O Grupo Lusiaves pretende
realizar um investimento, ao que consta, de cerca 74 milhões de Euros, o que permitirá cerca de 700 postos de trabalho directos.
Necessitava de uma área de grandes dimensões para esse efeito, aliado a uma localização estrategicamente vantajosa em termos logísticos e a Zona Industrial da Guia afigurava-se
como a zona ideal.
A Câmara Municipal de Pombal esteve bem!
Tratou de, há meses atrás, e em coordenação com o potencial
investidor, avançar com a aquisição de terrenos contíguos à actual Zona Industrial
e está já no processo de aquisição de terrenos adicionais porque um investimento
desta monta (o maior de sempre no Concelho) aumenta a atractividade desta zona
industrial, bem como potencializa a necessidade de criação de empresas de actividades complementares na proximidade.
A zona industrial irá praticamente duplicar em
termos de área.
É isto que se espera de
uma Câmara Municipal, que crie
condições para investimentos,
que neste caso: 1) fez o papel de intermediário entre os donos dos terrenos e o potencial
investidor garantindo a área necessária, tendo o controlo do licenciamento 2) deu seguimento
às infraestruturas necessárias para potencial o investimento e a variante à A17 será uma realidade 3) terá lucro com isto porque
entre o preço que pagou pelos
terrenos e o anunciado em hasta pública ainda ter mais
valias acima dos 200 mil Euros, que justificará o trabalho e as infraestruturas públicas ficariam a cargo do investidor.
Alguns aspectos
poderão no entanto ser questionados:
- A bem da transparência, seria necessário um procedimento de concurso “para inglês ver” se o destinatário dos terrenos já estava claramente identificado? Seria muito melhor ser logo transparente ao invés do secretismo e que passa uma imagem negativa;
- Seria bom que este tipo de serviço público fosse generalizado e não apenas para alguns, ou melhor, que não fosse a excepção mas a regra, independentemente do montante do investimento ou do investidor;
- Qual o destino desta receita extraordinária? Seguramente não estava em orçamento e com o anúncio deveria ser transparente qual o fim a que se vai dar a essa receita;
Decorre neste momento
uma petição contra este investimento,
alegando que vão haver chaminés e vísceras que terão um impacto a nível de “fumos malcheirosos” e na qualidade de vida da
futura “cidade” da Guia. Sobre esta petição e as pessoas que estão por trás da mesma, temo que se anteciparam por estarem a defender algo sem o conhecimento
mínimo do projecto e baseiam-se em assumpções e cenários apocalípticos. Pior ainda é que passa a imagem de aproveitamento político de bandeiras muito distantes do real
interesse das populações mas a procura de protagonismo apenas. E até a imagem do franguinho que protesta, traz mais simpatia pelo projecto do que o contrário.
Faz lembrar a
postura descrita do ambientalista simplório https://visao.sapo.pt/opiniao/ponto-de-vista/2019-06-05-o-ambientalista-simplorio-1/,
daquele que quer sol na eira e chuva no nabal.
Os detalhes do
projecto serão apresentados nos próximos meses e o bom senso dita que se oiça primeiro antes de tirar conclusões precipitadas. A não haver nada contra, é um investimento alavancador do concelho e em particular da zona oeste.
Bem visto.
ResponderEliminarEsta medida pode ser a primeira para ser criado um grande Cluster de Industria Agro-Alimentar no nosso Concelho. Agora era criar também uma ZI no Louriçal que neste momento está moribundo.
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