Ontem, dia 13 de Outubro, passaram-se 814 anos que Gualdim Pais morreu. Figura central da História Pombalense, que infelizmente apenas mereceu uma figura de xadrez para o homenagear, faz parte de uma das heranças mais maltratadas desta terra, e simultaneamente com mais potencial "vendável", de seu nome Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici, mais conhecidos por Templários. Como quem leu o meu programa para a Junta sabe, uma das apostas que faria seria nestes senhores e na sua História. Assim sendo, volto a relembrar que ainda há tanta coisa que, com base na nossa memória, podia ser feita como aproveitar a intervenção no Castelo para um Núcleo Museológico sobre os Templários - situação única em Portugal - ou criar uma rede de Terras Templárias com inserção roteiros turísticos mesmo de cariz internacional, por exemplo. Mais que ideias, haja aproveitamento...
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
14 de outubro de 2009
12 comentários:
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ResponderEliminarAcho uma excelente ideia.
ResponderEliminarNão sei se já pensaram nisto. Seria interessante, depois de um estudo aprofundado, criar uma unidade "museológia" assente em animação audio-visual sobre as constantes guerras de fronteira, os contraste dos quotidianos e das culturas nórdicas dos conquistadores com as das populações estabelecidas, Àrabes e Moçárabes. Estes, por exemplo, tinham poetas fenomenais, cujo conhecimento muito nos ajudaria a modificar a imagem e receio desses irmãos do Sul e do Oriente.
A imagem de outras festas e feiras com encenações da história, também a Praça Velha e o Castelo, sao apropriadas para isso. Há Câmaras, como a minha daqui, que contratam a organização dessas actividades no exterior. Pessoalmente não concordo. Devem ser (como no Carnaval do Brasil) as colectividades locais a realizar essas actividades coordenadas e apoiadas pelas Câmaras no âmbito, por exemplo, de um contrato-programa bem estruturado. Seria uma maneira de muitas colectividades justificarem os subsídios que recebem, retribuindo-os com serviços à comunidade em geral.
Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
ResponderEliminarDizes tu que o “Gualdizito” (figura de xadrez, dizes tu, digo eu, mas foi o melhor que se conseguiu) morreu há 814 anos e que não lhe foi feita a homenagem devida.
Agora pergunto eu se esse assunto não é um assunto interessante para o novel e nobre Membro da Assembleia de Freguesia de Pombal colocar no local próprio?
Estou certo que sim.
Abraço.
Caro Engenheiro
ResponderEliminarGualdim Pais é, tal como os Templários, património concelhio e como tal, assunto interessante. E o local próprio é em qualquer lado, nomeadamente quando se pode demonstrar que todo o património e o potencial desta terra continuam a ser desaproveitados. E estou certo que continuarão, infelizmente.
E não digo que Gualdim merece uma homenagem hoje ou agora, uso-o para demonstrar que deve haver uma estratégia no aproveitamento da História de uma terra como a nossa. Seja por decisões de órgãos autárquicos ou pela própria sociedade civil.
Mas a isto (e a outros pormenores e pormaiores da nossa História) voltaremos.
Quanto à Assembleia de Freguesia, depois da tomada de posse, veremos o que se pode fazer para ver se se cumprem algumas promessas. Até lá, aguardemos.
Companheiro João Alvim perdoa-me, mas avocar a sociedade civil só quando a sociedade política falha.
ResponderEliminarE esta ainda não teve tempo de falhar.
Abraço.
Vejamos agora o caso do local da natalidade de D. Afonso Henriques, polémica construída (grosso modo) na base do investimento que o Estado Novo fez em Guimarães.
ResponderEliminarMais uma vez, aprovo. Coimbra (esta cidade menos), Viseu e Guimarães poderiam dar o exemplo ao contribuir para a História Nacional. Fazendo-o valorizando a História Local.
Crescemos à sombra dos Heróis. Não cubramos, hoje, os Heróis com a sombra da nossa ignorância.
Conheço a Inteligência de Melo Alvim e creio dizer que esta não é uma proposta para despistar a sua derrota eleitoral. Mas que é sincera. Revalorizando o papel dos Heróis (relativizando, sempre) reacendemos a fé nos Homens de Fortes Vontades – quem, independentemente de hipotéticos interesses desviantes, à data das dificuldades evidentes dos meios de difusão e comunicação – souberam ajudar à construção de uma Pátria (sim, não tenhamos medo da palavra), uma Nação…
… que tudo tem a perder se continuarem a proliferar, TANTOS!, os arrivistas fechados em seus castelos egoístas!
Seja na Assembleia de Freguesia, seja na imprensa, seja neste como noutros blog’s – esta e outras propostas podem e devem ser feitas; continue, João, fazendo-as.
Chama-se a isso… Cidadania.
Aprovo. É certo que a História, muitas vezes por razões que nos ultrapassam, a nós no Presente, destorce o que de facto aconteceu na realidade… à data de factos e figuras.
ResponderEliminarSabemos que a História de Herculano e outros (como a que José Hermano Saraiva faz) põe a ênfase na heroicidade, nos misticismos de indivíduos predestinados à vitória.
Também que períodos da História mais recente como o Estado Novo e os Regimes Fascistas (estes, apesar da ideia de progresso bélico que sustentavam), potenciaram a imagem hiperbólica dos heróis – para que, mais que servissem de exemplo… servissem os Heróis, os interesses das cúpulas, da hierarquia, a subserviência aos líderes “iluminados” que se lhes queriam comparar.
Nota: o texto que foi por mim acima publicado começa aqui; peco desculpas.
Caro Rodrigues Marques,
ResponderEliminarIsso de Assembleias de Freguesia é tão "de tempos a tempos"... Se estivermos à espera da Assembleia de Freguesia para agir, a freguesia vai desenvolver-se "aos soluços". Ou começam a fazer Assembleias de Freguesia semanais, ou é melhor ter mais alguma fonte de inspiração!
Quanto ao Gualdinzito, foi uma "pequena homenagem"... eheheh. Merece mais, o nosso templário.
Então vamos lá a ver se nos entendemos.
ResponderEliminarSociedade civil sempre, principalmente a fiscalizar a sociedade política principalmente nos seus falhanços.
A referência à homenagem a Gualdim veio apenas a propósito de achar que a herança templária é desperdiçada e desaproveitada por quem tem o poder/recursos/capacidades de a usar enquanto chamariz para Pombal. Isso é o cerne da questão.
E bem está Caravaggio ao separar águas. As propostas e sugestões que deixo não escolhem épocas. Naturalmente por serem anteriores, quando me candidatei ao cargo, usei-as, mas como diz, não abdico da minha participação cívica.
Aliás, houvesse hipótese de reactivar uma das Associações de Defesa do Património e eu seria dos primeiros a colaborar porque, e repito, a sociedade civil faz falta (e muita).
Muito boa noite, deixo aqui o fortíssimo apelo. Quando forem ao Louriçal, tentem visitar a Capela da Misericórdia. Como ficarão chocados, sugiro que inundem a Santa Casa da Misericórdia do Louriçal com cartas para que eles não adormeçam. A culpa não é da JF que já se dispôs a ajudar. O facto do património edificado ser propriedade privada ter esse estatuto (ou condicionante), a sua identidade e propósito fundacional era (e continua sendo) o de servir a população, logo é História Local, logo é interesse público, logo a Cidadania deve ser praticada por todos e a acção desses muitos respeitada pelos poucos.
ResponderEliminarTenho fotografias, recentes, que comparadas ao estado actual atestam o acelerado estado de degradação do retábulo. Bem sei que é um investimento caríssimo mas quem tem a oportunidade de decidir não pode ficar parado.
ResponderEliminarEsse tipo de atitudes não é para estes tempos. Bem tentou o meu avô paterno fazer algo quando esteve, umas décadas atrás, à frente da instituição. Mas ficou a falar sozinho. O forro caiu, o retábulo, se ninguém fizer nada, cairá (há partes podres)…
As associações culturais que João Melo Alvim refere também serve para isso, solidariedade cultural.
A preservação da memória colectiva acima de tudo.
Eu não discordo que o espaço seja vedado, mas penso que é muro será pesado e desporcional. Relativamente à mata do castelo e Gualdim Pais. Sempre defendo que deveria ser edificada uma escadaria larga no final da 1º de Maio. É isso que acontece em todo o lado, não fará "ganhar" a população para o castelo. Eu proporia que a meio das escadas existisse um paramar onde seria colocada a estátua de Gualdim Pais, resgatando-a do local esconso onde se encontra.
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