26 de setembro de 2014

Câmara Corporativa

Estranhamente, em Pombal, o poder e a oposição tendem a ser unânimes nas questões fundamentais; não percebendo que toda a unanimidade é burra. O corno – o PS – é, sempre, o mais burro, porque o outro tira sempre algum gozo da coisa.
No ponto mais quente da ordem de trabalhos da AM – Obras da Regeneração Urbana / Demolição do Quiosque, agendado, supostamente, a pedido do arquitecto - o PS juntou-se ao PSD na recusa da audição do visado durante a discussão do polémico ponto, apadrinhando, desta forma, a estratégia de ocultação gizada pela maioria. No final levou a paga e amochou-se: “…não respondo. Se quiser faça-me um requerimento”, rematou Diogo Mateus, com a arrogância e o desprezo conhecidos.
É claro que aquelas “digníssimas criaturas”, que se têm em grande conta mas contam pouco - passam o tempo a tratar-se por deputado, ilustre deputado, digníssimo deputado, não querem que ninguém os interpele. Agarram-se ao regimento para obstaculizar a participação de qualquer outsider. Neste caso, com o argumento de que o regimento não permite que o público participe na discussão de um ponto da ordem de trabalhos. Ridículo. O arquiteto Reis Figueiredo não é um cidadão qualquer, é um perito, foi o responsável técnico pela concepção e implementação da obra. Não permitir que o visado exerça o elementar direito ao contraditório, em momento oportuno, é coartar o direito de defesa ao visado e o acesso a informação privilegiada pelos munícipes. Agarram-se a normas operacionais para restringir direitos fundamentais. Próprio de plutocratas, não de democratas.
Imaginem a situação seguinte:
(i)   Pombal era atingido por uma determinada calamidade pública;
(ii) A AM era convocada para aprovar medidas para conter e combater a calamidade;(iii) Um perito nacional/internacional de passagem por Pombal oferecia-se para ir à AM propor medidas;
(iv) Os “digníssimos deputados” – para cumprir o regimento – obrigá-lo-iam a inscrever-se no início da reunião para intervir no seu final. Discutiram – com pompa e circunstância – a calamidade e aprovariam as medidas a tomar;
(v) O “digníssimo deputado2 Pedro Pimpão” apelaria à oposição que louvasse o executivo pelos esforços desenvolvidos;
(vi) As medidas seriam aprovadas, provavelmente, por unanimidade;(vii)         O perito poderia falar uns minutos no final para o executivo e os “digníssimos deputados” mas sem qualquer utilidade;
Pombal no seu melhor. RIDICULO!

5 comentários:

  1. Amigo e camarada Adelino Malho, boa noite.
    Finalmente reagiste, 24 horas depois.
    Fico contente.
    Mas fico muito triste por não teres participado na totalidade da sessão e se o tivesses feito perceberias que o que se discutiu foram as obras de requalificação do Centro Histórico de Pombal e não uma árvore da floresta.
    Por outro lado devias saber que o gozo é gozo quando ambos os parceiros gozam.
    Por outro lado, ainda, não devias qualificar a Bancada do Partido Socialista como uma cambada de solípedes.
    Fica-te mal, já que essa é a minha função.
    Também te fica mal ostracizares a Bancada do CDS e do PCP.
    Quanto às calamidades, não tenho ideia de te ver, em 2005, nos fogos que flagelaram o concelho e, também, em 2006, quando a cidade de Pombal ficou debaixo de água.
    Fugiste para algum cruto?
    Estás perdoado!
    Mas não te perdoo por confundires a Assembleia Municipal, com o Conselho Municipal, extinto em 1984, esse sim com uma composição corporativa.
    E se tivesses ficado até ao fim da Assembleia Municipal ficavas a saber que o Senhor Arquitecto teve que sair para ir tomar conta das suas quatro netas, razão pela qual não falou.
    Será que a tua ausência, extemporânea, se deveu, também, a teres de ir tomar conta dos teus netos?
    Sem Abraço

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  2. ndo assim, conforme relatado, é plutocracia. E é também por isso (talvez o principal), que o povo deixou de acreditar nesta democracia. Deixou de votar. O que é mau!
    Caminho aberto para ditaduras. É o resultado. Com uma democracia destas, quem precisa de democracia?
    E sou frontalmente contra qualquer tipo de ditaduras! Vivemos numa encapotada. Quiçá a pior de todas: pensar que se é livre, mas não é.
    Nélson Mandela dizia: «Eu não me importo com o que os outros pensam sobre o que eu faço,mas eu importo-me muito com o que eu penso sobre o que eu faço. Isso é carácter.»

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  3. Amigos e companheiros, boa noite.
    Estou muito triste por o oportunista Dr. António Costa ter ganho as eleições internas no PS.
    Quando o País está como está, vamos ter o PS com duas cabeças e ciclope até não sei quando..
    Fico mais triste por nenhum dos administradores do Blog assumir a trapalhada em que o PS se meteu.
    Coitado do nosso querido Portugal

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  4. Amigo Marques.... Aconteceu o que o PSD mais temia... O Costa Ganha com maioria absoluta e agora vai comer um Coelhinho com arroz do Rio. Abraço

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