17 de agosto de 2013

À grande e à socialista

Li o panfleto com as vagas promessas socialistas chamadas de “20 compromissos”, resumidas nos painéis exteriores, e vejo que Adelino Mendes promete fazer tudo à grande e à socialista: “mais emprego”, “menos impostos municipais” e “mais apoio social e saúde”. Se estas promessas fossem concretizadas, teríamos menos receitas e mais despesas, o que revela a falta de seriedade da política, a demagogia e a irresponsabilidade.
Todos deveríamos saber, antes, quanto teremos de pagar para termos, depois, determinados serviços ou bens públicos. Porém, o PS de Pombal continua a defender a política do endividamento que levou as finanças públicas ao caos e muitas empresas e famílias à ruína. É a política da vigarice, contra a qual já aqui (blog) me manifestei várias vezes.
Por outro lado, seria interessante saber se Adelino Mendes defende a manutenção da atual política local de atribuição de subsídios a associações, como tem feito cobardemente nas votações camarárias, ou se pretende alterar tal política.

20 comentários:

  1. J. Fernandes,
    Em Pombal, é possível fazer melhor com menos receita. E tu até aludes a uma das vias: reduzir alguns dos impostos que são simples desperdício de dinheiro. Mas há muitas outras.
    Mas o que verdadeiramente me preocupa nestas eleições (como talvez noutras) é a vacuidade das mensagens politicas, os slogans indecifráveis ou susceptíveis a interpretações maliciosas, a impreparação que tudo isto revela. E o indesejável Putinismo.
    Boas,
    AM

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  2. Caro Sr. J.G. Fernandes,

    Na sua análise ao programa do PS verifico que apenas considera uma via.
    A saber: “mais emprego”, “menos impostos municipais” e “mais apoio social e saúde” = "a menos receitas e mais despesas, o que revela a falta de seriedade da política, a demagogia e a irresponsabilidade."

    E eu acrescento: ou então uma melhor gestão dos dinheiros públicos.

    Como politico experiente (e experimentado) que é, concerteza que concordará que para um mesmo problema poderão existir várias soluções. É uma questão de escolhermos a que consideramos ser a melhor.
    Pois é disso mesmo que se trata: uma escolha, utilizando e/ou optimizando os nossos recursos fazermos a escolha certa.

    Estou mole.



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  3. Caro "obo" ou ovo.
    Estamos cansados de ver os políticos mentirosos e aldrabões falarem de “melhor gestão dos dinheiros públicos” ou de outras tretas semelhantes sem nunca indicarem um exemplo real do resultado da “gestão”, sem nunca concretizarem o que pretendem.
    Diga lá o que é isso de "melhor gestão dos dinheiros públicos". Como sabe, qualquer melhor gestão implica sempre a redução de despesas, quer com os mesmos serviços e obras quer prestando mais serviços e executando mais obras com as mesmas ou menos receitas. O que que nós pretendemos saber é como é que isso vai ser feito. Diga lá, caro defensor do programa socialista…

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  4. Oh Fernandes,
    Essa não: “melhor gestão implica sempre redução das despesas”.
    Esse era o modelo Salazarista, com os resultados que se conhecem. A Gestão é uma disciplina dos inícios do século passado, oriunda dos EUA. Nos anos 30-40 do sec. XX ainda não tinha cá chegado (desconfio que o Salazar lhe conhecesse os fundamentos).
    Boas,
    AM

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  5. Bom dia Sr. JG Fernandes,

    Quando falo em melhor gestão dos dinheiros públicos não tenciono insinuar que se faria mais com menos. Quero, isso sim, referir-me a uma racional (ou mais justa) definição de prioridades.
    E o que não falta pelo concelho (que certamente não conhecerei tão bem quanto o Sr.)são exemplos de como há dinheiro que poderia ser melhor utilizado.

    Veja-se o caso do pavilhão e do estádio das Meirinhas, das recentes obras na cidade,...
    Tudo obras já muito discutidas (e discutíveis).

    estou chocado.

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  6. Caro amigo Malho.
    De forma resumida, direi que a "melhor gestão" terá de implicar sempre fazer mais com menos recursos ou fazer o mesmo com melhor qualidade com os mesmos recursos. Quanto ao resto, parece-me retórica.
    Quanto a Salazar, não tendo chamado à discussão o exemplo da sua governação nem sendo um seu admirador, não devo deixar de reconhecer a realidade histórica: encontrou um país desgovernado (com governos a durarem dias), sem infraestruturas (sem escolas, hospitais, estradas, barragens), sem cultura (sem tradição na frequência das escolas primárias, sobretudo por mulheres), endividado e na ruína, tendo conseguido equilibrar as finanças e promovido o desenvolvimento (pouco para época mas muito para o que herdou).
    Não podemos ver as coisas de forma dogmática. Temos de saber o que herdou e o que deixou.

    Caro Ovo, nem com o exemplo que deu pretende explicar o que entende por “melhor gestão”. Será que quis dizer que não se fazia a obra ou que se fazia a obra mas com menos luxo, com menos despesa?

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    1. Boa Noite Sr. JG Fernandes,

      Ora, a sua pergunta encerra precisamente a minha resposta.
      Algumas das obras, a realizá-las, seria com menos luxo e menos despesa. Penso que se fariam obras igualmente dignas com menos dinheiro.

      Mas há um ponto no seu post que eu gostaria de ver mais desenvolvido/respondido. Que é a política de atribuição de subsídios ás colectividades. A do actual executivo já sabemos qual é, parece que já começou a distribuir os 500.000 euros que conseguiu recuperar.

      Mas como vai ser no futuro? Vai continuar nos mesmos moldes? Qual a posição das várias candidaturas?
      Seria interessante saber.


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  7. J. Fernandes,
    O que me motivou a interpelar-te não foi usufruir de um pouco de retórica. Não que a retorica, se feita com um certo nível e respeito, não seja necessária. Tem, pelo menos, duas utilidades: exercitar os neurónios (e na nossa idade devemos começar a fazê-lo) e desenvolver as capacidades argumentativas (sempre necessárias). Mas, os exercícios de retórica podem ficar para a mesa de café ou para os passeios de bike.
    O que me levou a interpelar-te foi a tua afirmação “melhor gestão implica sempre redução das despesas”. E por duas razões (qual delas mais importante): (I) a afirmação tem tanto de taxativa como de errado; (II) a afirmação está alinhada com um discurso político demagógico e falso.
    (I) a afirmação - “melhor gestão implica sempre redução das despesas” - tem tanto de taxativo como de errado.
    Acho que quando somos taxativos se deve ter algum cuidado com o que se afirma, até porque as coisas aqui ficam escritas e para memória futura e também (e não menos importante) porque temos (algum) dever de rigor e verdade.
    Eu, nesta fase da vida (pós 50), tenho cada vez mais opiniões; mas tenho também, cada vez, menos certezas. E tento mostrar isso à rapaziada cá da casa. Porque a escola talvez não o esteja a fazer bem.
    A afirmação é totalmente errada porque: (I) melhor gestão não implica sempre a redução das despesas; (II) pode fazer-se melhor gestão aumentando as despesas.
    (II) A afirmação está alinhada com um discurso político demagógico e falso. Discurso esse que tem demonizado a despesa, nomeadamente a publica, de forma demagógica e falsa, com o intuito de impor uma agenda política ultra-liberal que nos vai condenar, se não for parada, a um enorme retrocesso social e civizacional.
    O reinado do Salazar dava para muita retorica. E talvez o possamos fazer, mas ao vivo. Só não compreendo a tua injusta avaliação sobre o reinado do Salazar. Como podes tu não o admirar (no sentido da excelência da sua governação) se ele, nas tuas palavras, fez tanto e tão bem (e comparativamente a outros, nem é em termos absolutos). Fernandes, deixa-me que te diga: estás a ser profundamente injusto com o Salazar, reconheces a sua grande obra e não o proclamas o grande estadista do sec.XX ( dizes até que não o admiras).
    Boas,
    AM

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  8. É no fundo o nosso TéZero local. Não se lhe conhecem quaisquer propostas válidas, apenas a demagogia de um mundo cor de rosa, com mais benefícios e menos obrigações. E à semelhança do TóZero nacional, este também não engana ninguém (porque não consegue).

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  9. Há coisas engraçadas...
    Então, pelo que percebi, o PS é um partido despesista, sem jeito para Economia, sem jeito para contas Públicas, sem jeito para coisa nenhuma, certo sr. José Gomes Fernandes?
    Mas olhe lá: quando eu olho para os cabecilhas do PPD, vejo exemplos de igual iguaria... BPN, BPP, Banif...Para não falar de outros exemplos...
    Aquilo que eu vejo, é a eterna guerrilha partidária, onde se esgrimem pormenores, em vez de debaterem assuntos com seriedade!
    Da esquerda à direita, o que observo é um deserto! De seriedade!

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  10. Sim estão mesmo a esquecer que a maioria dos "burlões e trapaceiros do BPN , que nos roubaram a todos nós Portugueses eram quadros do PSD e a mumia "Cavaco" aproveitou-se das "conections" para ganhar dinheiro... Claro que tambem houve alguns oportunistas de outras cores, mas quem se lixou foi o Zé

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  11. Gostava que se quantificasse o valor que seria diminuido (gasto+redução de receita) com estas propostas.
    Este despesismo proposto é insustentável .
    Adelino Mendes é da mesma fornada de Sócrates... tendo mesmo exercido funções no governo de sócrates!
    É tudo a gastar do nosso!

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  12. Caro Roque
    Conheces os podres da esquerda socialista, como por exemplo o caso Emaudio? Ou mudas de opinião e és atacado pela amnésia quando mudas de camisola?

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  13. Amigo JGF, eu ando tão pobrezinho que nem camisola uso. INDEPENDENTE..... Ainda não entendeste ?

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    1. Sim, José Gomes Fernandes. Estás com dificuldades em perceber, é indepedente o Roque. Que é como quem diz, vende-se à melhor proposta.

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  14. Nuno Carrasqueira e o Sr. anda de bandeirinha na mão a ver se chove... Coitadinho do pobrezinho que só quer o bem dos desprotegidos.... Oh homem tenho la um quintal para cavar, não me quer ir ajudar ?

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    1. É muito mais fácil acusar do que ser acusado não é? Imagino que sim, porque acusaste o toque, o que só por si já é bastante significativo.
      Quanto ao quintal, o meu vai-me chegando. E cavar faz-te bem, para pôr essas ideias em ordem.

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  15. Sr Candidato Roque
    Em euros... quanto custariam as 20 mdas ?

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  16. Sou pombalense. Sou militante PS. Não sou candidato a nada. Sou amigo do Adelino Mendes. Não sou advogado de ninguém muito menos de defesa. Gosto da terra dos meus pais, só isso. Factos. 20 medidas p/ o concelho apresentadas pela candidatura de AM, questionadas supra por JGF. E em que medida estas propostas podem e devem ser implementadas, no concelho, sendo as mesmas (e bem...) apresentadas e explicadas? Convêm ler e reler, o que é proposto, desapaixonadamente liberto de preconceito político ou outros. Primeiro, a base em que se alicerça a candidatura, depois medidas que se propõem implementar. Assim, emprego e crescimento económico, coesão social e território não creio que haja quem duvide ou questione tal. São importantes. Dogmatismo? Populismo? Não acredito que pessoa de bem e bem-intencionada revejam algo de anormal nesses ditos “pilares”. Podiam ser outros escolhidos? Podiam mas não seria matriz política do PS em Pombal. Quanto às medidas. Redução de impostos municipais, manutenção serviços apoio social, criação e/ou implementação de serviços capazes promover sinergias económicas, manutenção serviços, as mediadas estão aí para serem consultadas, não creio que sejam devaneios eleitorais. Quanto custam? Pois bem, efectuados os cálculos, plasmados os dados em “folha de Excel” (tão agora em moda na forma de fazer contas na politica) certamente custará menos que umas “festas do Bodo” (organização da PombalViva), um qualquer “desvio” das contas da Câmara, umas quaisquer obras no Largo do Cardal ou um qualquer estádio de futebol numa freguesia a necessitar de outras valências. Lamento no meio disto tudo é em Pombal e no seu concelho, a politica ser autofágica e, onde o processo autofágico ou de efeito autofágico é aquele em que o “juiz”- o eleitor - reconhece o “crime” – má gestão da coisa publica - e a culpabilidade do réu, mas julga extinta a punibilidade concreta. Tal qual acontece de quatro em quatro anos quando temos actos eleitorais. Acresce que no concelho a politica é concebida e partilhada de uma forma tipo associação/agremiação desportiva, onde cor e bandeira valem mais que o interesse particular de um concelho inserido no colectivo nacional. Quando alguém, seja quem for, procura fazer valer os seus argumentos com propostas de base e índole local, é logo acusado (primeiro), enxovalhado (segundo), e se tal não chegar, insultado (terceiro), cumprindo as três fases de “política de terra queimada” – aconchego, afago e deflagração. Conseguido isto e, com anuência de quem não tem vontade politica própria, não tem ou não quer, não se está (ou não pode) para empenhar na defesa da causa publica nem tão pouco na local, mais a pouca disponibilidade e deficiente cultura partidária associadas, dizia, a soma das partes gera uma inércia de onde emerge a continuada e tão visível situação vivida em Pombal nos últimos oito anos. Em surdina a critica mas aceitação por "que remédio". Também contribui para tal “modus vivendi”, menos boas opções tidas no passado e por vezes a ausência soluções credíveis ou de recurso que são apresentadas em todos os intervenientes da cena política local. De uma certeza podemos ficar, a vontade de mudar não se alcança tem de se conquistar. Conquistar pelo exemplo, por não ser melhor ou pior mas sim diferente, pela integridade, honestidade, frontalidade, compromisso, lealdade e transparência. Se encontro nas propostas apresentadas por Adelino Mendes isto tudo? Em bom abono da verdade, até que sim. Até mais. Encontro uma ousadia quase que utopia política, arrojo pessoal e quiçá algum acreditar faraónico de que lhe é possível. Haja equipa (esses são outros quinhentos) para que o PS em Pombal, sendo vencedor, possa colocar em prática estas suas ideias e propostas. Caso vença e em eleições tudo é possível, se fizer, depois, agir ou actuar como o actual governo do PPD/PSD, já ninguém vai estranhar.
    “Que bem prega Frei Tomás, ouve o que ele te diz, não faças o que ele faz!”.
    Assim sendo, está tudo bem e nada mais há a fazer, somente que sou aquilo que sou e não o que acham.

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  17. Caro Fernando,
    Em euros....e em euros, quanto custa?

    Gabo-lhe a defesa do seu antigo patrão no governo de sócrates, mas em euros quanto custa?

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