9 de julho de 2024

Do estado a que chegámos



Na semana passada houve eleições para os órgãos internos do PSD e do PS, os dois maiores partidos no país, e também (supostamente) em Pombal. 

Por aqui, a política partidária tornou-se desgraçadamente desinteressante - até para nós, aqui no Farpas. Mas o pior, plasmado no que aconteceu nesses actos eleitorais, é o desencanto que se instalou dentro dos próprios partidos: no PS não apareceu ninguém para se candidatar aos órgãos concelhios, no PSD o que apareceu é sintomático desse estado a que chegámos, como bem pode o leitor apreciar: quatro jotas passados do prazo, um presidente da junta que acha que pode chegar a vereador, e o inerente Pimpão. (Humberto é um senhor, e por isso não debandou, já). 

Depois da ‘folha de rosto’, aparecem os empregados da política, passados, presentes e futuros - um misto do gabinete de Diogo Mateus com o de Pedro Pimpão. Já a era de Narciso Mota ficou paradoxalmente guardada para aquele órgão denominado “Conselho Estratégico”. Tudo fresco e vivo para pensar (n)o futuro, devidamente separado do mundo rural, etiquetado de “conselho das freguesias”.

Ora, uma vez arregimentados todos, todos, todos (até o tresmalhado José Gomes Fernandes) sentimos aqui a falta de João Pimpão. Imperdoável. 

5 comentários:

  1. Fazes um bom retrato, Paula; mas o grande educador da classe operária resumiria isto de forma simples: “é tudo um putedo”.
    O partido que detesta sindicatos até faz entrar um “conde” como trabalhador sindicalizado!
    Chegámos a isto - ao grau zero da política.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Amigos pensava-os mais atentos, mas afinal não. Aquilo que muito aqui se admiram como inovador mais não passa que de velhas representações.
      Desde que o Conde entrou na CPS, já com o Manuel António, sempre foi em representação dos TSD, que para isso me indigitaram e aceitei.
      Logo nada de novo por aqui e agora.
      O resto serão talvez angústias de no vosso PS, nem proletarios, nem fidalgos, nem nada...
      O PSD continuará o seu caminho com os velhos e novos que por ele se interessam.
      E o PS? Passa?

      Eliminar
    2. Amigo, obrigado pelos oportunos esclarecimentos.
      Confirma-se mais uma vez que a realidade é muito abusadora e ultrapassa muitas vezes a ficção. Ficámos, assim, a saber que uma coisa inexistente designou o que não o é, vitaliciamente! - a nobreza é outra coisa, outros métodos...
      O PS (local), pelo, vistos, invernou – coisa que defendo há mais de meia dúzia de anos. Invernar também é preciso; e é melhor que andar só a fazer asneiras.

      Eliminar
  2. O Conde como representante dos TRABALHADORES Sociais Democratas é mesmo para rir. Sempre o conheci somente como PROPRIETÁRIO e Gestor de Herança. Mas para o PSD isso é ser trabalhador por conta de outrem...Nas diversas listas nada me espanta. É somente o conjunto de pessoas que gravitam em função do poder e que sabem, pelo estado ZERO que se encontra o PS irão ter essa manjedoura por uns bons anos. Pobre concelho que não tem alternativa a isto.

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Ó Roque, um gestor de herança, como dizes, é ou não é um trabalhador por conta dos outros?
      Há formas mais inteligentes de tentar diminuir os outros...
      Mas tu não és capaz de estar calado..
      😁

      Eliminar

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.