Há coisas que, apesar de aparentemente insignificantes, têm
significado: uma manha que nos ilude, um chico-espertismo que nos ludibria, uma
perversidade que nos molesta, um oportunismo que destrói oportunidades, etc. A
“menina JA” é um caso desses.
Para quem ainda não sabe, ou não se recorda, “menina JA” foi
um nickname que uma criatura local usou para esconder a identidade (a
personalidade) nos comentários que fazia regularmente no Farpas, nos primeiros
tempos do blog, num registo sistematicamente alinhado com os seus autores. Mais
tarde, deu-se a conhecer num evento do Blog, e desfez-se em elogios aos seus autores.
Era uma rapariga frágil, ingénua, aparentemente sonsa, que nada fazia prever a exposição
pública que viria a ter. Esta terra tem coisas destas.
Conhecida a escriva daquela veia comentadora, logo ali, no
blog, outro comentador obsessivo, presidente de uma rádio local e de tudo em
que o deixassem mandar, a seduziu para a “sua” rádio, fez dela dirigente, e,
acto contínuo, fez, também, da estudante de enfermagem, “jornalista”; e ela
deixou-se fazer!
A “jornalista” feita à pressão são se ficou por aqui; sedenta
de protagonismo, passou também a colaborar com o pasquim local, a fazer
reportagens, a moderar debates e a fazer “notícias” deles. O salto para a
política foi o pulo seguinte, que lhe permitiu aprofundar promiscuidades e
satisfazer mais clientelas. Não sabemos se enquanto estudante de enfermagem
chegou a aprender que dar vacinas ou arrancar pontos exige qualificação como
enfermeiro; sabemos, isso sim, que a espevitada menina e os seus mandantes
acham que para fazer notícias basta saber escrever e não ter vergonha. Por
isso, praticou reiteradamente, ao longo de vários anos, o crime de usurpação de
funções, com a conivência de algumas das testemunhas que depois arrolou para
uma reles tentativa falhada de condicionamento do exercício da cidadania livre
e responsável.
É esta “menina”, com este passado e com este presente, que,
querendo fazer-se passar por virgem-ofendida, veio alegar na Justiça, que “as
imagens de um cartoon” - do famoso José Vilhena, adaptado ligeiramente a
Pombal, onde unicamente foi enxertado o seu rosto estilizado ao corpo da repórter
Dorita - “e as respectivas expressões corporais e afirmações delas constantes
atingem, por um lado directamente crédito, a confiança, bom nome, reputação,
honra e consideração da queixosa, enquanto mulher e cidadã”, porque, segundo
ela, “as imagens da figura feminina de vestido vermelho, surge numa postura
corporal provocante, convidativa ou pelo menos receptiva a propostas menos
decentes”. Aaaahhhhh!
Estas alegações revelam uma gritante falta de cultura, satírica-humorística
e não só, e falta de carácter quando mente(m) descaradamente à Justiça, alegando
que a queixosa “não é figura pública” e “não faz jornalismo nem reportagens”.
Ao longo dos anos fomos complacentes com os desmandos da “menina
JA”, tivemos alguma compaixão pela criatura, aquela que sempre se concede …
Andámos enganados! A boa manha sempre ilude, mas não muda a realidade. A
consideração foi-se, da honra não vale a pena falar.
Uma lagartixa pode achar que é um jacaré, mas não passa de
um réptil insignificante.
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