Ontem, dia 13 de Outubro, passaram-se 814 anos que Gualdim Pais morreu. Figura central da História Pombalense, que infelizmente apenas mereceu uma figura de xadrez para o homenagear, faz parte de uma das heranças mais maltratadas desta terra, e simultaneamente com mais potencial "vendável", de seu nome Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici, mais conhecidos por Templários. Como quem leu o meu programa para a Junta sabe, uma das apostas que faria seria nestes senhores e na sua História. Assim sendo, volto a relembrar que ainda há tanta coisa que, com base na nossa memória, podia ser feita como aproveitar a intervenção no Castelo para um Núcleo Museológico sobre os Templários - situação única em Portugal - ou criar uma rede de Terras Templárias com inserção roteiros turísticos mesmo de cariz internacional, por exemplo. Mais que ideias, haja aproveitamento...
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ResponderEliminarAcho uma excelente ideia.
ResponderEliminarNão sei se já pensaram nisto. Seria interessante, depois de um estudo aprofundado, criar uma unidade "museológia" assente em animação audio-visual sobre as constantes guerras de fronteira, os contraste dos quotidianos e das culturas nórdicas dos conquistadores com as das populações estabelecidas, Àrabes e Moçárabes. Estes, por exemplo, tinham poetas fenomenais, cujo conhecimento muito nos ajudaria a modificar a imagem e receio desses irmãos do Sul e do Oriente.
A imagem de outras festas e feiras com encenações da história, também a Praça Velha e o Castelo, sao apropriadas para isso. Há Câmaras, como a minha daqui, que contratam a organização dessas actividades no exterior. Pessoalmente não concordo. Devem ser (como no Carnaval do Brasil) as colectividades locais a realizar essas actividades coordenadas e apoiadas pelas Câmaras no âmbito, por exemplo, de um contrato-programa bem estruturado. Seria uma maneira de muitas colectividades justificarem os subsídios que recebem, retribuindo-os com serviços à comunidade em geral.
Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
ResponderEliminarDizes tu que o “Gualdizito” (figura de xadrez, dizes tu, digo eu, mas foi o melhor que se conseguiu) morreu há 814 anos e que não lhe foi feita a homenagem devida.
Agora pergunto eu se esse assunto não é um assunto interessante para o novel e nobre Membro da Assembleia de Freguesia de Pombal colocar no local próprio?
Estou certo que sim.
Abraço.
Caro Engenheiro
ResponderEliminarGualdim Pais é, tal como os Templários, património concelhio e como tal, assunto interessante. E o local próprio é em qualquer lado, nomeadamente quando se pode demonstrar que todo o património e o potencial desta terra continuam a ser desaproveitados. E estou certo que continuarão, infelizmente.
E não digo que Gualdim merece uma homenagem hoje ou agora, uso-o para demonstrar que deve haver uma estratégia no aproveitamento da História de uma terra como a nossa. Seja por decisões de órgãos autárquicos ou pela própria sociedade civil.
Mas a isto (e a outros pormenores e pormaiores da nossa História) voltaremos.
Quanto à Assembleia de Freguesia, depois da tomada de posse, veremos o que se pode fazer para ver se se cumprem algumas promessas. Até lá, aguardemos.
Companheiro João Alvim perdoa-me, mas avocar a sociedade civil só quando a sociedade política falha.
ResponderEliminarE esta ainda não teve tempo de falhar.
Abraço.
Vejamos agora o caso do local da natalidade de D. Afonso Henriques, polémica construída (grosso modo) na base do investimento que o Estado Novo fez em Guimarães.
ResponderEliminarMais uma vez, aprovo. Coimbra (esta cidade menos), Viseu e Guimarães poderiam dar o exemplo ao contribuir para a História Nacional. Fazendo-o valorizando a História Local.
Crescemos à sombra dos Heróis. Não cubramos, hoje, os Heróis com a sombra da nossa ignorância.
Conheço a Inteligência de Melo Alvim e creio dizer que esta não é uma proposta para despistar a sua derrota eleitoral. Mas que é sincera. Revalorizando o papel dos Heróis (relativizando, sempre) reacendemos a fé nos Homens de Fortes Vontades – quem, independentemente de hipotéticos interesses desviantes, à data das dificuldades evidentes dos meios de difusão e comunicação – souberam ajudar à construção de uma Pátria (sim, não tenhamos medo da palavra), uma Nação…
… que tudo tem a perder se continuarem a proliferar, TANTOS!, os arrivistas fechados em seus castelos egoístas!
Seja na Assembleia de Freguesia, seja na imprensa, seja neste como noutros blog’s – esta e outras propostas podem e devem ser feitas; continue, João, fazendo-as.
Chama-se a isso… Cidadania.
Aprovo. É certo que a História, muitas vezes por razões que nos ultrapassam, a nós no Presente, destorce o que de facto aconteceu na realidade… à data de factos e figuras.
ResponderEliminarSabemos que a História de Herculano e outros (como a que José Hermano Saraiva faz) põe a ênfase na heroicidade, nos misticismos de indivíduos predestinados à vitória.
Também que períodos da História mais recente como o Estado Novo e os Regimes Fascistas (estes, apesar da ideia de progresso bélico que sustentavam), potenciaram a imagem hiperbólica dos heróis – para que, mais que servissem de exemplo… servissem os Heróis, os interesses das cúpulas, da hierarquia, a subserviência aos líderes “iluminados” que se lhes queriam comparar.
Nota: o texto que foi por mim acima publicado começa aqui; peco desculpas.
Caro Rodrigues Marques,
ResponderEliminarIsso de Assembleias de Freguesia é tão "de tempos a tempos"... Se estivermos à espera da Assembleia de Freguesia para agir, a freguesia vai desenvolver-se "aos soluços". Ou começam a fazer Assembleias de Freguesia semanais, ou é melhor ter mais alguma fonte de inspiração!
Quanto ao Gualdinzito, foi uma "pequena homenagem"... eheheh. Merece mais, o nosso templário.
Então vamos lá a ver se nos entendemos.
ResponderEliminarSociedade civil sempre, principalmente a fiscalizar a sociedade política principalmente nos seus falhanços.
A referência à homenagem a Gualdim veio apenas a propósito de achar que a herança templária é desperdiçada e desaproveitada por quem tem o poder/recursos/capacidades de a usar enquanto chamariz para Pombal. Isso é o cerne da questão.
E bem está Caravaggio ao separar águas. As propostas e sugestões que deixo não escolhem épocas. Naturalmente por serem anteriores, quando me candidatei ao cargo, usei-as, mas como diz, não abdico da minha participação cívica.
Aliás, houvesse hipótese de reactivar uma das Associações de Defesa do Património e eu seria dos primeiros a colaborar porque, e repito, a sociedade civil faz falta (e muita).
Muito boa noite, deixo aqui o fortíssimo apelo. Quando forem ao Louriçal, tentem visitar a Capela da Misericórdia. Como ficarão chocados, sugiro que inundem a Santa Casa da Misericórdia do Louriçal com cartas para que eles não adormeçam. A culpa não é da JF que já se dispôs a ajudar. O facto do património edificado ser propriedade privada ter esse estatuto (ou condicionante), a sua identidade e propósito fundacional era (e continua sendo) o de servir a população, logo é História Local, logo é interesse público, logo a Cidadania deve ser praticada por todos e a acção desses muitos respeitada pelos poucos.
ResponderEliminarTenho fotografias, recentes, que comparadas ao estado actual atestam o acelerado estado de degradação do retábulo. Bem sei que é um investimento caríssimo mas quem tem a oportunidade de decidir não pode ficar parado.
ResponderEliminarEsse tipo de atitudes não é para estes tempos. Bem tentou o meu avô paterno fazer algo quando esteve, umas décadas atrás, à frente da instituição. Mas ficou a falar sozinho. O forro caiu, o retábulo, se ninguém fizer nada, cairá (há partes podres)…
As associações culturais que João Melo Alvim refere também serve para isso, solidariedade cultural.
A preservação da memória colectiva acima de tudo.
Eu não discordo que o espaço seja vedado, mas penso que é muro será pesado e desporcional. Relativamente à mata do castelo e Gualdim Pais. Sempre defendo que deveria ser edificada uma escadaria larga no final da 1º de Maio. É isso que acontece em todo o lado, não fará "ganhar" a população para o castelo. Eu proporia que a meio das escadas existisse um paramar onde seria colocada a estátua de Gualdim Pais, resgatando-a do local esconso onde se encontra.
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