A Política, outrora nobre actividade, vive tempos nebulosos, onde o carreirismo e o oportunismo se sobrepuseram ao interesse público, onde a imoralidade se sobrepôs à decência, onde a manha se sobrepôs à ética (que trata da liberdade que cada um dá a si mesmo). Os últimos acontecimentos confirmam que deixámos de estar no domínio do tolerável para entrar no domínio do inconcebível. A nível nacional, a sociedade civil tem exigido o retorno ao estágio anterior – o de decência mínima. Em Pombal, ainda não iniciámos o percurso. O escandaloso concurso para director municipal é a maior mancha na decência pública.
Apesar do júri do concurso ter considerado o perfil do doutor Agostinho Lopes mais alinhado com a missão da Direção Municipal, a escolha (final) é sempre do presidente da câmara, faça-a ou não. Bem sabemos que o doutor Pimpão não é de escolher, porque não é de assumir a responsabilidade pelas escolhas. Mas o cargo que ocupa obriga-o a fazer escolhas; e quando mais tarde as fizer pior.
A legitimidade do cargo de director municipal e a legalidade do concurso são altamente questionáveis. Mas a nomeação do doutor Agostinho tornou a situação inconcebível. O doutor Agostinho não tem condições mínimas, subjectivas e objectivas, para exercer o cargo. Não ver isto é cegueira completa.
O Farpas pegou na moda dos questionários para avaliar a idoneidade dos dirigentes políticos: preparou um para ajudar o doutor Pimpão a decidir, com critérios de mínima decência, o que, perante tamanha melindrosa situação, deve ser decidido. Deve chamar o doutor Agostinho e pedir-lhe que responda às 4 perguntas do questionário abaixo.
Depois, na solidão do seu gabinete, o doutor Pimpão deve responder à pergunta que preparámos para ele:
“Após submeter o questionário ao Dr. Agostinho Lopes, continua a achar que o mesmo tem condições para voltar à Câmara Municipal e ocupar o cargo de maior responsabilidade técnica e financeira da autarquia?”
Responde, Pedro. Decide, Pedro.
O assunto é controverso na nossa sociedade pombalense pois já fez correr rios de ser tinta e principalmente de conversas.
ResponderEliminarO Farpas muitas vezes atira o barro á parede a ver se cola.
Neste caso julgo que é só mais uma voz, no estilo habitual, do que corre na opinião pública desde que se começou a falar no assunto.
No entanto há questões incómodas que a bem de todos e da estabilidade política devem ser bem avaliados. Todos nos devemos lembrar, pelos bastos exemplos recentes no governo, quão exigentes são as contratações públicas em termos da imagens impolutas dos escolhidos.
Não me associo a nenhuma das suspeitas aqui sugeridas, mas só o fato de poderem ter alguma verosimilhança obriga os responsáveis a redobrar o cuidado e atenção na sua verificação e garantia de que não há incompatibilidades insanáveis, sob pena de se poderem ver envolvidos em assuntos complicados evitáveis.
Ainda ontem abordei este assunto junto de alguns Vereadores. A criação deste cargo na câmara de Pombal, está a ser um grave erro de gestão do Executivo, pois dá a entender ao povo que é somente uma forma de despachar o trabalho que seria da responsabilidade do Presidente e do restante Executivo. Os anteriores Presidentes não necessitaram de criar esse lugar e a CMP sempre foi bem gerida, dentro das possibilidades. Sobre este assunto, estranho o facto de o Eng. Narciso Mota ainda não se ter pronunciado, se fosse o Diogo Mateus a criar este cargo, era homem para fazer cair o Cardal. Alguns Barões do PSD falam, mas "baixinho" sobre este assunto. O PS esse devia de ter-se mexido muito mais. Devia de ter feito uma conferencia de imprensa e mandar imprimir folhetos para distribuir á população a informar a sua posição sobre o assunto. Eu teria-o feito, mas como sou um simples militante de base...vou observando e registando.
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