Canta, canta, amigo, canta
Vem cantar a nossa canção
Tu, sozinho, não és nada
Juntos temos o mundo na mão
Cinco mil pessoas, em coro, entoaram o refrão de “Erguer a Voz e Cantar” no I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no Coliseu dos Recreios em Lisboa no dia 29 de Março de 1974. Na presença de um forte aparato policial, o público manifestava, dessa forma, a sua impaciência para ouvir os artistas que raramente tinha possibilidade de escutar: José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, José Jorge Letria, José Carlos Ary dos Santos entre outros. A canção tinha sido gravada quatro anos antes por António Macedo e, de imediato, se tornou um hino de resistência, adoptado por milhares de jovens em todo o país. O público que, nesse dia, enchia por completo o Coliseu era sensível à mensagem da canção, que apelava à solidariedade e à participação cívica activa.
Tu, sozinho, não és nada
Juntos temos o mundo na mão
Cinco mil pessoas, em coro, entoaram o refrão de “Erguer a Voz e Cantar” no I Encontro da Canção Portuguesa, que decorreu no Coliseu dos Recreios em Lisboa no dia 29 de Março de 1974. Na presença de um forte aparato policial, o público manifestava, dessa forma, a sua impaciência para ouvir os artistas que raramente tinha possibilidade de escutar: José Afonso, Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire, José Jorge Letria, José Carlos Ary dos Santos entre outros. A canção tinha sido gravada quatro anos antes por António Macedo e, de imediato, se tornou um hino de resistência, adoptado por milhares de jovens em todo o país. O público que, nesse dia, enchia por completo o Coliseu era sensível à mensagem da canção, que apelava à solidariedade e à participação cívica activa.
A singeleza musical e a mensagem simples e directa fizeram desta canção património da geração dos “filhos da madrugada”, ficando no imaginário popular de todos quantos viveram a Revolução dos Cravos. E se antes do 25 de Abril de 1974 a canção era cantada em festas privadas, reuniões estudantis e partidárias, depois da revolução passou também a fazer parte do cancioneiro litúrgico, cantada por muitos jovens em inúmeras igrejas do país. Na verdade, de todas as músicas de intervenção, “Erguer a Voz e Cantar” ou “Canta, Amigo, Canta”, como ficou conhecida, é talvez aquela que se pode dizer que se tornou verdadeiramente popular.
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