5 de novembro de 2025

Sobre a triste realidade do ps local

Os partidos políticos não são – não podem ser - seitas ou associações mais ou menos secretas fechadas sobre si e imbuídas nos seus interesses mais ou menos legítimos; são – ou foram – um alicerce do regime democrático, com obrigações de transparência e prestação de contas aos seus militantes, simpatizantes, eleitores e cidadãos em geral.



Fui ao plenário do ps local com duas simples e óbvias curiosidades: que balanço se faria do processo e dos resultados eleitorais? Que consequências políticas seriam retiradas pelos responsáveis pelo sucedido? Conclusão (minha): tudo na mesma, como a lesma. Aqui o grande problema já não é a doença do doente, mas o doente da doença.

Logo de início, aquele que está e que tratam por presidente da concelhia esclareceu os pouquíssimos presentes (onde não marcou presença a maioria dos supostos dirigentes, ninguém do ps1 ou dos não-alinhados) que os responsáveis pelo sucedido não renunciariam ao mandato (não tomariam a única decisão óbvia, face ao desastre eleitoral - com o obrigatório pedido de desculpa aos militantes, acrescento eu). Perdeu-se totalmente o sentido do decoro, mas anacronicamente talvez seja a decisão apropriada para aquela enfermidade fatal, talvez seja preferível não tratar/amputar a gangrena, porque, na verdade, o que não tem remédio remediado está. 

Depois veio a avaliação dos resultados e as suas causas. E aqui saúda-se a grande diversidade de opiniões sobre os resultados (coisa rara e muito mal vista naquela casa) que ficaram “aquém do esperado”, para uns; foram “bons, pelo desempenho dos dirigentes e candidatos”, para outros; e, pasme-se, “muito bons, atendendo ao contexto”, para alguns. Sobre as causas e as explicações não vale a pena dar grandes notas - senti alguma náusea, mas resisti estoicamente em silêncio àquilo tudo.

Estamos perante criaturas que rebolam descontroladamente por um desfiladeiro, sem se darem conta das forças que as movem. Deixai-os ir que vão por Deus. 

1 comentário:

  1. Esta malta que governa o PS de Pombal prefere atacar com processos os militantes do que trabalhar para ganhar eleições. Eu acho mesmo que fizeram tudo o que era possivel para não ganharem qualquer orgão Autarquico, tal foi a pobreza da campanha e a falta de mobilização dos militantes e simpatizantes do PS. Foi tudo tão mau que é dificil vir alguem fazer pior. Não estive no plenário, pois tenho a minha militancia em suspenso até ser expluso do partido ou decidir entregar o cartão. Continuo a pagar quotas mas não me revejo no actual PS de Pombal. Só não percebo é que em consequencia dos piores resultados de sempre, esta gente não tenha vergonha na cara. Peçam a demissão e convoquem eleições. O povo já vos deu o cartão vermelho. Tenham vergonha, DEMITAM-SE

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