A recriação das invasões francesas em Pombal foi uma coisa de fazer parar o trânsito. Literalmente. Qual desfile de banda filarmónica, os figurantes espanhóis desceram a avenida, sábado à tarde, atrás do presidente da junta, do vereador e do mentor da ideia. Para a próxima (sim, estou certa de que há próxima), não é pior interromper o trânsito, como no desfile de carnaval. Boa?
Seria necessário? Não estamos em época de crise? Quantos euros foram gastos? A época difícil dos reais (moeda da época das invasões francesas) já passou mas o povo continua a fazer sacrifícios para manter as festas dos "reis".
ResponderEliminarO evento é interessante do ponto de vista cultural, tanto para Pombal como para a Redinha. No entanto, presumo que tenha um custo elevado. Ouvi dizer que só em pólvora foram gastos cerca de 500 contos (na moeda antiga). E a deslocação dos figurantes espanhóis, as refeições e o alojamento? Embora este último tenha sido assegurado pela Câmara de Ansião (?!).
ResponderEliminarPresumo que em 2011 iremos assistir a mais comemorações. Perdoem-me os entendidos na matéria mas se havia data a comemorar era o 12 de Março de 2011 altura em que esta efeméride completa 200 anos. Porém ainda não entendi porque é que as terríveis invasões de um "louco" francês (Napoleão) são tão importantes para Pombal? Gostava de saber porque não me lembro de ter sido dado tanto destaque a outros acontecimentos importantes como a batalha entre D.Dinis e o filho. O dinheiro que anda a ser gasto não seria melhor ser investido na preservação dos achados arqueológicos de Vermoil Santigo de Litém e até mesmo os da Redinha? Alguém sabe que futuro lhes está reservado?
ResponderEliminarE já agora, colocar na agenda da Câmara, os locais da dita "invasão" correctos. É que referenciava Rotunda do Bombeiro, quando foi "invadido" o celeiro e a prisão. De qualquer forma, tive pena de não ver.
ResponderEliminarA Sónia tocou num ponto que há muito queria abordar. A Agenda Cultural da Câmara. Para além de chegar à casa das pessoas a meio do mês (já com metade da agenda realizada), o grafismo é feio, antiquado. Já relativamente a informações, há quanto tempo que a Adilpom e os serviços do Centro de Emprego sairam da Casa Manuel Henriques?! É que na Agenda Cultural ainda por lá estão...
ResponderEliminarA estátua do Marquês no ainda existente jardim do cardal fez cem anos, ninguém se lembrou.
ResponderEliminarSobre as despesas da "invasão", usando a Casa da Amizade de Ansião saiu a 7€/pessoa, se usassem uma das residenciais de Pombal seria a quanto? Logo deve-se ter poupado qualquer coisa...
ResponderEliminarSobre a divulgação do evento, continua a ser triste, mesmo tendo tanta gente dita culta (e com responsabilidades na área) agarrada ao evento, por raio ainda se diz que a ponte da Redinha é romana? Deve ser erro de impressão...
Sobre a importância histórica do evento, ela é indiscutível. Isto porque a nossa cidade(à altura vila e bem desenvolvida!!!), foi quase riscada do mapa à conta da "passagem" da guerra peninsular por estas bandas. Seguramente o episódio mais sangrento e destruidor da história do concelho. Googlando um bocado encontra-se muita dessa nossa história perdida pela net.
Já D.Dinis e seu filho Afonso não andaram à "chapada" por aqui, fizeram sim as pazes entre si prós lados da Assanha da Paz e a "festa" nos campos da Várzea em Pombal.
SM
Confessem lá que desta vez foi difícil arranjar onde criticar... É que há uns tempos criticava-se a falta de investimento na cultura. Quanto à Agenda Municipal também acho que era escusado que fosse editada tarde de mais todos os meses. Mas o design é acima da média...
ResponderEliminarEu penso, que há por aqui muito comentário "invejoso".
ResponderEliminarSe, não se faz nada, é porque não se faz nada!
Se, se faz alguma coisa ou se tem alguma iniciativa, aqui d´rei que se está a gastar dinheiro.
Preso por ter cão e preso por não ter!
até parece que estamos num país do "nacional porreirismo" Porreiro pá! porreiro pá!
O Pombalense.
Meu caro S.M.,
ResponderEliminarEstou consigo. As chapadas do D. Dinis e do Afonso, neste contexto, e com o devido respeito, são “fait- divers” . Não sou historiador, mas do que tenho lido, para Pombal e para os Pombalenses este foi o acontecimento mais marcante dos últimos dois séculos. Na altura Pombal era uma vila desenvolvida e com bastante população, em grande parte por intervenção do Marquês. Depois da passagem dos franceses, pouco ficou. Não bastaram os roubos e a destruição. Sobrevieram-lhe epidemias de cólera e outras desgraças, que nos fizeram entrar num declínio que, verdadeiramente, só começa a ser contrariado, em alguma medida com o Manuel Henriques, julgo nas indústrias das madeiras e resinas, mas mais solidamente restabelecidas com as políticas, julgo que do Meneses Falcão, já nos finais de 60 e princípios de 70, com o Parque da Formiga, tendo como âncora a “Cuetara”, a falhada “Frugal”, a Anodipol, e a capacidade empreendedora, de próprio e outros empresários, como Manuel da Mota e o Sacramento Mota, tudo isto alavancado nas remessas dos emigrantes que começaram a chegar em monta.
Vou colher algumas informações sobre o tema, e se tiver tempo, ainda aqui venho!
Quanto ao desfile, propriamente dito, posso deixar uma dica, digam aí aos organizadores para falarem com a Câmara de Almeida, e colherem a sua experiência. Talvez para a próxima corra melhor. Por mim, já estou a preparar a farda para aí ir acompanhado do meu colega João(1) Centeno que é “expert” na matéria, e se puder, não perde um. Levaremos as nossas famílias numerosas, se, se inserir no contexto, emularemos o Regimento de Lagos. Que não falte a pólvora, nem o vinho, nem as fogaças. A música, ficam a cargo do vereador Michael e do João Vila Verde, que darão bem conta do assunto.
(1)O Exército Português na Guerra Peninsular, Ed. Prefácio; Blog "Lagos Militar"
J.F..
Ora aqui está um comentário realista.
ResponderEliminarDignamente o senhor JF do comentário anterior deixou o testemunho da massa empreendedora da década de sessenta como grande alavanca para o Pombal de hoje.