29 de novembro de 2024

Reunião da “Junta” – a paródia continua

Da reunião da Junta, de ontem, ressaltaram dois assuntos: Trabalhos Complementares na Empreitada do Centro Escolar Conde Castelo Melhor e Orçamento Municipal para 2025 e respectivas taxas de impostos municipais. E também as intervenções do público.



Como já aqui expliquei, o Centro Escolar Conde Castelo Melhor vai-nos custar os olhos da cara, e não vai resolver, ou vai resolver mal, o problema de falta de salas de aula adequadas na cidade. Porquê? Por duas simples razões: falta de planeamento e más opções urbanísticas e arquitectónicas. Agora, somos confrontados com esta desastrosa realidade: a câmara fez escolas onde não havia alunos, e não as fez onde os havia. Mas adiante, que agora o problema é outro. Ou é mesmo: gastar sem norte e sem rigor. Senão vejamos: ainda a construção do Centro Escolar Conde Castelo Melhor não tinha começado – estava-se ainda na fase de demolição - e já o empreiteiro pedia e recebia um avultado acréscimo por trabalhos complementares! Uns módicos 25.000 euros pela colocação de uma lona na fachada virada para a avenida! O Pedro é isto – o que é que s lhe pode fazer?!

Depois veio a discussão do Orçamento Municipal para 2025 e respectivas taxas. O orçamento é a repetição de um conjunto de boas medidas que vêm do passado, nomeadamente as taxas dos impostos municipais, e o prolongamento de um conjunto de obras a que se juntaram um conjunto de intenções desejavelmente não concretizáveis (Casa Mota Pinto, Centro Cívico, Pólo de Inovação e Conhecimento, etc.). 

O dotor Pimpão é o típico político que promete muito porque sabe que faz pouco. Mas esse não é o seu pior defeito. O seu pior defeito é o voluntarismo febril, é não estudar, é dar aval a coisas que nunca deveriam ser feitas. Depois, por ignorância ou simples excentricidade, forja mentiras em que posteriormente acredita, como aquela com que pretendeu endeusar o orçamento, afirmando que este “contemplava uma despesa fiscal de 23 milhões de euros”, que era concedida “por uma questão de responsabilidade social” … de forma  “libertar meios para o desenvolvimento económico-social da nossa comunidade”. A mentira era tão grande, mas tão grande, que não conseguia sair, e ia engasgando irremediavelmente o falacioso. Felizmente a coisa compôs-se, e a “oposição” engoliu a mentira sem dificuldade - está no mesmo patamar de inconsciência política. 

 Notas de rodapé:

(1) Três munícipes foram à reunião do executivo expor problemas e situações preocupantes. Quando as formas de democracia representativa esmorecem, irrompem formas de democracia directa.    

(2) Uma pessoa minimamente esclarecida sabe que o dotor Pimpão não distribui os milhões do orçamento com os munícipes, excepto o milhão referente à comparticipação no IRS (este sim, é despesa fiscal).

(3) A “oposição” votou contra o orçamento por este não contemplar as suas medidas. Ao que o dotor Pimpão respondeu que poderiam ter sido incluídas, como no passado, se tivessem participado na reunião preparatória. A “oposição” contrapôs que “não foi convidada”. E o dotor Pimpão contrapôs que enviou o convite para o PS e recebeu uma “missiva onde afirmavam que não participavam porque não era importante (participar)”.

Sem comentários:

Enviar um comentário

O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.