Enganaram-se redondamente os que julgaram que José Gomes Fernandes não voltaria à Assembleia Municipal, depois dos episódios de fevereiro. Em nome da verdade, confesso: também eu o julgava de espinha mais direita, perante a sua bancada, que o deixou a falar sozinho. Mas quem anda aqui há 30 anos a destilar fel político deve ter alguma dificuldade em recolher a viola. E por isso voltou. Voltou à fila da frente, para enfrentar os "farisaicos" do PS - como lhe chamou. A JGF não lhe basta que o PSD seja maioria; é preciso que seja supremacia. O justiceiro líder (?) só tem uma vantagem relativamente a muitos sabujos da sua bancada: di-lo de caras*, com toda a raiva, sem as falinhas mansas que tanto o incomodam.
Desta vez, Marlene Matias respondeu-lhe à letra. O que o PS precisa de entender é que JGF só percebe aquela linguagem. Não se pode usar de outra.
*veremos, nos próximos tempos, se essa frontalidade se aplica/ou a todas as bancadas da AM.
Sabujo é alguem bajulador e sem escrúpulos, sinónimo de crápula , sinistro, nefando.
ResponderEliminarPaula, tenha paciência mas a propósito da sua crítica ao JGF envolver anónima e aleatoriamente alguns membros da bancada do PSD com este classificativo, ao fazê-lo assim fica toda a bancada refém do epíteto, e isso é injusto e deselegante.
Não me canso de dizer que não precisamos de ampliar a razão que achamos nos assiste quando utilizamos esta adjetivação coletiva e isto porque ao invés de acrescer a nossa razão, ensombramo-la.
Também tenho referido que nós, muitos de nós, não todos felizmente, perdemos tempo e paciência na política em discussão de casos insignificantes a que damos uma importância sublime, e isto talvez porque no regozijo intelectual de tais intervenções banhamo-nos naquela clarividência própria que nos falta para tratarmos dos assuntos realmente importantes e com resultados efetivos na vida coletiva.
Não faço a defesa do JGF porque ele não tem necessidade do meu amparo, mas como todos os mortais não tem só virtudes e sabe bem ultrapassar as dificuldades.
Eu sei que a tentação de puxar por uns adjetivos catalisadores, tipo fermento da insinuação, é muito tentador, mas por vezes estes viagras léxicos acabam tendo o efeito contrário. E a Paula tem mestria suficiente para poder prescindir desses artifícios que só lhe diminuem o valor.
O meu comentário é só pedagógico que aceitará ou não, mas pelo menos faça-me o favor de não tornar a invocar de novo “a derrota” que já foi há 5 anos como motivação de todas as minhas intervenções!
Imagine que eu usava a pequena estatura para justificar todas as suas intervenções que no final tinham sempre a mesma origem? E para que conste, a pequena estatura feminina é fenótipo normal na nossa sociedade e na minha opinião até lhes dá um ar mais doce.
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