22 de março de 2012

O parque ao povo





Insólito não é Pombal ter FINALMENTE um parque verde. Insólito é o Parque Verde do Açude (assim se chama oficialmente o corredor ribeirinho, por que esperámos tantos anos) ter sido inaugurado pelo povo, gente que aqui mora. Sem placa nem discurso nem séquito inaugural. Durante o fim de semana foram muitas as pessoas que contornaram as grades da Câmara para andar a pé ou de bicicleta. E na quarta-feira, dia 21, eis que foi o próprio executivo a entrar nessa festa, como documentam as dezenas de fotos que constam do álbum no Facebook. Chamou-se (o que resta da) imprensa local, o presidente plantou ali qualquer coisa para a posteridade, e decretou-se a abertura do parque. Que já estava aberto, afinal.
Porque quando a obra é útil, o povo não quer dinheiro pr'a comprar um carro novo. Quer usufruir dela, por direito.

14 de março de 2012

Carta ao meu amigo Narciso Mota
Depois de ouvir duas das gravações da última Assembleia Municipal, reflecti demoradamente e decidi alterar a forma das minhas críticas e comunicar-te um conselho que, penso, poderá ser útil à tua administração do nosso concelho.
Já deverias ter notado que alguns cidadãos que te rodeiam, os que mais te incentivam à agressividade e que mais te apoiam nos conflitos, não são teus amigos. Preocupam-se pouco com a tua dignidade e com o teu equilíbrio emocional e preocupam-se muito mais em manter-te enganado e dependente do apoio deles, para poderem manter lugares e espaços e ter acesso a promoções. Não deverias confiar sempre nos bajuladores que te dizem estares sempre certo, porque não te dizem a verdade e nada aprendes com eles.
Já deverias ter percebido que nem todos os que te criticam ou censuram são teus inimigos e que, muitos deles, pretendem apenas que corrijas erros e tomes as melhores decisões políticas. Penso que deverias escutar mais as críticas e ter a força de ponderar e adiar as respostas e de utilizar linguagem menos agressiva, sempre ciente de que não tens de responder a tudo e, sobretudo, de que não deves repetir-te. Por exemplo, quando te disseram que eras conivente, poderias ter exigido explicações e reagires, depois, em conformidade com os factos e sem perderes a razão.
Se conseguires “ouvir” este meu conselho e outros daqueles que não necessitam de ti, penso que deixarás uma imagem positiva da tua governação e terás mais paz interior e muito melhor qualidade de vida.
O teu amigo José Gomes Fernandes.

E agora, para algo completamente diferente

Portanto, ao ter:
- Um regulamento que não podia ser aprovado na AM, mas que foi.
- Um regulamento que, segundo as próprias palavras de Narciso Mota, não serve para nada

Continuamos assim:
- Com uma AM inoperante reduzida, cada vez mais, a uma caixa de ressonância do poder 
- Com a ausência de política cultural.

O resto, lamento, mas é apenas fumaça. E o povo não tão sereno assim que engula a treta de que um aparte justifica tanta confusão (e é, no mínimo, lamentável a instigação à acção judicial).

E isto é saturante. Saturante porque há tantos que, nas costas, dizem o que pensam do poder, mas pela frente actuam com um zelo canino na sua protecção. Saturante porque há tanta coisa a discutir e a fazer estrategicamente (para além de comparar com o que existia há 18 anos) em tanta área e ver tão poucos aqueles que o querem fazer sem estarem preocupados apenas com a manutenção do poder, para depois o usarem em proveito próprio ou dos seus "amigos". 2013 está ao virar da esquina, felizmente. Infelizmente, não se consegue perceber se muda algo ou apenas os nomes.

12 de março de 2012

O que resta da Assembleia Municipal

O post anterior deixa perceber o quão incendiados andam os ânimos lá pelo Cardal. Mas é nesta peça sem espinhas (da autoria do jornalista Mário Freire) que a história é verdadeiramente posta a nú. Ora ouçam, ao que chegámos. Aqui.

6 de março de 2012

Assembleia Municipal

Sempre a mesma feira da ladra. Está aqui tudo.
Mesmo assim vale a pena perguntar:
- Quem foram os burocratas que elaboraram o regulamento?
- Narciso Mota aprovou o regulamento?
Mais palavras para quê! É o que temos.