7 de janeiro de 2009

O rei vai nu


Os noticiários mostraram hoje qualquer coisa de verdadeiramente importante, quando comparado com questões de somenos importância como a anunciada recessão (como se fosse preciso confirmar o que já todos sabemos, todos, quer dizer, os do costume, que os outro continuam a esvaziar as prateleiras das marcas nas lojas, a esgotar hotéis de cinco estrelas e a ter dinheiro para tudo e um par de botas), com os conflitos na faixa de Gaza, o corte de gás que a Rússia acaba de fazer à Ucrânia.

A TV, que é essa janela por onde a maioria espreita o mundo, mostrou como ainda se cantam 'As Janeiras' para Presidente e Primeiro-Ministro ver. Percebi então que as coisas mudaram: Cavaco, por estes dias, abre menos a boca e fá-lo para cantarolar as quadras. Já Sócrates - que se apresenta com um um riso tão esticado que quase daqui se ouve um estalinho no maxilar, protagonizou a cena perfeita: ele e mais uns ministros, muito compenetrados, enquanto a mocidade (que é como quem diz os pupilos do exército), alinhadinha, fardadinha, cantava versos sob a batuta de uma maestrina (!).

O que nos vale é que às vezes este país é uma comédia.

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