Realizou-se hoje a última reunião do executivo que nos (des)governou nos últimos quatro anos. Terminou como “d'habitude”: envolta em polémicas, conflitos estéreis e irregularidades várias.
Para a última reunião, Diogo Mateus agendou a aprovação de várias actas fora de prazo – prática reiterada. Já em agosto tinha submetido ao executivo, numa reunião não transmitida e sem a presença do vereador Pedro Brilhante, uma simples lista de Excel com a identificação de dezenas de actas. Foram aprovadas!
Agora, Pedro Brilhante requereu antecipadamente a retirada do ponto da ordem de trabalhos, por a aprovação se fazer fora do prazo e por não existirem condições para a sua aprovação consciente (conhecendo-as). O requerimento foi indeferido.
Mas as afrontas à lei e aos princípios democráticos não se ficaram por aqui. O vereador Pedro Brilhante requereu também a participação na reunião por via remota, por se encontrar distante, e por a lei contemplar essa prerrogativa até 31 de dezembro. Competia ao presidente despachar favoravelmente o pedido e dar instruções aos serviços para assegurarem a participação do vereador na reunião. Não o fez. Resolveu submeter o pedido à consideração e decisão do executivo, violando a lei. Votaram pela concessão do pedido (do direito) os vereadores Narciso Mota, Ana Cabral, Ana Gonçalves e Odete Alves. Votaram pela rejeição do pedido (do direito) o presidente e os vereadores Pedro Murtinho, Pedro Martins e o coiso. O requerimento foi rejeitado com o voto de qualidade do presidente. E as actas foram aprovadas irregularmente e de “cruz”. Segue nova queixa para o Ministério Público.
Já tínhamos aqui dado a extrema-unção (política) a D. Diogo e aos comparsas que o acompanharam nesta malfadada descida aos infernos. Consumado o afastamento, dele e dos seus comparsas, ignorámos os seus actos e os seus comportamentos. Ignorámos até uma licenciatura escandalosa; e deixei passar sem o respectivo troco injúrias falsas e cobardes (nas costas) do lacaio falso. Tudo por uma saída com um mínimo de dignidade. Que se tornou inviável.
Terminou a guerrilha política mas não terminou a guerra. Seguem-se as batalhas judiciais. O pior dos fins.
Apenas com tristeza e lamento pela ocorrência dos episódios evitáveis se tivesse havido mais bom senso, e que nada dignificaram o nosso concelho, acolho o epílogo de tais tempos revoltos.
ResponderEliminarOs protagonistas dos diversos acontecimentos desta novela trágica ficam já no próximo dia 17, TODOS, substituídos e aí começa uma nova epopeia pombalina, mais cordata entre pares e não-pares, mas de enormes desafios tais são as ambições e os desafios do novo executivo e tais são as expetativas do povo pombalense.
Comento este post não para falar das águas passadas mas sim para dar as boas vindas e desejar o maior sucesso aos capitães das águas futuras.
Neste Blogue tipicamente crítico também há espaço para os crentes num Pombal melhor e possível, porque desejosos disso somos mesmo todos.
Vamos então coletivamente ficar a ver, com olhos de ver, os próximos acontecimentos e evolução da nossa terra.
Por mim irei apoiar quanto puder, exortar o que conseguir, espremer todas as capacidades e alertar para eventuais desvios.
Nessa linha de pensamento é óbvio que continuarei a lembrar aos críticos mais descrentes que há mais Pombal para além da crítica vazia, eventualmente em perspetivas mais promissoras, porque a crítica terá sempre o seu papel de alerta, de sugestão, de alternativa se souber aproveitar bem o seu papel que por mim considero de essencial existência numa sociedade socialmente evoluída.
Porém de uma coisa tenho a certeza, a verdade nunca está só de um lado, ou nem sempre do mesmo lado e por isso a importância de nos sabermos escutar, de tentarmos honestamente perceber a opinião contrária e assim evoluirmos todos.
Pombal pode contar neste mandato com eleitos mais humildes e atentos a todas opiniões, sem quaisquer preconceitos partidários quando elas vierem de outras áreas políticas.
Morreu o rei, viva o REI.