Da reunião da Junta, de ontem, ressaltaram dois assuntos: Trabalhos Complementares na Empreitada do Centro Escolar Conde Castelo Melhor e Orçamento Municipal para 2025 e respectivas taxas de impostos municipais. E também as intervenções do público.
Como já aqui expliquei, o Centro Escolar Conde Castelo Melhor vai-nos custar os olhos da cara, e não vai resolver, ou vai resolver mal, o problema de falta de salas de aula adequadas na cidade. Porquê? Por duas simples razões: falta de planeamento e más opções urbanísticas e arquitectónicas. Agora, somos confrontados com esta desastrosa realidade: a câmara fez escolas onde não havia alunos, e não as fez onde os havia. Mas adiante, que agora o problema é outro. Ou é mesmo: gastar sem norte e sem rigor. Senão vejamos: ainda a construção do Centro Escolar Conde Castelo Melhor não tinha começado – estava-se ainda na fase de demolição - e já o empreiteiro pedia e recebia um avultado acréscimo por trabalhos complementares! Uns módicos 25.000 euros pela colocação de uma lona na fachada virada para a avenida! O Pedro é isto – o que é que s lhe pode fazer?!
Depois veio a discussão do Orçamento Municipal para 2025 e respectivas taxas. O orçamento é a repetição de um conjunto de boas medidas que vêm do passado, nomeadamente as taxas dos impostos municipais, e o prolongamento de um conjunto de obras a que se juntaram um conjunto de intenções desejavelmente não concretizáveis (Casa Mota Pinto, Centro Cívico, Pólo de Inovação e Conhecimento, etc.).
O dotor Pimpão é o típico político que promete muito porque sabe que faz pouco. Mas esse não é o seu pior defeito. O seu pior defeito é o voluntarismo febril, é não estudar, é dar aval a coisas que nunca deveriam ser feitas. Depois, por ignorância ou simples excentricidade, forja mentiras em que posteriormente acredita, como aquela com que pretendeu endeusar o orçamento, afirmando que este “contemplava uma despesa fiscal de 23 milhões de euros”, que era concedida “por uma questão de responsabilidade social” … de forma “libertar meios para o desenvolvimento económico-social da nossa comunidade”. A mentira era tão grande, mas tão grande, que não conseguia sair, e ia engasgando irremediavelmente o falacioso. Felizmente a coisa compôs-se, e a “oposição” engoliu a mentira sem dificuldade - está no mesmo patamar de inconsciência política.
Notas de rodapé:
(1) Três munícipes foram à reunião do executivo expor problemas e situações preocupantes. Quando as formas de democracia representativa esmorecem, irrompem formas de democracia directa.
(2) Uma pessoa minimamente esclarecida sabe que o dotor Pimpão não distribui os milhões do orçamento com os munícipes, excepto o milhão referente à comparticipação no IRS (este sim, é despesa fiscal).
(3) A “oposição” votou contra o orçamento por este não contemplar as suas medidas. Ao que o dotor Pimpão respondeu que poderiam ter sido incluídas, como no passado, se tivessem participado na reunião preparatória. A “oposição” contrapôs que “não foi convidada”. E o dotor Pimpão contrapôs que enviou o convite para o PS e recebeu uma “missiva onde afirmavam que não participavam porque não era importante (participar)”.
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