31 de dezembro de 2008

O que podemos esperar de 2009 (I)


Durante o ano de 2008 assistiu-se, em Pombal, ao ressurgir de uma oposição de combate. O mote foi dado, logo no início do ano, pelo PCP, denunciando situações e levantando questões, sendo que algumas delas ficaram por responder de forma clara. O PS, à revelia dos seus vereadores, apareceu também bastante interventivo, e liderou a oposição, como lhe compete, durante a maior parte do ano.

Como o PS e o PSD são partidos geneticamente muito semelhantes, lembrando, muitas vezes a dupla Dupont e Dupond, é importante perceber onde estão suas as diferenças. O PS, para se afirmar como verdadeira alternativa de poder, faz muito bem em assumir uma postura mais aguerrida.

Sendo 2009 um ano de eleições, é de esperar que esta postura se venha a intensificar. Nesse processo, a oposição sujeita-se à crítica e à “farpa”. Mas isso é o que fortalece a democracia e torna o combate político salutar e participativo.

Balanço

2008, politicamente, e para Pombal, não trouxe novidades relevantes. A gestão corrente que se arrasta nos últimos tempos manteve-se. A lógica de obter mais receita, a quase todo o custo, também. A incapacidade de lidar com opiniões contrárias manteve-se nos níveis habituais. Os dois pesos, duas medidas idem. Mas será mesmo tudo mal? Claro que não. Mas há coisas que podiam ser (bem) melhores. Em 2009 falaremos disso. Do que é bom e do que pode, e deve, mudar.

PS: Sobre a saída de Luís Garcia, obviamente que motivos pessoais são sempre inquestionáveis. Mas que também há lugar para legítimas dúvidas, há.

Pensamento da noite…

Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão.
Eça de Queiróz

23:00 - Termina a AM

Uma tourada completa, como nunca vi!

Aditamento
No final da AM alguns jornalistas presentes perguntaram-nos: porque não abandonámos a reunião?
A pergunta faz todo o sentido, mas a resposta é mais complexa. A questão já tinha sido levantada entre os membros da bancada e no PS, defendi que essa opção só deveria ser tomada em situações extremas de falta de condições de liberdade de expressão ou de ofensas sistemáticas ou graves. Nós sabíamos ao que íamos pelo que deveremos aguentar até ao final, e faltam só mais 3 sessões. Depois, cada um e o eleitorado que faça o seu juízo.
É neste contexto que bem percebo a decisão do Dr. Luís Garcia. Sem condições para conduzir os trabalhos como gostaria e sabe, e percebendo que as coisas tenderão a agravar-se, disse BASTA! A muitos apetece dizer BASTA!

Um corte cirúrgico

Luís Garcia demitiu-se da presidência da Assembleia Municipal ontem ao início da noite. A menos de um ano das eleições autárquicas, as peças começam a encaixar-se tão facilmente que...quando a esmola é demais o santo desconfia. Sem supresas, foi então eleito para para o cargo outro médico: João Coucelo, que até nem estava presente na reunião. Ele há coincidências.
Resolvida que está - ou parece estar - para o PSD essa questão da Assembleia Municipal, pode agora o partido concentrar-se noutra (de somenos importância, é certo...), a da lista à Câmara. Aqui o problema vai chamar-se quotas. Paridade. Mulherio. É que a lei não perdoa e...desta vez as senhoras não podem ser delicadamente empuradas para a frente de batalha mais longínqua, lá no fim da lista. Uma chatice, portanto.

30 de dezembro de 2008

PomBus vazios

Sempre tive algumas dúvidas sobre a necessidade e todas as dúvidas sobre a viabilidade de transportes públicos numa pequena cidade.
Nas últimas semanas tenho circulado pela cidade de Pombal e ainda não vi nenhum PomBus com pessoas. Bem sei que são uma novidade e que estão em fase experimental, mas os indícios são os piores.
Os problemas de mobilidade em Pombal passam, essencialmente, por outras soluções: reorganização do trânsito, estacionamento, ciclovias, percursos pedonais, etc.

27 de dezembro de 2008

Vila Verde IN

João Vila Verde soma e segue. Até há poucos dias acumulava o cargo de administrador executivo da PombalViva, onde executava e continua a executar recursos públicos a promover espectáculos ruinosos de interesse duvidoso, com o de sócio-gerente da Centralin, empresa que, consta, se dedica à importação de bebidas e promoção de espectáculos. Nos últimos dias assumiu, também, o cargo de Promotions Manager da Palace Kiay.
Um verdadeiro espectáculo este Vila Verde. Verdadeiramente IN. E com uma grande capacidade de colocar tudo em rede!

Luís Garcia Out

Luís Garcia aproveitou o jantar de Natal da Câmara Municipal para anunciar que não é candidato nas próximas eleições e para se despedir dos funcionários da câmara. É o desfecho esperado de um mandato muito atribulado, como Presidente da AM.
Decididamente, o espaço tem-se vindo a encolher muito para aqueles que estão, unicamente, na política pela política. Mesmo para os dinossauros da política, fará para os outros!

26 de dezembro de 2008

O melhor e o pior de 2008

A pergunta sacramental, por esta altura do ano, é: o que foi, para si, em termos políticos, o melhor e o pior de 2008 em Pombal? Deixo algumas sugestões e apelo ao comentário: ressurgimento da oposição; prémio para o portal do município; alegada corrupção na Câmara Municipal; as contas da PombalProf;...

24 de dezembro de 2008

23 de dezembro de 2008

O mínimo, diga-se em abono da verdade

Se não é incompatível então porquê impedir Vila Verde de "acumular" Pombal Viva com Kiay? Será mesmo possível que nem para explicar o elementar, numa perspectiva ética, a Câmara Municipal de Pombal consiga ser um bocadinho transparente?

Não conheço o teor do parecer, mas obviamente que a justificação se deve prender com a ausência de constrangimentos legais, já que os mecanismos de compatibilidade não abordam esta situação. Ou seja a lógica do não é ilegal porque não há uma lei que diga claramente que não é ilegal, mas a dúvida é legítima e não se prende apenas com horários (a esse propósito a justificação inicial de que a acumulação de horários nocturna e diurna era, no mínimo, hilariante). Mas no fundo, o essencial tinha de vir ao de cima: não basta ser, tem que se parecer.

PS: Mas que história é aquela de fundir PMU com Pombal Viva? Menos empresas municipais é sempre uma boa notícia, mas o que é que isto implica em concreto?

17 de dezembro de 2008

Façam as vossas apostas

João Vila Verde vai mudar de vida. Diz esta notícia que o administrador mais fashion das redondezas deixará de o ser em breve, para se dedicar em pleno ao mundo do espectáculo: será (ou já é?)o novo Relações Públicas da discoteca Palace Kiay.
E agora? Pergunta o leitor. Agora - que não adianta bater no ceguinho - - aceitam-se palpites para o sucessor da apetecível empresa municipal. Tenho cá para mim que o cargo assentava bem a Elisabete João. Ou até a Rui Miranda. Que tal?
Ah, e o presidente da Câmara diz que não vê incompatibilidade no facto de, até ao final do mandato, o rapaz acumular as duas funções. Eu também não vejo. Pelo menos há um privado que vai deixar de ter razões de queixa da concorrência alegadamente desleal da Pombal Viva e do Café Concerto. É o concelho charneira, humanista e solidário no seu melhor!

9 de dezembro de 2008

E repete-se a mentira

Na última reunião do executivo municipal uma munícipe confrontou Narciso Mota com as duplas facturas da água e com o seu elevado preço.
A primeira parte da questão foi chutada para o(s) banco(s) e a segunda respondida com uma mentira sistematicamente repetida.
Explique Sr. Presidente, porque é que Pombal tem, na sua opinião, a água mais barata e os pombalenses pagam a maior Factura da Água do distrito de Leiria (estudo do IRAR)?

7 de dezembro de 2008

Diz que é (foi) uma espécie de "perdoa-me"

O discurso do presidente da Câmara numa festa que O Correio de Pombal proporcionou a alguns convidados na semana passada, no Teatro-Cine. Desta vez não houve misses nem desfiles de lingerie, mas o show foi muito completo, pelo que se pode ler na edição desta semana.
Fazendo fé no que se escreve - numa página em que o director do jornal e o presidente da Câmara estão colocados no mesmo plano - o autarca, inimigo de outros tempos, mentor de variados processos judiciais contra o jornal, mais as queixas na extinta Alta Autoridade e tudo o resto, enalteceu a actual equipa que integra aquele semanário e "muito em particular a figura do seu administrador, o empresário Carlos Barros". Claro que aproveitou a ocasião para vociferar contra todos os outros jornalistas cujo trabalho é "movido por interesses de vária ordem". É uma vítima, este homem. Ainda bem que existe na terra um jornal acima de qualquer suspeita, que lhe faz o favor de reproduzir, de mansinho, o discurso.
Ora, para aqueles que, como eu - iluminados ou não - não sofram de amnésia parcial ou total, aqui está a prova de que, afinal, vale tudo. Vai-se a ver e temos aí um medalhado na calha já para o próximo ano. Ou um apoio para a próxima campanha.
Não fosse o facto de muito estar escrito e gravado, poderíamos até julgar que foi tudo invenção da história. Se calhar nem existiram as autárquicas de 2001. A única certeza que temos é...

4 de dezembro de 2008

Isto não pode ser tudo mau

Dedo ao alto a Pedro Martins, que deixará rasto nesta história.

Em Pombal, greve dos professores perto dos 100%

“Isto é a prova que a ministra da Educação não tem condições para continuar no cargo e o número de processos que aderiu à greve é significativo da contestação ao modelo de avaliação”, afirmou Fernando Mota, conselheiro nacional de escolas em representação de Pombal (in Radio Cardal)
Outra coisa não seria de esperar, por causa da recusa da avaliação e pelo resto.
Os professores não estão só contra a avaliação, estão contra a reforma e a melhoria da escola pública. Porque recusam toda e qualquer mudança, contestam tudo o que seja mudança. Como a ministra quer mudar, combatem a ministra. E desobedecem-lhe publicamente, depois lamentam-se…

Pensamento do dia

«Acredito que as instituições bancárias são mais perigosas para as nossas liberdades do que o levantamento de exércitos. Se o povo Americano alguma vez permitir que bancos privados controlem a emissão da sua moeda, primeiro pela inflação, e depois pela deflação, os bancos e as empresas que crescerão à roda dos bancos despojarão o povo de toda a propriedade até os seus filhos acordarem sem abrigo no continente que os seus pais conquistaram.»
Thomas Jefferson, 1802

Em 1802 sem computadores, estatísticas e análises de mercado...

Os resultados do neo-liberalismo

A presente crise económica e social, que só agora começou e ninguém arrisca grandes previsões sobre a sua intensidade, duração e consequências veio demonstrar a imoralidade, a ganância, congénita em que assenta o sistema capitalista.
A crise iniciou-se nos mercados financeiros, sustentáculo do sistema capitalista, e propagou-se rapidamente à economia. Os ideólogos do capitalismo assumem que os mercados financeiros são mercados perfeitos e que se os outros mercados funcionassem nos mesmos moldes, mercado livre, não haveriam crises económicas. Segundo eles as crises económicas devem-se ao mau funcionamento do mercado gerado pela regulação e pelo papel distorcedor do Estado.
Esta corrente de pensamento, neo-liberal, proveniente dos estados EUA, bombardeou-nos durante as últimas décadas com a necessidade de eliminar a regulação dos mercados e reduzir ao mínimo o papel do Estado na economia. Mas, mesmo lá, há (houve) gente a pensar de forma bem diferente.

2 de dezembro de 2008

Aqui a Bola é uma Batata

Esta época, a equipa mais representativa da terra, o SC Pombal, ainda não ganhou um único jogo. Nem nos seniores nem nos juniores.
Vai daí, a direcção decidiu fazer uma razia completa. Despediu o treinador dos séniores e o seu adjunto e o treinador dos juniores.
Para a razia ser mesmo completa faltou o auto-despedimento da direcção.
Mas a tradição ainda é o que era. Nesta terra a culpa fica sempre solteira.

28 de novembro de 2008

Em cartaz

Nunca precisei da JS para me formar politicamente. Se alguém deve algo a alguma coisa é aquela organização a mim, em termos de paciência e disponibilidade, mas também já não tenho interesse em ajustar contas: cada um que se deite na cama que fez. No entanto, não só ficaram fortes amizades, quer de uma primeira passagem (há quase 2 décadas atrás) quer da segunda (mais recente), como ficam também recordações de algumas, não tantas como desejável, discussões políticas e de iniciativas que visavam criar uma rotina longe da mesquinha discussão de lugares e de congressos. Assim, não posso deixar de registar com satisfação que a JS/Pombal está novamente aí para discutir, acima de tudo, Pombal. E que as juventudes políticas, por muito má imagem que ainda tenham (a maioria das vezes por culpa própria), podem servir, desde que compostas por gente que veja para além do seu umbigo, para discutir questões importantes. Posto isto fica a sugestão para o próximo feriado:


25 de novembro de 2008

Em terra de festas, quem tem olho faz muitas

A mensagem, em nome de "Quinta da Gramela", circula com tanta frequência, forma e feitio que, estranhamente, nos fez lembrar a campanha de promoção das Festas do Bodo. Só pode ser coincidência, claro está.
Imagine o leitor (sim, sim, mesmo aquele a quem é levada a versão impressa destes escritos...) que Pombal vai voltar a ter uma festa de arromba por alturas do reveillon, numa parceria entre vários elementos ligados à restauração e hotelaria.
Como as festas de fim-de-ano no pavilhão da Caldeira e na Expocentro já foram chão que deu uvas, é tempo de novos registos.
Ora aí está. Em tempo de crise...não se olha a meios.

19 de novembro de 2008

Faz-se pagar bem, a PombalViva

Diogo Mateus, o pai ou talvez o padrasto do regulamento de estacionamento pago, defende a pés juntos que a PombalViva não comete nenhuma ilegalidade quando na sequência de uma infracção cobra 15 €. Argumenta que não se trata da cobrança de uma coima porque não chegou a existir um processo de contra-ordenação, existindo unicamente um aviso de infracção. A argumentação parece-me falsa, mas deixo isso para os juristas. Então, quando se informa que há infracção não se deve abrir a consequente contra-ordenação? Estranho!
Mas mais estranho, ridículo, é assumir-se que quando as pessaos pagam 15€ não estão a pagar uma coima, pela infracção comunicada, mas uma Prestação de Serviços por terem sido avisadas que estavam em infracção!
E esta, hein! Transformam uma Infracção em Prestação de Serviço. E fazem-se pagar bem por isso: 15 €!

18 de novembro de 2008

Exponha-se, pois


Ninguém nos avisou que era uma exposição permanente...ou deveríamos ter adivinhado, tratando-se do tema e protagonista em questão?
Os Claustros deveriam vestir-se mais vezes e abrir ao público a outras horas. Quanto mais não fosse para olharmos para cima e apreciarmos os telhados de vidro.
adenda: Foto tirada na semana do Bodo. Há 4 meses. A tarja ainda lá está, presumimos que a exposição também. A não ser que agora faça parte da decoração do edifício.

16 de novembro de 2008

Depois falamos

Ponto prévio: qualquer profissional tem que estar sujeito a uma avaliação de desempenho, em especial se pertencer ao sector público. Repito, tem que estar.
Tendo isto como ponto assente, a pergunta que se impõe nesta fase: já alguém viu/analisou um dos exemplares das famosas grelhas de avaliação dos professores?

14 de novembro de 2008

A contestação dos professores

A contestação dos professores ao processo de avaliação e os argumentos (as desculpas) usadas atingiram o limite do insuportável para alguém com um mínimo de lucidez e que saiba alguma coisa de avaliação de desempenho.
Nos últimos tempos tenho sentido um grande impulso para escrever sobre esta controvérsia; mas, como a coisa atingiu o nível do indigente, tenho-me contido.
Hoje li alguém que conseguiu exprimir, melhor do que eu próprio o faria, o que penso e que sinto sobre este rebuliço.
Gostaria de ter escrito isto.

13 de novembro de 2008

Educação ou falta dela

Esta crise na Educação evidencia até à exaustão a nossa congénita incapacidade de nos governarmos.
Louvada Europa, que nos recebeu sem condições e nos vai amparando…
Decisivamente somos o prolongamento de África. Tudo à chapada, para já ainda sem tiros, mas com ameaças…

11 de novembro de 2008

Narciso Mota no seu melhor

Entrámos em pré-campanha: Narciso Mota anunciou a recandidatura e fez aprovar, como vem sendo hábito, um empréstimo para financiar uma parte das obras de propaganda eleitoral. A outra parte será paga com outro empréstimo após as eleições.
Os volumosos impostos sacados aos pombalenses ficarão para a política de fomento da subsídio-dependência e do beija-mão.
Simples, em táctica que resulta não se mexe…

10 de novembro de 2008

Farpas do Leitor

"Pombal oferece solução para a crise económica portuguesa com a organização do maior festival de música alguma vez visto na História da Humanidade. Moby, Linkin Park, Alicia Keys e Cold Play, líderes das charts mundiais, são apenas alguns dos primeiros nomes confirmados. Mas o Notícias da Terra sabe que Bono Vox já telefonou a João Vilaverde, o responsável pelo evento, a exigir actuar na primeira parte de Quim Barreiros. É em Julho do próximo ano, na última semana, aproveitando as outrora tradicionais festas da cidade, que Pombal recebe uma semana de música inaudita, culminando com as presenças culturais do Cirque du Soleil e David Copperfield. Este último já mostrou o seu contentamento em relançar a sua carreira nesta data fazendo desaparecer o artigo do PDM que impossibilita a implementação da grande superfície comercial no Casarelo, no centro da cidade.

Manuel Pinho, em declarações exclusivas, confirmou que este é um Projecto de Interesse Nacional e que tudo será financiado pelo Orçamento de Estado, acreditando que as multidões de milhões de estrangeiros que irão afluir ao centro do País vão gerar um aumento de receitas no Turismo nacional equivalentes a 3% do PIB. José Sócrates estará presente para entregar pessoalmente a cada artista um Magalhães.

Entretanto começam a chegar notícias de que os festivais de música na Europa que se realizam nesta data desistem, acusando de concorrência desleal a Pombal Viva, empresa promotora deste evento.

Alguns empresários locais já se preparam para capitalizar com o Mega-Festival. Falámos com Abreu João que confirmou estar a construir um novo hotel com capacidade para 10000 pessoas e a Quinta das Lágrimas em Coimbra afirmou estar a construir um novo espaço para receber as vedetas e contentar todos os seus caprichos: "Temos a experiência de receber pessoas de renome mundial. Ainda temos aqui guardados os chinelos que Keith Richards usou na sua última estadia e contamos que com este evento de tamanha magnitude ele ainda volte." disse o Sr. Júdice.

Nelson Mandela será o convidado especial, para subir ao palco ao lado de Ban Ki-Moon, secretário-geral da ONU, para apelar a Barack Obama por um compromisso mais sério para acabar com a fome mundial.

Narciso Mota, presidente da Câmara Municipal de Pombal, convida todos a estarem presentes, excepto "todos os políticos portugueses, porque não servem a democracia porque nunca trabalharam como eu, só protegem interesses e alguns ainda têm a lata de se afirmarem engenheiros sem antes de virem ao meu crivo técnico."

Isto foi o que me veio à cabeça depois de ver a lista de possibilidades que a PombalViva apresenta para actuar no Bodo 2009. Eu já votei, mas como qualquer outro comum cidadão não consegui perceber qual é a ideia. Era porreiro que o Sr. João Vilaverde viesse explicar a intenção, agora que está tão especialista em explicar o inacreditável. A ver: http://www.festasdobodo.net/sondagem.php

Mail enviado por João Coelho. O que justificar não ser apenas um comentário pode vir aqui parar. Postem ou mailem, sff.

7 de novembro de 2008

O que é bom merece sempre destaque

Há muita gente nesta terra que defende de forma incansável as potencialidades da região e ainda por cima aproveitam para se dedicar aquilo que mais gostam, juntando o útil ao agradável, mesmo que por vezes sejam mal entendidos. Mas como nestas coisas, é falando com gente que se preocupa e sabe de outras áreas que vamos aprendendo, tenho é que realçar o notável trabalho do Grupo Protecção Sicó que agora pode ser acompanhado online. Por isso só podemos desejar mesmo é que continuem o excelente trabalho!

6 de novembro de 2008

Protestos (actualizado)

Um deputado do PND passou-se, e uso um termo simpático, na última Assembleia Regional da Madeira, exibindo uma bandeira nazi como forma de protesto contra a alegada natureza fascista do regime de Jardim.

Obviamente que foi um protesto patético, infeliz e ridículo porque há coisas que são demasiado graves para serem utilizadas e banalizadas desta forma. Isto não quer dizer que não saibamos bem que as credenciais democratas de Jardim e da sua clique são inexistentes, já que na Madeira importa mais a forma do que o conteúdo no que toca a principios básicos da democracia liberal, mas mostrar a discordância e exibir os podres, perante os atropelos e tropelias de quem se acha acima da crítica, de quem acha que a lei não é igual para todos, de quem actua como senhor feudal, tem de ser feito de uma forma digna e responsável.

Não se pode desistir de demonstrar, mesmo debaixo da alegada vivacidade da discussão política (onde o insulto e o ataque pessoal são perfeitamente legítimos), as falhas e os abusos de quem está no poder e de quem se comporta como se o poder fossem eles. Seja nas Regiões Autónomas seja no Continente, por muito que nos dê vontade, volta e meia, de nos passarmos da cabeça com o que temos o privilégio de assistir.

E como cedo piei, viu-se mais um triste exemplo dos yes man a funcionar: mesmo que o deputado tenha errado, o mandato foi-lhe conferido pelo povo e não pode ser impedido de o exercer por aqueles que se acham donos do órgão. É achincalhante ver um legítimo representante do povo a ser impedido de entrar no órgão onde exerce as suas funções, baseado numa suspensão de duvidosa legalidade. E alguém acredita que alguém responsável (leia-se PR ou PM) abrirá a boca sobre isto? É que mais que respeito institucional, em democracia exige-se respeito.

5 de novembro de 2008

Relevância? Decência!

A postura da maioria desta autarquia é, no mínimo, vergonhosa... A dúvidas concretas, responde-se com ataques à comunicação social, ataques ad hominem e com a habitual incapacidade em dar uma resposta clara: afinal houve ou não houve ilegalidade? Parece óbvio que houve, mas como a Pombal Viva que acha essas coisas de estar dentro da lei são pouco relevantes, e o executivo parece achar que a culpa é de outrém, temos o assunto resolvido. Por isso acho que fazem bem em comunicar às entidades competentes, já que eu ainda gostaria de ver o que é que as ditas autoridades diriam sobre pagamentos pelo mínimo de uma contra-ordenação, que só por acaso são ilegais, feitos através de prestações de serviços.

Era o Carlos

Os rapazes da minha geração andam a partir antes do tempo. Ontem foi o Carlos. O Carlos Silva. Morreu num brutal acidente de automóvel, como as vítimas que tantas vezes tentou socorrer ao serviço dos Bombeiros Voluntários de Pombal ou do INEM. Salvou vidas. Ontem, levaram-lhe a dele.
O Carlos gostava de Pombal. Foi, como outros, uma voz da rádio nos idos de 80 e 90, um dos que lhes deu vida, que ajudou o fenómeno a singrar na vila de então, no concelho todo. Entusiasa das coisas da terra e da informação, já nesse tempo tinha um pé nos estúdios e a alma nos bombeiros. Guardo-lhe a imagem de fato macaco e boné sujos de fumo e de cinza, em pleno verão, sentado ao microfone da Clube, em directo, no noticiário. Ficámos amigos pela vida fora. A Isa já era dele (como sempre foi...) a Bruna veio completar-lhes a existência, há uma adolescência atrás, feita de 14 anos.
A notícia caiu-me gelada, como sempre são as notícias de morte. Tínhamos tanto para falar, Carlos. Descansa em paz, amigo.

4 de novembro de 2008

Sai uma medalha ali para aqueles senhores

A poucos dias do feriado muncipal, o executivo da Câmara Municipal aprovou em consensual decisão os nomes dos felizes comtemplados, este ano, com medalhas de mérito. Li a notícia ontem, aqui. Foi a foto que me prendeu, pois que pelo ar dos três convivas julguei tratar-se de uma fotolegenda divertida: à frente, António Calvete e Narciso Mota seguram um copo de champagne a mão. O primeiro com ar circunspecto, o segundo mais satisfeito. Atrás, Michael António, o jovem vereador amigo do primeiro, discípulo do segundo, faz lembrar um guarda-costas. Não há dúvida: é uma boa fotografia.
Ao ler o texto que a mesma ilustra, ficamos a saber que o patrão dos colégios vai ser um dos homenageados no 11 de Novembro. Ele e mais outros. Na verdade, já foram entregues lá pelo Cardal medalhas menos merecidas. E em tempo de banalização dos nobres galardões, há de tudo: aqueles a quem não dava jeito receber a medalha no ano passado e que transitaram para este ano, aqueles que simplesmente a recusaram e que preferem pendurar toda a dignidade ao peito, e aqueles que lá irão todos contentes, de fato novo e colónia domingueira.
Diz a notícia que o comissário da PSP é um dos homenageados, o que nos faz crer que vão longe os tempos de cólera entre o presidente da autarquia e aquela força de segurança. Ah, claro, que disparate...o comissário era outro.
Vendo bem, a cerimónia deve ser comovente. Depois de tempos passados em que a figura e o desempenho de Calvete não agradavam de todo a Narciso Mota e seus pares, a medalha ajudará a passar uma esponja sobre esse período negro da história política de Pombal. Assim é que é bonito, todos amiguinhos. Humfp.

30 de outubro de 2008

O aumento do ordenado mínimo

No meu anterior post não me pronunciei sobre a justeza do aumento do salário mínimo nem sobre a razão ou não da existência do ordenado mínimo.
Mas desde já acrescento que concordo inteiramente a existência de ordenado mínimo, com aumentos do ordenado mínimo acima da inflação e a com a fixação administrativa do seu valor. Pensava eu que isto era, hoje, mais ou menos consensual na sociedade portuguesa, já que, até as organizações patronais assinaram o acordo de concertação social que consagra o aumento agora anunciado. Há muito que os verdadeiros empresários se consciencializaram que só se pode competir com mão-de-obra qualificada, retribuída com um salário que, no mínimo, assegure as necessidades básicas.
O que me surpreendeu nas palavras do presidente da ANPMES foi o cinismo e a desumanidade da sua chantagem. É essencialmente isso que revela a criatura e a forma de pensar da maioria dos patrões que representa.

Coisas que já não deviam ser assim (actualizado)

Quando eu era miúdo já se sabia bem que com pouca chuva, Pombal ficava logo sem luz. Há cerca de 20 anos a coisa resolveu-se e, pelo menos, nesse aspecto, estávamos a funcionar em padrões de 1º mundo. De há duas semanas para cá é que nem por isso: basta uma chuvinha de nada e lá voltamos atrás no tempo. Mas será assim tão difícil à EDP servir com qualidade os seus clientes?

Afinal, a EDP já explicou o motivo das quebras: “condições meteorológicas registadas em Pombal” ou seja “chuva e algum vento”... Chuva e algum vento? Assim de repente, não é este o tempo normal no Outono? Ou, por outras palavras, preparem-se que no Inverno os apagões vão ser muito piores.

29 de outubro de 2008

O Patrão dos pequenos patrões

O presidente da Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas (ANPMES), um tal Augusto Morais, vociferou contra o aumento do ordenado mínimo e chantageou o governo, o primeiro-ministro, com a ameaça de determinar junto dos seus associados a não renovação dos contratos a termo, se o governo insistir na medida.
Pobres trabalhadores que precisam de trabalhar para patrões desta espécie.

P.S.: No mesmo registo falou Manuela Ferreira Leite. Mas esta, felizmente, nunca chegará a primeiro-ministro.

Divórcio sem culpa?


O PS fez aprovar na Assembleia da República um novo regime jurídico do divórcio que visa acabar com o conceito de culpa na dissolução do casamento. Considero de louvar essa iniciativa mas, se o PS quiser ser coerente, deve começar por dar o exemplo dentro de sua própria casa.

Nos últimos meses, em Pombal, assistimos ao divórcio entre a direcção do PS local e os seus vereadores na Câmara Municipal. O processo de separação teve como ápice uma aproximação do vereador Rui Miranda ao principal rival dos socialistas, deixando antever o início de uma nova relação.

Este episódio, à altura dos mais arrevesados argumentos das novelas da TVI, provocou alguma agitação na direcção socialista, que se apressou a criticar o seu vereador pelo sucedido. Afinal em que é que ficamos: acabamos com a culpa ou não?

A questão é que um casamento com os socialistas não é de confiança. Num passado recente tivemos casos em que a noiva fugiu, deixando o noivo plantado no altar, birras prolongadas que tiveram como consequência silêncios de quatro anos, etc. Com este historial, como é que o PS vai conseguir levar mais uma noiva ao altar?

28 de outubro de 2008

2 em 1: Ilegalidade + mentira

A Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, questionada pelo NC, confirma a prática ilegal da Pombal Viva, com a cobertura do executivo do PSD e afins, na cobrança das coimas de estacionamento.
E nas desculpas foram, outra vez, apanhados a mentir. Um pouco mais de decoro recomenda-se...

À volta do Castelo

Segundo o NC, Diogo Mateus criou uma associação para defender os interesses dos proprietários de imóveis localizados no centro histórico da cidade de Pombal, nomeadamente a promoção da defesa dos valores históricos, culturais, económicos e patrimoniais do Centro Histórico de Pombal, a preservação do património construído e a regeneração e reabilitação urbana.
Mas não era esta a obrigação de Diogo Mateus, enquanto presidente da Junta de Freguesia e vereador da câmara municipal de Pombal?
Diogo Mateus não quer andar à volta do Castelo, quer andar à volta da Política.

P.S.: Quanto tempo resistirá Narciso Mota a dar o seu subsídiozito à “Á Volta do Castelo”? Ao Diogo Mateus para este fazer a sua propaganda?

23 de outubro de 2008

Ou não fosse Pombal...

O PSD de Pombal aproveita o referido comunicado para “contestar as recentes posições políticas adoptadas pelo PS sobre a gestão de estacionamento de duração limitada” e esclarece que (...) a Pombal Viva solicitou em Setembro de 2007 à Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária “esclarecimentos sobre enquadramento jurídico adoptado, que facilita e reduz em 50% o valor de coima definido no Código da Estrada, permitindo aos utentes infractores o seu pagamento voluntário”, segundo o site do Notícias do Centro.

Ficamos a saber, através deste comunicado, como a res publica é gerida. Por exemplo, quando o PS quer ver contas de uma empresa municipal tem que ir à Conservatória. Mas quando uma empresa municipal quer justificar as suas opções é o partido do poder que as explica num comunicado. Palavras para quê?

22 de outubro de 2008

O ridículo

O PSD, no mesmo comunicado onde informa que aprovou a candidatura de Narciso Mota à CMP, ataca o PS por denunciar as ilegalidades da Pombal Viva na cobrança de coimas(?) de estacionamento. Não contestam as ilegalidades! Desculpam-se…
Ficámos a saber que a culpa das ilegalidades da Pombal Viva não é:
- de Narciso Mota e dos seus vereadores que conceberam, com apoio de um batalhão de juristas, o regulamento;
- da maioria do PSD que aprovou o regulamento;
- de Narciso Mota que se recusa a corrigir o regulamento.
É:
- do PS porque aprovou na generalidade o regulamento (apresentado como sempre nas vésperas da AM e sem possibilidades legais de introduzir alterações (mas foi estudá-lo!);
- da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária porque não deu parecer (tinha que dar?);
- de José Miguel Medeiros porque é secretário de Estado da Protecção Civil;
- de Adelino Mendes porque é Chefe de Gabinete Secretário de Estado da Protecção Civil.
Parece ridículo, mais do que o ridículo (e já passámos esse patamar), o perigo real surge quando se pede a respeitabilidade.


P.S.: Neste caso esqueceram-se do Sócrates! Fica para a proxima...

Narciso Mota unanimista!

O PSD informa, em comunicado, que aprovou a candidatura de Narciso Mota à CMP. E por unanimidade!
Gostava se saber quantos é que lá estiveram. Alguém sabe?

20 de outubro de 2008

Recado ao senhor presidente


Diz quem viu que ficou muito irritado com o post que aqui deixei na semana passada. E claro está, não se coibiu de tecer alguns mimos à minha pessoa, em plena reunião de Câmara, pois que continua impermeável à opinião dos outros, sobretudo quando é contrária à dele. E pelos vistos não há probemas no concelho mais importantes que a blogosfera.

Diz que gostava de me encontrar para fazer e acontecer.

Ó senhor presidente: eu sei que os tempos andam difíceis, que um homem não é de ferro e pronto, se isso lhe lava a alma...desabafe. Pombal é uma terra pequena. Havemos de nos encontrar por aí e pronto, a minha filha não há-de importar-se que eu dispense alguns minutos da minha licença de maternidade - a que o senhor chama "não fazer nada" - e que, num gesto solidário, ouça a quem precisa.



ps: gostei do cognome "iluminada". Acho que me assenta bem.

19 de outubro de 2008

Vila Cã: uma surpresa (II)

Tenho razões para pensar que o sucesso da realização do V Passeio de BTT não é fruto do acaso nem da boa vontade e da carolice das pessoas envolvidas.
A Sicó é à primeira vista uma terra infértil e inóspita; mas, apesar disso, possui algumas potencialidades, nomeadamente para a realização de actividades de lazer e desportos de aventura. Vila Cã começa a saber aproveitá-las.
A Abiúl foi-lhe oferecida, por mais de uma vez, a oportunidade de se tornar a vila rainha do BTT na região. Tinha condições únicas: localização, história, património, etc. Mas faltou o resto: visão, vontade politica e cooperação. Perdeu a oportunidade.
Um dos responsáveis da Vilaventura disse-me que um representante da F. P. Ciclismo esteve a observar o passeio de BTT e disse-lhe que estavam a pensar fazer uma prova da Taça de Portugal de BTT na Sicó.
Mais uma vez se confirma que o dinamismo das terras está mais ligado ás pessoas, às entidades administrativas e às forças vivas e não tanto aos factores endógenos per si.

Vila Cã: uma surpresa (I)

Há muito tempo que não perdia um pouco do meu tempo por Vila Cã. Calhou-me hoje. Por causa do BTT. E saíram-me duas belas surpresas: a prova de BTT e a Vila.
Conheço Vila Cã desde que comecei a sair, com alguma liberdade, da minha aldeia em Abiúl, mas, nos últimos anos, vi-a como vejo a generalidade das vilas do concelho: em desfalecimento, com muitos velhos e poucos jovens, paradas no tempo, sem movimento e sem alegria, sem vida. Estava por isso longe de imaginar que em Vila Cã ia encontrar a melhor prova de BTT em que, até agora, participei. Não pela qualidade dos trilhos e das paisagens da serra que são amplamente conhecidos, mas pela excelente organização: apoios, marcações, reforços, almoço e reportagem. Tudo com atenção ao pormenor e simpatia.
Está de parabéns a Vilaventura, entidade organizadora, e porque não dizê-lo, a Junta de Freguesia, com o seu Presidente sempre presente, a ajudar e não a discursar, e o Centro Cultural e Recreativo de Vila Cã pelo excelente almoço.
Surpreendeu-me ainda a cooperação entre as três entidades e o protagonismo dos jovens em toda a organização do evento.

Isto mostra que quando as forças vivas de uma qualquer terra colaboram o desempenho de excelência pode acontecer. E mostra que as freguesias, as aldeias, não estão condenadas a morrer.

17 de outubro de 2008

A Crise

Há quatro anos atrás tive um brilhante professor de Economia que se irritava (força de expressão, mostrava desconsolo) quando proferíamos, e de forma sistemática, a palavra crise. Ele corrigia-nos sempre, dizendo que não estávamos em crise e que era incorrecto afirmá-lo, ainda por cima numa aula de economia. Dizia ele que estávamos com fraco crescimento, ou quase em estagnação, mas não estávamos em crise (económica) porque a economia continuava a crescer, pouco, mas crescia. Dizia ainda, que crise económica é quando a economia retrai, situação em que a crise se sente verdadeiramente, tanto que até custa afirmá-lo.
Neste momento ainda não estamos em crise (económica) mas tenho poucas dúvidas que não passaremos por ela. A conjugação de vários factores (financeiros, demográficos, endividamento excessivo, retracção do consumo, custo da energia, escassez de matérias primas, etc.) conduzirá à retracção da economia mundial e particularmente no Ocidente. Não sei quantificar a dimensão e a duração da crise, mas ela virá (evitá-la será um milagre económico).
No entanto, as crises não têm unicamente coisas más, também geram oportunidades e propiciam mudanças profundas nas sociedades, nos estilos de vida. Acho que na próxima crise isso vai acontecer de forma significativa. Os modelos económicos actuais, orientados para o crescimento e este baseado essencialmente no consumo, atingiram o esgotamento e tendem a rebentar por todos os lados: económico, social e politico.
Por isso estou convencido que vem aí muito aperto mas também uma nova forma de viver. As últimas mudanças de século trouxeram sempre coisas novas, novas eras. Chegou o momento...!

15 de outubro de 2008

As palavras dos outros

Medina Carreira, ontem, na SIC-Notícias (a entrevista mesmo é a partir dos 7:30 mins). Com todos os defeitos que lhe colocam, o realismo dele continua inquestionável. Isso e o facto de nenhum dos seus críticos se disponibilizar para ir discutir com ele.

10 de outubro de 2008

crónica de um episódio anunciado

O mais recente episódio desse folhetim que envolve um dos dois vereadores da minoria na Câmara anda nas bocas do povo. Teve ao menos esse efeito, o de fazer os eleitores menos conformados pensar sobre o circo em que às vezes se transforma a vida pública. Às vezes pagamos caro o bilhete. Mas quando, como esta semana, ouvi discutir o assunto desde os salões aos tascos, desde a vila a que chamamos cidade até às aldeias mais promissoras da era Narciso, vale a pena, sim. É sinal de que o povo nem sempre dorme.
O anúncio, quase em simultâneo e curiosamente no mesmo local, do vereador Rui Miranda, sobre a desvinculação do PS e a disponibilidade imediata para aceitar convites do PSD numa próxima corrida só surpreendeu os mais distraídos, ou então aqueles que, só lendo as gordas, se esquecem de ler (n)as entrelinhas.
O episódio consegue revelar às claras aquilo que já todos sabemos:
1 - pobre do eleitorado que não se revê nesta eterna maioria, e que em 2005 votou naquilo que julgava ser uma alternativa. Acabou sem eira nem beira, entre comunicados certos e desenganado de qualquer oposição.
2 - o povo é sábio, sim. À medida que o tempo avança e se revelam as personagens, percebe-se claramente por que razão o PS teve a pior votação de que há memória. E que no meio da desgraça prefira sempre o menos mau.
3 - Os que acompanhamos desde o século passado a ascensão de Narciso Mota na terra estranha que é Pombal, sabemos que, com o tempo, aprendeu alguma coisa de política, sim. O jeito meloso com que embala as palavras do "professor Miranda" e lhe afaga o ego, cheira a dejà vu. Não sei se Rui Miranda já ouviu falar de outro professor, resgatado à esquerda e mais tarde recambiado pelo próprio pé. Chamava-se Carlos Silva e também foi vereador. Lembrei-me, dele e de outros, vá-se lá saber porquê.
4 -Com isto, Sérgio Leal já era.
5 - Imagino as unhas roídas até ao sabugo. Só há seis lugares na lista. E só quatro ou cinco têm hipótese de aceder à profissão.

Moral da história: a vida político-partidária no Largo do Cardal continua no seu melhor. Isto afinal não dava um filme. Dava um festival de cinema. À volta, a malta dos concelhos vizinhos há-de continuar a gargalhar com este e outros episódios, próprios do Entroncamento do norte do distrito, como às vezes lhe chamam. Bem podem rir-se. Não moram cá...

Precipitação ou obrigação

Rui Miranda disponibilizou-se e Narciso Mota logo lhe ofereceu um lugar.
Diogo Mateus sentiu o toque e saltou imediatamente a falar pelo dono do seu lugar, atacando o PS e os seus dirigentes pelo que fizeram ao pobre Rui Miranda.
La vie oblige!

O homo PS

Nos últimos dias, os dirigentes do PS fizeram passar os militantes, particularmente aqueles que têm alguns princípios e coerência, pela vergonha. E maltrataram as pessoas que pensam. Custa-me ver Alberto Martins, pessoa por quem tinha boa impressão, fazer aquela triste figura de justificar o injustificável.
Tenho pelo casamento tradicional a mesma consideração que tenho pelo casamento homossexual, ou seja, nenhuma. Mas respeito os casados, os solteiros, os amigados, os solitários, os heterossexuais, os homossexuais e outros que tais.
No caso do casamento homossexual o PS votou contra, e impôs a disciplina de voto, não porque seja contra mas porque a questão não é oportuna.
O PS, os dirigentes do PS, não têm que ser a favor ou contra o casamento homossexual e não têm que impor a sua agenda ao País. Fazendo-o, revelam o que são e ao que vão!

8 de outubro de 2008

A tríade da PombalProf

A tríade da PombalProf bem se esforçou para evitar que a situação de falência técnica da sociedade não fosse do conhecimento dos pombalenses, os verdadeiros stakeholders da PombalProf e da ETAP.
Confrontada com a situação, a tríade tem-se mostrado incapaz de tomar medidas, limitam-se a dar desculpas, cada um apresenta as suas, qual delas a mais esfarrapada. Com as desculpas ficámos a saber que são muito esforçados e voluntariosos, trabalham de borla e até dão avales pessoais, no entanto, o desempenho é o que se sabe.
Tenho um amigo, com grande experiencia de vida e de administração, que muitas vezes me tem dito: “o voluntariado fica-nos, quase sempre, muito caro.” Tenho, mais uma vez, que lhe dar razão!

6 de outubro de 2008

As Taxas de IMI são um escândalo

Hoje, no DN, Eduardo Catroga afirma: “…as receitas das autarquias locais terem crescido à taxa de 20% ou mais, ora isto é um escândalo! Em períodos de dificuldades são recursos que são absorvidos pelas administrações públicas em prejuízo das famílias e das empresas. Sou partidário de que o IMI, sobre valores actualizados, não devia exceder 0,2% do valor.”

Em Pombal o escândalo é muito maior. O PS, e eu próprio, temos denunciado isto.
Na última AM propus taxas de IMI de 0.6 para os prédios não avaliados e 0,3 para os avaliados, de forma a assegurar receita ao nível de 2003.
Disseram que era irresponsável. Deveriam estar-se a ver ao espelho.

4 de outubro de 2008

O Melhor Momento da AM

Guardo para o fim o melhor momento da última AM. É um momento revelador, um momento que diz tudo!
Discutia-se a alteração ao Regulamento das Edificações Urbanas, documento muito impotante, extenso e muito técnico.
O PS, quando o presidente da AM colocou o assunto à discussão, sugeriu à mesa que o documento fosse retirado da discussão e agendado para nova reunião porque o documento nos tinha chegado dois dias antes da Assembleia, tempo insuficiente para o analisar.
No entanto, o Presidente da AM colocou o documento à discussão. Mas notava-se que toda a gente estava numa posição desconfortável.
O único membro da AM que se inscreveu para falar foi Manuel Domingues, não para se pronunciar sobre o documento mas para reconhecer que, para alem de não ter muita competência para analisar o documento (tal como a esmagadora maioria) também não tinha tido tempo para o fazer, pelo que, pedia ao Presidente da Câmara para fazer uma pequena síntese da principais alterações, e concretamente, se tinha havido alteração (aumento) de taxas.
O Presidente da Câmara ficou embaraçado, reafirmou que o documento era muito técnico, disse que o documento tinha sido elaborado, durante três meses, pelos técnicos e respectivos vereadores, e ele só tinha assinado. Logo soaram uns apartes da bancada do PS: “Ele nem o leu, ele nem o leu, …”. Incomodado, Narciso Mota, confirmou que nem sequer o tinha lido e, acto contínuo, chamou um técnico para informar a assembleia (Manuel Domingues). O Presidente da AM recusou (e bem) a participação do técnico e sugeriu a Narciso Mota que delegasse num dos vereadores, de entre os que acompanharam a elaboração do documento, a informação à Assembleia.
Segundo momento hilariante, Narciso Mota olhou para a sua distinta equipa, acto contínuo, todos eles meteram os olhos no chão.
Naquele momento, todos percebemos, incluindo Narciso Mota, que ninguém do executivo tinha lido o documento.
Soaram novamente os apartes da bancada do PS: “Ninguém o leu, ninguém o leu, …”.
O Presidente da AM, incrédulo, colocou o documento à votação.
O PSD aprovou o documento e o PS absteve-se e fez declaração de voto.
Palavras para quê? É o que temos!

Campanha é na Câmara

Narciso Mota anuncia a recandidatura em plena AM.
Rui Miranda anuncia a desvinculação do PS na reunião do executivo e bate-se a um lugarzito.
Que tal transferir as sedes dos partidos para câmara? E abrir lá as sedes de candidatura?
Pelo menos, facilitava-se a vida aos jornalistas…

3 de outubro de 2008

Parabéns Orlando

Esta notícia diz tudo sobre a palha de que eles gostam.
Mais palavras para quê? Está lá tudo!

Taxas de Impostos Municipais para 2009

Na última AM discutiu-se e decidiu-se (e eles aprovaram) as Taxas dos Impostos Municipais para 2009. É um momento importante (talvez o de maior importância) na Gestão Autárquica porque mexe com o rendimento disponível de muitas famílias e com a actividade económica local.
Quando da entrada em vigor, em 2004, do Código do Imposto Municipal sobre Imóveis, Narciso Mota comprometeu-se a fixar taxas que assegurassem a manutenção da receita dos impostos municipais nos níveis da receita de 2003 (e 2003 foi um bom ano!).
Nos anos seguintes reafirmou sempre o compromisso mas nunca o cumpriu. Só nos últimos 2 anos a colecta de impostos duplicou!
Ao levar à AM uma proposta com taxas máximas (excepto no que se refere aos prédios já avaliados, 0.375% em vez da taxa máxima de 0,4%, pouco relevante na receita) o executivo, Narciso Mota, revelou uma grande desfaçatez politica, uma enorme avidez por receita e falta de consciência social.
Não nos surpreende, a filosofia de gestão de Narciso Mota sempre foi: sacar o máximo para poder distribuir e gastar muito!

Ainda o Bodo

O facto de ter gostado do meu Bodo (leia-se dos concertos) não me impede de, perante os números, de achar que o Bodo, naqueles moldes, não correu bem. Aliás, "não correr bem" acaba por pecar por defeito. Não se conseguiu atrair o número de pessoas que tornaria a festa auto-sustentável, que é a fasquia no mínimo exigível, e a desculpa do 1º ano não vale para tudo. Voltar ao modelo anterior? Não. Reequacionar este, tornando-o sustentável, isto é, evitando o prejuízo, o que se calhar, entre outras coisas, implica muito menos borlistas. E quanto à decisão de não tapar o buraco, acho que a CMP esteve bem. Assim como quando retirou a organização do Bodo à Pombalviva, com a excepção dos concertos, o que, melhor do que qualquer outra constatação, mostra que a empresa municipal falhou no seu objectivo: organizar todo um Bodo.

E quanto às empresas municipais, tal como Gomes Fernandes, defendo e já há muito tempo, por princípio, a sua extinção pura e simples e a concessão dos seus serviços a privados.

2 de outubro de 2008

Obviamente, recandidato-me

Mas alguém ainda podia esperar outra decisão? Sinceramente, alguém que não perde tempo com pareceres que colocam a causa a regularidade de determinados empreendimentos, alguém que defende que "todos são iguais perante a lei, mas uns são mais iguais que os outros", alguém que entende cada crítica que é feita como ofensa pessoal, alguém que prefere (e profere) ataques ad hominem em vez de responder com factos a factos (e não, o número de kms de alcatrão não pode servir para tudo), alguém que é apologista do "quem não está por mim está contra mim"... poder-se-ia esperar, perante uma barragem de críticas, outra opção que não continuar agarrado ao poder?

1 de outubro de 2008

Pombal Viva: Prejuízo e Concorrência Desleal

A Pombal Viva explora o Café Concerto e outros Cafés e Esplanada pela cidade.
Estes negócios (excesso de linguagem) dão prejuízo e são mantidos com as taxas de estacionamento e com os nossos impostos. Logo, fazem concorrência desleal ao comércio que vive momentos difíceis e já tem uma oferta excessiva.
Há imoralidade maior do que esta? O que justifica isto?

Estacionamento pago: solução ou problema?

À primeira vista o Estacionamento de Duração Limitada é uma boa medida para melhorar a mobilidade nas cidades. Nomeadamente quando os lugares para estacionamento são escassos. Não é bem o caso de Pombal, mas adiante.
As Zonas de Estacionamento de Duração Limitada têm crescido exageradamente, complicando a vida às pessoas. O Relatório de Gestão da Pombal Viva confirmam-o, as taxas de ocupação do estacionamento pago são baixíssimas, a taxa média de ocupação é de 25%, atingindo o mínimo de 11% no parque junto ao Centro de Saúde. Ou seja, temos o estacionamento pago a mais e faltam parques de estacionamento não pagos.
Na penúltima AM, alertei Narciso Mota para este problema e pedi medidas. Ignoraram, custa dar o braço a torcer, mas já se preparam para libertar estacionamentos pagos.
Mais vale tarde que nunca!

As Contas da Pombal Viva

A Pombal Viva dedica-se a seis actividades que não geram sinergias entre elas. Das seis, quatro apresentaram resultados líquidos negativos e só duas, publicidade e estacionamento, apresentaram resultados positivos. Mesmo querendo, era difícil fazer pior, já que as duas actividades rentáveis geram automaticamente cash-flows positivos (receitas garantidas (estacionamento) e custos de estrutura assegurados pela Câmara).
Incompetência ou esbanjamento de recursos públicos?

Pombal Viva e os Eventos

Em 2007 a Pombal Viva apenas se realizou duas feiras sectoriais, face a sete em 2006, o que demonstra o fracasso na organização destes eventos.
Belo curriculum como organizadora de eventos. Ajuda a explicar o falhanço no Bodo.
Como diz o povo: “o maior cego é aquele que não quer ver”!

A Pombal Viva e o Bodo

A Pombal Viva é uma empresa(?) sem missão (organiza uns eventos, explora bares, cafés e esplanadas, cobra publicidade e estacionamento, faz uns biscates), sem razão de existir, mal gerida, nem bares e cafés sem custos de estrutura consegue rentabilizar, um verdadeiro caso de fonte de desperdício de recursos públicos, como sempre tenho dito, tem dito o PS e agora, na AM, disseram Adelino Mendes e Gomes Fernandes.
No entanto, Narciso Mota decidiu dar carta branca ao Vila Verde para programar, organizar e gerir(?) as Festas do Bodo. A Pombal Viva é a menina dos olhos de ouro do Presidente da Câmara, dos Vereadores, do respectivo Administrador e dos boys que gravitam á volta. Pudera! A gente sabe a razão.
Esta gente continua a sorrir, porque continua a poder brincar com o dinheiro dos contribuintes. Logo, o resultado só poderia ser o que foi, o que é. Paga o Zé!

30 de setembro de 2008

E ainda a famosa acta da PombalProf

A sociedade encontra-se em situação de Falência Técnica. O Conselho Directivo reúne e a única coisa que decide é não divulgar as contas ao órgão fiscalizador (AM) do principal accionista (CMP) da sociedade, violando a lei.
Parece irreal, não parece? Irresponsabilidade ou incompetência? Ou as duas coisas ao mesmo tempo?

Ainda a situação de Falência Técnica da PombalProf

A disponibilização das contas da PombalProf permitiu constatar que a sociedade está em situação de Falência Técnica. A situação da PombalProf foi tema da AM. O PS responsabilizou o Conselho Directivo, Narciso Mota à cabeça, pela situação grave a que a sociedade e consequentemente a ETAP se encontram e exigiu medidas urgentes para inverter a situação e salvar a Escola.
Rodrigues Marques, membro do Conselho Directivo, gritando de forma ensurdecedora, conseguiu dizer, e nós ouvir, que a culpa era do saudoso Guilherme Santos, do Armindo Carolino e do António José Rodrigues; não de
Narciso Mota, dele próprio e do Manuel Gonçalves.
Talvez tenha razão! Mas se a culpa não é de Narciso Mota, de Rodrigues Marques e de Manuel Gonçalves só pode ser dos Árabes, que estiverem cá há mais tempo e por muito mais tempo! Digo eu!

A Factura da Água

Na AM confrontei novamente Narciso Mota com os preços da Factura da Água.
Narciso Mota não se cansa de afirmar que os pombalenses são uns privilegiados por pagarem a água (e serviços associados) muito baratos.
Um estudo do IRAR demonstra que no escalão mais económico (60 m3 anuais) os pombalenses suportam a Factura mais alta de todo o Distrito, no escalão intermédio (120 m3 anuais) a segunda mais cara e no escalão superior (180 m3 anuais) a terceira mais cara.
O estudo demonstra que Narciso Mota mente quando afirma que a Câmara pratica os tarifários mais baratos da região.
Solicitei ao Presidente da Câmara que revisse as tarifas e eliminasse a taxa de disponibilidade da água porque esta não representa qualquer valor para o utente e é, por isso, ilegal.
Mais uma vez não respondeu. Vociferou e tentou achincalhar a bancada do PS. Até quando?

Os Borlistas das Festas do Bodo

Muitos pombalenses, nos quais me incluo, ficaram chocadas com a caça à receita que a Pombal Viva, com a cobertura da Câmara (Narciso Mota), fez nas Festas do Bodo.
Era necessário pagar para tudo, para ir aos espectáculos, aos carroçeis, ver os feirantes, aceder a espaços públicos, etc.
O povo, submisso como é, pagou e não bufou. Mas muitos não pagaram, os amigos da Pombal Viva e dos responsáveis da Câmara não pagaram. Receberam convites e livres trânsito.
Foram mais de 11 mil os contemplados! É assim que a Câmara e a Pombal Viva trata os pombalenses: uns de primeira outros de segunda.

O Fracasso das Festas do Bodo (II)

As Festas do Bodo, nos seus diferentes formatos, sempre tiveram alguns traços comuns, sempre foram as festas da cidade, do povo, para a cidade e para o povo, quer fossem organizadas ou apadrinhadas pela Câmara.
As festas foram, quase sempre, tendencialmente gratuitas e subvencionadas (muito ou pouco) pela Câmara.
Em 2008 quis-se fazer um corte com o passado, pensamento grande, festas não para Pombal mas para a Região (se não mesmo para o País), artistas de primeira, publicidade a rodos e multidões de visitantes, eventos e espaços pagos, receitas abundantes e lucro. Resultado? Fracasso. Os visitantes não apareceram e os pombalenses não aderiram em força, fracas receitas e muita despesa, logo resultados negativos.
No passado a Câmara pagava, este ano paga a Câmara, a Pombal Viva e os pombalenses (não todos, para muitos foi à borla), ou seja, pagam os pombalenses. E mesmo assim o prejuízo foi grande (talvez o maior de sempre!).
É obra, não é?

O Fracasso das Festas do Bodo (I)

As Festas do Bodo foram um fracasso organizativo, as coisas correram mal, tanto sob o ponto de vista do impacto dos eventos como na vertente económica (resultados negativos).
O administrador da Pombal Viva admitiu publicamente o fracasso e o Presidente da Câmara, confrontado com o fracasso, anunciou mudanças profundas no modelo das festas.
O administrador da Pombal Viva assumiu, quando apresentou o modelo e programa, que Festas gerariam receitas para se pagarem.
Falhou. O prejuízo (contabilizados todos os custos) ficou (muito) acima do prejuízo que a Câmara tinha com as Festas.
Narciso Mota levou ao executivo uma proposta de subsídio à Pombal Viva para cobrir o prejuízo. O subsídio para além de imoral seria ilegal.
Na AM, Narciso Mota anunciou o recuo. A Pombal Viva vai suportar o prejuízo. É melhor assim, evitam-se ilegalidades e força uma gestão mais rigorosa porque deixam de poder desbaratar dinheiro em espectáculos para a trupe.

Ilegalidades da Pombal Viva

O Regulamento das Zonas de Estacionamento de Duração Limitada de Pombal, aplicado pela Pombal Viva, prevê que, verificada uma infracção por falta de pagamento da taxa de estacionamento, a autarquia permita a “regularização da situação” através do pagamento de um determinado montante (metade de do valor mínimo da coima aplicável).
Ora, como muito bem demonstrou Adelino Mendes, na última AM, apoiado em parecer Jurídico, o pagamento (supostamente voluntário) dos 15 euros é ilegal, porque nem é uma coima nem uma taxa, constituindo uma receita ilícita da Pombal Viva.
Perante estas ilegalidades da PombalViva, Adelino Mendes questionou Narciso Mota (Presidente da Câmara e do Conselho de Administração da Pombal Viva) a fim de saber:
- Se Câmara está disponível para alterar este Regulamento na próxima reunião de Câmara?
- Quais as medidas que vai tomar em relação às verbas cobradas ilegalmente?
Narciso Mota vociferou sobre tudo e todos, anunciou a recandidatura, mas sobre isto nada disse.
A oposição está habituada e preparada para ser desrespeitada, mas, um pouco de respeito pelos pombalenses será pedir muito?

29 de setembro de 2008

Mais mentiras de Narciso Mota sobre o Go!Shopping


Na penúltima AM, em Junho, o meu colega de bancada João Coelho questionou Narciso Mota sobre o processo de licenciamento do Go!Shopping, nomeadamente “se tinha conhecimento de um parecer da CCDR-Centro relativo à localização desta grande superfície comercial no Casarelo”.
Narciso Mota afirmou na altura que “quem tinha de aprovar o projecto era o Ministério da Economia e que já havia aí um parecer positivo”. Afirmou, também, que “que não havia lugar a pareceres da CCDR neste caso”.
Narciso Mota mentiu mais duas vezes. E mentiu na AM, local onde tem a obrigação de prestar toda a informação aos representantes dos pombalenses.
Narciso Mota tinha conhecimento de que havia já desde Abril um parecer negativo e não positivo pelo Ministério da Economia e um mês antes dessa Assembleia já tinha dado entrado na Câmara o parecer negativo da CCDR Centro.
Perante estas mentiras João Coelho perguntou:
“Quais os caprichos que o movem para levar uma destas avante? É apenas para chatear os pombalenses e a sua vontade, expressa nos seus órgãos autárquicos que fizeram aprovar este PDM? Ou é para testar os limites do seu “quero, posso e mando” de que tanto se vangloria às mesas de almoço com os seus amigos? Há limites, entre outros os da lei e do respeito pelos pombalenses, e o senhor Presidente ultrapassa-os e é exigível saber porquê.”
Mais uma vez não teve direito a qualquer respota!

PombalProf em Falência Técnica

Como demonstrou o meu colega João Coelho na AM, a PombalProf está em situação de Falência Técnica. É o resultado dos sucessivos erros de Gestão do Concelho Directivo presidido por Narciso Mota.
Os erros de gestão são muitos e graves:
- Estrutura de capital inadequada, com falta de capitais próprios e financiamento de com empréstimos de curto prazo para responder ás necessidades de longo prazo;
- Recurso sistemático e quase total a contas correntes caucionadas, créditos imediatos e caros.
Isto gerou:
- Aumento do passivo;
- Aumento da taxa de endividamento em mais de 100%;
- Fraca liquidez;
- Resultados líquidos negativos em 2007;
- Capitais próprios passaram de um valor positivo em 2006 para uma situação líquida negativa em mais de 100.000€, ou seja, uma situação de falência técnica.
Perante este quadro muito negro João Coelho perguntou a Narciso Mota:
- O que é que a Câmara está disposta a fazer para salvar a PombalProf em termos financeiros e na sua gestão corrente?
Não obteve qualquer resposta.
Arrogância ou irresponsabilidade? Ou as duas coisas?

Da feira de poterry, handicraft, e de algum artesanato

Só eu sei porque é que não vou às tasquinhas. São manias, sim. Gostei de lá ir noutros tempos, antes da industrialização do petisco e do prato típico do concelho passar a ser grelhado misto. Nos úlimos anos começou a comer-se mal e caro. Mas como há gostos para tudo e saudosismos não enchem barriga (muito menos a da ASAE), admiro este povo que continua a comer o que se lhes dá, sem questionar. Fiquei-me, uma vez mais, pela volta ao artesanato. E, vá lá, a minha contribuição para a economia do país, na compra de duas bugigangas e uns doces alentejanos. Ia já com a pulga atrás da orelha, depois da conversa que ouvi cá fora: um expositor dizia ao outro que " e tal, isto é da minha filha, eu não percebo nada disto, mas como ela não pôde vir(...). Pois, isto não 'tá fácil, mas olhe, dantes ela matava-se a trabalhar para fazer tantos brincos. Agora mandava-os vir e ficam-lhe muito mais baratos. E o lucro é outro!"
É a modernização do artesanato, senhores.
E sim, faz sentido traduzir o discurso do senhor presidente em francês, na inauguração. Para a próxima pode aé ensaiar-se uma tradução poliglota - até em chinês, quem sabe? - e assim presta-se homenagem às origens de todos os materiais que por lá se vendem. A malta de Biscarrosse não se deve importar. E a de cá muito menos, está visto.

28 de setembro de 2008

AM – Conversa educada ou combate de boxe

Há pessoas na AM que fogem do debate político e utilizam todos os artifícios para introduzir ruído e dessa forma comprometer o debate. E são peritos nessa táctica, umas vezes arrefecendo o debate, clamando por elevação e educação, outras gritando ou molestando quem fala.
A AM é um órgão eminentemente político onde é suposto fazer-se debate político, puro e duro, não é um local para ouvir coisas inteligentes ou para ter conversas educadas.
Como diz, hoje no DN, Ferreira Fernandes, para muitos o decano da crónica, “para ouvir coisas inteligentes vai-se a uma conferência” e para ter uma conversa educada escolhem-se os parceiros, os temas e o ambiente.
Um debate político é, como afirma Ferreira Fernandes, um combate de boxe, onde se mostram os caninos, se enfiam uns ganchos demolidores, se faz sangue. Na última assembleia municipal houve um pouco de tudo isto. E não houve mais porque os agitadores entraram em acção.

AM – Quando faltam os argumentos…

De vez em quando as reuniões da AM descambam por uns momentos. Não sendo desejável, não deixa de ser normal.
A AM é um órgão muito multifacetado, constituído por pessoas com experiências de vida e politicas muito diversas; o que, por um lado é a sua grande virtude e por outro é uma das causas da conflitualidade latente.
No entanto, surpreende-me que pessoas maduras e de instrução elevada estejam sempre a clamar por elevação no debate e logo de seguida descambem para a gritaria e o insulto.
Porque será? A farta de argumentos é uma das razões, mas há mais…

AM – Novo Regimento

O Presidente da Assembleia Municipal (AM), Luis Garcia, está determinado a rever o regimento. É um compromisso seu e os compromissos estabelecem-se para se cumprir, mas, não é uma premência nem é a melhor altura para o fazer, estamos a um ano das eleições.
Sou dos que acham que as reuniões da AM podiam desenrolar-se melhor, com mais respeitabilidade, objectividade e disciplina; mas tenho todas as dúvidas que o regimento seja um obstáculo. As causas são outras e variadas.
NO entanto, apesar dos momentos de descontrolo pontual, as reuniões da AM têm proporcionado debates ricos e intensos.
É isto que queremos aprofundar ou matar?

27 de setembro de 2008

Narciso Mota tira coelho da cartola


Atacado pela oposição e não só, sobre todos os factos políticos das últimas semanas (irregularidades urbanísticas, Casarelo, PombalProf, Pombal Viva, Festas do Bodo, Água, Ataque à GNR), Narciso Mota anuncia, em plena Assembleia Municipal, a sua recandidatura.
Não foi novidade para ninguém, mas serviu como fuga p`ra frente.
Curioso foi a cara de espanto de alguns presidentes de junta quando ele disse que se recandidatava porque tinha o apoio de todos eles!
Um verdadeiro artista...

26 de setembro de 2008

Sonegação de informação

A Assembleia Municipal reúne hoje ás 15:00 horas. É uma das reuniões ordinárias mais importantes porque vai discutir e decidir as taxas dos impostos municipais para o próximo ano.
A documentação tem chegado aos membros da assembleia a conta gotas. Ontem à noite recebi parte dela.
Incompetência, desleixo ou uma mais uma forma de sonegação de informação?

24 de setembro de 2008

Transferência de competências na àrea da educação

Quando se fala de educação não se pode ser leviano.

O Governo apresentou aos Municípios Portugueses um protocolo de transferência de competências na área da educação. Das Autarquias que assinaram esse protocolo, a maior parte é de gestão socialista. Não se pode afrontar o chefe... No entanto, a grande maioria, incluindo a de Lisboa e a nossa, levantou grandes reservas à sua assinatura.

Se fosse eu, aliás, também não assinava. Se o Governo pretende delegar competências, tem que transferir as verbas adequadas à sua execução. Por outro lado, tem que dar mecanismos legais às Autarquias para que elas possam, de facto, gerir de acordo com o que lhe é solicitado.

Com este protocolo, o Governo não pretende descentralizar competências. Pretende, sim, contratualizar serviços de forma pouco séria e sem atender às exigências, já manifestadas, pela Associação Nacional dos Municípios Portugueses.


Sobre este assunto, senhor Presidente da Câmara, estou consigo.

21 de setembro de 2008

Educação ou falta dela…

Narciso Mota recusou-se a assinar o protocolo de transferência de competências com o ministério da educação. Em Pombal, a educação nunca foi levada muito a sério. Os garotos não votam. Para recusar o protocolo, Narciso Mota desculpou-se com o dinheiro, com a falta de outros pagamentos. Desculpa esfarrapada.
O dinheiro abunda quando se trata de festas, folclore, foguetes. Mas para os garotos falta sempre. Falta para as escolas, para a alimentação (salsicha com arroz basta), para as actividades extra-curriculares, para o leite!
Pobre terra, esta!

Os unanimistas


O executivo da CMP aprovou, por unanimidade, as taxas dos impostos municipais para 2009.
Os ex-vereadores do PS, Sérgio Leal e Rui Miranda, na ânsia de se mostrarem, desafiaram a AM a aprovar, por unanimidade, a proposta do executivo.
Quem diria, eles que no início votavam um contra o outro, depois votavam contra o partido, acabaram convertidos ao unanimismo.
Toda a unanimidade é burra. Mas ele há burrice e burrice…

16 de setembro de 2008

O mundo ao contrário

O que me choca no episódio pouco cor-de-rosa do vereador, não é a detenção por conduzir com os copos. É mesmo a reacção do presidente, que ao fim de tantos anos não conseguiu corrigir aquele defeito maior que ele chama de "coração ao pé da boca". Que seja solidário - como sempre, aliás - com as tropelias do vereador em causa, é um problema dele. Que venha a terreiro defender publicamente o indefensável, é problema nosso. É uma inversão de valores séria demais para passar em claro.
Ainda que já nada me espante, custa-me sempre perceber que isto só muda para pior.

Narciso Mota no seu melhor


Afinal, a culpa não foi das más companhias...
Também não foi do álcool...
Foi dos GNR! Narciso Mota dixit...


14 de setembro de 2008

Michael apanhado a conduzir alcoolizado


Michael apanhado a conduzir alcoolizado.
Este rapaz é uma surpresa sistemática.
Via-o a (só) beber Tri-Naranjus...
PS: ele sozinho não se metia nisto. Foram, de certeza, as más companhias…

A Maior Factura da Água


Narciso Mota, sempre que o sistema de Abastecimento de Água é foco de controvérsia, e tem-no sido frequentemente nos últimos tempos, discorre que os pombalenses são uns privilegiados porque a CMP optou por um sistema próprio de abastecimento que lhe permite fornecer a água mais barata, relativamente aos concelhos limítrofes.
A oposição, o PS, sempre disse que a água em Pombal era cara e sem qualidade.
Um estudo do IRAR, publicado esta semana no Região de Leiria, demonstra que os pombalenses arcam com a Factura da Água mais cara de todo o distrito de Leiria!
Assim se gere a coisa pública em Pombal, á base da mentira e julgando que uma mentira dita muitas vezes se transformará em verdade.

9 de setembro de 2008

Rio Triste


Passado Agosto, voltemos então à (a)normalidade. Afinal, o Arunca bonitinho é mesmo para emigrante ver. Helàs.