O discurso do presidente da Câmara numa festa que O Correio de Pombal proporcionou a alguns convidados na semana passada, no Teatro-Cine. Desta vez não houve misses nem desfiles de lingerie, mas o show foi muito completo, pelo que se pode ler na edição desta semana.
Fazendo fé no que se escreve - numa página em que o director do jornal e o presidente da Câmara estão colocados no mesmo plano - o autarca, inimigo de outros tempos, mentor de variados processos judiciais contra o jornal, mais as queixas na extinta Alta Autoridade e tudo o resto, enalteceu a actual equipa que integra aquele semanário e "muito em particular a figura do seu administrador, o empresário Carlos Barros". Claro que aproveitou a ocasião para vociferar contra todos os outros jornalistas cujo trabalho é "movido por interesses de vária ordem". É uma vítima, este homem. Ainda bem que existe na terra um jornal acima de qualquer suspeita, que lhe faz o favor de reproduzir, de mansinho, o discurso.
Ora, para aqueles que, como eu - iluminados ou não - não sofram de amnésia parcial ou total, aqui está a prova de que, afinal, vale tudo. Vai-se a ver e temos aí um medalhado na calha já para o próximo ano. Ou um apoio para a próxima campanha.
Não fosse o facto de muito estar escrito e gravado, poderíamos até julgar que foi tudo invenção da história. Se calhar nem existiram as autárquicas de 2001. A única certeza que temos é...
"E na epiderme de cada facto contemporâneo cravaremos uma farpa: apenas a porção de ferro estritamente indispensável para deixar pendente um sinal."
7 de dezembro de 2008
Diz que é (foi) uma espécie de "perdoa-me"
1 comentário:
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Essa história faz-me lembrar aquele sítio...um bocado maior...ah, Portugal. Onde é que não se passa isso, hoje em dia? Onde param a independência e isenção jornalísticas?
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