6 de maio de 2020

A Câmara e o investimento do Grupo Lusiaves

O Grupo Lusiaves pretende realizar um investimento, ao que consta, de cerca 74 milhões de Euros, o que permitirá cerca de 700 postos de trabalho directos. Necessitava de uma área de grandes dimensões para esse efeito, aliado a uma localização estrategicamente vantajosa em termos logísticos e a Zona Industrial da Guia afigurava-se como a zona ideal.

A Câmara Municipal de Pombal esteve bem!

Tratou de, há meses atrás, e em coordenação com o potencial investidor, avançar com a aquisição de terrenos contíguos à actual Zona Industrial e está já no processo de aquisição de terrenos adicionais porque um investimento desta monta (o maior de sempre no Concelho) aumenta a atractividade desta zona industrial, bem como potencializa a necessidade de criação de empresas de actividades complementares na proximidade. A zona industrial irá praticamente duplicar em termos de área.

É isto que se espera de uma Câmara Municipal, que crie condições para investimentos, que neste caso: 1) fez o papel de intermediário entre os donos dos terrenos e o potencial investidor garantindo a área necessária, tendo o controlo do licenciamento 2) deu seguimento às infraestruturas necessárias para potencial o investimento e a variante à A17 será uma realidade 3) terá lucro com isto porque entre o preço que pagou pelos terrenos e o anunciado em hasta pública ainda ter mais valias acima dos 200 mil Euros, que justificará o trabalho e as infraestruturas públicas ficariam a cargo do investidor.

Alguns aspectos poderão no entanto ser questionados:
  • A bem da transparência, seria necessário um procedimento de concurso para inglês ver se o destinatário dos terrenos já estava claramente identificado? Seria muito melhor ser logo transparente ao invés do secretismo e que passa uma imagem negativa;
  • Seria bom que este tipo de serviço público fosse generalizado e não apenas para alguns, ou melhor, que não fosse a excepção mas a regra, independentemente do montante do investimento ou do investidor;
  • Qual o destino desta receita extraordinária? Seguramente não estava em orçamento e com o anúncio deveria ser transparente qual o fim a que se vai dar a essa receita;
Decorre neste momento uma petição contra este investimento, alegando que vão haver chaminés e vísceras que terão um impacto a nível de fumos malcheirosos e na qualidade de vida da futura cidade da Guia. Sobre esta petição e as pessoas que estão por trás da mesma, temo que se anteciparam por estarem a defender algo sem o conhecimento mínimo do projecto e baseiam-se em assumpções e cenários apocalípticos. Pior ainda é que passa a imagem de aproveitamento político de bandeiras muito distantes do real interesse das populações mas a procura de protagonismo apenas. E até a imagem do franguinho que protesta, traz mais simpatia pelo projecto do que o contrário.

Faz lembrar a postura descrita do ambientalista simplório https://visao.sapo.pt/opiniao/ponto-de-vista/2019-06-05-o-ambientalista-simplorio-1/, daquele que quer sol na eira e chuva no nabal.

Os detalhes do projecto serão apresentados nos próximos meses e o bom senso dita que se oiça primeiro antes de tirar conclusões precipitadas. A não haver nada contra, é um investimento alavancador do concelho e em particular da zona oeste.


2 comentários:

  1. Esta medida pode ser a primeira para ser criado um grande Cluster de Industria Agro-Alimentar no nosso Concelho. Agora era criar também uma ZI no Louriçal que neste momento está moribundo.

    ResponderEliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.