3 de março de 2025

Empréstimo de 10 Milhões – uma conversa tola sobre extravagâncias (I)

O assunto mais relevante da recente Assembleia Municipal foi a discussão e aprovação de um empréstimo bancário de 9854000 €, pela Câmara Municipal de Pombal.



Depois de estourar as poupanças herdadas e de colocar as contas no vermelho, com 3.6 milhões de euros de prejuízo, e a tesouraria em ruptura, o dotor Pimpão precisava de mais dinheiro para as suas extravagâncias. Por conseguinte, o empréstimo só surpreende no montante, não na sua aprovação, garantida à cabeça qualquer que fosse o montante ou finalidade. Daí que o executivo não tenha gastado tempo nem palavras para o justificar - limitou-se a indicar umas medidas meio-tontas ou sem necessidade de financiamento. Mas a realidade é outra: o dotor Pimpão precisa das contas bem recheadas para poder gastar à-vontade nas festas,  benfeitorias de fachada  - que também dão festa - e negócios ruinosos.

Nas questões de governação, a pior coisa que se pode fazer é meter dinheiro, em abundância, nas mãos de um desgovernado. Mas como o dinheiro não é deles - é nosso - a maioria fez o favor ao menino. E a oposição ajudou à festa, como é da sua natureza… 

As acções dos homens (e das mulheres) são danosas quer pela ignorância, quer pelos maus desejos. Neste caso, é pelas duas coisas. A prenda vai-nos sair cara – preparem-se para a subida da factura da água. A felicidade tola traz sempre enormes custos.

1 comentário:

  1. Amigo Malho, desculpe lá mas esta crítica que aqui faz é muito mais um estado de alma do que uma evidência, porque apenas especula sobre o que pretende aduzir e não analisa qualquer fato concreto e a isso chama-se maledicência.
    Se reparar o empréstimo tem um valor bicudo pela exata razão que pretende financiar investimentos já em estado de poderem ser lançados e que a lei dos contratos públicos obriga ao “compromisso financeiro de receitas” que, neste caso, em virtude da grande atividade de investimento municipal, tem de recorrer a financiamento.
    É o que de chama economicamente de “alavancagem” que tem as suas regras e recomendações cautelares a que este montante obedece e por isso possível.
    Podemos discordar dos investimentos e sua oportunidade, mas quem dirige e está mandatado pelo voto popular é o executivo e nenhum dos investimentos agora posto em marcha está fora do programa sufragado em 2021.
    Podemos sempre dizer que as obras em Parques verdes e outras iniciativas parecidas não têm retorno financeiro e é bem verdade, mas por isso mesmo só possíveis de executar pelos poderes públicos porque os privados certamente não o fazem.
    Parques, estátuas, lagos, piscinas, jardins, acessos melhorados etc, etc, tudo isso nunca é essencial, mas são eles que tornam a civilização mais evoluída e agradável.
    Acresce nestes investimentos que alguns deles poderão vir a ficar elegíveis para candidaturas de fundos comunitários cujo estado de maturidade importa quando os prazos estão a esgotar e Pombal já se fartou de beneficiar com estes instrumentos exatamente porque se adiantou nas iniciativas com o inerente risco financeiro, e neste caso há grandes probabilidades de isso voltar a acontecer, o que se acontecer dispensará no curso do tempo a utilização dos valores do empréstimo que não podem ser redirecionados para outros investimentos, logo uma redução das responsabilidades.
    Eu votei favoravelmente o empréstimo com a consciência tranquila pela sua oportunidade e razoabilidade.
    Os custos das obras dispararam substancialmente no nosso país o que também contribui para a aplicação de montantes sem paralelo no passado.
    Sinceramente não encontro nesta iniciativa nada que tenha a ver com as “festas e bolos” tão do agrado do Roque…
    A rematar fico siderado e até desconfiado do equilíbrio intelectual do candidato à Câmara pelos independentes porque fazendo ele parte da bancada da Assembleia de Freguesia da UFGIMM, que apoia o seu executivo que pretende lançar o projeto da piscina do Vale da Sobreira na Mata Mourisca, projeto esse dependente dos valores incluídos no empréstimo para poder ser entretanto lançado o concurso, vem, como deputado municipal, defender e votar contra o instrumento necessário para esse fim? Há aqui algo que não bate certo.É caso para dizer ao pres da junta da UFGIMM que com amigos destes ninguém precisa de inimigos…
    É bom que os apoiantes deste movimento se vão apercebendo das contradições, desvarios e diletantismo de quem pretende conduzir os destinos concelhios…

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