3 de janeiro de 2019

A "menina JA" e as suas investidas


Há coisas que, apesar de aparentemente insignificantes, têm significado: uma manha que nos ilude, um chico-espertismo que nos ludibria, uma perversidade que nos molesta, um oportunismo que destrói oportunidades, etc. A “menina JA” é um caso desses.
Para quem ainda não sabe, ou não se recorda, “menina JA” foi um nickname que uma criatura local usou para esconder a identidade (a personalidade) nos comentários que fazia regularmente no Farpas, nos primeiros tempos do blog, num registo sistematicamente alinhado com os seus autores. Mais tarde, deu-se a conhecer num evento do Blog, e desfez-se em elogios aos seus autores. Era uma rapariga frágil, ingénua, aparentemente sonsa, que nada fazia prever a exposição pública que viria a ter. Esta terra tem coisas destas.
Conhecida a escriva daquela veia comentadora, logo ali, no blog, outro comentador obsessivo, presidente de uma rádio local e de tudo em que o deixassem mandar, a seduziu para a “sua” rádio, fez dela dirigente, e, acto contínuo, fez, também, da estudante de enfermagem, “jornalista”; e ela deixou-se fazer!
A “jornalista” feita à pressão são se ficou por aqui; sedenta de protagonismo, passou também a colaborar com o pasquim local, a fazer reportagens, a moderar debates e a fazer “notícias” deles. O salto para a política foi o pulo seguinte, que lhe permitiu aprofundar promiscuidades e satisfazer mais clientelas. Não sabemos se enquanto estudante de enfermagem chegou a aprender que dar vacinas ou arrancar pontos exige qualificação como enfermeiro; sabemos, isso sim, que a espevitada menina e os seus mandantes acham que para fazer notícias basta saber escrever e não ter vergonha. Por isso, praticou reiteradamente, ao longo de vários anos, o crime de usurpação de funções, com a conivência de algumas das testemunhas que depois arrolou para uma reles tentativa falhada de condicionamento do exercício da cidadania livre e responsável.
É esta “menina”, com este passado e com este presente, que, querendo fazer-se passar por virgem-ofendida, veio alegar na Justiça, que “as imagens de um cartoon” - do famoso José Vilhena, adaptado ligeiramente a Pombal, onde unicamente foi enxertado o seu rosto estilizado ao corpo da repórter Dorita - “e as respectivas expressões corporais e afirmações delas constantes atingem, por um lado directamente crédito, a confiança, bom nome, reputação, honra e consideração da queixosa, enquanto mulher e cidadã”, porque, segundo ela, “as imagens da figura feminina de vestido vermelho, surge numa postura corporal provocante, convidativa ou pelo menos receptiva a propostas menos decentes”. Aaaahhhhh!
Estas alegações revelam uma gritante falta de cultura, satírica-humorística e não só, e falta de carácter quando mente(m) descaradamente à Justiça, alegando que a queixosa “não é figura pública” e “não faz jornalismo nem reportagens”.
Ao longo dos anos fomos complacentes com os desmandos da “menina JA”, tivemos alguma compaixão pela criatura, aquela que sempre se concede … Andámos enganados! A boa manha sempre ilude, mas não muda a realidade. A consideração foi-se, da honra não vale a pena falar.
Uma lagartixa pode achar que é um jacaré, mas não passa de um réptil insignificante.

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