Há ausências oportunas!
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
30 de setembro de 2009
Ausência oportuna
Há ausências oportunas!
Irresponsabilidade (II)
Mas a discussão serviu, pelo menos, para compreendermos melhor o péssimo desempenho da ETAR e a consequente poluição e destruição do rio a jusante da desta. Ficámos a saber que a ETAR Municipal recebe os efluentes industriais sem qualquer tratamento o que compromete o tratamento dos efluentes domésticos para os quais a ETAR foi dimensionada.
Da pobreza da campanha à promessa dos debates
O que interessa agora é que hoje à noite Pombal recebe o primeiro de três debates entre os quatro candidatos à Câmara. Não há fome que não dê em fartura, lá diz o povo. Por razões suspeitas apelo à vossa presença no debate de sexta-feira, sem prejuízo dos (e)leitores assistirem a todos. Além do mais, o Teatro-Cine está a precisar de algum uso. A ver se isto anima.
29 de setembro de 2009
Irresponsabilidade?
Na gestão da coisa pública as coisas têm que ser transparentes, tem que haver regras, temos que saber o que estamos a aprovar e não se passam cheques em branco. Por isso votei contra. Fui o único. O resto do pessoal já está em campanha, o que interessa são os votos.
28 de setembro de 2009
A derrota da CDU
Como toda a gente afirma, a CDU perdeu as eleições de Domingo. Deixou de ser a terceira força política do país para passar a ser a quinta. Este facto parece estar assente numa lógica irrepreensível, apesar de ter havido mais 15 000 eleitores que confiaram o seu voto nessa coligação.
O problema é que a força da CDU não é visível apenas no Parlamento. Contrariamente ao CDS e ao BE, que esgotam a sua intervenção política no Parlamento e na comunicação social, a CDU tem uma forte implantação social, visível, por exemplo, nos sindicatos. Num cenário de maioria relativa, este facto deveria preocupar o PS. Se fosse eu que mandasse, tentaria um diálogo à esquerda, por muito que isso custe ao eng. Sócrates e aos socialistas que ainda não fugiram para o Bloco (e foram muitos nestas eleições).
Day after
Quanto a ontem, abre-se agora a dúvida sobre qual o formato do Governo. Por muito que eu gostasse de expôr o Bloco de Esquerda, o que é certo é que mesmo dividindo os votos dos círculos da emigração, PS+BE contarão com 114 votos (a 2 da maioria absoluta). Com o BE no Governo, rapidamente a sua base de apoio evaporará, e não passaria muito tempo até que fosse inevitável surgir uma nova coligação ou mesmo novas eleições. A solução PS+PSD parece naturalmente excluída (e convenhamos, que de todas as combinações, é francamente a pior por ser a mais propensa ao atrofio da actuação política), sobrando a solução PS+PP. Excluo a hipótese PS+BE+CDU, porque os tempos das Frentes Populares já lá foram. Como estaremos em campanha nas próximas duas semanas, ficará por aí a sombra a pairar.
Sobre vencedores e vencidos, José Sócrates vence, sem sombra de dúvida, mas é Paulo Portas aquele que tem mais razões de satisfação. Louçã não consegue tornar o BE na 3ª força, mas os votos e deputados obtidos geram uma vitória com sabor amargo. Já Manuela Ferreira Leite perde (e assume, sem ambiguidades, o que é sempre de registar) e Jerónimo de Sousa também (mesmo que insistam, como sempre, na tese contrária), apesar de ter mais 1 deputado que em 2005. E venha o Governo que se segue.
Eu voto, tu votas, ele não aprende
Agora, que a noite caminha para o dia, podemos sempre concluir que em Pombal nem tudo está na mesma: O PS ganhou na freguesia/cidade (por apenas cinco votos, mas ganhou), mais na Redinha. É claro que este é e será, enquanto houver PSD, um laranjal. Mas ali na Rua Alexandre Herculano haverá quem fez contas estas noite, talvez até esperançado em ver estes resultados repetirem-se daqui a 15 dias. E na Luís Torres também se devem ter feito contas. O CDS há-de roer até as unhas dos pés por não apresentar candidato em Pombal. E o BE ainda não deve ter percebido bem como é que em política é possível fazer castelos no ar e ter gente a acreditar que são reais. Apraz-me também ver a subida da CDU, naturalmente. Porque o meu país caminha para a esquerda e o meu concelho ainda é Portugal.
Eu, que acredito cada vez menos nos políticos e me desencanto todos os dias com mais um ou outro, não vejo aqui os resultados das autárquicas, embora neles leia alguns sinais. E por isso faço votos para que o povo (pelo menos) vote. Já é bom sinal.
E durante muito tempo há-de martelar-me na cabeça a frase de Sócrates, no Altis, dirigindo-se aos fotógrafos: "façam o favor de se baixarem, que eu gostaria de falar às pessoas". Diz ele que "o povo falou bem claro". Só é pena que ele não tenha entendido.
27 de setembro de 2009
Legislativas: vitórias e derrotas
Para o PS:
Grande vitória: maioria absoluta (improvável);
Vitória: 6 pp acima do PSD;
Derrota: vitória tangencial;
Grande derrota: perder as eleições.
Para o PSD:
Grande vitória: ganhar com um score que permita maioria na AR com o CDS;
Vitória: maior número de votos
Derrota: ficar atrás do PS;
Grande derrota: ficar 6 ou mais pp atrás do PS.
Para o BE:
Grande vitória: mais de 15 % e terceira força política (sem maioria absoluta do PS);
Vitória: terceira força política e sem maioria absoluta do PS;
Derrota: menos de 10% ou maioria absoluta do PS;
Grande derrota: quarta ou quinta força política ou maioria absoluta do PS.
Para o PCP:
Grande vitória: mais de 10 % ou terceira força política, sem maioria absoluta do PS;
Vitória: terceira força política ou quarta à frente do BE, sem maioria absoluta do PS;
Derrota: maioria absoluta do PS ou quarta política sem possibilidade de fazer maioria com PS;
Grande derrota: maioria absoluta do PS ou quinta força política sem possibilidade de fazer maioria com PS.
Para o CDS:
Grande vitória: mais de 10 % e maioria com o PSD;
Vitória: terceira ou quarta força política e score que permita maioria com vencedor;
Derrota: maioria absoluta do PS ou sem score que permita fazer maioria com o vencedor;
Grande derrota: maioria absoluta do PS ou sem score para fazer maioria com o PS.
25 de setembro de 2009
Desarranjo
O que se lá fez - alargando a alegada placa central com uma diferença de altura quase imperceptível em relação à estrada - serve exactamente para quê, excepto para os carros passarem por cima, porque também não percebem o objectivo? É que não havendo sinalização, com as fitinhas de obras na rotunda (que belo aspecto) e com o facto dos carros que vêm das ruas que dão acesso à Avenida terem que se chegar bem à frente porque não têm visibilidade, não houve ali mais que um desarranjo que, em bom rigor, disfarça mas não resolve.
Sei também que a falta de civismo é uma parte determinante, mas em vez de invenções que tal soluções?
24 de setembro de 2009
A questão da esquerda
Durante a campanha extremaram-se posições, o que é normal. Mas, se os partidos políticos tiverem sentido de responsabilidade, como espero, terão que saber interpretar o sentido do nosso voto: queremos um governo do PS que consiga entender-se com os partidos à sua esquerda.
Mas o desafio não é só para o PS; é também para a CDU e para o Bloco. Quanto a mim, este é talvez o maior desafio político, stricto sensu, que se coloca à esquerda portuguesa desde a nossa adesão à Europa.
23 de setembro de 2009
A CERCIPOM DESCENTRALIZA
21 de setembro de 2009
CRISES ECONÓMICAS E O DESEMPREGO
Diga lá em que dia é
Chegou tarde, mas em forma. E então anunciou uma sessão qualquer, no Expocentro, onde serão apresentados todos os candidatos a todos os orgãos autárquicos, pelo mesmo PSD. Contaram-me as minhas 333 fontes que lá estavam, que o homem convidou dali toda a gente: "Comunistas e tudo", pois que "haverá lá quem asse uns churrascos". Isso, sim, é ser presidente de todos os pombalenses. De uns mais do que outros, é certo, mas não deixa de lhe ficar bem esta atitude. Estou a modos que...sensibilizada. Vai-se a ver e ainda me amolece este meu duro coraçãozinho, que corre o risco de ficar tão humanista e solidário...a pontos de deixar de ser vermelho.
20 de setembro de 2009
18 de setembro de 2009
VAMOS ELEGER OS NOSSOS DEPUTADOS!
16 de setembro de 2009
Serviço ao Munícipe ou Propaganda?
Só gostava de saber uma coisa: isto é um novo serviço ao munícipe ou propaganda política? A ver vamos…
O síndroma da inauguração
Perante a primeira hipótese, parece-me justo. Mesmo que eu tenha sempre alguma dificuldade em perceber a diferença entre dinheiro da Câmara e do Governo, já que ninguém me tira da ideia que é tudo nosso, pago por nós.
Se a resposta estiver na segunda possibilidade, significa que continuaremos em apuros.
15 de setembro de 2009
Coreto ou Barraca?
14 de setembro de 2009
Choremos todos
É claro que o rapaz não faz ideia do que é Pombal, nesta matéria. Se fizesse, desconfio de que o post não se chamaria "choradeira", mas antes "depressão profunda", que é o estado em que ficamos quando nos parece que nada tem remédio.
13 de setembro de 2009
Centro Educativo de Carnide
Fico feliz por o meu País estar a proporcionar às crianças, desde tenra idade, todas as condições para se desenvolverem e serem felizes. E valorizo-o ainda mais porque sei o que a escola antiga fez, logo na escola primária, à minha geração. Bem sei que hoje é fácil estarmos de acordo acerca da importância destes equipamentos, mas recordo com alguma mágoa os discursos inflamados e ferozes contra o governo e a ministra da educação por causa do encerramento das velhas escolhas, sem condições e sem crianças, que tanto contribuíam para o insucesso escolar.
Espero que alguns dos políticos que assistiram aquela inauguração (e outros) tenham feito um mea culpa e iniciado o acerto do passo com o progresso.
11 de setembro de 2009
história do tenor desafinado
O senhor engenheiro ao natural
Irrita-me este ar dengoso.
Cada vez lhe encontro mais semelhanças com o outro engenheiro. Só lhe falta dizer mais vezes "hã..."
10 de setembro de 2009
A falácia da asfixia democrática
8 de setembro de 2009
Novo Centro de Saúde
Reivindicou? Mas ele já o prometeu em 1997, 2001 e 2005.
Engana-me, que eu quero...
5 de setembro de 2009
Atentado ambiental e paisagístico
4 de setembro de 2009
mouraguedesgate, tão longe e tão perto
Sabendo à partida que não há anjinhos no Governo, que Sócrates lida mal com quem assume opinião contrária (já escrevi noutros tempos que ele e o "nosso" engenheiro têm muito mais em comum do que se imagina), há uma verdade absoluta que importa lembrar: Quem manda nas empresas são os administradores. Por saber do que falo, fico sempre triste quando vejo uma administração baixar-se até rastejar de língua no soalho, polindo o caminho. Temos por cá exemplos potentes, como muitos sabemos. Por isso, a "sorte" de um qualquer jornalista nos tempos que correm chama-se mesmo entidade patronal e reveste-se da firmeza e da índole de quem nos gere, percebendo que todos ganham muito mais se forem árvores, que morrem de pé, em vez de arbustos que secam mal acaba a primavera. Porque não haja ilusões: Hoje temos sócrates como tivemos santana. E antes disso tudo houve Cavaco, esse "mestre" na arte de silenciar, que agora já não come bolo-rei nem faz chamadas à polícia de intervenção. Agora já não se mete nos assuntos da Ponte nem da Pereira Roldão.
E depois agora temos blogues, como este, numa terra onde por causa de um blog ficou uma história dessas para contar. A diferença é que Moura Guedes não sai dos saltos nem consta que ande a contar os trocos do salário para as contas de supermercado. A nós, o que nos vale, é que vivemos num concelho charneira, humanista e solidário. E quem perceber este chavão nunca tem chatices na vida. Nem precisa de ter sorte com os patrões.
Espuma dos dias
3 de setembro de 2009
BLOCO DE ESQUERDA
2 de setembro de 2009
As Obras do Regime (II)
Está na altura de gastar lá mais uns cobres na recuperação e requalificação da obra (como costuma dizer o Presidente Narciso Mota). E, como os trabalhos não são de grande monta, a coisa, se acelerada, ainda se (re)inaugura antes das eleições. Não podem perder muito tempo…