18 de março de 2015

O homem da propaganda

O mi(ni)stério da propaganda da CMP está com uma densidade populacional ao nível do Bangladesh.
O nome não é bem esse, em Pombal a coisa travestiu-se de "Gabinete de Apoio à Presidência". É um GAP (acrónimo feliz, e que poderia suscitar uma torrente de trocadilhos)!
A noticia aparece melhor explicada aqui, e revela aos mais distraídos os restantes nomes a que se junta este profissional com passado na propaganda (embora médica - talvez o executivo esteja convalescente), e passado e presente ainda mais determinante para a função, enquanto filiado no PSD, dirigente concelhio do PSD e membro da AM. Ficamos então com a seguinte equipa de "apoiantes do presidente" para estas coisas das notícias: Jorge Gaspar Cordeiro, Anselmo Câmara, João Pimpão e Andreia Marques. Quatro elementos! Isto numa terrinha em que a comunicação social é "do regime" ou não existe, e é menos competente do que aqueles que a estão a filtrar para o presidente. O exagero é flagrante. Ou a contratação talvez se deva a insatisfação face ao trabalho desenvolvido pelo actual equipa.
Há aqui três aspectos que julgo merecerem atento olhar, e que me preocupam:
1 - Sendo pessoas pagas com o dinheiro dos impostos de todos nós, quero (queremos?) que sejam produtivos. Estão definidas hierarquias? Para além da hierarquia natural nos paços do concelho (em que qualquer funcionário ou eleito é subalterno do presidente), há um "chefe" de tão vasta equipa?
2 - Qual a razão para tanta preocupação com a imprensa? Essa preocupação geralmente tem intuitos "controleiros" e é própria de outros tipos de regimes que não aquele que elegeu este executivo.
3 - O Anselmo Câmara é filiado no PSD? Se não for, é o único nestas condições, em tão requintada equipa. Será essa a razão para ter sido o sacrificado na sua avença?

10 comentários:

  1. Amigo e camarada Nuno Gabriel, boa noite.
    Fica-te muito bem esse fato.
    Cidadão preocupado com a coisa pública, mas só pelo lado negro.
    Achas, mesmo, que o Jorge Cordeiro é uma menos valia?
    Ou é sombra de alguém tua conhecida?
    Abraço

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  2. O companheiro Jorge é bastante competente. Será uma mais valia para o regime Monarquico de Palumbar. O povo vota na tríade.: Rei, Clero e nobreza. Comem-se uns porcos no espeto, fazem-se umas festas nas várias capelinhas abatem-se (economicamente) uns porcos esquerdistas e ficam todos nas graças do divino espírito santo.

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  3. Caro RM, onde leu essa minha desconsideração? Até referi o contrário... Constou-me que havia queixas em relação ao "departamento", daí a necessidade de o reforçar!

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  4. Bom dia
    Caro Gabriel: excelente comentário, ainda o Sr. não se apercebeu das maladias que por lá andam!

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  5. Pois…
    Desde sempre, que o GAP - ou outro qualquer similar no nosso município - é “viçosa relva” para os comentários de café.
    Diga-se, em abono da verdade, que alguns tiveram “obras de engenharia” na sua construção…
    Há um antes e… um depois de O CORREIO DE POMBAL!
    Apesar de alguns outros jornais locais terem tentado contrariar o jornal O ECO tido como a “voz do poder” municipal. Tiveram, todos, vida curta pois não passavam de “meros” jornais de partido.
    Com O Correio de Pombal a ganhar espaço ,na opinião pública pombalense, o “município” tinha (?) de se resguardar…
    Claro que o primeiro serviço, oficial, informativo do nosso município foi “desenhado” com um jornalista profissional que foi o “porta-voz” do nosso município (PS) e, ao mesmo tempo, Assessor de Imprensa de um Ministro do PSD. A “coisa” correu mal.
    Como as eleições voltaram a dar o município ao PSD, foi convidado um conhecido professor para difundir as “notícias” do município. Apesar de ser militante do PSD não acabou… o “mandato”.
    Mas, o mais caricato estava para acontecer. Vindo duma “tertúlia” leiriense - novas - de que o presidente, reeleito, me tinha convidado para formar o “Gabinete de Comunicação “.
    Claro que era um “tiro de pólvora seca” entre pares … que também motivou conversas acérrimas com as “condições contratuais do benefício “. Mas a verdade é que O Correio de Pombal não se vergava para agradecer o “ prato de lentilhas que nem sequer foi servido ou encomendado.
    Na qualidade de jornalista, sempre fui contra os jornalistas que trocam a “banca” pela secretária…
    Ou são ou, então, são… amanuenses

    Pelos vistos, este “prato pombalense” continua ser servido… frio.
    Pimpão dos Santos.

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    1. Pimpão, ambos sabemos que esse tempo gozava de um profissionalismo que hoje não existe, paradoxalmente. Sabemos que o retrocesso se faz sentir também neste (nosso) domínio, para desgosto comum. Em contraponto, os gabinetes de comunicação democratizaram-se por toda a parte, da esquerda à direita. Há hoje formação específica para a área - que não havia nesse tempo, embora continue a ser muito mais apetecível para os políticos levarem jornalistas "para o lado de lá", pois que é mais ou menos como montar um cavalo de Tróia. Não me parece que seja o caso de Pombal. Mas Pombal é esta espécie de Entroncamento...

      ps: Esse período daria um livro. Há-de dar ;)

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  6. Parece-me que o nível de "competência" definido para o exercício de alguns cargos de nomeação é diretamente proporcional à capacidade de bajular os chefes. Alimentos condimentados apenas com mel, sem sal e pimenta, fazem enjoar muito depressa e levam à diabetes.
    Aborrece-me a certeza de ter de pagar a bajulação e assistir ao seu ritual de salamaleques, mas compensa-me um pouco ter a certeza de poder censurá-la.

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  7. Paula,
    Na época também a classe política tentava controlar os Órgãos de Comunicação Social “publicada”.
    Felizmente em Pombal a “coisa” nunca teve grande influência… nem importância pois, quem pensou fazer politica construiu, de raiz, um projecto editorial.
    Nem pensas o que eu, como membro da Direcção da Associação Portuguesa de Imprensa Regional, ajudei a resolver …
    Então, a “coisa” estava ainda a “gatinhar” o que somada com a impreparação dos Jornais - e dos respectivos mentores e colaboradores - “estoirou”, ao longo deste país.
    Em Pombal, um jornal foi alvo de uma querela Judicial, lembras-te?
    Apesar de dizeres que já há cursos específicos para “Assessor de Imprensa” , interrogo-me onde fica a ética do jornalista que tem por, mister, ser a “Voz do Dono” para garantir o almoço, do dia, aos seus?
    No meu percurso conheci quem não via a hora do regresso à sua… “banca”. Alguns não eram, apenas, Assessores de Municípios nem de Ministros!
    Mas… tudo isto é um apetecível “melão” que necessita de ser aberto e limpo das pevides. O problema é a falta que lhe faz umas fatias – fininhas - do “pata negra”.
    Abraço-te
    Pimpão dos Santos

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    1. Amigo e companheiro Zé Pimpão, boa noite.
      Na minha modesta opinião estás a ficar muito saudosista.
      Passa a página.
      Companheira Paula Sofia, não sejas tão saudosista, que diabo, passa, também, a página.
      Eu, que fui figurante nesse filme, já passei a página há muito tempo.
      Curem-se!
      Abraço e Beijo, ambos Grandes


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    2. Amigo e companheiro Zé Pimpão, boa noite.
      Na minha modesta opinião estás a ficar muito saudosista.
      Passa a página.
      Companheira Paula Sofia, não sejas tão saudosista, que diabo, passa, também, a página.
      Eu, que fui figurante nesse filme, já passei a página há muito tempo.
      Curem-se!
      Abraço e Beijo, ambos Grandes


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