4 de dezembro de 2020

Crime, disse ele


A relação de Narciso Mota com o sucessor Diogo Mateus - à imagem da criatura e criador - anda a atirar para o esquizofrénico, nos últimos tempos. Se bem se recordam, passámos da fase de dentes arreganhados um para o outro para aquela em que parecia tudo bem, no registo "ajudar os nossos". Mas a última reunião de Câmara mostrou que o abraço de urso que Diogo deu a Narciso, aqui há tempos, pode ter os dias contados. Mais: na contenda Diogo/Pimpão, que anima o PSD local, Narciso pode ser uma peça importante, que já anda a ser disputada...
Depois de ouvir as críticas violentas que o ex-presidente fez ao actual, seria de esperar que D. Diogo ripostasse com clamor, e não apenas com o semblante de pai tirano, que não tem medo, e que ousa dizer que "quando as pessoas não são capazes, eu não quero trabalhar com elas". Disse isto com ar sério, note-se. E nenhum dos vereadores se atirou para o chão a rir. 
Diogo tem a inegável virtude de não ter chamado familiares e amigos para povoar os diversos serviços da Câmara, como era useiro e vezeiro Narciso Mota. Mas ao lado dele, no que respeita ao espírito maquiavélico, o antigo patrono é um menino de coro. 
Por isso a novela das autárquicas promete tanto. 

1 comentário:

  1. Tão bem conheço os dois...MN é aquele que te insulta pela frente e se for preciso ajuda-te a seguir...DM é aquele que diz uma coisa pela frente e te lixa a seguir...tão diferentes...mas tão iguais...

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