Há pombalenses entre o grupo alargado (muito alargado, diga-se, porque são uns sete mil...) que vai reunir com o Papa Bento XVI, no âmbito da Pastoral Social.
O vereador Diogo Mateus, o provedor da Misericórdia, Joaquim Guardado e...mais umas senhoras. Abençoados sejam.
Se até lá estavam muçulmanos, porque não haviam de estar pombalenses? Sim, temos contribuído bastante para a construção de novos mundos no Algarve, no Sudoeste Alentejano e na Costa Vicentina, no Brasil, em Angola, Moçambique, enfim, pelo Mundo inteiro. Quem como os pombalenses para dilatarem a fé no betão e no concreto?
ResponderEliminarSaudações
Só se for no concreto mesmo, professor. Porque quando se chega ao abstracto, as máquinas começam a patinar!
ResponderEliminarO Jornal de Leiria chama hoje a atenção para a falta de condições dos Caminhos de Fátima. Estou enganado ou a Câmara Municipal de Pombal já há uns anos se disponibilizou para assumir as responsabilidades pela sua melhoria no Concelho, desde que todos o fizessem e o Santuário assim o desejasse?
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarIsto deve ser obra do PAPA
Agora que o papa ja foi para Roma, nem a Nª Srª nos salva dos impostores que governam este Portugal. Mais uma factura para o Zé Povinho pagar.
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarO Estado Português intitula-se laico! será que o é?
Nunca vi tantos meios de protecção à disposição de um Chefe de Estado ou confissão religiosa como vi para Bento XYI. Aviões, Elis, 2 carros blindados, polícia e Televisão Estatal a tempo inteiro. O Estado dará a mesma cobertura logística ao chefe da Igreja Ortodoxa?
A visita de Sua Santidade o Papa a Portugal acontece num período muito conturbado e com a Igreja mergulhada nas suas próprias contradições e, mesmo assim, Sua Santidade abordou temas sociais actuais manifestando-se contra casamentos Gay e Aborto, era de esperar, uma vez que não estão em consonância com as leis da igreja nem da mãe natureza, "CRESCEI E MULTIPLICAI-VOS".
Abordou ligeiramente a crise mundial e eu gostaria mais que Ele tivesse sido mais incisivo nas questões de enriquecimento a qualquer preço por parte dos Srs. do capital com nítido desaparecimento e empobrecimento da classe média.
Estou convicto que Ele desconhecia o escândalo de um gestor Público ganhar mais num dia que um Português médio ganha numa ano e que eles argumentam que são bons. Se são assim tão bons porque não vão gerir as empresas Públicas que dão prejuízo?
(continuação)
ResponderEliminarO Santo Padre teve o coragem e serenidade para abordar a pedófila no seio da própria Igreja,uma questão tão melindrosa, que é a Sua grande chaga, trouxe uma mensagem de Fé e Esperança!
Seria isto que os portugueses estavam a espera? que benefícios trás aos portugueses além dos espirituais? Para quando um pequeno milagre para acabar com especulações e convencer os mais cépticos e incrédulos da veracidade e existência de Deus? Será que um eleito de entre os eleitos de Deus necessita consumir tantos meios para Sua protecção? porque não o protege Deus?
Alguém tenha a bondade de me explicar todas estas interrogações.
Boa Tarde!
ResponderEliminarSr, Roque não se inquiete agora outra vez futebol e logo a seguir férias e campeonato do Mundo.
Exmo. Senhor DBOSS,
ResponderEliminarAs suas interessantes considerações que se referem à visita de Sua Santidade parecem-me pouco esclarecidas. Saberá V. Exa. que grande parte dos gastos que Sua Santidade fez em Portugal foram quase totalmente cobertas com meios da Igreja e por doações? Decerto o Estado teve de contribuir com bastantes meios para a decente sustenção da visita... mas repare, todos os portugueses (salvo alguns sujeitos atrevidos e mal criados que não respeitam nem a moral nem os bons costumes) se deviam sentir honrados com as benignas graças com que Sua Santidade brindou muitos dos aflitos a quem se dignou prestar o apoio que em alguns dos casos decerto foi um "momento" na vida.
É natural que ao chefe da Igreja Ortodoxa, da qual desconheço a hierarquia, não seja necessária tanta segurança nem tanta mobilização de meios. Eu se o visse na rua não saberia quem ele é, tal como a maioria dos portugueses, e não creio que ele sofra ameaças tão profundas como Sua Santidade.
Acima de tudo não podemos esquecer que o próprio Estado se aproveitou da visita de Sua Santidade para abrir a válvula do esgoto para sangrar a população com mais alguns diplomas pouco reconfortantes, o que explica a cobertura dada à vista que a meu ver me parece merecedora de toda a dignidade.
Como decerto também saberá apesar de mais de metade da população ser referênciada como católica, não praticante (isto é uma definição que para mim é verdadeiramente deliciosa), apesar de forma muito tímida apresentou nas ruas os seus respeitos a Sua Santidade. Teria algum Chefe de Estado, ou representante de outra confissão o mesmo acolhimento popular?
Onde se lê "o que explica a cobertura dada à vista que a meu ver me" leia-se "o que explica a cobertura dada à visita que a meu ver me".
ResponderEliminarA espetacularidade da recepção insere-se num contexto que as autoridades acharam adequado. Concordando ou não (e não concordo), não me choca. É uma estratégia que pode ser interna, ou pode ser vista na óptica da politica internacional... "eles" lá sabem.
ResponderEliminarDe igual forma, na cobertura televisiva que todos os canais televisivos deram à coisa, não noto muito mais do que mau gosto. Ressalvo aqui a cobertura sóbria e adequada que deu a 2, canal que (mais uma vez) recomendo a toda a gente, e que vai prestando verdadeiro serviço público.
Quanto à laicidade do estado, contento-me pelo facto de não ser uma laicidade "furiosa". Basta-me o facto (muito positivo) de o estado não me chatear "a molécula" se eu não quiser ser cristão-católico, e se me der na gana de ser muçulmano, taoista, testemunha de jeová, animista ou não quiser ser coisíssima nenhuma.
De resto (e na proporção dos gastos), ofende-me tanto como ofende o facto de terem ido para um hotel, em alegre comesaina, para anunciar os "pré-convocados" da selecção de futebol.
Por uma vez concordamos :-)
ResponderEliminarSIM A IGREJA VAI PAGAR AS DESPEZAS DOS F 16 E DOS HELIS E OUTRAS MORDOMIAS.
ResponderEliminarQUANTO FOI CALCULADO OUVI DIZER QUE ERAM CERCA DE 84,000 EUROS HORA.
A IGREJA ESTA EM DECADENCIA,QUANTO A (MORAL E BONS COSTUMES) NA VERDADE A IGREJA E UM GRANDE EXEMPLO COM OS ESCANDALOS PERMANENTES DE PEDOFILIA, PADRES QUE ANDAM COM MULHERES DOS OUTROS ETC.QUE MORAL TEM O PAPA PARA PODER CRITICAR OS CASAMENTOS HOMOSEXUAIS E O ABORTO?
FORTEMENTE CRITICADO ONTEM NO FOX 5 NEWS HORARIO NOBRE 5 PM.
ATE PORQUE A RELIGIAO CATOLICA NEM E A MAIOR RELIGIAO GLOBAL E ESTA NUMA FAZE DE"WAY DOWN" E EH MUITO PROVAVEL QUE PASSE PARA O LUGAR DO FCP CONSEGUIDO ESTE ANO!
SUPOSTAMENTE O PAPA REPRESENTA JESUS CRISTO NA TERRA.ORA JESUS CRISTO QUE NUNCA TRABALHOU E QUE NEM CASA TEVE COMO A GRANDE MAIORIA DA EPOCA VIVENDO HUMILDEMENTE, VESTIA UMA TANGA E SANDALIAS!!! COMO PODE O SEU REPRESENTANTE NA TERRA VIVER COM ALTOS LUXOS E SNOBISMO CALCANDO SAPATOS DE 5000 EUROS 'O PAR" E ROUPAS DE LUXO, OURO E OUTRAS ESTRAVAGANCIAS.PARA NAO CONTAR COM OS MUITOS LACAIOS PARA O SERVIREM. NAO SERA ISTO UMA AFRONTA A DOUTRINA PREGADA POR JESUS CRISTO?
HAVE A NICE DAY
EA
SO VOLTEI CÁ OUTRA VEZ PARA DIZER (AOS GRITOS) QUE O PAPA FALOU EM MATRIMONIO E NÃO EM CASAMENTO (É QUE SÃO COISAS COMPLETAMENTE DIFERENTES), aliás nem teve uma unica palavra sobre a homosexualidade (NEM UMA)
ResponderEliminarsoBRE O ABORTO PENSO QUE A CRITICA FOI MAIS no sentido de os estados
subsidiam a pilula
subsidiam o aborto <grátis em hospitais)
subsidiam todos os controlos de natalidade
E RETIRAM OS APOIOS Á NATALIDADE (VEJA-SE ESPANHA).
nÃO APOIAM A FECUNDAÇÃO MÉDICAMENTE ASSISTIDA
A ADOPÇÃO É MUITO COMPLICADA
ESTÁ MAL
PALAVRAS DESTE PAPA SOBRE A PEDOFILIA
O PERDÃO NÃO SE SOBREPOEM Á JUSTIÇA (VOX POPULI DIXIT: CONDENEM-NOS EXEMPLARMENTE) , MAIS CLARO QUE ISTO SÓ A ÁGUA
TODA A GENTE SABE O QUE DEFENDE A FOX NEWS, E PARA QUEM FALA TANTO CONTRA O NARCISO, DAR O EXEMPLO DA FOX NEWS PARA QUALQUER COISA REVELA BEM ONDE SE POSICIONA.
SALAZAR AO PÉ DESSES SENHORES ERA COMUNA.
TÁ TUDO DITO
SOU QUASE ATEU
Quando Maomé morreu, e segundo aquilo que pedira, queria ser enterrado como um simples mortal sem que se fizesse um mausoléu. Parece-me claro que todos neste espaço sabem que no suposto local onde hoje se encontra hoje podemos ver o oposto do que o profeta pediu. É curioso pensar que os mesmos que dizem “mas quem é o Papa para criticar” são os mesmos que levam a Nação nos ombros tal é a sua perfeição capaz de numa hora dizer não devem criticar para em seguida o consumar.
ResponderEliminarPorventura o Senhor Ernesto Andrade não atendeu às palavras de Sua Santidade quando disse: “o principal inimigo da Igreja está no seu interior”, se pensarmos em Igreja de forma figurativa o nosso principal inimigo somos nós.
A Igreja está em decadência, diz o Senhor? Bom, sempre que um Papa é eleito a ladainha é a mesma. Depois vem a roupa, por certo o Senhor é consultor do Vaticano visto saber quanto custa um par de sapatos para Sua Santidade, caso contrário é daqueles que lê naqueles pasquins que por todo o lado pululam periódicos faiantes, sarjetas por onde tresandam os fedores da mentira, é nesses partidos de mixórdias reles até ao asco que os anti-religiosos se escondem a escrever, como em parede de latrina os desabafos pelintras de quem não acha na imprensa séria fontículos por onde supurar a maldade, e após fazer estas leituras vai logo a correr vociferar em alta voz como se lhe tivesse sido dito uma verdade incontestável da qual de V. Exa é o portador incontestável. Se assim for longe de mim discordar de tais informações.
O Papa também é um Estadista e é nessa condição que é recebido, não confunda com laicismo antes provincianismo. Se de cada vez que alguém discordasse de nós fosse sujeita a umas férias num gulag então não haveria ninguém para conversar. O que se gastou agora já se gastou no passado e é típico na vida dos Estados, porque motivo não se escandaliza V. Exa. com os vazadouros de dinheiro que o Estado tem? Quer que lhe faça uma pequena lista sumária?
Criticar por criticar, como por aqui é costume? Não lhe basta verificar a barbárie sórdida que alguns Estados, especialmente os de regime mais à esqueda a que deram lugar? Como vê estas coisas são relativas.
A Vox Populi quando é atendida é para apedrejamentos e coisas semelhantes, por acaso os Senhores desejam aplicar em Portugal leis semelhantes à dos países ditos do terceiro mundo para resolver a questão que pelos vistos hoje é feito cavalo de batalha contra a Igreja? Só cabe a Sua Santidade decidir que caminho dar a esses sujeitos que mancham a imagem imaculada da Igreja. Não posso compreender porque motivo não se insurgem por aqui contra o violador de Telheiras e outros sujeitos maldosos que vamos conhecendo do dia-à-dia pela comunicação social. São os padres pedófilos mais violadores que os outros? São homens, com milhares de defeitos como todos os outros e não e parece que a Igreja algum dia tenha transparecido imagem contrária a essa, ou poderá o Senhor Alegria apresentar um só diploma redigido na Santa Sé onde se diga o contrário?
Se o Padre cometeu um crime, o Estado que o castigue. A Igreja já não tem prisões.
Sua Santidade não tem de vir para Portugal falar de assuntos que todos sabemos são contra a moral de uns, mas bem aceites por outros. A Igreja não tem de se vergar a essas exigências enquanto tiver seguidores, quando estes acabarem aí sim, falaremos... já lá vão 2000 anos.
O Sua Santidade é uma figura que representa milhões de católicos e um símbolo de Paz, e até prova em contrário assim o será.
"Se o Padre cometeu um crime, o Estado que o castigue. A Igreja já não tem prisões."
ResponderEliminarMas foi exatamente isto que eu disse(ou queria dizer) ,o exemplarmente é de acordo com a lei vigente em cada estado (bem excluindo os EUA e outros que ainda aplicam a pena capital), não sei como conseguiu extrapolar as minhas palavras para outras coisas, atendendo a todo o comentário.
Para quem está tão interessado nos sapatos de Sua Santidade deixo-lhe uma nota para seu esclarecimento para evitar andar a apregoar mentiras. Os sapatos de Sua Santidade são feitos por Adriano Stefanelli (feitos em couro para o inverno e em napa para o verão, e o sapateiro que os restaura é António Arellano, um outro sapateiro italiano que tem loja nas imediações do Vaticano.
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ResponderEliminarQueira perdoar a minha má interpretação, mas ainda estava siderado nos comentários do Senhor Ernesto Andrade.
ResponderEliminarMeu caro Tiago Lourical:
ResponderEliminarNao se chatei!... enfim fez umas pesquisas no google?.
Prometo que nao o deixo sem resposta e com o preco dos sapatos e das roupas,escritas eu vou lhe mostrar isso mesmo, ja agora teve a oportunidade de ver o preco? ou omitiu por conviniencia?.
Nao leio pasquins!(o unico que recordo de ler era o "Amigo do Povo"!durante a semana leio o New York Post e aos domingos leio o New York Times cuja edicao aos domingos deve pesar ai uns 4 kg.
Esta prometido.
Caro Alegria:
Eu nao falo contra o Narciso,mas falar contra o Narciso e "chique"!.Ate o acho uma Pessoa simpatica!eu nao concordo com algumas das interrupcoes de transito a que ele chama monumentos como aquele ao emigrante, a nao ser que o amigo tambem olha aquele monumento de homenagem a ferrugem, uma obra de arte?!.
Ah ganda Faria!!!.
Cumprimentos
EA
Por falar em eventos com poucos custos, ligados à igreja e à cultura em geral, convido-os a participarem nas comemorações do encerramento dos 300 anos do convento do Louriçal, nos dias 22 e 23 de Maio. 22 de Maio diversas conferências sobre o Convento do Louriçal com contributo de diversos historiadores onde se destacam a Dra Luisa Jacquinet e o Professor José Meco (aula sobre azulejaria do convento): apresentação de um livro e a revista com o resumo dos comemorações, desde Novembro de 2008 até Maio de 2010 e no dia 23 cerimónias religiosas...
ResponderEliminarMais informações www.lourical.pt
Espero por vocês (inscrição gratuita)
Exmo. Senhor Ernesto Andrade,
ResponderEliminarFelicito-o pelas boas leituras, infelizmente não foi o que transpareceu nos seus comentários pouco esclarecidos.
Se a sua fonte de informação é o Google, só tenho uma coisa a dizer-lhe, se não lê pasquins e se fia no que lê online boa sorte. Conheço a casa Adriano Stefanelli desde que conheço, se bem que o outro sapateiro o desconheço nem tão pouco sei onde fica nem quanto custa meter um tacão novo nos sapatos de Sua Santidade nem me parece que seja esse o cerne da questão.
Se para si o mal se resume aos trajes que Sua Santidade usa e a quanto custam que imagem redutora tem V. Exa. da Santa Sé que está longe de ser uma casa de modas, que já se viu V. Exa. muito aprecia já que gosta da moda chique que por aqui se pratica.
Não façam desta questão uma "guerra santa", camaradas... :)
ResponderEliminarBoa tarde!
ResponderEliminarCaro Gabriel isto não é guerra Santa mas sim um diálogo esclarecedor.
Sr. D. Tiago todas as questões que levantei têm sentido na cabeça de qualquer português. Sabemos que a protecção a qualquer Chefe de Estado têm custos e que, ao longo dos tempos, o Chefe do estado do Vaticano foi que mais tentativas de atentado acumulou, algumas das quais consumadas.
Não podemos ignorar que os C130 das FAP foram a Roma buscar o PAPAMÓVEL e outro viatura blindada, isto têm custos.
Nunca foi minha intenção transmitir discórdia pela visita de Sua Santidade a Portugal, aliás, não é essa a minha postura. Costumo dizer que não me arrependo de nada mas, permitam-me dizer-lhes que em 1979 Paulo YI visitou Coimbra, toda a minha turma foi menos eu, por preguiça, senti-me arrependido por não ter ido.
Uma questão é a Fé, a esperança e ver as coisas com o coração outra é vê-las com sentido crítico. Já afirmei várias vezes que este acontecimento foi melhor para o governo.
A nossa igreja defende certos princípios sociais, económicos e de solidariedade social que por vezes não pratica e surge aos olhos do povo dando-lhes um visão de ostentação de riqueza em contradição com o nível de vida do povo, que a apoia .
É nestes aspectos que todos os católicos devem pensar e reflectir de forma a forçar igreja a meditar nestas questões, façam um livro o coisa no género de forma a modernizar a igreja e cativar as pessoas, acabem com o celibato, os padres são homens e têm procurar mulheres.
A mim não me interessa apoiar uma igreja rica a nadar em dinheiro que, quando o povo precisa dela, não está presente.
Meus Caros,
ResponderEliminarDiscutir a questão da viagem do Papa Bento XVI pelo aparato e custo da viagem da viagem e dos sapatos e dar relevância aos “fait divers” e deixar de lado o que importa.
O aparato, protocolo e custos da viagem foram tratados, seguramente, como assuntos decorrentes de uma relação normal de Estado a Estado, de que Bento XVI terá um poder temporal mais do domínio do simbólico do que real. Se a questão fosse olhada só desse ponto vista económico e financeiro, acredito, ao contrário do que dizem, que as vantagens e proveitos são incomensuravelmente superiores. Vejam quantos peregrinos nacionais e estrangeiros se deslocaram a Portugal e às nossas cidades, vejam quantas horas esteve Portugal nos olhos e ouvidos de todo mundo, seja na televisão, na rádio, nos jornais ou na net. Comparem os custos da publicidade e comunicação de operação “ALLGARVE” ou de uma “Lisboa air racing” e os resultados obtidos. Vejam o contributo dado na promoção da Língua Portuguesa alcandorando-a no lugar que lhe compete entre as línguas do mundo. Tendo lido as suas homílias e ouvido uma boa parte da sua intervenção na reunião da Pastoral social, entendo que são dois bons trechos de prosa colocados ao serviço de uma comunicação eficaz, capaz de convencer crentes e não crentes de que vivemos tempo difíceis, apontando as suas causas e, mais importante do que tudo isso, apontando soluções, conseguindo fazer passar, de forma comovente, uma mensagem de esperança no bem comum da humanidade.
Não faço ideia se os sapatos do Papa foram feitos pelo Sr. Stefanelli em Itália ou pelo Sr. Armando Silva em São João da Madeira. Num caso e noutro, seria uma grande honra e publicidade para as respectivas “casas” e, por isso, deveriam ser acompanhados de outras ofertas mais generosas. Neste campo, o que se pode dizer é que, apesar de intangível, o facto de Bento XVI ter falado de durante tanto tempo e de forma tão escorreita na nossa língua – coisa que os nossos políticos poliglotas tantas vezes se esquecem – que, de tão valioso que foi, nunca lhe poderemos agradecer.
Como sabem, não me move a fé. Evidentemente que, do ponto de vista dos costumes, Bento XVI e a Igreja promovem valores conservadores que não partilho e que não estão de acordo com as realidades do nosso tempo. Porém, do ponto de vista da Política económico-social, em suma, da Justiça, Bento XVI tem um pensamento e uma obra de síntese - como julgo não haver muitas outras nos últimos 50 anos – colada à realidade do nosso tempo, profunda e interpeladora, mas simultaneamente clara, capaz de inspirar e mobilizar as pessoas, convencendo-as de que é necessário mudar o mundo. De mudar o mundo para melhor: um mundo de liberdade, de solidariedade e de Justiça. Numa palavra só: um mundo de Amor.
Dentro desse espírito, aqui cito e partilho convosco alguns trechos da Encíclica Caritate in Veritate, de Bento XVI:
“(…) Destes desejo lembrar dois em particular requeridos especialmente pelo compromisso em prol do desenvolvimento numa sociedade em vias de globalização: a justiça e o bem comum. Em primeiro lugar a justiça. Ubi societas, ibi ius. (…) A caridade supera a justiça, porque amar é dar, oferecer ao outro do que é “meu”; mas nunca existe sem a justiça, que induz a dar ao outro o que é “dele”, o que lhe pertence em razão do seu ser e do seu agir. Não posso “dar” ao outro do que é meu, sem antes lhe ter dado aquilo que lhe compete por justiça. Quem ama os outros com caridade, é antes mais justo para com eles (…). Por um lado a caridade exige a justiça: o reconhecimento e o respeito dos legítimos direitos dos indivíduos e dos povos. Aquela na construção da “cidade do homem” segundo o direito e a justiça, Por outro, a caridade completa-a com a lógica do dom e do perdão. A “cidade do homem” não se move apenas por relações feitas de direitos e de deveres mas antes e sobretudo por relações de gratuitidade, misericórdia e comunhão.(…).../
.../
ResponderEliminarO mercado está sujeito aos princípios da chamada justiça comutativa, que regula precisamente as relações de dar e receber entre sujeitos iguais. Mas a doutrina social nunca deixou de por em evidencia a importância que tem a justiça distributiva e a justiça social para a própria economia de mercado, não só porque integrada num contexto social e político mais basto. (…) Sem formas internas de solidariedade e de confiança recíproca, o mercado não pode cumprir plenamente a própria função económica. E, hoje, foi precisamente esta confiança que veio a faltar; e a perda da confiança é uma perda grave. (…)
Consequentemente, o mercado motivou novas formas de competição entre Estados, procurando atrair centros produtivos de empresas estrangeiras através de variados instrumentos, tais como impostos favoráveis e desregulamentação do mundo do trabalho Estes processos implicam a redução das redes de segurança social em troca de maiores vantagens competitivas no mercado global, acarretando grave perigo para os direitos dos trabalhadores, os direitos fundamentais do homem e a solidariedade realizada pelas formas tradicionais do Estado social (…)
Comparado com o que sucedia na sociedade industrial do passado, hoje o desemprego provoca aspectos novos de irrelevância económica do indivíduo, e a crise actual pode apenas piorar a situação. A exclusão do trabalho por muito tempo ou então a dependência prolongada da assistência pública ou privada corroem a liberdade e a criatividade da pessoa e as suas relações familiares e sociais, causando enormes sofrimentos a nível psicológico e espiritual. Queria recordar a todos, sobretudo aos governantes que estão empenhados em dar um perfil renovado aos sistemas económicos e sociais do mundo, que o primeiro capital a preservar e valorizar é o homem, a pessoa na sua integridade: “com efeito o homem é o protagonista, o centro e o fim de toda a vida económico-social”. (…)
A economia integrada dos nossos dias não elimina as funções dos Estados, antes obriga os governos a uma colaboração recíproca mais intensa. Razões de sabedoria e prudência sugerem que não se proclame depressa demais o fim do Estado; relativamente à crise actual, a sua função parece destinada a crescer, readquirindo muitas das suas competências. ( …) A articulação da autoridade politica a nível local, nacional, e internacional é, para além do mais, uma das traves mestras para se chegar a poder orientar a globalização económica, e é também o modo de evitar que esta mine realmente os alicerces da democracia. (…)
Não obstante algumas limitações estruturais, que não se hão-de negar, nem absolutizar, “a globalização a priori não é boa nem má. Será aquilo que as pessoas fizerem dela”.(…)
A transição inerente ao processo de globalização apresenta grandes dificuldades e perigos, que poderão ser superados apenas se se souber tomar consciência daquela alma antropológica e ética que, do mais fundo, impele a própria globalização para metas de humanização solidária. Infelizmente, esta alma é muitas vezes abafada e condicionada por perspectivas ético-culturais de impostação individualista e utilitarista. A globalização é um fenómeno pluridimensional e polivalente, que exige ser compreendido na diversidade e unidade de todas as suas dimensões, incluindo a teológica. Isto permitirá viver e orientar a globalização da humanidade em termos de relacionamento, comunhão e partilha. (…)”
Houve alguém que disse, referindo-se a esta Encíclica de Bento XVI, que se trata de uma obra de arte. Para mim trata-se de uma excelente obra de Economia Política – a economia que realmente conta – do nosso tempo, que os nossos políticos deveriam ter sempre na mesa-de-cabeceira.
Para julgar o Papa Bento XVI, parece-me que devemos começar por o fazer com o mesmo rigor e a justa medida com que o fazemos em relação às nossas falhas, se assim fizermos e procurarmos entender a verdade em todas as suas dimensões, estou certo que só haverá a solução da absolvição.
Bom dia
ResponderEliminarNao vou fazer mais qualquer comentario sobre este assunto.
Como estamos todos neste barco(farpas) ha que aguenta-lo, nao gosto que me tratem por Exmo Snr.No meu entender isso nao da mais nobreza, respeito, educacao a quem escreve e a quem e dirigido, nem quero que alguem se ofenda com as minhas opinioes, nunca tive intencao de provocar alguem.
Por enquanto vou dedicar o meu tempo (mais 3 semanas) aos testes do meu curso em quimica que vou terminar este Junho no NJIT!
Abraco
Sempre Amigo
Ernesto Andrade
Parece-me que este plano tem pernas para andar....
ResponderEliminarPasso 1:
Trocamos a Madeira e os Açores pela Galiza, mas os espanhóis têm que levar o Sócrates.
Passo 2:
Os galegos são boa onda, não dão chatices e ainda ficamos com o dinheiro gerado pela Zara (é só a 3.ª maior empresa de vestuário). A indústria têxtil portuguesa é revitalizada. Espanha fica encurralada entre os Bascos e o Sócrates.
Passo 3:
Desesperados, os espanhóis tentam devolver o Sócrates. A malta não aceita.
Passo 4:
Oferecem também o Pais Basco. A malta mantém-se firme e não aceita.
Passo 5:
A Catalunha aproveita a confusão para pedir a independência. Cada vez mais desesperados, os espanhóis devolvem-nos a Madeira e os Açores e dão-nos ainda o Pais Basco e a Catalunha. A contrapartida é termos que ficar com o Sócrates.
A malta arma-se em difícil mas aceita.
Passo 6:
Damos a independência ao País Basco. A contrapartida é eles ficarem com o Sócrates. A malta da Eta pensa que pode bem com ele e aceita sem hesitar. Sem o Sócrates Portugal torna-se um paraíso e a Catalunha não causa problemas.
Passo 7:
Afinal a Eta não aguenta o Sócrates, e o País Basco pede para se tornar território português. A malta faz-se difícil mas aceita (apesar de estar lá o Sócrates).
Passo 8:
Fazemos um acordo com o Brasil. Eles enviam-nos o lixo e nós mandamos-lhes o Sócrates.
Passo 9:
O Brasil pede para voltar a ser colónia portuguesa. A malta aceita e manda o Sócrates para os Farilhões das Berlengas apesar das gaivotas perderem as penas e as andorinhas do mar deixarem de pôr ovos.
Passo 10:
Com os jogadores brasileiros mais os portugueses Portugal torna-se campeão do mundo de futebol!
Passo 11:
Os espanhóis ficam tão desmoralizados, que nem oferecem resistência quando os mandamos para Marrocos.
Passo 12:
Unificamos finalmente a Península Ibérica sob a bandeira portuguesa.
Passo 13:
A dimensão extraordinária adquirida que une a Península e o Brasil, torna-nos verdadeiros senhores do Atlântico. Colocamos portagens no mar, principalmente para os barcos americanos, que são sujeitos a uma sobretaxa tão elevada que nem o preço do petróleo os salva.
Passo 14:
Economicamente asfixiados eles tentam aterrorizar-nos com o Bin Laden, mas a malta ameaça enviar-lhes o Sócrates e eles rendem-se incondicionalmente. Está ultrapassada a crise!
Boa tarde!
ResponderEliminarSr. Roque este assunto está fora de contexto, de qualquer modo, acrescento: Portugal estaria muitíssimo bem se tivesse a industria que têm o País Basco.
Quando o tema é a religião, o debate é naturalmente extenso e dotado de muitos argumentos. Só isto, mostra que afinal a religião tem muito poder.
ResponderEliminarNão vou dar seguimento à discussão, apenas gostaria de referir que aqueles que responderam positivamente ao convide do Caro Pedro Santos, decerto não viram defraudadas as suas expectativas. Mais uma vez, Louriçal a dar um bom exemplo, e sem precisar de devoções ou de falsos moralismos.