Tudo reflexos da acção dos eleitos (de parte a parte). Os votos são pouco mais que os dos elementos das listas. Se é isto a democracia, eu vou ali e já venho!
O poder, no nosso caso concreto, não precisa de Partido, para ser exercido. Este é meramente instrumental e acessório, legitimador formal de candidaturas e pouco mais. A qualidade da democracia está associada à qualidade que os partidos agregam. Mas não vale tomar a nuvem por Juno, porque lá dentro ainda há quem pense criticamente (de parte a parte) e a deriva populista da extinção dos partidos é também ela uma ameaça à própria Democracia. Seja como for, o vazio que é constatado é um facto. E contra factos...
A tua ilacção é correctissima, Alvim. A deriva populista da extinção dos partidos é uma ameaça à democracia. Resta saber se isso é uma consequência acidental, ou intencional. A democracia, com todas as virtudes que se lhe reconhecem, tem também alguns "defeitos" para quem exerce o poder...
É o único sistema que legitima a sua própria auto-destruição. Ora, em Portugal habituamo-nos a que os partidos fossem o espelho da sociedade civil em vez de ser ao contrário. Sou anti-partidocrata, mas não consigo conceber uma democracia liberal sem Partidos e, porque não, movimentos a determinados níveis, onde a ideologia não seja factor aglutinador. No entanto, a arquitectura constitucional desta nossa democracia não pode prescindir dos Partidos. Pode haver reforços no espectro político (um partido liberal democrata faz falta, nas autarquias, movimentos de cidadãos já começam a ganhar terreno), pode haver esforços de regeneração interna (mas o post original espelha bem o porquê de não existir), mas também é necessária uma sociedade civil que os fiscalize e os centre. Por exemplo, a questão do Orçamento da AR: aprovado por unanimidade (mesmo que no geral, o orçamento diminua quase 20 milhões, sendo certo que nas "actividades propriamente ditas" há verbas que roçam o incompreensível para um cidadão normal).
O que se passa nas Concelhias mais pequenas dos principais partidos é que os dirigentes locais só se lembram dos militantes de base, para na altura das campanhas ajudarem a pagar o merchadising e agitar bandeiras. Nunca são ouvidos e quando se marcam reuniões da concelhia é só para informar factos consumados que ja toda a gente sabe. Assim o militante sente-se como somente uma ovelha no rebanho e isso leva á desmobilização e posteriormente ao não pagamento das quotas e por esse motivo a impossibilidade de votar.
Ainda não percebi uma coisa, e espero que o Eng Rodrigues Marques nos venha aqui esclarecer. A Concelhia do PSD de Pombal tem cerca de 600 militantes, 122 com direito a voto, e votaram 40... Então os 478 não podem votar porquê? Não têm as quotas em dia, já morreram...? Isto parece os cadernos eleitorais do concelho, que pelo número que lá está deu-se "emprego" a mais 2 jovens na Câmara,aumentando o número de vereadores, mas pelo número real de votantes, só lá deviam estar para aí uns três...
Caro Amigo Rafeiro, ja te expliquei, a maioria dos militantes do meu partido (PSD) em Pombal, pura e simplesmente deixaram de pagar as quotas, pois 12 euros por ano para não ser ouvidos, nem todos estão para isso. Eu ainda pago e ainda voto até ver, pois se isto continuar assim na Concelhia de Pombal tambem sou dos tais a não pagar e provavelmente a entregar o cartão, pois não estou num Partido só para fazer numero
Amigo e companheiro Rafeiro no Pombal, boa noite. (Mas que raio de nome que o teu Padrinho te deu?!) Como tu sabes e o nosso companheiro António Roque já te disse, é que para eleger e ser-se eleito é necessário ter as quotas em dia. Chinesices! Mas a questão de fundo é precisamente essa. DEBATE! Vamos a ele. Abraço.
O debate já começou e é mais do que bemvindo, meu caro. Mas não me parece que a falta de pagamento de quotas seja uma questão de fundo. Ou será que isso não é um expediente tão facilmente contornável?
A questão de fundo foi colocada pelo Adelino Malho e pela necessidade de debate. E os partidos querem-no? Claro que não...
Amigo e companheiro Rafeiro no Pombal, boa noite. (Mas que raio de nome que o teu Padrinho te deu?!) Como tu sabes e o nosso companheiro António Roque já te disse, é que para eleger e ser-se eleito é necessário ter as quotas em dia. Chinesices! Mas a questão de fundo não é essa. A questão de fundo é o: DEBATE! Vamos a ele. (Companheiro João Alvim perdoa-me mas era isto que eu queria dizer e não o contrário.) Abraço.
Se calhar o objectivo dessas pessoas que fazem parte dos partidos mas não têm as quotas em dia não é votar, mas pura e simplesmente possuir um cartão partidário, na ilusão de que este resolva todos os seus problemas. E espero mesmo que seja uma ilusão, não vá agora ser necessário possuir cartões partidários para encontrar um emprego com boas condições, por exemplo. Relativamente aos números tão reduzidos, conduzem necessariamente a uma perda de poder por parte do líder, e a uma instabilidade que mesmo não sendo demonstrada, existe! Tenham cuidado, para próxima ainda há algum maluco que convença a família toda a tornar-se militante de um dos partidos e assim facilmente chegar a presidente do partido!(seria bonito)
Se cada um dos partidos estivesse mais preocupado com as pessoas que representa, em vez de trabalhar consoante os interesses internos (ou mesmo individuais) e no sentido de descredibilizar o outro, não falaríamos com mágoa, nem precisávamos de olhar com desconfiança.
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Tudo reflexos da acção dos eleitos (de parte a parte). Os votos são pouco mais que os dos elementos das listas. Se é isto a democracia, eu vou ali e já venho!
ResponderEliminarO poder, no nosso caso concreto, não precisa de Partido, para ser exercido. Este é meramente instrumental e acessório, legitimador formal de candidaturas e pouco mais. A qualidade da democracia está associada à qualidade que os partidos agregam. Mas não vale tomar a nuvem por Juno, porque lá dentro ainda há quem pense criticamente (de parte a parte) e a deriva populista da extinção dos partidos é também ela uma ameaça à própria Democracia. Seja como for, o vazio que é constatado é um facto. E contra factos...
ResponderEliminarA tua ilacção é correctissima, Alvim. A deriva populista da extinção dos partidos é uma ameaça à democracia. Resta saber se isso é uma consequência acidental, ou intencional. A democracia, com todas as virtudes que se lhe reconhecem, tem também alguns "defeitos" para quem exerce o poder...
ResponderEliminarÉ o único sistema que legitima a sua própria auto-destruição. Ora, em Portugal habituamo-nos a que os partidos fossem o espelho da sociedade civil em vez de ser ao contrário. Sou anti-partidocrata, mas não consigo conceber uma democracia liberal sem Partidos e, porque não, movimentos a determinados níveis, onde a ideologia não seja factor aglutinador. No entanto, a arquitectura constitucional desta nossa democracia não pode prescindir dos Partidos. Pode haver reforços no espectro político (um partido liberal democrata faz falta, nas autarquias, movimentos de cidadãos já começam a ganhar terreno), pode haver esforços de regeneração interna (mas o post original espelha bem o porquê de não existir), mas também é necessária uma sociedade civil que os fiscalize e os centre. Por exemplo, a questão do Orçamento da AR: aprovado por unanimidade (mesmo que no geral, o orçamento diminua quase 20 milhões, sendo certo que nas "actividades propriamente ditas" há verbas que roçam o incompreensível para um cidadão normal).
ResponderEliminarO que se passa nas Concelhias mais pequenas dos principais partidos é que os dirigentes locais só se lembram dos militantes de base, para na altura das campanhas ajudarem a pagar o merchadising e agitar bandeiras. Nunca são ouvidos e quando se marcam reuniões da concelhia é só para informar factos consumados que ja toda a gente sabe. Assim o militante sente-se como somente uma ovelha no rebanho e isso leva á desmobilização e posteriormente ao não pagamento das quotas e por esse motivo a impossibilidade de votar.
ResponderEliminarAinda não percebi uma coisa, e espero que o Eng Rodrigues Marques nos venha aqui esclarecer.
ResponderEliminarA Concelhia do PSD de Pombal tem cerca de 600 militantes, 122 com direito a voto, e votaram 40...
Então os 478 não podem votar porquê? Não têm as quotas em dia, já morreram...?
Isto parece os cadernos eleitorais do concelho, que pelo número que lá está deu-se "emprego" a mais 2 jovens na Câmara,aumentando o número de vereadores, mas pelo número real de votantes, só lá deviam estar para aí uns três...
Caro Amigo Rafeiro, ja te expliquei, a maioria dos militantes do meu partido (PSD) em Pombal, pura e simplesmente deixaram de pagar as quotas, pois 12 euros por ano para não ser ouvidos, nem todos estão para isso. Eu ainda pago e ainda voto até ver, pois se isto continuar assim na Concelhia de Pombal tambem sou dos tais a não pagar e provavelmente a entregar o cartão, pois não estou num Partido só para fazer numero
ResponderEliminarAmigo e companheiro Rafeiro no Pombal, boa noite.
ResponderEliminar(Mas que raio de nome que o teu Padrinho te deu?!)
Como tu sabes e o nosso companheiro António Roque já te disse, é que para eleger e ser-se eleito é necessário ter as quotas em dia.
Chinesices!
Mas a questão de fundo é precisamente essa.
DEBATE!
Vamos a ele.
Abraço.
Eng.
ResponderEliminarO debate já começou e é mais do que bemvindo, meu caro. Mas não me parece que a falta de pagamento de quotas seja uma questão de fundo. Ou será que isso não é um expediente tão facilmente contornável?
A questão de fundo foi colocada pelo Adelino Malho e pela necessidade de debate. E os partidos querem-no? Claro que não...
Amigo e companheiro Rafeiro no Pombal, boa noite.
ResponderEliminar(Mas que raio de nome que o teu Padrinho te deu?!)
Como tu sabes e o nosso companheiro António Roque já te disse, é que para eleger e ser-se eleito é necessário ter as quotas em dia.
Chinesices!
Mas a questão de fundo não é essa.
A questão de fundo é o:
DEBATE!
Vamos a ele.
(Companheiro João Alvim perdoa-me mas era isto que eu queria dizer e não o contrário.)
Abraço.
Se calhar o objectivo dessas pessoas que fazem parte dos partidos mas não têm as quotas em dia não é votar, mas pura e simplesmente possuir um cartão partidário, na ilusão de que este resolva todos os seus problemas. E espero mesmo que seja uma ilusão, não vá agora ser necessário possuir cartões partidários para encontrar um emprego com boas condições, por exemplo.
ResponderEliminarRelativamente aos números tão reduzidos, conduzem necessariamente a uma perda de poder por parte do líder, e a uma instabilidade que mesmo não sendo demonstrada, existe! Tenham cuidado, para próxima ainda há algum maluco que convença a família toda a tornar-se militante de um dos partidos e assim facilmente chegar a presidente do partido!(seria bonito)
Se cada um dos partidos estivesse mais preocupado com as pessoas que representa, em vez de trabalhar consoante os interesses internos (ou mesmo individuais) e no sentido de descredibilizar o outro, não falaríamos com mágoa, nem precisávamos de olhar com desconfiança.