2 de novembro de 2016

A banalização da acção política

A discussão de GOP e Orçamento para 2017, realizada pelo executivo camarário, na última sexta-feira, ao longo de quase 3 horas, foi um exercício penoso, para os figurantes e para quem o vê; que o príncipe aproveitou para carregar o ego, mas que banaliza a acção política, porque feito por gente sem ideias, sem propostas, sem preparação e sem memória; que se limita a cumprir um ritual recitado, onde não há discussão nem convicção; e a debitar banalidades que geram tédio, que os próprios tentam contrariar com umas graçolas, o uso dos gadgets ou mascando biscoitos.
Resumindo: estão bem uns para os outros - o poder que desconsidera a oposição, e a oposição que se dá à desconsideração - o poder envia os instrumentos plurianuais de gestão da câmara (GOP e Orçamento) às 5 horas da manhã da véspera da discussão (falta de planeamento e empenho?); a oposição aceita participar na discussão assumindo que não teve tempo para analisar os documentos.
Enquanto a política for feita com esta falta de exigência e profissionalismo, por gente que está mais preocupada em estar nos cargos do que em exercê-los, que ciranda por eles como párocos pelas paróquias, não vamos lá. Mas o problema mais grave não é este; é isto só incomodar uma pequena minoria - e eles saberem-no. No final, o Zé paga isto tudo, até os almoços grátis. 

3 comentários:

  1. Sr. Eng. Adelino Malho...O Sr. sabe melhor do que eu que: Não há almoços GRÁTIS...Já agora aproveite e lance a sua Candidatura á CMP, para fazer melhor do que aqueles que agora estão lá. Se critica a oposição é porque consegue fazer melhor trabalho...Então porque não se apresenta ao eleitorado ?

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  2. Estes crescimento "em absoluto contraciclo com o país" é que deve ser um caso de estudo. Os números gritantes da acção social escolar devem ter tudo a ver com isso, claro.

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  3. Há uma certa altura na vida que se perde a paciência completa para a hipocrisia, no seu estado mais elementar e mais puro. Eu que pensava que todos erramos, que a humildade era um dom em qualquer religião, que o trabalho de equipa era a grande qualidade em qualquer organização, que, todos os "quês" que se exercitam nas mentes saudáveis.
    Mas não, o mundo deixou de ser dos inteligentes para ser dos espertos, a razão vem de quem mais grita, o medo generaliza-se, enfim já não há esperança que nos valha.
    Com tanta sabedoria, pelos vistos e em tantas áreas é caso para ligar ao Sr. Primeiro Ministro de Portugal a dizer que a solução se encontram em Pombal e que este executivo pertence aos órgãos centrais!
    De verdade e quiçá assim alcançávamos a paz e o sossego merecidos, não sendo violados todos os dias com as maravilhas que se traduzem nas newsletters (reportadas fielmente na imprensa no dia seguinte) nem pela vaidade das transmissões (devidamente preparadas para serem tidas como transparentes) nem todas a centenas de fotografias sempre nas poses sempre certas!!!
    Estatisticamente é impossível acertar tanto, logo, temo os "rabos de palha" que por aí andarão devida e cuidadosamente dissimulados.

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