30 de outubro de 2008

O aumento do ordenado mínimo

No meu anterior post não me pronunciei sobre a justeza do aumento do salário mínimo nem sobre a razão ou não da existência do ordenado mínimo.
Mas desde já acrescento que concordo inteiramente a existência de ordenado mínimo, com aumentos do ordenado mínimo acima da inflação e a com a fixação administrativa do seu valor. Pensava eu que isto era, hoje, mais ou menos consensual na sociedade portuguesa, já que, até as organizações patronais assinaram o acordo de concertação social que consagra o aumento agora anunciado. Há muito que os verdadeiros empresários se consciencializaram que só se pode competir com mão-de-obra qualificada, retribuída com um salário que, no mínimo, assegure as necessidades básicas.
O que me surpreendeu nas palavras do presidente da ANPMES foi o cinismo e a desumanidade da sua chantagem. É essencialmente isso que revela a criatura e a forma de pensar da maioria dos patrões que representa.

Coisas que já não deviam ser assim (actualizado)

Quando eu era miúdo já se sabia bem que com pouca chuva, Pombal ficava logo sem luz. Há cerca de 20 anos a coisa resolveu-se e, pelo menos, nesse aspecto, estávamos a funcionar em padrões de 1º mundo. De há duas semanas para cá é que nem por isso: basta uma chuvinha de nada e lá voltamos atrás no tempo. Mas será assim tão difícil à EDP servir com qualidade os seus clientes?

Afinal, a EDP já explicou o motivo das quebras: “condições meteorológicas registadas em Pombal” ou seja “chuva e algum vento”... Chuva e algum vento? Assim de repente, não é este o tempo normal no Outono? Ou, por outras palavras, preparem-se que no Inverno os apagões vão ser muito piores.

29 de outubro de 2008

O Patrão dos pequenos patrões

O presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas (ANPMES), um tal Augusto Morais, vociferou contra o aumento do ordenado mínimo e chantageou o governo, o primeiro-ministro, com a ameaça de determinar junto dos seus associados a não renovação dos contratos a termo, se o governo insistir na medida.
Pobres trabalhadores que precisam de trabalhar para patrões desta espécie.

P.S.: No mesmo registo falou Manuela Ferreira Leite. Mas esta, felizmente, nunca chegará a primeiro-ministro.

Divórcio sem culpa?


O PS fez aprovar na Assembleia da República um novo regime jurídico do divórcio que visa acabar com o conceito de culpa na dissolução do casamento. Considero de louvar essa iniciativa mas, se o PS quiser ser coerente, deve começar por dar o exemplo dentro de sua própria casa.

Nos últimos meses, em Pombal, assistimos ao divórcio entre a direcção do PS local e os seus vereadores na Câmara Municipal. O processo de separação teve como ápice uma aproximação do vereador Rui Miranda ao principal rival dos socialistas, deixando antever o início de uma nova relação.

Este episódio, à altura dos mais arrevesados argumentos das novelas da TVI, provocou alguma agitação na direcção socialista, que se apressou a criticar o seu vereador pelo sucedido. Afinal em que é que ficamos: acabamos com a culpa ou não?

A questão é que um casamento com os socialistas não é de confiança. Num passado recente tivemos casos em que a noiva fugiu, deixando o noivo plantado no altar, birras prolongadas que tiveram como consequência silêncios de quatro anos, etc. Com este historial, como é que o PS vai conseguir levar mais uma noiva ao altar?

28 de outubro de 2008

2 em 1: Ilegalidade + mentira

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, questionada pelo NC, confirma a prática ilegal da Pombal Viva, com a cobertura do executivo do PSD e afins, na cobrança das coimas de estacionamento.
E nas desculpas foram, outra vez, apanhados a mentir. Um pouco mais de decoro recomenda-se...

À volta do Castelo

Segundo o NC, Diogo Mateus criou uma associação para defender os interesses dos proprietários de imóveis localizados no centro histórico da cidade de Pombal, nomeadamente a promoção da defesa dos valores históricos, culturais, económicos e patrimoniais do Centro Histórico de Pombal, a preservação do património construído e a regeneração e reabilitação urbana.
Mas não era esta a obrigação de Diogo Mateus, enquanto presidente da Junta de Freguesia e vereador da câmara municipal de Pombal?
Diogo Mateus não quer andar à volta do Castelo, quer andar à volta da Política.

P.S.: Quanto tempo resistirá Narciso Mota a dar o seu subsídiozito à “Á Volta do Castelo”? Ao Diogo Mateus para este fazer a sua propaganda?

23 de outubro de 2008

Ou não fosse Pombal...

O PSD de Pombal aproveita o referido comunicado para “contestar as recentes posições políticas adoptadas pelo PS sobre a gestão de estacionamento de duração limitada” e esclarece que (...) a Pombal Viva solicitou em Setembro de 2007 à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária “esclarecimentos sobre enquadramento jurídico adoptado, que facilita e reduz em 50% o valor de coima definido no Código da Estrada, permitindo aos utentes infractores o seu pagamento voluntário”, segundo o site do Notícias do Centro.

Ficamos a saber, através deste comunicado, como a res publica é gerida. Por exemplo, quando o PS quer ver contas de uma empresa municipal tem que ir à Conservatória. Mas quando uma empresa municipal quer justificar as suas opções é o partido do poder que as explica num comunicado. Palavras para quê?

22 de outubro de 2008

O ridículo

O PSD, no mesmo comunicado onde informa que aprovou a candidatura de Narciso Mota à CMP, ataca o PS por denunciar as ilegalidades da Pombal Viva na cobrança de coimas(?) de estacionamento. Não contestam as ilegalidades! Desculpam-se…
Ficámos a saber que a culpa das ilegalidades da Pombal Viva não é:
- de Narciso Mota e dos seus vereadores que conceberam, com apoio de um batalhão de juristas, o regulamento;
- da maioria do PSD que aprovou o regulamento;
- de Narciso Mota que se recusa a corrigir o regulamento.
É:
- do PS porque aprovou na generalidade o regulamento (apresentado como sempre nas vésperas da AM e sem possibilidades legais de introduzir alterações (mas foi estudá-lo!);
- da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária porque não deu parecer (tinha que dar?);
- de José Miguel Medeiros porque é secretário de Estado da Protecção Civil;
- de Adelino Mendes porque é Chefe de Gabinete Secretário de Estado da Protecção Civil.
Parece ridículo, mais do que o ridículo (e já passámos esse patamar), o perigo real surge quando se pede a respeitabilidade.


P.S.: Neste caso esqueceram-se do Sócrates! Fica para a proxima...

Narciso Mota unanimista!

O PSD informa, em comunicado, que aprovou a candidatura de Narciso Mota à CMP. E por unanimidade!
Gostava se saber quantos é que lá estiveram. Alguém sabe?

20 de outubro de 2008

Recado ao senhor presidente


Diz quem viu que ficou muito irritado com o post que aqui deixei na semana passada. E claro está, não se coibiu de tecer alguns mimos à minha pessoa, em plena reunião de Câmara, pois que continua impermeável à opinião dos outros, sobretudo quando é contrária à dele. E pelos vistos não há probemas no concelho mais importantes que a blogosfera.

Diz que gostava de me encontrar para fazer e acontecer.

Ó senhor presidente: eu sei que os tempos andam difíceis, que um homem não é de ferro e pronto, se isso lhe lava a alma...desabafe. Pombal é uma terra pequena. Havemos de nos encontrar por aí e pronto, a minha filha não há-de importar-se que eu dispense alguns minutos da minha licença de maternidade - a que o senhor chama "não fazer nada" - e que, num gesto solidário, ouça a quem precisa.



ps: gostei do cognome "iluminada". Acho que me assenta bem.

19 de outubro de 2008

Vila Cã: uma surpresa (II)

Tenho razões para pensar que o sucesso da realização do V Passeio de BTT não é fruto do acaso nem da boa vontade e da carolice das pessoas envolvidas.
A Sicó é à primeira vista uma terra infértil e inóspita; mas, apesar disso, possui algumas potencialidades, nomeadamente para a realização de actividades de lazer e desportos de aventura. Vila Cã começa a saber aproveitá-las.
A Abiúl foi-lhe oferecida, por mais de uma vez, a oportunidade de se tornar a vila rainha do BTT na região. Tinha condições únicas: localização, história, património, etc. Mas faltou o resto: visão, vontade politica e cooperação. Perdeu a oportunidade.
Um dos responsáveis da Vilaventura disse-me que um representante da F. P. Ciclismo esteve a observar o passeio de BTT e disse-lhe que estavam a pensar fazer uma prova da Taça de Portugal de BTT na Sicó.
Mais uma vez se confirma que o dinamismo das terras está mais ligado ás pessoas, às entidades administrativas e às forças vivas e não tanto aos factores endógenos per si.

Vila Cã: uma surpresa (I)

Há muito tempo que não perdia um pouco do meu tempo por Vila Cã. Calhou-me hoje. Por causa do BTT. E saíram-me duas belas surpresas: a prova de BTT e a Vila.
Conheço Vila Cã desde que comecei a sair, com alguma liberdade, da minha aldeia em Abiúl, mas, nos últimos anos, vi-a como vejo a generalidade das vilas do concelho: em desfalecimento, com muitos velhos e poucos jovens, paradas no tempo, sem movimento e sem alegria, sem vida. Estava por isso longe de imaginar que em Vila Cã ia encontrar a melhor prova de BTT em que, até agora, participei. Não pela qualidade dos trilhos e das paisagens da serra que são amplamente conhecidos, mas pela excelente organização: apoios, marcações, reforços, almoço e reportagem. Tudo com atenção ao pormenor e simpatia.
Está de parabéns a Vilaventura, entidade organizadora, e porque não dizê-lo, a Junta de Freguesia, com o seu Presidente sempre presente, a ajudar e não a discursar, e o Centro Cultural e Recreativo de Vila Cã pelo excelente almoço.
Surpreendeu-me ainda a cooperação entre as três entidades e o protagonismo dos jovens em toda a organização do evento.

Isto mostra que quando as forças vivas de uma qualquer terra colaboram o desempenho de excelência pode acontecer. E mostra que as freguesias, as aldeias, não estão condenadas a morrer.

17 de outubro de 2008

A Crise

Há quatro anos atrás tive um brilhante professor de Economia que se irritava (força de expressão, mostrava desconsolo) quando proferíamos, e de forma sistemática, a palavra crise. Ele corrigia-nos sempre, dizendo que não estávamos em crise e que era incorrecto afirmá-lo, ainda por cima numa aula de economia. Dizia ele que estávamos com fraco crescimento, ou quase em estagnação, mas não estávamos em crise (económica) porque a economia continuava a crescer, pouco, mas crescia. Dizia ainda, que crise económica é quando a economia retrai, situação em que a crise se sente verdadeiramente, tanto que até custa afirmá-lo.
Neste momento ainda não estamos em crise (económica) mas tenho poucas dúvidas que não passaremos por ela. A conjugação de vários factores (financeiros, demográficos, endividamento excessivo, retracção do consumo, custo da energia, escassez de matérias primas, etc.) conduzirá à retracção da economia mundial e particularmente no Ocidente. Não sei quantificar a dimensão e a duração da crise, mas ela virá (evitá-la será um milagre económico).
No entanto, as crises não têm unicamente coisas más, também geram oportunidades e propiciam mudanças profundas nas sociedades, nos estilos de vida. Acho que na próxima crise isso vai acontecer de forma significativa. Os modelos económicos actuais, orientados para o crescimento e este baseado essencialmente no consumo, atingiram o esgotamento e tendem a rebentar por todos os lados: económico, social e politico.
Por isso estou convencido que vem aí muito aperto mas também uma nova forma de viver. As últimas mudanças de século trouxeram sempre coisas novas, novas eras. Chegou o momento...!

15 de outubro de 2008

As palavras dos outros

Medina Carreira, ontem, na SIC-Notícias (a entrevista mesmo é a partir dos 7:30 mins). Com todos os defeitos que lhe colocam, o realismo dele continua inquestionável. Isso e o facto de nenhum dos seus críticos se disponibilizar para ir discutir com ele.

10 de outubro de 2008

crónica de um episódio anunciado

O mais recente episódio desse folhetim que envolve um dos dois vereadores da minoria na Câmara anda nas bocas do povo. Teve ao menos esse efeito, o de fazer os eleitores menos conformados pensar sobre o circo em que às vezes se transforma a vida pública. Às vezes pagamos caro o bilhete. Mas quando, como esta semana, ouvi discutir o assunto desde os salões aos tascos, desde a vila a que chamamos cidade até às aldeias mais promissoras da era Narciso, vale a pena, sim. É sinal de que o povo nem sempre dorme.
O anúncio, quase em simultâneo e curiosamente no mesmo local, do vereador Rui Miranda, sobre a desvinculação do PS e a disponibilidade imediata para aceitar convites do PSD numa próxima corrida só surpreendeu os mais distraídos, ou então aqueles que, só lendo as gordas, se esquecem de ler (n)as entrelinhas.
O episódio consegue revelar às claras aquilo que já todos sabemos:
1 - pobre do eleitorado que não se revê nesta eterna maioria, e que em 2005 votou naquilo que julgava ser uma alternativa. Acabou sem eira nem beira, entre comunicados certos e desenganado de qualquer oposição.
2 - o povo é sábio, sim. À medida que o tempo avança e se revelam as personagens, percebe-se claramente por que razão o PS teve a pior votação de que há memória. E que no meio da desgraça prefira sempre o menos mau.
3 - Os que acompanhamos desde o século passado a ascensão de Narciso Mota na terra estranha que é Pombal, sabemos que, com o tempo, aprendeu alguma coisa de política, sim. O jeito meloso com que embala as palavras do "professor Miranda" e lhe afaga o ego, cheira a dejà vu. Não sei se Rui Miranda já ouviu falar de outro professor, resgatado à esquerda e mais tarde recambiado pelo próprio pé. Chamava-se Carlos Silva e também foi vereador. Lembrei-me, dele e de outros, vá-se lá saber porquê.
4 -Com isto, Sérgio Leal já era.
5 - Imagino as unhas roídas até ao sabugo. Só há seis lugares na lista. E só quatro ou cinco têm hipótese de aceder à profissão.

Moral da história: a vida político-partidária no Largo do Cardal continua no seu melhor. Isto afinal não dava um filme. Dava um festival de cinema. À volta, a malta dos concelhos vizinhos há-de continuar a gargalhar com este e outros episódios, próprios do Entroncamento do norte do distrito, como às vezes lhe chamam. Bem podem rir-se. Não moram cá...

Precipitação ou obrigação

Rui Miranda disponibilizou-se e Narciso Mota logo lhe ofereceu um lugar.
Diogo Mateus sentiu o toque e saltou imediatamente a falar pelo dono do seu lugar, atacando o PS e os seus dirigentes pelo que fizeram ao pobre Rui Miranda.
La vie oblige!

O homo PS

Nos últimos dias, os dirigentes do PS fizeram passar os militantes, particularmente aqueles que têm alguns princípios e coerência, pela vergonha. E maltrataram as pessoas que pensam. Custa-me ver Alberto Martins, pessoa por quem tinha boa impressão, fazer aquela triste figura de justificar o injustificável.
Tenho pelo casamento tradicional a mesma consideração que tenho pelo casamento homossexual, ou seja, nenhuma. Mas respeito os casados, os solteiros, os amigados, os solitários, os heterossexuais, os homossexuais e outros que tais.
No caso do casamento homossexual o PS votou contra, e impôs a disciplina de voto, não porque seja contra mas porque a questão não é oportuna.
O PS, os dirigentes do PS, não têm que ser a favor ou contra o casamento homossexual e não têm que impor a sua agenda ao País. Fazendo-o, revelam o que são e ao que vão!

8 de outubro de 2008

A tríade da PombalProf

A tríade da PombalProf bem se esforçou para evitar que a situação de falência técnica da sociedade não fosse do conhecimento dos pombalenses, os verdadeiros stakeholders da PombalProf e da ETAP.
Confrontada com a situação, a tríade tem-se mostrado incapaz de tomar medidas, limitam-se a dar desculpas, cada um apresenta as suas, qual delas a mais esfarrapada. Com as desculpas ficámos a saber que são muito esforçados e voluntariosos, trabalham de borla e até dão avales pessoais, no entanto, o desempenho é o que se sabe.
Tenho um amigo, com grande experiencia de vida e de administração, que muitas vezes me tem dito: “o voluntariado fica-nos, quase sempre, muito caro.” Tenho, mais uma vez, que lhe dar razão!

6 de outubro de 2008

As Taxas de IMI são um escândalo

Hoje, no DN, Eduardo Catroga afirma: “…as receitas das autarquias locais terem crescido à taxa de 20% ou mais, ora isto é um escândalo! Em períodos de dificuldades são recursos que são absorvidos pelas administrações públicas em prejuízo das famílias e das empresas. Sou partidário de que o IMI, sobre valores actualizados, não devia exceder 0,2% do valor.”

Em Pombal o escândalo é muito maior. O PS, e eu próprio, temos denunciado isto.
Na última AM propus taxas de IMI de 0.6 para os prédios não avaliados e 0,3 para os avaliados, de forma a assegurar receita ao nível de 2003.
Disseram que era irresponsável. Deveriam estar-se a ver ao espelho.

4 de outubro de 2008

O Melhor Momento da AM

Guardo para o fim o melhor momento da última AM. É um momento revelador, um momento que diz tudo!
Discutia-se a alteração ao Regulamento das Edificações Urbanas, documento muito impotante, extenso e muito técnico.
O PS, quando o presidente da AM colocou o assunto à discussão, sugeriu à mesa que o documento fosse retirado da discussão e agendado para nova reunião porque o documento nos tinha chegado dois dias antes da Assembleia, tempo insuficiente para o analisar.
No entanto, o Presidente da AM colocou o documento à discussão. Mas notava-se que toda a gente estava numa posição desconfortável.
O único membro da AM que se inscreveu para falar foi Manuel Domingues, não para se pronunciar sobre o documento mas para reconhecer que, para alem de não ter muita competência para analisar o documento (tal como a esmagadora maioria) também não tinha tido tempo para o fazer, pelo que, pedia ao Presidente da Câmara para fazer uma pequena síntese da principais alterações, e concretamente, se tinha havido alteração (aumento) de taxas.
O Presidente da Câmara ficou embaraçado, reafirmou que o documento era muito técnico, disse que o documento tinha sido elaborado, durante três meses, pelos técnicos e respectivos vereadores, e ele só tinha assinado. Logo soaram uns apartes da bancada do PS: “Ele nem o leu, ele nem o leu, …”. Incomodado, Narciso Mota, confirmou que nem sequer o tinha lido e, acto contínuo, chamou um técnico para informar a assembleia (Manuel Domingues). O Presidente da AM recusou (e bem) a participação do técnico e sugeriu a Narciso Mota que delegasse num dos vereadores, de entre os que acompanharam a elaboração do documento, a informação à Assembleia.
Segundo momento hilariante, Narciso Mota olhou para a sua distinta equipa, acto contínuo, todos eles meteram os olhos no chão.
Naquele momento, todos percebemos, incluindo Narciso Mota, que ninguém do executivo tinha lido o documento.
Soaram novamente os apartes da bancada do PS: “Ninguém o leu, ninguém o leu, …”.
O Presidente da AM, incrédulo, colocou o documento à votação.
O PSD aprovou o documento e o PS absteve-se e fez declaração de voto.
Palavras para quê? É o que temos!

Campanha é na Câmara

Narciso Mota anuncia a recandidatura em plena AM.
Rui Miranda anuncia a desvinculação do PS na reunião do executivo e bate-se a um lugarzito.
Que tal transferir as sedes dos partidos para câmara? E abrir lá as sedes de candidatura?
Pelo menos, facilitava-se a vida aos jornalistas…

3 de outubro de 2008

Parabéns Orlando

Esta notícia diz tudo sobre a palha de que eles gostam.
Mais palavras para quê? Está lá tudo!

Taxas de Impostos Municipais para 2009

Na última AM discutiu-se e decidiu-se (e eles aprovaram) as Taxas dos Impostos Municipais para 2009. É um momento importante (talvez o de maior importância) na Gestão Autárquica porque mexe com o rendimento disponível de muitas famílias e com a actividade económica local.
Quando da entrada em vigor, em 2004, do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, Narciso Mota comprometeu-se a fixar taxas que assegurassem a manutenção da receita dos impostos municipais nos níveis da receita de 2003 (e 2003 foi um bom ano!).
Nos anos seguintes reafirmou sempre o compromisso mas nunca o cumpriu. Só nos últimos 2 anos a colecta de impostos duplicou!
Ao levar à AM uma proposta com taxas máximas (excepto no que se refere aos prédios já avaliados, 0.375% em vez da taxa máxima de 0,4%, pouco relevante na receita) o executivo, Narciso Mota, revelou uma grande desfaçatez politica, uma enorme avidez por receita e falta de consciência social.
Não nos surpreende, a filosofia de gestão de Narciso Mota sempre foi: sacar o máximo para poder distribuir e gastar muito!

Ainda o Bodo

O facto de ter gostado do meu Bodo (leia-se dos concertos) não me impede de, perante os números, de achar que o Bodo, naqueles moldes, não correu bem. Aliás, "não correr bem" acaba por pecar por defeito. Não se conseguiu atrair o número de pessoas que tornaria a festa auto-sustentável, que é a fasquia no mínimo exigível, e a desculpa do 1º ano não vale para tudo. Voltar ao modelo anterior? Não. Reequacionar este, tornando-o sustentável, isto é, evitando o prejuízo, o que se calhar, entre outras coisas, implica muito menos borlistas. E quanto à decisão de não tapar o buraco, acho que a CMP esteve bem. Assim como quando retirou a organização do Bodo à Pombalviva, com a excepção dos concertos, o que, melhor do que qualquer outra constatação, mostra que a empresa municipal falhou no seu objectivo: organizar todo um Bodo.

E quanto às empresas municipais, tal como Gomes Fernandes, defendo e já há muito tempo, por princípio, a sua extinção pura e simples e a concessão dos seus serviços a privados.

2 de outubro de 2008

Obviamente, recandidato-me

Mas alguém ainda podia esperar outra decisão? Sinceramente, alguém que não perde tempo com pareceres que colocam a causa a regularidade de determinados empreendimentos, alguém que defende que "todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que os outros", alguém que entende cada crítica que é feita como ofensa pessoal, alguém que prefere (e profere) ataques ad hominem em vez de responder com factos a factos (e não, o número de kms de alcatrão não pode servir para tudo), alguém que é apologista do "quem não está por mim está contra mim"... poder-se-ia esperar, perante uma barragem de críticas, outra opção que não continuar agarrado ao poder?

1 de outubro de 2008

Pombal Viva: Prejuízo e Concorrência Desleal

A Pombal Viva explora o Café Concerto e outros Cafés e Esplanada pela cidade.
Estes negócios (excesso de linguagem) dão prejuízo e são mantidos com as taxas de estacionamento e com os nossos impostos. Logo, fazem concorrência desleal ao comércio que vive momentos difíceis e já tem uma oferta excessiva.
Há imoralidade maior do que esta? O que justifica isto?

Estacionamento pago: solução ou problema?

À primeira vista o Estacionamento de Duração Limitada é uma boa medida para melhorar a mobilidade nas cidades. Nomeadamente quando os lugares para estacionamento são escassos. Não é bem o caso de Pombal, mas adiante.
As Zonas de Estacionamento de Duração Limitada têm crescido exageradamente, complicando a vida às pessoas. O Relatório de Gestão da Pombal Viva confirmam-o, as taxas de ocupação do estacionamento pago são baixíssimas, a taxa média de ocupação é de 25%, atingindo o mínimo de 11% no parque junto ao Centro de Saúde. Ou seja, temos o estacionamento pago a mais e faltam parques de estacionamento não pagos.
Na penúltima AM, alertei Narciso Mota para este problema e pedi medidas. Ignoraram, custa dar o braço a torcer, mas já se preparam para libertar estacionamentos pagos.
Mais vale tarde que nunca!

As Contas da Pombal Viva

A Pombal Viva dedica-se a seis actividades que não geram sinergias entre elas. Das seis, quatro apresentaram resultados líquidos negativos e só duas, publicidade e estacionamento, apresentaram resultados positivos. Mesmo querendo, era difícil fazer pior, já que as duas actividades rentáveis geram automaticamente cash-flows positivos (receitas garantidas (estacionamento) e custos de estrutura assegurados pela Câmara).
Incompetência ou esbanjamento de recursos públicos?

Pombal Viva e os Eventos

Em 2007 a Pombal Viva apenas se realizou duas feiras sectoriais, face a sete em 2006, o que demonstra o fracasso na organização destes eventos.
Belo curriculum como organizadora de eventos. Ajuda a explicar o falhanço no Bodo.
Como diz o povo: “o maior cego é aquele que não quer ver”!

A Pombal Viva e o Bodo

A Pombal Viva é uma empresa(?) sem missão (organiza uns eventos, explora bares, cafés e esplanadas, cobra publicidade e estacionamento, faz uns biscates), sem razão de existir, mal gerida, nem bares e cafés sem custos de estrutura consegue rentabilizar, um verdadeiro caso de fonte de desperdício de recursos públicos, como sempre tenho dito, tem dito o PS e agora, na AM, disseram Adelino Mendes e Gomes Fernandes.
No entanto, Narciso Mota decidiu dar carta branca ao Vila Verde para programar, organizar e gerir(?) as Festas do Bodo. A Pombal Viva é a menina dos olhos de ouro do Presidente da Câmara, dos Vereadores, do respectivo Administrador e dos boys que gravitam á volta. Pudera! A gente sabe a razão.
Esta gente continua a sorrir, porque continua a poder brincar com o dinheiro dos contribuintes. Logo, o resultado só poderia ser o que foi, o que é. Paga o Zé!