O vereador não-eleito (doutor Coelho) monopolizou a reunião da “junta”, tanto no período-antes-da-ordem-do-dia como no seguinte, com assuntos e intervenções de todo o tipo, relevantes e irrelevantes, oportunas e inoportunas, atrevidas e azoinadas. Atreveu-se, até, por ignorância ou insensatez (política), a usar o surrealista tema da garantia da qualidade da água dos fontanários dispersos pelo concelho, em desuso para fornecimento de água para consumo humano há décadas, para abespinhar o presidente.
Quando o PS local teve um programa político estruturado, consistente e coerente, coisa rara, colocou em causa a qualidade da água do sistema de abastecimento público, e defendeu uma solução segura que felizmente foi implementada com sucesso. Mas nem nessa altura via nos fontanários arcaicos uma alternativa necessária ou adequada para fornecimento de água para consumo humano – coisa rara, irracional e totalmente desincentivada pela autoridade de Saúde Pública.
Qualquer pessoa minimamente esclarecida sabe que não é possível garantir a qualidade e a segurança da água nos fontanários, pela simples razão de a Natureza não ser controlável. Mas há criaturas, de cariz antropocêntrico, que julgam que sim! O doutor Coelho é uma delas. Pegou na ideia tonta do controlo da água dos fontanários por duas razões, uma oportunística, outra intrínseca. Oportunística porque tudo lhe servirá para abespinhar o presidente. Intrínseca porque tudo igualmente lhe servirá para passar a imagem do cândido romântico muito sensível aos sonhos revivalistas de algumas pessoas. Os fontanários caem-lhe, aqui, como sopa no mel. Deus lhe perdoe.

Amigo Malho, ganda nóia, eheheh, já percebi quem vai ser o bombo da festa nos próximos capítulos.
ResponderEliminarEste seu post deveria ter um título:
COELHO NO ESPETO LAVADO EM ÁGUA PURA DE FONTANARIO.
Como sabe, quando procuramos temas de confronto e crítica nem todos são os mais razoáveis e só não parte loiça que não mexe nela.
A questão é que ao se evitarem alguns temas mais frágeis por receio de até algum ridículo e rebatimento justo reduz-se o leque dos temas em inquirição e poderão ficar alguns mais importantes no esquecimento cauteloso.
Quando não havia rede de água pública as pessoas recorriam aos poços e fontanários para seu abastecimento e desses alguns mais utilizados, como a fonte do Louriçal, a fonte do Vale da Sobreira e mais uns poucos pelo concelho eram analisados com frequência, química e biologicamente, pela CM que afixava neles os resultados. Hoje, numa ótica de saúde pública mais exigente é desaconselhado o consumo daquelas águas até porque as características da água podem não ser constantes.
Porém, sabemos que essas fontes continuam ativas e muitas pessoas continuam a elas recorrer por tradição
Nesses termos têm alguma lógica admitir-se que ou se encerram definitivamente as fontes, por destruição ou colmatação das captações, ou numa solução mais cautelosa poder-se-iam manter as análises periódicas que, não garantindo uma qualidade potável constante pelo menos asseguravam alguma ma vigilância.
Como esta é uma decisão que de certa forma demite o município da sua responsabilidade coletiva parece-me que nesse ponto a alusão do Dr Coelho teria a intenção de a apontar.
Todos sabemos que a droga e uso das agulhas sem cuidado tem enormes riscos para a saúde e era como se o governo se limitasse, nos locais de consumo, a colocar cartazes a anunciar perigo do seu uso e deixasse de distribuir seringas e outros meios mitigantes de um comportamento social que sabemos não acaba por decreto.
Por isso talvez o visado merecesse só um lume brando crítico em vez do brazido forte em que o cresta.😄
E entre a provocação de um e o abespinhamento do outro vai ver que de fontanário em fontanário ficarão ambos saciados se a nenhum deles ocorrer entretanto algum desarranjo interno por falta de qualidade da água.
E Deus já lhe perdoou, o meu amigo é que não.😄
Bom Natal.
Agora que temos o Presidente preocupado com todos os Municipios Portugueses, quem se vai preocupar com Pombal? Talvez a solução seja exonerar o actual Director Municipal e colocar no lugar o Diogo Mateus, que parece que já regressou á terrinha. Ao menos esse é competente e estuda os dossiers.
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