Não gosto do estilo nem da figura, mas mexe sempre comigo este tipo de coisa, este tique silenciador que desta vez acabou com o jornal de sexta, na TVI.
Sabendo à partida que não há anjinhos no Governo, que Sócrates lida mal com quem assume opinião contrária (já escrevi noutros tempos que ele e o "nosso" engenheiro têm muito mais em comum do que se imagina), há uma verdade absoluta que importa lembrar: Quem manda nas empresas são os administradores. Por saber do que falo, fico sempre triste quando vejo uma administração baixar-se até rastejar de língua no soalho, polindo o caminho. Temos por cá exemplos potentes, como muitos sabemos. Por isso, a "sorte" de um qualquer jornalista nos tempos que correm chama-se mesmo entidade patronal e reveste-se da firmeza e da índole de quem nos gere, percebendo que todos ganham muito mais se forem árvores, que morrem de pé, em vez de arbustos que secam mal acaba a primavera. Porque não haja ilusões: Hoje temos sócrates como tivemos santana. E antes disso tudo houve Cavaco, esse "mestre" na arte de silenciar, que agora já não come bolo-rei nem faz chamadas à polícia de intervenção. Agora já não se mete nos assuntos da Ponte nem da Pereira Roldão.
E depois agora temos blogues, como este, numa terra onde por causa de um blog ficou uma história dessas para contar. A diferença é que Moura Guedes não sai dos saltos nem consta que ande a contar os trocos do salário para as contas de supermercado. A nós, o que nos vale, é que vivemos num concelho charneira, humanista e solidário. E quem perceber este chavão nunca tem chatices na vida. Nem precisa de ter sorte com os patrões.
Oh Paula,
ResponderEliminarNão te via a comparar certos casos cá da praça com o mouraguedesgate.
Será que os achas mesmo iguais, ou, sequer, semelhantes?
Revestes-te naquilo (recuso-me a chamar-lhe jornalismo)?
Achas mesmo que o Sócrates, ou o PS, teve responsabilidade no mouraguedesgate?
Nesta história em concreto: quem é a vitima e quem é o carrasco? Não estarás a inverter as coisas…
Com um beijinho,
AM
Camarada Malho, lê lá bem o post. Com atenção. bj
ResponderEliminarBem a diferença não sei onde a haverá. Sei apenas que um é Mecânico e outro é Civil. Se outras diferenças há? Onde? Digam vocês.
ResponderEliminarTive um assunto profissional, na altura em que a pedofilia estava na moda como notícia. Porque era um meio pequeno, bastava aparecer um dos envolvidos para se arruinar a vida de todos.Por isso pedi aos repórteres da TVI para não utilizarem as imagens da criança e dos pais. O pai, que era meu cliente, era o suspeito. Por minha exigência não falou e, eu próprio também não. Todavia, a criança e a mãe apareceram na reportagem. Podem imaginar como foram as consequências. Quem apresentou o caso foi a Manuela no Jornal da Noite. Depois veio a demonstrar-se que era uma suspeita sem sentido gerada num arrufo entre o casal e o assunto foi arquivado. Como era razoável e bom para todos que fosse reposta publicamente a verdade e um direito, pedi à Manuela para ser dada notícia do arquivamento do processo, ao que ela nem se dignou dar resposta. Isso foi uma atitude que diz tudo da personagem. Também a sua estridência nunca foram do meu agrado. A boca era o menos. Para mim que até sou dado a beijos, talvez temendo ser tragado,nunca foi boca que me apetecesse beijar. Agora a minha questão: o meu gosto e avaliação pessoais legitimam que aceite e concorde com o sucedido? Não legitimam! Foi mais uma embrulhada em que o sócrates se meteu e que era bom para todos ver bem explicada e esclarecida. A falta de transparência das relações entre o governo e o poder económico, incluindo o de quem controla os media, permitem acções de milícia ou subtis infiltrações, para o que devemos estar alerta. A broa e o pão devem ter côdea e algum farelo. Para mim, os papo-secos, ainda têm de ter mamas. Coisas planas e homogéneas não dão lá muito bem com o meu jeito de quem tem algumas ideias-fixas e a cabeça em reboliço.
Abraços para todos e até logo Sofia
Eu também acho que foi o "botox" que deu cabo da Moura Guedes. Mas gosto de gente brava, arrogante e até um pouco malcriada. São eles que nos obrigam a estar vigilantes! Posto isto, o que chateia, é que tanto os tiranetes, mesmo que pombos, ou os democratas, assim chamados por estarem engajados num partido qualquer, não gostam de qualquer tipo de interpelação ou crítica, seja nos meios de comunicação social ou num cara a cara.
ResponderEliminarSabemos o ostracismo a que aqui no concelho são votadas as pessoas que fazem perguntas. Mas vou continuar a fazê-las, mesmo que ninguém me responda e outros me deixem de cumprimentar no Largo do Cardal ou à vista dos Paços do Concelho. Até os anónimos deixaram de comentar o meu blogue. Será boicote?
Um abraço.
Força, Paula Sofia.
A M M Guedes e cônjuge têm (mais d)o que merecem: chorudas indemnizações e novos (ricos) empregos por utilizarem o jornalismo como arma de terrorismo psicológico.
ResponderEliminarAlguns ou muitos jornalistas, como eles, fabricam ou manipulam factos que transformam em notícia repetida, até destruírem a credibilidade, a honra, a imagem pública e a dignidade dos visados. Agem como mercenários, pisando todas as regras deontológicas e princípios éticos, visando apenas o êxito pessoal e a destruição do “inimigo”, sem lhe concederem a oportunidade de defesa ou de reabilitação da imagem mesmo quando se consegue comprovar a falsidade dos factos. Outras vezes, quando não sabem que os factos são falsos, não querem averiguar a veracidade dos mesmos nem se preocupam com os danos (sofrimento e perdas patrimoniais) provocados nos visados.
Bem sei que a liberdade de imprensa é essencial ao funcionamento da democracia. Porem, a “democracia” só funciona se os vários “poderes” forem exercidos com ética, isenção e responsabilidade.
Esta posição foi sempre a que defendi … e que não altero, agora, só porque o visado é P.M Sócrates, pessoa que não vejo com credibilidade política e pessoal para o cargo que exerce.
Mabeco
É de ir às lágrimas que tantos não compreendam que a apresentação polémica do Jornal de Sexta (que eu também não subscrevo, embora não de me dê tantas náuseas como a subserviência de outros jornais e televisões) não interessa nada para o caso. Se não se gosta, não se vê. É assim que funciona uma sociedade livre, não é privando quem gosta ou pretende assistir ao programa de o fazer "a bem do bom nome do líder" ou do jornalismo (o jornalismo actual, aquele do simples relato, das perguntas sempre muito educadas e convenientes, hino ao descojonialismo, perdoe-se-me a expressão). E eu acho que o PS é totalmente responsável por esta demissão - não, não estou a dizer que tivesse havido telefonema para Espanha, a coisa foi indirecta, através da criação de um ambiente de pressão, mas era este o objectivo. Sócrates tem sempre a escapatória de dizer que é uma cilada, mas Cébrian não. Ele sim, não seria assim tão estúpido. E, ao que o DN (insuspeito porque alinhado com Sócrates, pela parte que toca ao director)apurou, Cebrián terá dito que um telejornal não devia nunca hostilizar um governo, até a bem dos negócios da empresa no país. Está tudo dito.
ResponderEliminarFale-se portanto de Moura Guedes. Mas, como se viu, ela pode ser retirada. A falta de democracia entranha-se bem.
Sublinho um aspecto que a Paula referiu: cá "por baixo", entre os pequenos, a coisa é ada pior. Demos nomes às coisas: o Orlando não teve, seguramente, as mesmas indemnizações que a MMG. E está a anos-luz (para melhor, claro) do péssimo jornalimso desta.
ResponderEliminarOs mecanismos repetem-se SEMPRE, nestes casos. Seja ordem directa, seja fazendo sentir que "os desalinhados ficam com os bolsos mais arejados" (rima e é verdade), há sempre uma determinação de quem tem o poder. E, nesse sentido, uma autoria.
Volto a sublinhar qe toda a linha editorial da TVI é um lixo. E perdoem-me se vos pareço snob, mas NÃO É UMA QUESTÃO DE GOSTO. Aquilo é, objectivamente, execrável, como dizia o Marinho Pinto. E esse facto para mim pesa tanto, que quase me esqueço do resto...
Caro João Gante,
ResponderEliminar«Cebrián terá dito que um telejornal não devia nunca hostilizar um governo, até a bem dos negócios da empresa no país. Está tudo dito.»
Muito bem dito.
Substitua-se agora: Cebrián, pelo nome de um político gestor ou empresário qualquer; Telejornal por qualquer órgão da Comunicação Social; governo e país por qualquer concelho, região ou freguesia; e aí sim, estará tudo dito.
Apetece mesmo perguntar: sabemos a quem aproveita a tirania, mas a Democracia, a quem aproveita ela? Talvez aos Partidos Políticos, nunca ao povo em geral. Este vota "carneiramente" e paga impostos como pena de um crime que nem sabe que cometeu.
Cumprimentos.
Penso que acabar com aquele "telejornal" foi uma decisão acertada. Não concordo com a forma como o processo foi conduzido. Se as coisas aconteceram conforme noticiado, houve intervenção directa do "patrão" no conteúdo jornalístico, onde a palavra de ordem deve ser dada por quem está obrigado a cumprir as regras do código deontológico dos jornalistas. O investidor tem o direito de escolher as pessoas que são da sua confiança para determinado projecto, daí que talvez uma alteração na direcção de informação fosse mais legítima, o que seria, provavelmente, ainda mais mediático e polémico. Ainda assim seria uma atitude mais defensável.
ResponderEliminarCpts.
Portugal tem este velho problema: os portugueses!... E viva a democracia!
ResponderEliminarPois é,...pois é, ... Mas, sem ..., não haveria boas SOPAS? Ora, havendo-as, será mesmo esse o velho problema?
ResponderEliminarNão tendo eu nada que ver com este assunto, pergunto-me se os Senhores nunca terão pensado que este país à muito tempo que anda tomado por ares maçónicos, especialmente no jornalismo... inclusive já tive amigos perseguidos nas redações dos jornais por verdadeiras cáfilas maçónicas.
ResponderEliminarNão me admiram estes episódios de silenciamentos, que existem desde 1910... remeto V. Exas. para jornais como o António Maria e semelhantes, que hoje seriam impensáveis.
Perdão, quase me esquecia, sabe o Senhor Sopas o que dizia S. M. El Rei D. Carlos?
ResponderEliminar"O maior problema de Portugal são os portugueses, temos uma monarquia sem monárquicos".