dançarinos do concelho, estive a ver o programa televisivo “Dança Comigo”. O resultado não lhes foi favorável e, como tal, a Vanda não vai poder ir para uma escola americana que aceita concorrentes de concursos portugueses.

É pena? Talvez… A Vanda é, sem dúvida, melhor bailarina que o moço de Matosinhos que acabou por ganhar. No entanto, como é uma excelente profissional, oportunidades de sucesso não lhe faltarão.

O que me questiono é o seguinte: será que o feito dos simpáticos bailarinos merecia o destaque de primeira página dos jornais locais? Será que a presença na final de um concurso televisivo é assim um facto tão relevante? O que iriam escrever caso a vitória tivesse acontecido? Justificar-se-ía uma edição especial?

O que não passa na televisão - é um facto - não existe. Os jornais locais prestariam um melhor serviço aos seus leitores se tentassem contrariar essa afirmação.

22 de janeiro de 2009

Sinal dos tempos?

O Público de hoje acha que a actuação de Ventura Leite, responsável pelo relatório de acompanhamento dos processos de contrapartidas, é um "acto raro e corajoso", uma vez que mostrou não só que pensou "pela sua própria cabeça" mas que também "não tem medo de represálias pelo exercício da sua liberdade de pensamento". Não coloco em causa a atitude deste deputado que é no mínimo, responsável, séria e profissional. Exactamente o que se deve esperar de um eleito. Mas quando se utiliza os termos acima para falar do normal exercício da actividade política, em especial em relação ao não ter receio quanto a represálias pelo exercício da sua liberdade de pensamento, há algo de podre no Reino da Dinamarca. Muito podre mesmo.

Também publicado na minha outra casa.

21 de janeiro de 2009

E as rosas, senhor?

Não é que em Pombal isso importe por aí além, mas talvez estivesse na hora de se ouvir falar de eleições autárquicas e de candidatos por parte do PS/Pombal. Sendo certo que dentro do PSD haverá matéria, de facto, para alimentar uma blogosfera inteira, mais jornais e livros e até teses várias sobre as relações humanas e a luta pelo poder - ou pelo lugarzito - não era mau se, da parte dos socialistas, cheirasse a qualquer coisa. Um nome, por exemplo. Está visto que voltámos ao tempo do dead line para soltar nomes, às vezes arrancados a ferros. A excepção aconteceu nas últimas autárquicas - quando Sérgio Leal foi o primeiro, quiçá a nível nacional, a apresentar-se publicamente. E foi o que se sabe, pelo que, está visto, às vezes é mesmo pior a emenda que o soneto.
Os jornais publicaram uma fotografia da última conferência de imprensa do PS, na semanapassada, que suscita alguma dúvida: aparece, ao lado de Adelino Mendes, o actual presidente da junta do Louriçal, única bandeira do partido no mapa concelhio das 17 freguesias. Quererá isso dizer alguma coisa?
Seria interessante sabermos se/o que o partido pensa. E, logo, o que existe. Se é que já existe.
Não é que em Pombal isso importe por aí além. Mas aparentemente isto ainda é uma democracia. E mesmo que a luta seja desigual, é importante travá-la. E chegar a tempo ao jogo, já agora.
Quanto ao resto, nunca se sabe. O CDS pode sempre ressuscitar. A CDU pode sempre surpreender (?). E o Bloco de Esquerda aparecer, quem sabe?

O essencial

Câmara de Pombal lançou medidas de combate à recessão, leio no Notícias do Centro. Nota-se logo o seu alcance limitado, com a excepção da oferta dos manuais escolares, numa lógica de "juntar o útil ao agradável" mas que carece de uma análise bastante mais profunda, nomeadamente para aferir qual o peso do alargamento da ASE. E nota-se também que, em 2008, se perdeu uma oportunidade de arrepiar caminho, nomeadamente em sede de redução de taxas de impostos que podiam ter sido já decididas em Setembro do ano passado, em especial a redução por parte da autarquia da sua participação em sede de IRS.

Trata-se de uma dedução à colecta que, a ser implementada, resultaria numa poupança que, independentemente do valor, seria sempre uma benesse. Admito que aqueles com maiores rendimentos fossem beneficiados, mas mesmo com essa entorse, aliviar-se-ia a classe média que, convenhamos, neste momento é quem tem de ser ajudada. Por isso, mesmo sabendo do defeito desta medida, no geral, as suas vantagens superam as desvantagens, pelo menos até a lei ser revista nesse ponto em concreto. 

É que o essencial está mesmo nos impostos. E se eu sempre critiquei a não diminuição da carga fiscal a nível nacional, sobre as famílias e empresas, não poderia deixar de criticar a ausência de medidas que, nesta fase, teriam maior impacto, não só económico como psicológico. Mas já sabemos que, preocupações à parte, interessa é manter os níveis de recolha de receita.

20 de janeiro de 2009

PSD preocupado com as candidaturas

O PSD, num comunicado assinado por Rodrigues Marques, “manifesta a sua maior preocupação pelos atrasos nas decisões e transferência dos apoios comunitários já aprovados sublinhando especial apreensão na apreciação das candidaturas formuladas para reforço do abastecimento de água”. In NC
Primeiro é preciso apresentá-las. E a tempo!

19 de janeiro de 2009

CMP aprova medidas de ... crise (IV)

Nomeadamente, o “fornecimento de manuais escolares para todos os alunos do 1.º ciclo do ensino básico”. in NC
Porque não os deste ano? Não é agora que estamos em crise?
Para o ano, em cima da campanha. Belo material de propaganda. E de borla!

CMP aprova medidas de ... crise (III)

Nomeadamente, “os alunos em escolaridade obrigatória e os munícipes com mais de 65 anos não vão pagar a utilização dos transportes urbanos da autarquia”. in NC
Assim talvez consigam transportar alguém! E disfarçar um erro de avaliação e de gestão.

CMP aprova medidas de ... crise (II)

Nomeadamente, “a manutenção das taxas devidas pelo licenciamento de obras particulares e urbanismo, e a isenção do pagamento de taxas de licenciamento para a reabilitação e recuperação de imóveis”. in NC
Mas para quem? Quem é que quer construir com o mercado saturadíssimo.
Porque não mexem onde dói…

CMP aprova medidas de combate (reforço) à crise

Nomeadamente, "não aumento dos preços da água, saneamento e dos resíduos". Porque, no dizer de Narciso Mota, "as pessoas já não conseguem pagar as Factura da Água e pedem para as pagar às prestações". in NC
Pudera, são as mais altas do Distrito de Leiria.
Que grande cinismo! E falta de consciência social!

Abastecimento de água das Ranhas

O município falhou a candidatura ao QREN para as obras de abastecimento público de água na “zona das Ranhas”. Mas as GOP davam a candidatura como apresentada.
É outra candidatura ou é informação falsa nas GOP o no PPI?

17 de janeiro de 2009

CMP falha candidatura ao QREN

Segundo o NC on-line, “o Município de Pombal apresentou uma candidatura, para obras de abastecimento de água, ao QREN fora do prazo, tendo a mesma sido recusada”.
O site informa que “O presidente da Câmara justificou-se com “falhas técnicas” que originaram o envio da candidatura “nove minutos” depois do prazo. ... “A candidatura deveria ter sido enviada pela Internet até à meia-noite”.
Informa ainda que “Para o autarca social-democrata a situação deveu-se também ao “excesso de zelo” por parte de quem tem responsabilidade de recepcionar a candidatura, adiantando que “por vezes não há flexibilidade”; ... e que “a referida candidatura diz respeito a obras de abastecimento público de água na “zona das Ranhas”.
Assim, ficamos a saber que o falhanço se deveu “falhas técnicas”, ou seja, à tecnologia da autarquia, que é lenta ou funciona mal, logo atrasa-se; e, porque não dizê-lo, a falhas na tecnologia do organismo governamental (CCDRC) que recebe as candidaturas, que não é flexível, não dá descontos, não é tolerante com os atrasos e com o desleixo dos seus semelhantes.
Os pombalenses, que tinham orgulho em terem a câmara número um nas novas tecnologias, não mereciam este falhanço. É uma mancha difícil de apagar, e de pagar.
Muitos terão pena destes pobres políticos que estão dependentes e são traídos pelas novas tecnologias, eu tenho pena dos munícipes que têm que arcar com tudo isto.

Quem anda à chuva, molha-se


Quem se propõe a fazer alguma coisa está sempre sujeito ao aplauso e à crítica. Políticos, activistas sociais, artistas, dinamizadores culturais, todos se queixam de ser mal interpretados por aquelas que "nada fazem" e "só sabem criticar". Só quem nunca passou por isso é que não sabe como é...

Os jovens que, este ano, organizaram as Festas de Santo Amaro estão de parabéns pois conseguiram reavivar as comemorações pagãs da mais importante festa religiosa da cidade.
A opção pelo kitsch, assumida publicamente com a criação do blog, foi concretizada por uma proposta que previa o convite ao artista Leonel Nunes. Paralelamente, a aposta incidia em grupos de Pombal, conferindo às festas um figurino muito interessante.

Quando vi o programa final fiquei, confesso, bastante desiludido. Não, não foi pela corrida de carrinhos de rolamentos; essa foi uma boa ideia. Fiquei desiludido pois penso que se perdeu uma grande oportunidade de marcar a diferença em relação ao que toda a gente faz. Se a ideia inicial era o kitsch, o resultado final foi pimba. Toy e Mónica Sintra? Se havia dinheiro para gastar, porque não ser mais inventivo?


Em Tomar, na aldeia de Cem Soldos, os jovens do Sport Clube Operário local organizam, no Verão, o festival Bons Sons. Também são jovens, também têm poucos apoios, também se queixam de não serem compreendidos. No entanto, o programa que apresentam é surpreendente e tem sabido cativar visitantes de todo o país.


Até domingo!

16 de janeiro de 2009

Chicotadas Psicológicas

No desporto ou noutra actividade qualquer sou a favor das “chicotadas psicológicas”. Bem sei que não são o remédio para todos os males e que não se deve usar e abusar do expediente. São sempre um sinal de falhanços mas também um reinício e um renovar de esperanças.
Veja-se o S.C. Pombal, eram derrotas atrás de derrotas, já quase ninguém lhe vaticinava outro destino que não fosse a despromoção. Entretanto trocou de treinador e, parece por magia, começou a ganhar, ganhar, ganhar, …. E já é apontado como candidato à subida de divisão.
Decididamente, quando os resultados não aparecem o melhor é avançar para a “chicotada psicológica”. Talvez se consiga subir de divisão…

REVISTAS QUE VALEM A PENA


Eis dois títulos de revistas que merecem a maior divulgação e uma leitura atenta. Periódicos que prestaram no passado e continuam a prestar nos dias de hoje, um sério contributo para uma reflexão séria sobre os caminhos da actual democracia.

15 de janeiro de 2009

'tá de chuva

mau tempo, portanto, para as festas de Santo Amaro. Parece que a turbulência se fez sentir com intensidade ontem mesmo, com trovões que se ouviram até dentro do Arquivo Municipal. É verdade que a Praça não deveria propriamente servir para recinto de feira popular, com carrosseis e barracas de farturas. Mas o esforço e a dedicação da malta mereciam outro tratamento, que não a zanga e a ira do todo-po deroso. Aprendemos todos os dias, não é meninos?

A IGREJA E O POVO DE ALMAGREIRA

Pombal é um concelho onde a esmagadora da população é católica. Tem muitas igrejas e capelas, festas e romarias religiosas. Acontece que de vez em quando os fiéis entram em conflito com os padres das suas paróquias, curiosamente sempre por causa de questões não religiosas ou de culto. Em Almagreira, desta vez a Comissão Fabriqueira ao arrogar-se proprietária dos terrenos adjacentes às capelas, onde estão instalados salões de festas e outras obras realizadas com o dinheiro do povo daquela paróquia, originou forte contestação abrindo um sério conflito com os fiéis. Não entendo a pretensão dos Almagreirenses quando reivindicam aqueles "lugares sagrados" como seus. Não é verdade que aqueles terrenos e capelas se destinam ao culto dos católicos? Será caso para dizer: a Deus o que é de Deus, aos Almagreirenses o que é dos Almagreirenses.

14 de janeiro de 2009

Oliveira e Costa

A SIC apresentou ontem um mini documentário sobre vida de Oliveira e Costa. Nele podemos facilmente encontrar as explicações para o escândalo do BPN e perceber como o “SISTEMA” consegue gerar verdadeiros MONSTROS.
Estou certo que os continua a gerar, e de forma mais refinada e sofisticada.

Transparência e Concorrência


Na sequência de "instruções" comunitárias, o Governo criou um regime excepcional para as autarquias em matéria de contratação pública.
Com efeito, nos próximos dois anos, as autarquias vão poder, uma vez reunidas determinadas condições, adjudicar obras até 5 milhões de euros sem abrir concurso público...para ver se isto anima e se a economia nacional arranca novamente.
Mas não é tudo. De facto, e porque é tempo de falar "Verdade", um qualquer dirigente associativo acrescentou ainda - "off the record" evidentemente - que esta "Excepção" era muito positiva porque criava as seguintes "sinergias":
- aumento do financiamento das campanhas eleitorais nas próximas autárquicas (note-se, contudo, que, segundo informações do referido dirigente associativo, este efeito só se repercutirá em alguns associados);
- melhoria da educação em Portugal, a qual se notará, muito fortemente, na criação e modernização de parques escolares; e, finalmente,
- eliminação da necessidade fatigante de simular concursos públicos "transparentes" e "democráticos".
Assim, e perante tamanha honestidade e sinceridade do dirigente associativo em causa - o que, note-se, apenas demonstra que a palavra do nosso Presidente da República ainda é respeitada e cumprida - só me assola uma dúvida: Porque é que não se prolonga a Excepção "ad aeternum"?

13 de janeiro de 2009

Narciso Mota prefere trabalhar e falar com analfabetos

Na discussão das GOP e Orçamento para o próximo ano, Narciso Mota, irritado e sem respostas para justificar o falhanço da sua gestão, disse: “…prefiro trabalhar e falar com pessoas analfabetas do que com pessoas destas”. Pudera!
Há frases que retratam integralmente quem as profere.

12 de janeiro de 2009

Os Vereadores existem?

As pessoas que acompanham mais de perto a actividade política local têm a noção que os vereadores da CMP são figuras apagadas, sem autonomia e autoridade para agir. Quando o tentam fazer qualquer coisa são frequentemente desautorizados ou acusados de excesso de protagonismo.
Mas não era necessário assumi-lo de forma tão explícita na estrutura orgânica da câmara. O organigrama, que Narciso Mota submeteu à AM, consagra uma super estrutura composta por 94 caixas e consequentemente 94 chefes, 1 chefe por 4 subordinados, onde não aparecem os vereadores.
Os Vereadores existem? Tenho dúvidas!


P.S.: Narciso Mota apresentou a estrutura orgânica da câmara com orgulho, e fazendo o contraponto com os seus antecessores disse: “quando aqui cheguei havia 2 Divisões, agora existem 18!”. Palavras para quê. Resta aguentar…!

JÁ SÓ FALTAM DOIS DIAS

Bush da Arábia, ilustração de Brad Holland para a Revista Vanity Fair de Setembro de 2004



Com grande alegria e regozijo nos despediremos para todo o sempre do pesadelo. E depois ? Teremos o Obama, por ora, só uma esperança.

O verdadeiro serviço público


É este. Ainda assim por mal menor, já que é em prol das festas de Santo Amaro e o povo precisa é de festa, que isto anda tudo com ar deprimido. Tive uma sensação de dejà vu quando abri o mail. Porque será?

11 de janeiro de 2009

A VERDADEIRA FAIXA DE GAZA



Para mim, os israelistas são os criminosos e os palestinianos as vitímas.Maniqueísmo? Não. São os factos. E contra estes factos não há argumentos. Por isso, urge pôr fim de imediato à agressão imperalista dos sionistas.

10 de janeiro de 2009

FAIXA DE GAZA EM SANTIAGO DE LITÉM

Os moradores de S. Vicente, Covões, Pinhete, Vale dos Bacharéis, S. Francisco, Pisão, Arneiro do Pisão e Roques, localidades hoje integradas na freguesia de Santiago de Litém, reivindicam que as suas terras passem a pertencer à freguesia de Vermoil. Pretensão mais que justa, por vários motivos: económicos, sociais, geográficos e históricos. Os moradores da "Faixa de Gaza" ou " "Borda", como se autodenominam os moradores daquelas localidades, fartos de serem objecto da "colonização" de Santiago de Litém lançaram um abaixo assinado com cerca de 300 assinaturas (!) onde manifestam o desejo e o firme propósito de proceder à integração daqueles lugares na freguesia de Vermoil. Reagindo, o Dr, Guilherme Domingues, Presidente da Junta da Freguesia de Santiago de Litém, disse: " não se justificou antes, como não se justifica agora", afirmando ainda que tal pretensão se deve ao facto de a Junta a que preside ter ficado a administrar o cemitério de S. Francisco. De facto, até parece, se esse facto fosse o determinante para a ressurgimento de tal pretensão, que as questões relacionadas com os cemitérios, eram os únicos factos que originavam a participação civíca dos municípes na administração local. Não o creio. Por isso deixo um recado ao Presidente da Junta "colonizadora": Deixe-se de se armar em EHUD OLMERT, e em virtude da minha posição de solidariedade com os moradores daquela Faixa, não me acuse de ser anti-semita.

9 de janeiro de 2009

Já agora

São 14 horas. Neva pelo país e em Pombal não? Seguramente que só podem ser as poderosas influências do PS/Pombal a agir.

Em cartaz

Em Pombal, na área da Cultura, o cinema é uma área onde se tem tentado apostar de forma diversificada e de qualidade. Saudosos são os tempos das sessões especiais (em que só lamento não ter ido tantas vezes como podia) em que passaram por aqui verdadeiras pérolas independentes da 7ª Arte. Por outro lado, recentemente as exibições na Praça Marquês de Pombal, em que a exibição de "My Blueberry Nights - O Sabor do Amor" foi articulado com o pessoal que ainda continua a acreditar na criação de um Cine Clube, mostram que apesar de altamente deficitária e sujeita a regras de concorrência complicadas, é uma actividade que merece ser explorada volta e meia.

Por isso, enquanto o Cine Clube não se organiza (será 2009 "o" ano?), registo com agrado um ciclo de cinema às quartas-feiras entre o dia 14 e dia 28 de Janeiro com a exibição de 3 filmes reconhecidos pelo crítica. O preço é mais do que razoável e fica a sugestão diferente para algumas das noites de Janeiro. 

8 de janeiro de 2009

Higiene, coentros e maduro



Daniel Abrunheiro*

Pergunta-me um amigo se vi pela TV a entrevista do primeiro-ministro. Disse-lhe que não. Não vi por uma questão de higiene. Mental. Minha. Muito minha e muito mental. Não vi. Não quero saber. Não sou um jornalista ao serviço dele. Nem dele nem de ninguém.
À hora da dita entrevista, estava eu em casa muito sossegadinho a ler o meu dicionário da Porto Editora, escrito ainda sem a porcaria ortográfica pró-brasuca que aí vem. “Higiene mental: ramo da higiene destinado a manter a saúde mental e a assegurar a profilaxia das neuroses e das psicoses, combatendo os factores nocivos (excessos de tabaco, choques emocionais, intoxicações, alcoolismo, etc.)”. Tirando a parte do alcoolismo, percebi tudo.
Como não rimo “jornalista” com “acólito”, não assisti, nem de joelhos nem de cócoras, à tal entrevista. Tinham-me dado uma rica garrafa de tinto maduro, a mulher tinha trazido broa e bacalhau desfiado, num frasco de vidro grosso havia azeitonas perfumadas de alho e coentros em sal também grosso. Comemos e bebemos à saúde um da outra. Nem ela nem eu vimos a entrevista do senhor. Não vimos. Cheira-me que também não vamos ver a próxima.
A minha mulher também é muito higiénica. Por dentro e por fora. Foi uma riqueza que me aconteceu, a minha senhora. Às vezes, estamos na cama e rimo-nos muito. Eu digo o nome de um ministro (um qualquer) e ela desata-se a rir, contagiando-me irreversível e inelutavelmente. Depois, ela diz o nome de outro (outro qualquer) e eu desmancho-me, contagiando-a inelutável e irreversivelmente. De modo que somos felizes assim, felizes com a desgraça dos outros portugueses que já não se riem. Podia dar-nos para pior.
O amor é assim: nenhuma TV e um fio aromático de coentros cortando a espuma roxa de um tinto para esquecer.


*Convidado

....Mais farpas para 2009!

Com este texto do escritor/cronista Daniel Abrunheiro – o primeiro de muitos que aqui contamos publicar – está em marcha um plano de maior abertura deste blogue à digníssima sociedade civil, tal como já aqui ficara expresso o desejo, no ano que findou.
A par desta novidade que é a colaboração do Daniel, aguardamos a qualquer momento o primeiro post de um novo “farpista”: Adelino Leitão, him self.
Não digam que o ano não promete…

7 de janeiro de 2009

O rei vai nu


Os noticiários mostraram hoje qualquer coisa de verdadeiramente importante, quando comparado com questões de somenos importância como a anunciada recessão (como se fosse preciso confirmar o que já todos sabemos, todos, quer dizer, os do costume, que os outro continuam a esvaziar as prateleiras das marcas nas lojas, a esgotar hotéis de cinco estrelas e a ter dinheiro para tudo e um par de botas), com os conflitos na faixa de Gaza, o corte de gás que a Rússia acaba de fazer à Ucrânia.

A TV, que é essa janela por onde a maioria espreita o mundo, mostrou como ainda se cantam 'As Janeiras' para Presidente e Primeiro-Ministro ver. Percebi então que as coisas mudaram: Cavaco, por estes dias, abre menos a boca e fá-lo para cantarolar as quadras. Já Sócrates - que se apresenta com um um riso tão esticado que quase daqui se ouve um estalinho no maxilar, protagonizou a cena perfeita: ele e mais uns ministros, muito compenetrados, enquanto a mocidade (que é como quem diz os pupilos do exército), alinhadinha, fardadinha, cantava versos sob a batuta de uma maestrina (!).

O que nos vale é que às vezes este país é uma comédia.

PomBus

Aqui pode encontrar-se informação mais concreta sobre os PomBus, nomeadamente linhas e intenções de horários. Consta lá também que brevemente será disponibilizada mais informação via correio. Fica aqui a sugestão de usar também o portal da Câmara para esse fim.

Aspectos práticos à parte, comungo de algumas dúvidas aqui expressas em relação aos PomBus, mas com a entrada em funcionamento pleno veremos os resultados concretos desta aposta. Concordo com a importância de estudos, principalmente antes de se tomarem algumas opções onerosas exactamente pela necessidade de prever a rentabilização dos investimentos, como nesta área (trânsito) tanto que a mesma continuará com dificuldades estruturais, apesar da ajuda que recebe com esta opção.

O que podemos esperar de 2009 (III)


Num concelho onde não abundam propostas culturais de qualidade, é de esperar que 2009 não seja excepção. Esta realidade dá razão a que afirma que o PSD não é um partido sensível à cultura. Mas, a verdade seja dita, nem só a Câmara é responsável por algum marasmo cultural na cidade.

Apesar de tudo, existem várias iniciativas de louvar e uma delas é, sem dúvida, o Festival de Teatro que a autarquia promove em conjunto com o Teatro Amador de Pombal (TAP). O TAP, que nos últimos anos tem apresentado uma programação de grande qualidade, é o grande culpado pela relevância cultural do evento.

Como a aposta dos organizadores tem recaído em companhias que trabalham o registo humurístico, é de esperar que em 2009 possamos assistir ao fabuloso “VLCD!”, encenado por Nuno Pino Custódio (que também encenou o “ensaio.HAMLET” para o TAP), e levado a cena pelo Teatro Meridional. Ficamos à espera...

Opções

A notícia de que o parque do Centro de Saúde volta a ser gratuito é uma boa notícia. É claro que só é temporariamente uma boa notícia porque quando arrancarem as obras de renovação da Secundária com a transformação daquela zona numa Avenida, lá se vai o parque e em seu lugar vem um parque subterrâneo. Ora, duas questões, pelo menos, se colocam:

1. Se a taxa de ocupação daquele parque - à superfície - era de 10%, será mesmo realista esperar que o investimento num parque subterrâneo, necessariamente de construção muito mais onerosa, seja rentabilizado?

2. Quem é que vai pagar formalmente a construção do parque? Já sabemos que o Ministério assume a da Escola, mas a do parque está também incluída? E digo formalmente porque sabemos bem que quem paga, no fundo, somos nós, independentemente do ministro ou do autarca que coloque lá a assinatura.

O que interessa é saber se este é um investimento que se justifica ou não. Tão simples quanto isso. É que se um "grande" estacionamento a pagar naquela zona nunca resolveu nada, insistir numa fórmula que, aparentemente, será ainda mais cara também parece não fazer grande sentido.

Mais uma expressão do ano

"Fact checking" ou validar factos. Foi o que o Público fez a Sócrates tendo em conta a entrevista à SIC. Seria um óptimo exemplo para a restante comunicação social, seja ela local, regional ou nacional, confirmar os factos que são verdadeiros, falsos ou duvidosos alegados pelo poder ou pela oposição a alegar. É certo que o papel da oposição também é esse, e de certa forma, foi o que o PS/Pombal fez, mas não é menos certo que o papel da comunicação social é imprescindível na postura fiscalizadora de todos os actores do poder político. Afinal, estamos ou não no ano de "falar verdade"? E quem melhor do que entidades independente para aferir dessa verdade?

6 de janeiro de 2009

Câmara elimina estacionamento pago junto ao Centro de Saúde

Como entrada não está má, falta o prato.
Água mole(?) em pedra dura, tanto dá até que fura.

Fim de ciclo

Devia era ser mesmo fim de linha. Foram 4 anos (e vamos para já falar apenas dos 4 anos) de navegação à vista, de gestão corrente. 4 anos em que se cumpriram mínimos, não se nega (tirand em algumas áreas como a informatização), mas mínimos, já que há problemas estruturais que continuam por resolver (tráfego e saneamento, por exemplo) e prioridades que tardam em se definir: afinal que papel para Pombal? Haverá ideias necessárias mas que não foram concretizadas: avançar a sério para a revitalização do Centro Histórico e a construção do Centro Tecnológico, por exemplo. E que, adivinha-se, dificilmente em cenário de crise poderão ser concretizadas.

E agora vem 2009, onde avultam investimentos em arranjos urbanísticos, daqueles que garantem várias placas de inauguração e fotografias, e em quilómetros de estrada, ou seja a conclusão de um mandato de navegação à vista, de um mandato de gestão corrente.

Tempo de falar verdade...




Está lançado o mote para enfrentar os tempos que aí vêm...

Até à data, grassou a mentira no discurso político, foi uma época de suspensão da verdade e da seriedade na condução da vida portuguesa.

Mas agora - em tempo de vacas magras - dizem os barões que é altura de, finalmente, suspender a mentira e a leviandade.

Com este "mea-culpa" dos nossos representantes políticos, podemos agora afirmar, sem qualquer sombra de dúvida, aquilo que já há muito se desconfiava.

Isto é, que até à crise do sub-prime, tivémos, efectivamente, uma democracia de fantochada, baseada na mentira.

Todavia, a grave crise financeira parece que teve o condão de despertar as consciências dos políticos, os quais se sentem agora compelidos a falar verdade.

Por conseguinte, doravante, os portugueses saberão a verdade na hora. Foi inaugurada, portanto, uma nova fase da nossa democracia.

Assim, deixarão de existir, por exemplo, obras ilegais, supervisões protagonizadas por invisuais ou abusos de autoridade que não sejam frontalmente assumidos pelos responsáveis políticos...sem dúvida uma boa entrada em 2009 ou, numa leitura mais coerente, uma excelente entrada a pés juntos...

5 de janeiro de 2009

Castanheira de Pêra à frente de Pombal

Um estudo do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior coloca Castanheira de Pêra á frente de Pombal quanto à Qualidade de Vida.
Isto confirma que já não estamos a marcar passo, como estivemos durante década e meia, estamos a regredir. Por muito que nos queiram fazer crer no contrário…

O que podemos esperar de 2009 (II)


Em 2009 vamos assistir a mais uma vitória do PSD nas eleições autárquicas. Apesar de sempre defender que um Presidente de Câmara não deveria exercer mais de dois mandatos, o Eng. Narciso Mota vai preparar-se para completar 20 anos à frente dos destinos municipais. É obra!

Para não variar, o seu programa eleitoral vai ser copy+paste do anterior que, por sua vez, já era igual ao de 1993. Ficaremos, mais uma vez, a saber que é desta que se irá concluir o saneamento básico em Pombal, a sua grande prioridade no mandato 2009-2013. Serei só eu quem se sente envergonhado ao referir que, na minha terra, em pleno século XXI, ainda se discute o saneamento básico?

Lanço aqui um desafio ao PSD: concorram sem programa! Vão ver que ganham na mesma. Se vos questionarem sobre esse facto durante a campanha, podem sempre dar dois murros na mesa e levantar a voz até ao limite da capacidade auditiva humana. Afinal, esse já é o vosso recurso habitual nas Assembleias Municipais.

4 de janeiro de 2009

A Moda Tardia dos Pólos Escolares

Assisti durante os últimos três anos, na AM, a discursos inflamados de muitos presidentes de junta e do presidente da câmara contra o governo, e mais concretamente contra a ministra da educação, por causa do encerramento das escolas nas aldeias. Discursos tacanhos, repetidos até á náusea, demonstrativos de mentalidades fechadas, retrógradas e isolacionistas, que recusam o avanço, o progresso e a modernidade. E fruto disso lá apareciam mais umas verbas nos orçamentos da câmara para obras nas escolas.
O PS há muito que discorda desta politica e defende a construção de pólos escolares nas freguesias.
Este ano, a novidade das GOP, para o próximo quadriénio, é a construção dos pólos escolares nas freguesias. Não em todas as que deles necessitam, sómente em cinco.
Pergunta-se:
- Nas outras freguesias foram os presidentes de junta que os recusaram ou a câmara que não os quer construir? E porquê?
- Quanto dinheiro se desbaratou com remendos em escolas sem condições que agora vão fechar?

3 de janeiro de 2009

BUS (PomBus) versus Burros


O meu amigo Ribeiro da Silva captou com enorme sagacidade a problemática dos transportes públicos em Pombal, decorrente da falta de passageiros.

Fim de ciclo pede balanço

Na última AM foram discutidas as Grandes Opções do Plano (GOP) 2009-2012, mas o que verdadeiramente importa são as GOP para o próximo ano, final de mandato. Consequentemente interessava verificar o que o executivo ainda se propõe fazer e fazer um primeiro balanço do mandato.
Fiz, em nome do PS, a avaliação das GOP. Utilizei o critério mais objectivo, o Programa Eleitoral do PSD.
Infelizmente, a enumeração das promessas não compridas ou com baixíssima probabilidade de serem cumpridas tornou-se fastidioso e irritante para o executivo e para a maioria que o apoia. Pudera!
Narciso Mota dificilmente conseguirá cumprir vinte por cento daquilo que prometeu. E algumas das promessas vêm desde a primeira candidatura. É um verdadeiro vendedor de banha da cobra, mas há que se lhe tirar o chapéu!

2 de janeiro de 2009

Deveres de fiscalização

Os accionistas da SLN descobrem que andavam a ser enganados há anos.
Marcelo R. Sousa dixit: “Que sorte ninguém querer accioná-los por falta de exercício dos deveres sociais…”
Em Pombal, os representantes do PS na Assembleia Municipal não correm, de certeza, esse risco.
Outros não podem dizer o mesmo!

A viabilidade dos PomBus

Na última AM coloquei duas perguntas a Narciso Mota sobre a avaliação inicial do projecto dos PomBus: (i) Foi elaborado algum estudo de mercado? e, (ii) Foi elaborado um estudo de viabilidade económica?
Como (quase) sempre, ficou irritado com as perguntas e disparou para todo o lado. Ridicularizou os estudos (mercado, económico-financeiros, etc.) e os teóricos (da teoria económica e da gestão) e defendeu a sua gestão baseada na experiência e no feeling, no estilo meia bola e força.
Pelo meio, atacou o PS por estar contra os PomBus quando os tinha defendido no programa eleitoral. Sucede, que ninguém do PS afirmou que está contra os PomBus, simplesmente questionei a forma como ideia foi avaliada e implementada.
Por que é que perguntar incomoda tanto?

1 de janeiro de 2009

Não houve festa, pá

Afinal, a festa foi cancelada. Parece que a crise também chegou a Pombal. Ou então a organização debateu-se à última hora com falta de meios.
Mas como tudo está bem quando acaba bem, as bandas previamente contratadas foram habilmente transferidas para outras paragens: uma para um espaço denominado Van Gogh, lá pertinho da Quinta, integrado nesse complexo lúdico que é O Lusitano, outra...adivinhem lá? Para a Kiay! Isso mesmo!

Feliz Ano Novo!

São os votos da ala feminina deste blog, decerto partilhada pela esmagadora maioria. Que 2009 seja para Pombal um ano mais honesto do que foi o que passou. É certo que à custa das circunstâncias às vezes parece que o que não tem remédio remediado está, mas...ele há sempre mais marés que marinheiros. Por isso, um voto de coragem aos que, resistindo, nunca desistem de acreditar nos sonhos e numa terra melhor. Que seja um bom ano para todos, com liberdade de pensamento e direito à opinião. Que me perdoem, mas eu ainda acredito no Pai-Natal.

As causas dos atritos…

Ao referir-se à renúncia de Luís Garcia, Narciso Mota levantou uma ponta do véu que encobriu a sua tumultuosa relação com o ex-presidente da AM. Afirmou, mais ou memos por estas palavras, que teve alguns atritos com o ex-presidente da AM porque este lhe retirou (ou lhe quis retirar) a palavra e não o deixava falar o tempo que queria. E para atestar que era ele que estava correcto, disse que comentou esta questão com outros presidentes de câmara da região e todos ficaram surpreendidos porque nas suas assembleias municipais falavam o tempo que queriam e do que queriam.
Decididamente, o poder local, na região e porventura na generalidade do País, ainda não passou da fase da democracia formal, e, infelizmente, ainda não percebeu que a qualidade da democracia e consequentemente a qualidade da governação, neste caso autárquica, exige o respeito e o reforço do papel das oposições, que devem ter, pelo menos, o mesmo tempo de intervenção do poder instituído.
Esperam-se de melhores dias. Mas pela amostra, em vez de avançarmos, regredimos…

A Renúncia de Luís Garcia

Tinha o terreno minado e depois de anunciar publicamente que não seria candidato ficou com reduzido espaço de manobra. Sujeitava-se a ser desautorizado na condução dos trabalhos. Antecipou-se, saiu pelo seu pé.
Afirmou, no momento da renúncia, que informou antecipadamente o seu partido, mas não teve uma única palavra, nem na véspera da sua reúncia, para com o PS, que contribui decisivamente para que não tivesse sido escorraçado pelo seu próprio partido.
Não era obrigado a fazê-lo, mas um pequeno gesto de gratidão ficava-lhe bem!