Quem quer ser presidente da “Junta”? NINGUÉM!
Nos primórdios do Regime Democrático as eleições autárquicas eram disputadas pelos partidos, pelas figuras da comunidade e pelas pessoas comuns arreigadas a causas, crenças, propósitos ou projectos. Com o tempo tudo se foi esfumando até à descrença geral. Primeiro caiu-se na falta de escolha, com tudo o que isso implica. Depois no inimaginável de ninguém querer ser escolhido. Acreditem que não estou a efabular sobre a temática; é a realidade pura e dura, que é e é e não é sensível a estados de espírito nem a argumentos.
Sobre o doutor Matos e o doutor Mithá não vale a pena discorrer muito. As suas posturas e comportamentos políticos não deixam margem para duplas interpretações, e é até “crime” incomodá-los.
Já o doutor Pimpão é caso ligeiramente diferente: também não quer ser presidente da “Junta” – sabe lá ele o que quer fazer. Mas precisa muito do cargo.
Eis a nossa triste sina.
NR: Há enigmas por detrás de certas movimentações políticas que só a antropologia, a sociologia e as ciências da mente conseguirão explicar.
A política autárquica, para muitos, perdeu brilho. Mas, para poucos corajosos e íntegros, ela continua a ser espaço de compromisso com pessoas e a história local. Fernando Matos é médico há mais de 30 anos em Pombal, logo, não precisa de títulos, palcos ou cargos para mostrar serviço. Sempre serviu e continua a fazê-lo. Coordenador clínico, médico naval, investigador e formador, respeitado por milhares de pombalenses, não pelo que promete, mas pelo que fez com dignidade e humanidade ao longo da sua vida. É por isso que aceitou o desafio de liderar a candidatura à Câmara de Pombal. Não para entrar na política, mas para devolver à política o seu verdadeiro sentido de serviço. Numa terra que agoniza com más decisões, desinvestimentos e promessas vazias, o que se espera de um líder? Primeiro, humanidade. Depois, estratégia com racionalidade económica. Mas, também sensatez, maturidade e foco. Comparar um homem como Fernando Matos com quem desperdiçou sem edificar, ou com autarcas que ocupam cargos sem exercer funções transformadoras, constitui mais do que injustiça, revela a cegueira de quem deseja que tudo permaneça como está. Pombal não precisa de mais do mesmo. Pombal precisa de socorro. E quando a vida entra em colapso, quem é chamado? O médico. É ele quem chega quando o paciente agoniza, quem avalia, decide e intervém com precisão. Assim, constitui-se a missão de Fernando Matos, recuperar um concelho ferido, endividado, onde os sinais vitais da confiança pública quase desapareceram. Contudo, fá-lo-á com estilo próprio — firme, sim, sem ataques e sem vaidades. Fernando Matos é um homem letrado, realista e educado. Não humilha, escuta. Não exclui, agrega. Mas, principalmente, não promete — faz. E faz sem paleio barato, com trabalho real e respeito pelas pessoas. Está preparado para liderar com discernimento, mesmo em tempos difíceis. E como Gandhi demonstrou, as verdadeiras revoluções não precisam de armas, mas de coragem, equilíbrio e coerência. Reduzir toda essa entrega ao rótulo reducionista é desrespeitoso, significa ignorar o currículo robusto dum excelente candidato para concorrer às autárquicas. Talvez, por não ter sido chamado a construir, quem critica prefira agora destruir. Mas, o tempo das intrigas já passou. Não temos mais tempo para errar. A candidatura de Fernando Matos não nasceu nos bastidores, mas dum apelo objectivo: restaurar o respeito, a justiça social e a máquina pública em Pombal. A história não se escreve com farpas. Escreve-se com intrepidez, visão e serviço ao bem comum. A trajectória de Fernando Matos mostra ao que veio.
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