Na última reunião da Assembleia Municipal, o JAS (vulgo João Antunes dos Santos, que se gerou há 9 meses deputado da nação) personificou aquilo que o PSD local tem de pior: aquele prazer sobranceiro de menosprezar os adversários, típico de quem prefere ser forte com os fracos e fraco com os fortes.
Julgava eu que esse era um método passado. E sendo o nosso deputado um rapaz moderno (mesmo que disfarçado de velho), que acompanha com quem defende a igualdade e outros valores, era de esperar que tivesse outros princípios. Só que não. Num rasgo de pedantismo bacoco, decidiu entrar a pés juntos com a representante do Oeste Independentes, Liliana Oliveira, que pela primeira vez participava numa AM. Seria de esperar, pois, que - até por uma questão de educação - fosse (bem) acolhida pelos seus pares. Mas um jovem deslumbrado é sempre um jovem deslumbrado até crescer. E assim se explica a intervenção de JAS (ensaiada tantas vezes com as mulheres da bancada do PS, e outrora com a do Bloco de Esquerda), com o aval do resto da sua bancada, que acha uma certa piada a este tipo de desconsideração.
Atente-se que o argumento "político" assentava no facto de Liliana (que preside à Assembleia de Freguesia do Oeste, e já provou várias vezes não ter medo de quem rosna) levar uma intervenção escrita, supostamente feita por outro(s). Está bem de ver que Joãozinho se viu ali ao espelho: quantas vezes foi para a AM com cábulas da concelhia, quantas vezes terá feito cábulas para os outros. Lembramo-nos todos das intervenções de tantos eleitos do PSD (mal lidas, por serem alheias), elogiosas do sexo dos anjos e da plantação de orquídeas na Amazónia.
É o que temos. E é com isto que vamos ter de lidar no futuro.
O JAS devia de ser mais humilde. A única vez que se candidatou como cabeça de lista, foi á Junta da sua terra e perdeu. Fez carreira na JSD e chega a Deputado graças ao tiro-no-pé de Diogo Mateus. Quando o Pedro Pimpão sair da Camara assume ele o lugar de Deputado por Pombal e o JAS tem de se dedicar a outra actividade. A Concelhia de Pombal é forte mas só tem um lugar elegível nas listas de Deputados.
ResponderEliminarO João podia ter sido mais delicado com a Liliana do OI, mas duodécimos habitual da AM.
ResponderEliminarO erro está em que quem lá devia estar não estava porque telhados de vidro não lhe faltam e na campanha pessoal já em curso convém resguardar-se de enxovalhos públicos. Assim passou a bola à colega de lista, com um tema complicado e de resposta forte garantida sem cuidar de que a estava a atirar aos lobos.
O que põe em evidência os métodos e o valor, duvidosos, de quem pretende ser o grande timoneiro do Concelho.
Com a desagregação já garantida a 17 de janeiro, do Oeste, fica também garantida a falência dos independentes, sejam do Oeste ou de Pombal...
Por agora ainda vão mexer, no estertor de quem pensa que ainda está vivo, mas que após outubro próximo a realidade ditará o seu fim tal qual tem acontecido com todos os movimentos independentes locais, mesmo os protagonizados por personalidades com provas dadas, quanto mais por quem nunca deu provas de nada.
O João Santos continuará contundente como é seu timbre, com a oposição, e num fórum político aquele tipo de intervenções são moedas comum apenas estranhadas por quem não está habituado.
É um episódio sem história.
Dirijo-me a este distinto blogue, estendo minha comunicação ao Presidente da Assembleia, aos membros da Assembleia Municipal e à cidadania de Pombal, para expressar uma profunda preocupação acerca da essência do tratamento urbano, digno e democrático que deve prevalecer em nossa convivência. O episódio recentemente retratado é, sem dúvida, extremamente lamentável. A representante do Oeste Independentes, Liliana Oliveira, foi submetida a um constrangimento inaceitável num momento que deveria ser marcado pelo diálogo respeitoso e construtivo. Tal situação, com todas as suas reticências, não pode ser ignorada. Aqueles de nós que acompanhámos este triste episódio, especialmente através da incisiva publicação da jornalista Paula Sofia Luz, não puderam deixar de sentir vergonha, pois essa conduta não se coaduna com os valores de educação e respeito que nos foram legados por nossos mais ilustres ancestrais.
ResponderEliminarÉ crucial recordar que a habilidade de ouvir é, em muitos aspectos, mais valiosa do que a mera crítica. Em tempos em que a gestão do PSD em Pombal atravessa um período desastroso, com índices de popularidade em declínio e desafios profundos, a disposição para escutar vozes diversas e perspectivas variadas torna-se uma necessidade premente. O que está em jogo não é apenas a eloquência ou o posicionamento, mas a capacidade de edificar, em nossa comunidade, praxes onde as ideias possam ser debatidas livremente, sem o temor de represálias ou desqualificações. Afinal de contas, somos filhos(as) de Abril!
A diversidade de opiniões é o que verdadeiramente enriquece o debate público, configura fundação sobre a qual podemos edificar soluções eficazes aos graves problemas que enfrentamos, assim como para aqueles que ainda estão porvir. A mudança de atitude dos membros da Assembleia Municipal de Pombal, assim como a todos da Governação, deve ser orientada por uma recepção crítica e valorização das contribuições dos cidadãos. A liberdade de expressão, um pilar épico da democracia popular, deve ser - compromisso coletivo, um valor que nos une e fortalece. Quando silenciamos vozes divergentes, não apenas negamos a alguém o direito de se expressar, mas, por conseguinte, enfraquecemos a própria essência da dignidade humana – eixo axiológico do Direito.
Por fim, agradeço à Paula Sofia Luz pela excelente resenha e crítica, que nos instiga à reflexão da importância de espaços políticos abertos que não apenas acolham, mas que também exaltem a riqueza da pluralidade de pensamentos e ideias.
Exmo. Sr. Deputado da Assembleia da República, a escuta atenta e o respeito mútuo são pilares fundamentais da convivência humana, cidadãos como a interveniente, que, através do sufrágio universal, contribuíram à vossa eleição, merecem ser ouvidos. Pense nisto e glorifique o vosso mandato.
Como membro da comunidade pombalense, anseio por mudanças urgentes e necessárias, para que possamos melhorar, reconstruir e solidificar o concelho de forma inclusiva e participativa, onde cada ser humano tenha valor e não receba desprezo.
Vibro incessantemente por um futuro melhor para Pombal!