29 de julho de 2014

Casa Varela para Botequim

Visitei a Casa Varela durante o bodo e, face a tanta vacilação de quem decide, “pensei” uma solução “cultural” para a Casa Varela: Instala-se ali um botequim e um prostíbulo, com meretrizes vestidas ao tempo do Marquês de Pombal, e um “negócio” da “erva” dos tempos atuais.
Com esta solução, atinge-se o principal objetivo: os escritores, mais concretamente os poetas, mas também os pintores e outros artistas, irão inspirar-se nas musas do botequim (e nos fumos) para criar as suas grandes obras, tal como fez Bocage.
Secundariamente, é assegurado o necessário financiamento à sustentação das “artes”, através das receitas proporcionadas pela imaculada clientela masculina, composta pelos habituais mecenas, tais como como um DJ “novo” e sua corte noturna.
Finalmente, Pombal dá um sinal de modernização, ao legalizar as drogas leves e a mais antiga profissão do mundo, combate a evasão fiscal e assegura a higiene e segurança no trabalho a uma classe profissional desprotegida.
No âmbito do marketing, instala-se a lâmpada violeta na montra e exibe-se a “obra de arte” em bikini sentada na poltrona ao estilo da capital da União, Bruxelas…

Regina e os livros


Até há bem pouco tempo, a Soares era uma papelaria que também vendia uns livros. Em boa hora, os seus responsáveis decidiram dar mais espaço à livraria, preenchendo assim a lacuna criada em Pombal com o fim da K de Livro. Mas foram mais longe: convidaram a Regina Gaspar para esse projecto.

A Regina é uma excelente leitora. A página que dinamizava com a Nathalie na K de Livro e a que agora é responsável na Soares são prova disse mesmo. Mas nada como uma visita ao seu local de trabalho para confirmar o seu encanto pelos livros e a forma discreta como nos convida a viajar no seu universo literário. 

Raras são as pessoas que têm o dom de transformar uma livraria num espaço de cultura. A Regina é uma delas. Agora que se aproximam as férias, fica a sugestão para uma visita à Soares e o conselho para que se deixe contaminar pelas escolhas da Regina.

27 de julho de 2014

Voto de confiança

No mundo do futebol, é usual os presidentes dos clubes virem publicamente dar um “voto de confiança” no treinador - garantindo que ele está a fazer um bom trabalho - quando os resultados desagradam aos apaniguados. Mas, a malta que acompanha o fenómeno desportivo sabe que o “voto de confiança” é a antecâmara da “chicotada psicológica”.
Agora, pelos vistos, na política, também já se pratica o “voto de confiança”. Que o bombeiro-mor elogie os vereadores do PS, compreende-se. Agora, dar um “voto de confiança” no novo presidente da câmara (e na sua equipa), quando este ainda anda a tentar encontrar um estilo próprio, não lembra ao diabo.

Com amigos destes, Diogo Mateus não precisa de inimigos.

25 de julho de 2014

O mistério da Casa Varela

Ainda não se sabe ao certo o que aquilo vai ser - pelo menos ninguém o veio dizer publicamente - mas o certo é que hoje à noite arranca por lá o projecto Rupturas - a emigração portuguesa, (embora originalmente escrito em desacordo ortográfico), num conjunto de espectáculos, performances e exposições. Sabe-se muito pouco sobre o que vai ser, mas o punhado de gente da terra envolvida leva-me a crer que há-de ser bom. É sempre bom ter gente a fazer coisas pela terra onde vive.
O que ainda não consegui perceber foi se a Câmara está com vergonha de contar do que se trata, se foi decidido muito em cima da hora ou se, inexplicavelmente, se esqueceu de o divulgar. Além de uma referência curta  no programa do Bodo, não há nada na cidade que o promova. Bastava que tivesse uma pequena parte da divulgação feita à reunião com os "agentes culturais", em Maio passado...
O melhor é irmos ver como é, para contar como é que foi.

Câmara cobra créditos prescritos II

Já aqui falámos anteriormente da atuação da Câmara Municipal de Pombal, ao exigir o pagamento de créditos (prescritos) por serviços prestados há mais de seis meses, designadamente os referentes a “gestão de resíduos sólidos urbanos”, o que agora voltamos a fazer e acrescentamos algumas notas relativas à exigência de juros de mora. Para o efeito, a Câmara Municipal está a recorrer a uma prática ardilosa para enganar o munícipe, fazendo-o acreditar que está obrigado ao pagamento de dívidas prescritas.
Como dissemos anteriormente, a Lei 23/96 de 26 de Julho, no artigo 1º, nº 2, al g), dispõe que os “serviços de gestão de resíduos sólidos urbanos” estão abrangidos pelas regras da restante lei a que deve obedecer a prestação de serviços públicos e, no artigo 10º, nº 1, dispõe que “o direito ao recebimento do preço do serviço prestado prescreve no prazo de seis meses”.
Sucedeu que pelo menos um munícipe, após ter sido intimidado com vários avisos escritos, pagou o preço faturado dos serviços prestados há mais de 6 meses. Depois, a Câmara Municipal passou a enviar faturas referentes aos serviços prestados nos dois meses anteriores e nelas passou a incluir parte dos juros de mora relativos à dívida que estava prescrita (referente aos serviços prestados há mais de 6 meses e até há mais de 8 anos). Aliás, informou que os juros seriam incluídos nas 74 faturas seguintes.
Tendo o dito munícipe comparecido nos Serviços da Câmara Municipal para pagar o valor da fatura, na parte apenas referente aos serviços, foi-lhe recusado o recebimento, com o argumento de que a Câmara Municipal só podia aceitar o pagamento do valor total da fatura (incluindo os juros).
Porém, a citada lei 23/96, no artigo 6º, diz que “não pode ser recusado o pagamento de um serviço público, ainda que faturado juntamente com outros, tendo o utente direito a que lhe seja dado quitação daquele”.
Ora tendo sido paga uma dívida prescrita, aplica-se o regime das obrigações naturais, pelo que, nos termos do disposto no artigo 404º do Código Civil, os juros também estão prescritos. Mas, mesmo que se entendesse que a obrigação de juros não prescreve também no prazo de 6 meses, o direito a cobrar juros de mora sempre teria de prescrever no prazo de 5 anos, nos termos do disposto no artigo 310º, al. d) do Código Civil.

A conduta de má-fé mantida pela Câmara Municipal nas suas relações com os munícipes terá de terminar. A necessidade de manter as receitas para as gordas avenças mantidas e reforçadas com os profissionais liberais contratados e para outras banalidades não pode lesar os munícipes…

22 de julho de 2014

O Bodo, o DJ e o Baião


Como qualquer pombalense, gosto do Bodo. Ele é a sardinhada com os amigos, as farturas na "Gomes", o tirinho nos “Amigos de Peniche”, os choques nos carrinhos da "Super Troll King Kong", os finos na "Pombalina", a “abaladiça” no Esquina. Ah, é verdade: e também os espectáculos. Este anos vou ver o António Zambujo e o Ricardo Silva, mas não prometo ficar para o DJ AC. Por falar nisso: alguém me sabe dizer porque é que o obscuro DJ não dá a cara pelo Bodo? Será alguma exigência do "Mambo cafés"?

Mas voltando à vaca fria. Não somos muito exigentes com as nossas festas. Gostamos do Bodo. Ponto final. Mas não nos façam de burros. Como é que se compreende que o programa oficial das Festas do Bodo contemple a transmissão do "Portugal em Festa" da  SIC? "Projectar Pombal para o mundo global" como noticia o Notícias do Centro? Não gozem connosco! Este tipo de programas, que apela, de forma obscena, ao gasto de dinheiro em chamadas telefónicas, é o exemplo perfeito do pior lixo televisivo que se faz por cá. Dar eco a essa vergonha é revelador de um provincianismo bacoco e de uma confrangedora falta de cultura.

21 de julho de 2014

Donativo de €250,00 a 120%

Muito se comentou e discutiu sobre a carta enviada pela Câmara Municipal de Pombal a algumas empresas a solicitar, a cada destinatária, um “donativo” de €250,00, para assegurar o financiamento particular das despesas do “bodo”, mas pouco se esclareceu.

Pouco se esclareceu, porque na carta não se pretendeu ou não e podia esclarecer, atendendo a que cada empresa contactada (doadora) poderia, ao abrigo do disposto no artigo no artigo 62º, nºs 1, al. a), e 2 do Estatuto dos Benefícios Fiscais, contabilizar como custos 120% do valor do donativo concedido para fins “culturais”…
Se nas freguesias fora da sede de concelho as festas são pagas pelos patrocinadores e pelos utentes, em Pombal não devem ser pagas pelos contribuintes...

20 de julho de 2014

Complexo de Édipo

Em Janeiro de 2013 o Farpas rejubilou com o facto do PSD ter eleito o melhor candidato para fazer oposição a Diogo Mateus. Na altura, a maioria dos militantes sociais-democratas não percebeu a asneira. Hoje a laranja tem um problema para resolver e eu não acredito que o consiga fazer com a mesma facilidade quem que o fez em 2008 com o Dr. Luís Garcia (ver aqui, aqui ou aqui). Ou muito me engano ou Diogo Mateus vai ter que carregar esse fardo durante todo o mandato. E a oposição, se tiver esperteza, vai ter no presidente da Assembleia Municipal um grande aliado.

18 de julho de 2014

Há Cábulas e Cábulas

Quem passou alguns anos pelos bancos das escolas conheceu muita rapaziada que apostava tudo no “copianço”,  os chamados “cábulas”, grupo onde, ainda assim, se distinguiam facilmente dois subgrupos: (I) os que o faziam com sucesso; e, (II) os que nem copiar sabiam. 
Em Pombal estamos entregues a políticos (e arquitetos) que nem copiar sabem, porque aprovam e implementam projetos anacrónicos que qualquer leigo sensato rejeitaria. Foi assim com o “urinol” que já foi abaixo; com os pinos na ponte e no cardal que, consta, vão ser arrancados (o bombeiro do regime defende-os, aqui, com o argumento cábula de que foram copiados de Vila do Conde); as ameias do castelo que o presidente da câmara justificou com o argumento que foram copiadas de outros castelos, mas que qualquer leigo vê que têm que ser corrigidas; a colocação de contentores de lixo subterrâneos nos locais mais nobres da cidade, que um dia destes serão arrancados, os postes dos candeeiros no meio de passeios estreitos, que a Sónia e a Paula aqui retrataram muito bem e terão que ser mudados, etc.
Estamos entregues a “cábulas”, dos que não sabem copiar, no poder e na oposição. Deus nos valha!


Pinos das ratoeiras vão ser removidos?

Todos os dias há alguém que tomba sobre os empedrados do Largo do Cardal e da Ponte Dª Maria, por tropeçar nos pinos das ratoeiras que lá foram colocadas pelos arquitetos e políticos idiotas. Algumas das vítimas ficam feridas e têm necessidade de receber tratamento hospitalar.
Consta agora que o executivo camarário tenciona remover os pinos. Que o faça de imediato, para que ninguém mais sofra acidentes, a Câmara Municipal não tenha de indemnizar e os autarcas não sejam criminalmente responsabilizados.

A demolição da “cagadeira” já foi um sinal de coragem. Falta mais… A destruição dos dinheiros públicos verificou-se no ato da construção e não no ato da demolição. A “demolição” foi a remoção o “lixo”.

16 de julho de 2014

O preço do mamarracho

(Carlos) Reis Figueiredo, o arquitecto que projectou o "mamarracho" demolido na semana passada, escreve no Diário de Leiria de ontem um corajoso direito de resposta . Entre outras coisas, diz ele: "o valor referido nos gastos da sua construção (18.500 euros) são pura invenção! Se multiplicássemos por 4 ainda ficaríamos aquém do efectivamente realizado".
Ficamos também a saber que "o valor referido para a conclusão do mesmo também não está correcto (42.500 euros), sendo bem menos".
E, sobretudo, ficamos a perceber que, desta história, só nos contaram certos capítulos. Aguardamos então pelas cenas dos próximos, que podem ter Narciso Mota como narrador.

14 de julho de 2014

A política do (a)parecer

Haverá com certeza poucos erros maiores do que dar importância a coisas que não a têm. A polémica sobre a paternidade/maternidade da ideia do alargamento do horário da biblioteca municipal em época de exames sempre me pareceu um deles. Mas, como a polémica tem andado por aqui e exacerbou-se nos últimos tempos, admiti que poderia estar a cometer um erro de avaliação, não sobre a paternidade/maternidade da iniciativa que pouco valorizo na ação política, mas sobre o mérito da coisa. Como procuro não escrever sobre o que não sei ou não conheço, meti-me ao terreno.
Eis os dados de uma amostragem significativa:
- Dia 10, 10:30 h: 6 frequentadores, com mais de 35 anos, 3 na net, 2 a estudar, 1 a ler jornais;
- Dia 11, 10 h: 4 frequentadores, com mais de 35 anos, na net;
- Dia 14, 10 h, 5 frequentadores, 3 a estudar, 2 na net, com mais de 35 anos.
Nos três dias um único frequentador repetido, com mais de 50 anos, na net.
Eis o ridículo da polémica, que espelha a política que por cá – não só, melhor fosse - se vai fazendo.
A política tradicional era ideologia - reflexão, análise, ideias, programa político. Atualmente é, essencialmente, (a)parecer - “iniciativas” e propaganda. O modelo proveio das “jotas”, mas rapidamente foi adotado pelos partidos. O resultado está aí: ausência de ideias, acão no modo tentativa-erro, lideranças ineptas. Nos principais partidos a realidade é confrangedora.

11 de julho de 2014

Gestão dos Centros de Saúde pelas câmaras

Se o governo avançar com a medida (tenho dúvidas que tenham tempo suficiente para a implementar), por aqui (e não só), vai ser necessário arranjar cartão laranja para ter acesso a consulta (a tempo).

Não se atrasem. Depois não digam que não foram avisados!

Concerto para a fina flor do entulho

O Leonel Mendes (conhecido no meio artístico como Rapaz Improvisado ou Rapaz Cão) é um senhor. No dia em que o quiosque veio abaixo, vestiu-se de pedreiro, agarrou na guitarra e foi aos escombros dar um concerto. É claro que não havia por lá muito público - para isso era preciso haver gente, à noite, na cidade. É claro que o feito não foi amplamente divulgado pelos canais municipais. Mas foi uma pedrada no charco.

10 de julho de 2014

A biblioteca é de todos

Mas a JSD já lá colocou uma bandeira. Ou uma bandarilha, não sei bem.
Então o alargamento do horário já é uma proposta (agora aceite pelo executivo) da JSD?
Ah valentes...

9 de julho de 2014

Um dia histórico

Hoje, algo de histórico ocorreu em Pombal: uma obra emblemática do regime foi demolida antes de ser inaugurada! E a decisão foi tomada por aqueles que a aprovaram e a defenderam durante muito tempo. Surpreendente? Nem tanto, porque, entretanto, muita coisa mudou: no poder e na realidade quotidiana. “A terra move-se”, como afirmou Galileu.
Nos últimos anos, Pombal perdeu habitantes mas ganhou cidadãos. Tem hoje mais homens e mulheres livres. Sentimo-lo em crescendo, através das manifestações de incentivo, da partilha de informação comprometedora, da disponibilidade para agir.
Hoje, muita gente aplaude a decisão de demolir o “urinol”. Mas foi mais uma imposição (da comunidade) do que uma decisão por convicção. Fizeram bem em assumir o erro. Mas há mais para assumir.


PS: Esta semana houve mais demolições. Na Rua de Albergaria as passadeiras em pedra foram arrancas e estão a ser reconstruidas.

Salvem o Bodo!

O presidente do Município de Pombal escreveu aos comerciantes esta semana a pedir ajuda. Consciente dos tempos difíceis que estamos a atravessar, o Farpas não pode deixar de se associar a esta causa, divulgando aqui a respectiva carta, para o caso de ter ficado algum endereço esquecido.
A hora é de dar as mãos e os tostões para salvar a festa - isto se quiserem continuar a ter bons espectáculos  (!) e entradas à borla. Como sabem, a Câmara não dá para tudo. Os grandes patrocínios que outrora sustentavam o Bodo fogem para outras zonas do concelho e da região. E o que são, afinal, 250 euros para os cofres de um comércio que respira saúde e pujança, hum? Só mais 100 do que o valor do metro quadrado estipulado pelos serviços municipais para expor na rua meia dúzia de tarecos.
Vá lá, não sejam piegas!




8 de julho de 2014

“Cagadeira” do Cardal vai abaixo?

Consta que o feio e pequeno mamarracho inacabado do Cardal, inicialmente destinado a “cagadeira”, será demolido amanhã (09-07-2014), para que a “Praça” fique mais aberta, mais limpa e mais bonita.
Depois de tanta polémica, parece que o novo edil demonstra a coragem necessária para “arejar” a “Ágora”, o que aqui se pretende reconhecer e valorizar. Veremos até onde irão as reformas… 

6 de julho de 2014

Torre de Moncorvo dá o exemplo

A Assembleia Municipal de Torre de Moncorvo decidiu, por unanimidade, acabar com os títulos académicos na designação dos eleitos. Passa a desgnar-se o vereador tal e o deputado tal, em vez de vereador eng.º tal e deputado dr. Tal. Gosto! Um bom princípio, e bem defendido pelo presidente da AM daquele concelho. "O que entendemos é que o mais importante é ser deputado, e títulos podem trazer alguma característica de diferenciação que não é pretendida."
Fica o meu elogio. Não creio que em Pombal isto seja possível, somos demasiado vaidosos...

5 de julho de 2014

Sarkozy, o pequeno gaulês!

Anda com a vida complicada, o danado, como se vai lendo nas noticias.
O azar dele foi ter nascido francês. Fosse ele português em geral, quem sabe até se pombalense em particular (que nós estamos com um défice de notáveis aqui no burgo), e teria vida mais folgada.
Alguém duvida?

Nem a Angelina Jolie nua...

... conseguiria criar tamanho caos ao trânsito e estacionamentos em Pombal, como creio que este executivo camarário conseguirá. Vem aí o Verão, e com ele o Bodo, os emigrantes, (turistas-não-que-nós-em-pombal-não-queremos-nada-disso), e os carros. Muitos carros! Para já, temos várias ruas em obras (destaca-se aqui a Rua de Albergaria dos Doze), parece que o parque do Centro de Saúde também vai virar estaleiro, e muitos lugares de estacionamento foram suprimidos, no recente "retoque de maquilhagem" da cidade. Para além de mais feia, ficou menos funcional. Vai ser bonito!
Ao executivo, isto não incomoda muito, porque se sabe que têm as suas soluções "à medida" de estacionamento, passando por ruas cortadas, tendo acessos ao estacionamento da CMP preparados com prioridade máxima, etc.
Continuam a não pensar nas pessoas, e isso é triste. É triste, e é uma vergonha.

4 de julho de 2014

O fado do remador português

A lei das autarquias locais estabelece dois vereadores a tempo inteiro nos municípios com mais de 20.000 e menos de 100.000 eleitores. Pombal tem cinco! (remunerados como não o seriam no mercado trabalho).
A lei impõe dois diretores de departamento nas autarquias como Pombal. A CMP, com a recente reestruturação, ficou com dois (três foram aos figos).
Consequentemente, a câmara ficará com seis chefes (políticos) para dois subordinados (diretores): três chefes por subordinado! É obra!

Nunca mais cortamos com o triste fado do remador português!

Rolam cabeças no Cardal

Na CMP vai um enorme rebuliço: rolam cabeças todos os dias! Políticos, dirigentes, funcionários. O sangue jorra e as lágrimas também – até de onde nunca se imaginaria (há sonhos que se tornam pesadelo).
Primeiro foi o clã Mota: o irmão apeado e encostado rapidamente, ao filho cortadas regalias e a nora chumbada no estágio para solicitadora (onde é que isto já se viu! – exclamará Narciso Mota.)
Ao mesmo tempo foi desautorizado, maltratado e empurrado o António Pires; como exemplo.
De seguida fez-se uma reestruturação às três pancadas, em cima do joelho, sem critério, e cortaram-se mais umas tantas cabeças.
O modelo de gestão está implementado. Haja quem pie!

3 de julho de 2014

Entretanto, na Pelariga:

Este é um espaço que vos quero mostrar. É o recreio da Pré-primária da Pelariga, frequentado por bastantes crianças, que ali brincam todos os dias. O meu filho anda lá.
Neste espaço, há pregos e parafusos ferrugentos como os que se mostram nestas fotografias:

~
Sei do que falo. Por causa deles (estes pregos), o meu filho já foi para o centro de saúde, há meses. Queixei-me na escola, onde me disseram que a Junta de Freguesia (da Pelariga) já tinha sido avisada, e que o problema seria resolvido em breve. Informei que esperava não ter que ser eu a ir lá tirar aquelas porcarias.
Fui à Junta de Freguesia. Fechada. Voltei outras vezes. Fechada, sempre. Ainda hoje, foi como vos mostro:
Isto é uma irresponsabilidade enorme. A falta de segurança nas escolas sob alçada dos municípios é um problema real e grave. Terá sido por aqui uma das razões da saída do anterior vereador com este pelouro? Conhecedor do ensino público como ele é, não o imagino a pactuar com estas situações.

Ontem convenci-me que será mesmo necessário ir lá eu tirar o raio dos pregos. espero ao menos que, quando me lá virem, Freguesia e Câmara Municipal sintam a mesma vergonha que eu sentiria se fosse necessário vir alguém de fora arrancar pregos a um local sob minha responsabilidade.

2 de julho de 2014

Pedro Pimpão descobriu a pólvora:

"A importância da industrialização do país na dinamização da economia e criação de emprego”. Descobriu a pólvora e começou logo a dar tiros: “reuniu com o Presidente da Direção da Associação dos Industriais do Concelho de Pombal (AICP), João Matias, recentemente eleito para o desempenho destas funções”.
Muito bem: nada mais prioritário do que começar por um concelho que nos últimos 20 anos desindustrializou e destruiu emprego.
Não haja dúvida: com estes dois industriais e empregadores, especialistas na matéria, estamos bem entregues.


Milho aos Pombus

Declaração de interesses: o serviço Pombus é, para mim, um dos maiores feitos (talvez mesmo o maior) da era Narciso. Deduzo que não seja rentável, mas o cariz social de que se reveste vale por si.


Era sexta-feira (dia de pequeno-almoço municipal) naquela hora em que os motoristas trocam o turno. O autocarro quase cheio de seniores em combate à solidão, mais meia-dúzia de alunos despachados das aulas, e uma conversa deliciosa entre o motorista e os utentes (habituais). Terminadas as obras no Cardal, os motoristas estão indignados com a repetição do erro:
- avisámos bem, quando fizeram as obras daquele lado, para não deixarem assim a entrada para os autocarros, que aquilo dá cabo dos pneus!
- se calhar quem faz as obras não percebe nada disso… (diz fulano)
- o melhor é dizerem ao presidente! (diz cicrano)
- ele não ouve opiniões…(diz beltrano)
- não é ele que manda. Diz que que ainda é o outro (diz um deles)

Ups. Que ainda há gente baralhada. E não consta que algum daqueles tivesse conhecimento da lista (im)provável da concelhia do PSD...

1 de julho de 2014

Estranho ou nem tanto

Segundo o NC a “Assembleia Municipal de Pombal rejeitou na sexta-feira, por unanimidade, uma moção, apresentada pela bancada socialista, contra a portaria que pode retirar valências nos hospitais da imediação do concelho – Centro Hospitalar de Leiria e Hospital Distrital da Figueira da Foz – exigindo a sua “imediata revogação””.
Erro de simpatia ou nonsense politico?

Assim se vê a máquina do PSD!

Pedro Pimpão é o candidato (e vencedor anunciado) à concelhia do PSD de Pombal (desculpem lá, que eu nunca acerto nos nomes destes órgãos, por inexperiência no ramo). Até aqui, tudo certo.
Para a mesa, só mulheres, lideradas por Fernanda Guardado. Ainda melhor, e um bom sinal, visto que a politica (e também a pombalense) ainda está muito "macha".
Recupera Pedro Martins. E aqui, está um sinal que ainda não entendi bem.
Creio que a grande questão que se vai colocar, no futuro, é a de perceber até que ponto este  PSD local está com este executivo, e qual a relação de forças que se vai estabelecer entre as duas entidades. O mar, parece-me, tem tendência a encrespar. O tempo o dirá!
Aqui podem ver o anúncio da candidatura.