2 de outubro de 2024

AM – juntas ao poder

No poder não há vazios. A última reunião da Assembleia Municipal (AM) confirmou o que já se vinha notando há algum tempo: o empoderamento das juntas (dos presidentes de junta). Durante o PAOD (Período Antes da Ordem do Dia) - e ao longo da reunião - adoptaram um registo comum: cobrar promessas ao dotor Pimpão. Coisa nunca vista, por cá…



Descortinaram-se, ali, três bancadas: a do poder (PSD), desinteressada e desarticulada, sem adversário e sem missão, limitou-se a cumprir agenda, sem honra e sem brio; a da dita oposição (PS), sem estratégia e sem astúcia, e agora sem as predilectas “Propostas/Recomendações”, limitou-se a picar assuntos; e a dos presidentes de junta!, sintonizados na cobrança de promessas e na disputa do melhor quinhão no rancho municipal.

O arquitecto Guardado voltou a fazer uma boa intervenção sobre o Parque Verde mas ninguém o ouve… - aquilo vai acabar como benfeitoria cara para encher a agenda política. O dotor Siopa voltou para confirmar, por actos e confissão, o que já se sabia: está na bancada errada. O dotor Pimpão chegou atrasado, e sem avisar, mas ainda a tempo de cumprir os serviços mínimos e levar pancada dos presidentes de junta.

3 comentários:

  1. Os Pombalenses estão mais interessados nas Tasquinhas e nas Festas do que na politica. Se o Pedro tem faltado á AM ninguém iria levar a mal. O povo de Pombal quer é: #Festasebolos.

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  2. Esta reunião da AM é histórica, pelo momento de viragem que encerra. É como bem diz o Adelino Malho: em política não há vazios. E este mandato do PP foi esvaziando a cena política (e partidária), criando um desinteresse que descambou num silêncio ensurdecedor. Ao PS teria bastado fazer-se ouvir, de vez em quando, mas preferiu sussurrar, para não incomodar. Há outro facto interessante, aqui, por oposição à intervenção (concertada) dos presidentes da junta: a desarticulação interna do PSD, que começa no facto de nem os próprios saberem onde andava Pedro Pimpão e quando chegaria, se chegaria. Por fim, o já indisfarçável deslaçamento entre o executivo, agora coroado nesta sessão com a incómoda ausência de Pedro Navega (a par do presidente), depois substituída por um entra-e-sai da sala.

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  3. Paula, é uma leitura legítima e que corresponde ao desenrolar da sessão visto por quem comenta. Nada a opor ou criticar.
    Temos de convir que na OT também não havia nenhum assunto mais polémico, tirando a apresentação de contas do 1 semestre, pelo auditor, pouco mais havia a discutir.
    No PAOD os PJ cumpriram o seu papel de reclamantes para as suas populações e bem, porque como cada vez são mais responsabilizados por grande parte das competencias delegadas, cada vez se sentem também com maior peso autárquico, pelo que ultrapassaram a tradicional subserviência onde no costumeiro beija mão só se agradeciam as benesses, grandes ou pequenas, concedidas pelo município.
    Não há mal nenhum em exigir com firmeza, nem há mal nenhum em negar com firmeza. Porém a retórica vigente passa assim para um nível mais vincado, onde as partes dizem o que têm a dizer, com menos filtros, obviamente uns com mais espírito e elevação do que outros…
    Até gostei das intervenções dos PJ porque entre outras coisas obrigam os destinatários a pensar mais sobre as reclamações feitas…
    E lá está o ditado que quem não chora não mama que, neste caso, adapto com mais objetividade assim: Quem não reclama corre o risco de ser esquecido ou passado para trás.
    Ao PC e seu executivo cabe darem as respostas e as ações respetivas. E assim se consegue um dos grandes objectivos das AM, colocar os assuntos na ordem do dia.g
    É obvio que os membros da Assembleia pouco intervieram porque a desarticulação aqui referida da bancada do PSD não contempla as sessões preparatórias da AM que sempre ocorrem antes… e foi o caso agora também.
    🌹🌹🌹

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