7 de outubro de 2021

Anatomia de um órgão [agora em funcionamento]




 Ao fim 7 (leram bem, SETE anos), ontem tive a sensação de  que o Conselho Geral do Agrupamento de Escolas de Pombal está finalmente a funcionar de forma completamente autónoma e independente, mesmo que estas normas do regulamento para a eleição dos representantes de pais, mães e encarregados de educação nos pareçam saídas de um quebra-cabeças. 

Quem por aqui anda há mais tempo lembrar-se-á dessa novela, que começou aqui, com protagonistas que (na sua maioria) já desempenham outros papéis, noutros lugares. Na verdade, estamos condenados a isto: temos grande propensão para ser barriga de aluguer, aqui e ali, deste e daquele. Mais: há até protagonistas que conseguiram mudar de lugar, e outros que agora experimentam papéis que tanto condenaram. Afinal, Cartola tinha razão: o mundo é um moinho. 

Nem sequer conheço a maioria dos representantes de encarregados de educação da (única) lista que ontem se apresentou a sufrágio. Mas confio que defenderão os interesses de todos, o melhor que souberem e puderem. O que importa aqui vincar, para memória futura, é que pela primeira vez uma eleição destas foi feita como deve ser: no seio do conselho geral, sob a égide do (novo) presidente, Arlindo Araújo, sem mais interferências.

Para tudo é preciso um caminho.  E arriscar fazê-lo, contornar as pedras, sem ter de fazer delas castelos. Já temos de sobra. Convém é termos memória. 

O resto é o resto. 

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