26 de abril de 2010

A pérola deste Abril

Disse o engenheiro, no seu discurso deste Abril, que "os cidadãos estão insatisfeitos com o funcionamento da democracia". Como não conhecemos outra, e acreditamos que qualquer democracia é sempre melhor que uma ditadura, presumo que esteja a falar de exemplos destes, com o seu mestre Cavaco à cabeça.
Do que li, fiquei particularmente intrigada com "o alheamento da juventude face à política".
Olhe que não, senhor presidente.
Se olhar bem para dentro da Câmara que habita desde 1993, pelo menos em Pombal podemos concluir que a juventude tem-se interessado bastante pela causa, a avaliar pelas equipas que compõem a vereação. Depois há ainda toda essa malta gira e nova que pulula pelos diversos serviços. Bem vistas as coisas, se calhar não se interessam nada com isso. Mas votam, e isso é que é importante.

ps: Por falar em juventude. Alguém me pode explicar quem é a rapariga ruiva que aparece caricaturada na última página do Correio de Pombal desta semana? Hum? E vai tomar conta de que museu? Do de Arte Sacra, que anda a ser cozinhado?

9 comentários:

  1. Porque será que as comemorações do 25 de Abril têm sempre algo de polémica em Pombal?
    Tal como dizia o antigo Presidente da Assembleia Municipal de Pombal, Menezes Falcão, era uma data dificil de comemorações. Parece que o Eng também tem alguma dificuldade em celebrar a revolução.
    E este ano fazia tanta falta o "outro 25 de Abril" que o Eng gosta tanto de reivindicar. Sim, porque um feriado ao Domingo não dá jeito a ninguém.
    Aqui no canil fizemos a festa ao ar livre. O dia estava de afeições. No jardim ali no lado houve música, danças, passatempos, actividades para os rafeirizitos... Foi bonita a festa, pá.
    Queria o Eng Rodrigues Marques que eu me fosse fechar dentro de uma sala para ouvir um triste discurso? Só mesmo um tontinho.
    Até teria ido, eu e mais uns rafeiros aqui do canil, para ir ouvir o Contra Almirante Ribeiro, mas não tínhamos conhecimento. Aqui no canil o convite que recebemos, enviado pelo protocolo do Município não referia tal efeito. Terá sido convidado à última hora, ou foi gralha na Quilate e os convites foram impressos sem referência ao orador convidado?
    Já agora, talvez o Eng Rodrigues Marques nos ajude a esclarecer uma coisita. Porque será que agora só se houve falar em Carlos Alberto da Mota Pinto? O tal personalidade que contribuiu para o processo democrático português. O tal pombalense que mais se distinguiu no seio da vida política nacional no século XX.
    Mas que gostava sempre de dizer que era de Coimbra e não de Pombal.
    Será porque era filho de um ourives que ganhava a vida a vender ouro aos mais abastados pombalenses?
    Ou será porque a Junta de Freguesia de Pombal lançou em 2007 o Prémio Mota Pinto e por aí se ficou.
    Só espero que o pré-anunciado Centro de Estudos não tenha o mesmo fim.

    béu béu

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  2. HINO NACIONAL REVISTO

    Heróis do mal
    Pobre Povo
    Nação doente
    E mortal

    Expulsai os tubarões
    Exploradores de Portugal

    Entre as burlas
    Sem vergonha
    Ó Pátria
    Cale-se a voz
    Dessa corja tão atroz
    Que há-de levar-te à miséria

    P'ra rua, p'ra rua
    Quem te está a aniquilar

    P'ra rua, p'ra rua
    Os que só estão a chular

    Contra os burlões
    Lutar, lutar !

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  3. OLá

    Sr. de Roque você está plagiando o Hino Nacional, não é correcto.

    O Hino Nacional é um escrito muito bonito, tal como sua música, deve ser respeitado, você não brinque mais com aquilo que Eu ainda admiro neste País, por favor.

    Se todos soubessem a letra e música do HINO NACIONAL, bem como seu significado este País não estaria à deriva, roube quem poder.

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  4. Senhor Grilo Falante, fui criado no respeito pelo Hino Nacional, pela Bandeira Nacional, por aquilo a que nos meus tempos de escola se chamava os Símbolos da Patria. Naquele tempo, qualquer menino, ao concluir o quarto ano de escolaridade, tinha de saber "na ponta da língua" a História de Portugal... Aprendi que o Hino se chamava "A Portuguesa", à semelhança de "A Marselhesa" e foi composto por Alfredo Keil e Henrique Lopes de Mendonça (música de um, letra do outro)e era um protesto contra a fraqueza do governo monárquico na defesa do Ultramar. Provocou mesmo muitas adesões ao Partido Republicano que tudo fez (custou-nos a entrada na Iª Grande Guerra que tantas vítimas nos causou)para manter todo o nosso imenso território e população. Durante o Estado Novo fez-se a Guerra Justa de África que assegurava 90% do nosso território e 60% da nossa população. Que fizeram os nossos militares que contra tudo e todos tinham a paz controlada em 1974? Ofereceram independências e territórios a todo o bicho careta que apareceu. Até Timor, que ninguém queria para nada, andaram a oferecer à Indonésia e quase forçaram a China a receber Macau de volta: Ainda acha que o Hino é assim tão Sagrado? Olhe que aos políticos e aos militares parece-me que não...
    Saudações

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  5. Apenas em jeito de complemento: A Portuguesa tem mais estrofes do que aquelas que usualmente são cantadas e, originalmente, cantava-se "contra os bretões" e não "contra os canhões". Apesar de tudo, é um símbolo do nosso país, tal como as bandeiras o são, apesar de só a Republicana ter protecção constitucional.

    Seja como for, não me choca que o hino seja utilizado de outra forma, chocando-me antes que seja visto como ultraje a símbolo da pátria. Veja-se, por exemplo, os EUA e a possibilidade de se queimar uma bandeira, cuja proibição seria sempre um atentado à liberdade de expressão. Se o faria (queimar uma bandeira ou adulterar um hino)? Não. Mas não defendo sanções contra quem o faz. Posso condenar o mau gosto (se entender que o há - como no caso das bandeiras portugueses patrioticamente mal penduradas por ordem do xôr Scolari), mas nada mais que isso.

    Já o saber o porquê dos símbolos (todos) não me choca, desde que não se caia num nacionalismo bacoco do "meu país é melhor que o teu".

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  6. Eu sou suspeito, confesso que não sou de me comover muito com os símbolos nacionais. E nem um suposto "internacionalismo" o justifica. Mas a verdade é essa, interessa-me pouco saber quais sãos os castelos da bandeira. Não me julguem alguém que não gosta do seu país só por isso.
    Dito isto, não vejo que o hino seja uma vaca sagrada.

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  7. Caros amigos, a minha intenção não foi achincalhar o hino, mas somente uma forma de me manisfestar contra o estado em que temos o nosso amado Portugal, fruto do "trabalho" de quem nos tem governado todos estes anos. Em que cada vez mais se acentuam as desigualdades entre a classe dominante (politicos e seus afilhados) e o povo trabalhador "contribuinte". As reformas escandalosas em contra-partida com as reformas de miséria. Não se deviam admitir reformas de mais de 2000 €uros, pois quem ganha bem na vida activa deveria ter seguros de reforma, para depois compensar a reforma estatal. para se poder distribuir melhor a riqueza por quem nada tem.

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  8. Numa tertúlia que ocorreu em Março, tive oportunidade de questionar o Presidente da Câmara relativamente ao afastamento dos jovens da política. Caí no erro de colocar como hipótese o facto de haver muitos preconceitos que dão os políticos como corruptos e mentirosos.
    Resultado: enormíssima dissertação sobre corrupção.

    Concordo que infelizmente a maioria dos jovens foge da política "como o diabo da cruz". Jovens que são o nosso futuro! Eu até compreendo, se nos aproximamos mais da realidade que é a política ficamos desiludidos, revoltados, tristes porque o que impera é o seu lado negro.
    O pior é quando esse alheamento está relacionado com o desinteresse pelo mundo que nos rodeia. Cada vez mais, o sucesso pessoal passa pela individualidade e preservação dos interesses próprios. Ficam de parte a partilha desinteressada e a luta conjunta por uma sociedade melhor. Não digo perfeita, apenas melhor. É pedir assim tanto?
    Vejam ao horror do que acabo de fazer. Eu, a pedir que os jovens cumpram aquele que à partida seria o desígnio de qualquer ser humano.

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  9. Não é só na classe política que se encontram corruptos e mentirosos, pois não? Esse é que é o problema

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