Se há nesta malfadada terra uma malha urbana incaracterística e repulsivamente feia ela encontra-se, sem dúvida, nas Meirinhas. É difícil, senão impossível, encontrar por ali alguma coisa bela ou, pelo menos, harmoniosa à vista, tal é a amálgama disforme e disfuncional de aberrações e maus-tratos urbanísticos, irresponsavelmente praticados com premeditada ignorância e intenção ao longo de décadas.
Na segunda metade do século passado quase tudo era permitido, porque não existiam instrumentos de planeamento, regras urbanísticas claras e abrangentes e bons exemplos. Mas actualmente não se pode aceitar que se continuem a cometer os mesmos atentados urbanísticos, só porque é “tradição”.
Bem isto a propósito de umas edificações que têm surgido na dita terra, nomeadamente na Rua do Comércio, e que muito têm apoquentado os meirinhenses que se preocupam com a qualidade do espaço público, ao ponto de o presidente da junta ter participado a revoltante situação à câmara e exigido a obrigatória fiscalização.
Mas parece que tudo vai acontecer como previsto. Terra onde não há rei nem roque, prevalece o desenrascanço e o oportunismo.
Sem comentários:
Enviar um comentário
O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.