Os paradoxos são coisas estranhas, fora do senso comum e aparentemente ilógicas, mas ao mesmo tempo muito elucidativas.
A câmara levou à AM um pedido de uma empresa privada que solicitava a extensão da zona de exploração de areia, na periferia do aquífero da Mata do Urso, acompanhado de um parecer favorável alicerçado no designado interesse público da exploração.
Sendo a matéria sensível, e alicerçada unicamente no difuso conceito/critério do “interesse público”, que por cá ainda ninguém quis e soube densificar, deu polémica e proporcionou todo o tipo de contradições e situações patéticas.
Nada como um paradoxo para fazer luz sobre o verdadeiro pensamento dos nossos políticos sobre questões fundamentais. O apregoado “interesse público” sai-lhes da boca recorrentemente, nomeadamente quando não encontram verdadeiros argumentos, mas na hora da verdade é um empecilho sempre pronto a pregar-lhes rasteiras.
Rico empecilho!
Faltou-me tempo para justificar porque ia aprovar depois de ter um discurso muito critico destas explorações. Ora não deixando de alertar para os perigos e constrangimentos futuros, esta pequena extensão da concessão está em área de exploração mineira no PDM de Pombal, logo o interesse publico referia-se a uma pequena área neste perímetro condicionada com outra reserva que só assim se conseguia ultrapassar administrativamente e que se tinha considerado útil.
ResponderEliminarO resto é por um lado precisarmos de explorar as matérias primas que nos fazem falta e por outro conseguirmos determinar até onde podemos ou devemos ir.
O assunto não é consensual e muito menos inerte. Há escolhas que terão sempre consequências importantes, para o bom e para o mau, e daí eu ter dito que ainda bem que não me cabe a mim ter de decidir.
A IMOSA é uma boa empresa, tem dado muitos postos de trabalho a Pombalenses e apoia a comunidade. Nestas coisas é sempre complicado decidir entre manutenção de postos de trabalho e preservação da qualidade de vida e do ambiente. Sei que estão lagoas enormes e profundas em plena mata nacional, pelo que a continuação da exploração deverá ser devidamente estudada de modo a não prejudicar o ambiente e a qualidade de vida desta zona do Concelho. A decisão não é facil, mas é para tomarem as resoluções mais vantajosas que o povo elege os seus autarcas. O autarca deve ter como primeiro objectivo a defesa da qualidade de vida da população.
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