25 de agosto de 2011

“Eu também”… “e não falo”

No passado dia 20, durante a concentração prévia à inauguração da ciclovia do Osso da Baleia, um amigo do meu laranjal fazia-me notar que também teve aborrecimentos com outros membros do partido local e que não “fala” sobre os actos dos respectivos políticos. Concluiu que eu não deveria “falar”, face ao papel partidário que tive no passado recente.
Parece-me que este é o argumento favorável a quem quer abusar do poder e ocultar-se por detrás da disciplina partidária…
Também me parece que só não critica quem é incapaz (incompetente), ou cobarde, ou cúmplice, ou quem tem telhados de vidro…
Foram estas condutas que permitiram a subversão de valores, a corrosão das instituições e destruição económica do país.
Criticar, avaliar e intervir são deveres de cidadania; cada vez mais. Portugal é muito mais importante do que os partidos...
Mais me disse o amigo do meu laranjal que o facto de eu ter sido dirigente do partido e não me ter “aproveitado do cargo” não constitui argumento que legitime as minhas acções críticas ou os respectivos conteúdos.
Agora parece-me que, para os “donos” da coisa pública, a honestidade já não tem qualquer valor e só tem liberdade para “falar” quem os elogiar…

20 comentários:

  1. Amigo Zé Fernandes, também estou no mesmo barco, pois nunca me calei de dizer aquilo que penso para o meu Concelho e Freguesia. Por varias vezes já tentaram amordaçar-me, inclusive com ameaças anónimas para os meus contactos chegando mesmo a tentarem acções para prejudicarem a minha imagem. O PSD de POMBAL bloqueou a minha presença com membro de mesa eleitoral, enquanto todos os outros partidos me reconhecem competência para tal. Pensam que eu quero ir para as mesas pelo dinheiro? Que grande idiotice. Sou militante do PSD e nas ultimas eleições tenho estado nas mesas como delegado de outros Partidos. Ao que a perseguição e má fé chegaram. O que vale é que os ditadores vão caindo aos poucos. Ontem foi o Saddam, hoje o Kadafi e os outros vão caindo tambem

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  2. Coloquei o meu comentário, não nessa perspectiva (pessoal), mas de costumes…

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  3. É uma formulação menos elaborada daquela máxima de Pina Moura: a ética da República é a ética da Lei. Subscrevo em absoluto, JGF.

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  4. Também eu subscrevo, JGF. De todo o reinado de Narciso Mota, julgo que é isso que fica mais vincado.

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  5. O que deve ser o mais tramado, porque essa "obra" não pode levar com placa de inauguração...

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  6. Ahhh, pois não Alvim. Eu ainda não tive hipótese de dissertar sobre isso, mas na inauguração do pavilhão das Meirinhas esse foi o tema dominante: placas e pedras que falam.

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  7. Imagino a conversa. Todas as placas falam. Mas há aquelas que têm uma conversa útil e outras inútil.

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  8. a pedra bateu e deve estar a voltar pq
    "Também me parece que só não critica quem é incapaz (incompetente), ou cobarde, ou cúmplice, ou quem tem telhados de vidro… "


    Pergunto eu um bocADITO intrigado:
    Já não se pode concordar sem ser isto tudo???
    (falta o lambe botas que por aqui é mt utilizado)
    Os votantes são todos isto tudo?
    Parece-me que está a cair para a ofensa (dsclp)

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  9. A questão, Alegria, é que não conheço ninguém perfeito, e portanto que não seja alvo hipotético de críticas. A não ser aqueles que de facto se movem sobre uma prole de incompetentes, incapazes, cobardes, cúmplices ou com telhados de vidro. Como foi dito...

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  10. o meu comentário não era nesse sentido, o que eu quero dizer, é que o que me parece estar implicito no post, é que TODOS os que não criticam são aquilo tudo, e isso é precisamente aquilo que o post queria criticar(), só que ao contrário, ou seja a pretensa critica é ela própria criticável exactamente nos mesmos moldes, isto porque está claro e implicito que a Critica se dirige a TODOS.

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  11. Parece-me que o Alegria2 desenhou um "círculo vicioso": a crítica, quando negativa, deve ser alvo de uma “crítica” com iguais conclusões valorativas.
    Parece-me que, se assim fosse, apenas nos restaria o elogio dos actos dos detentores do poder. Isto seria a negação do direito (e dever) à crítica.
    O Alegria2 poderia dizer (sem falácias) o que está mal (ou bem) no conteúdo do “post”, de forma que todos entendessem…

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  12. Olá!
    Pelo que li todos têm razão, até aquele que diz que a crítica é um algoritmo. Há uma máxima que eu tenho: quem não trabalha não erra, logo, quem não faz nada não pode ver o seu trabalho criticado, mas, será criticado por não por trabalhar!

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  13. DBOSS, meu caro e ilustre comentador "blogueiro"
    A pescadinha com rabo na boca...tem razão.
    O maior problema, em minha humilde opinião, não são os que trabalham e até nem aqueles que não trabalham, o problema são todos aqueles que assistem numa impavida e serenanamente atitude aos acontecimentos que os rodeiam.
    A vida que a todos e sem excepção, repito a todos nós diz respeito é humilhantemente entregue a alguns que na sua maioria levam a seu belo prazer os designios a porto próprio e nem sempre seguro para todos, em atitude altiva que nada beneficia a causa pública seja quem está no poder ou na oposição mas beneficia ou pensa beneficiar o seu próprio ego.
    Em Pombal, assim se fez neste ultimos anos e somente agora todos ou quase todos se queixam pois sabem que daqui para o futuro quem ainda pensa que manda se vai embora.
    Esquecem-se é que a sua, deles, escola fez correlegionários e alguns ainda são piores do que o original. Cópias baratas com defeitos de formação e educação civica ou mesmo moral.
    Vale que se assombra no horizonte uma terceira via dentro do PSD-Pombal e quem sabe se não vai ser daí que saí o próximo, quiçá, candidato a presidente da Cãmara de Pombal...
    Pode estar a pensar que sei demais e que excluo o putativo candidato do PS-Pombal, engano seu, não sei de nada mas observo o que se passa a minha volta e tiro conclusões do que vejo, oiço e analiso nas mais diversas ocasiões que tenho oportunidade de estar presente.
    Pena é sentir que pouco ou nenhum acompanhamento temos nestes nossos "desvaneios" de escrever no "blog" o "Farpas" ou mesmo na dita comunicação social pombalense sobre esses assuntos que a todos nos dizem respeito. Mas é assim que se quer...é assim que se obtém.
    Tempo atras de tempo virá e depois vamos tirar as conclusões finais.
    Afinal..."Eu também..."(...)"e eu falo!".

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  14. Meu caro amigo Boss.
    Parece-me que o teu comentário constitui mais uma falácia.
    Se é verdade que muitas vezes só é criticado quem trabalha (quem se vê), não podemos daí concluir que todo o trabalho é bom e que toda a crítica é desajustada. Essa é a posição de quem pretende colocar os seus desmandos fora do alcance da crítica e negar o direito à crítica.

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  15. Olá!
    Meu caro amigo JGF
    Em filosofia, veja-se também politica, o que não é falácia?. Longe de mim a ideia de oprimir o debate, do debate nasce a luz e uma população mais esclarecida, Só os incultos e mal intencionados boicotam os debates.

    Se formos analisar os trabalhos que a CMP fez, na vigência dos mandatos de Narciso Mota, eles são muitos, verificamos que há muita obra feita e bem feita, mas, também há muito dinheiro esbanjado em obras de proveito duvidoso.
    Também sabes que há uma tendência natural das oposições para enaltecer o que está mal de forma a ofuscar o que foi bem feito ou, basta não falar no que foi bem feito para o povo esquecer o que realmente está bem feito.

    Estava eu no café e, na mesa ao lado, uma das 3 pessoas com cerca de 60 anos fazia as seguintes afirmações: ele é vingativo, veja-se Narciso Mota, pode ter muitos defeitos mas estive a ver o panfleto referente à sua primeira eleição e tudo o que prometeu nesse papel está praticamente feito.

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  16. Boa tarde!
    Caríssimo Carolino!
    Trabalho de sol a Sol e, uma a duas horas, depois do jantar converso com alguns amigos. Alguns deles mais novos do que eu e outros um nadinha mais velhos, todos eles reformados, quando se fala em trabalho ou ocupar cargos sociais de instituições ou até colaboração política, todos são unânimes: não faço mais nada estou farto de democracia e politica e são os primeiros a criticar actos de governação ou do executivo municipal, apenas constatações.
    Palavras para quê?

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  17. Caro amigo Boss
    No meu “post” não era tratada a personalidade do meu anterior interlocutor. A narração do diálogo servia apenas para analisar uma cultura de grupo, cujos membros, uns mais que outros, querem ser ideólogos, actores, apoiantes, polícias… e beneficiários.
    Quanto a promessas ou projectos, talvez o teu "amigo" de café (da mesa ao lado) tenha uma memória selectiva, conformando-se com o que acontece e confortando-se no que acredita, ou talvez defenda a realização dos seus interesses...
    Entendo que o teu amigo estivesse a falar dos primeiros anos da "governação" do edil, quando ele equilibrou as contas públicas, ou que estivesse a falar do edil que disponibiliza quase todo o seu tempo de vida à “governação” e que parece não receber “comissões” dos negócios públicos…
    Elogio estas actuações.
    Já não me parece que o teu amigo estivesse a falar também do cumprimento das promessas de obras faraónicas ou projectos megalómanos (como as portas da cidade), ou dos projectos para um mandato parcialmente executados nos vários mandatos. Também não me parece que estivesse a falar das promessas (da palavra) de realização de apenas 2 mandatos, depois talvez 3 e finalmente até ao fim da vida ou até a lei permitir. Também não me parece que estivesse a falar dos “projectos” existentes apenas “na cabeça”, nem do habitual facilitismo com que se costuma autorizar “verbalmente” ("faça, faça") algumas obras e das acidentais consequências apenas para os munícipes, como quando ocorrem embargos (kartódromo), nem dos habituais insultos sem limites a quem discorda, nem dos "tachos" para familiares e amigos, nem da confiança depositada em funcionários bajuladores (da edilidade ou de empresas da mesma) que assim se aproveitam para saquear ou esbanjar o produto dos impostos dos contribuintes…
    Reprovo veemente estas últimas actuações…

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  18. Mas a culpa não morre solteira, nem pode pois não JGF?
    Quem é que o escolheu, a ele Narciso Mota?
    Quem é que votou e aprovou as sucessivas candidaturas de Narciso Mota?
    Quem é que lhe foi dando cobertura sucessiva nas Assembleias Municipais?
    Querer recordar quantos se afastaram desde lá até agora?
    E quem é que por lá ficou?
    Só do PSD Pombal pois é o partido que pertence o "monstro" sagrado da politica de Pombal.
    Foi o PSD Pombal que sancionou a sua presença.
    Foi o PSD Pombal e há rostos e nomes.
    Foi a prof Ofelia Moleiro, foi o João Pimpão, foi o Mário Santos, foi o Mário Gonçalves, o dr. Manuel Domingues, foi o dr. João Coucelo, foi o dr. Diogo Mateus, foi o dr. José Gomes Fernandes, foi a dra. Fernanda Guardado, foi o dr. Anézio Gonçalves, foi o dr. César Correia, o eng. Rodrigues Marques, foi o dr. Pedro Pimpão, o dr. Fernando Parreira, enfim melhor que eu, neste últimos 17 anos os PSD Pombal sabem bem quem abandonou o barco, quem foi obrigado a abandonar e acima de tudo quem ainda anda lá a apoiar-se para manter o barco a navegar.
    Agora há queixas?
    Ah pois há!
    E (já) não é só do PS Pombal e de alguns, poucos, em surdina que são apartidarios.
    Agora os PSD Pombal também se queixam mas já vão tarde.
    O Mal está feito e é lamentavel o que vai acontecer.
    Mas eu posso apontar o dedo e dizer bem alto que eu não tenho a culpa de estarmos assim...

    NÂO VOTEI NARCISO - nem na sede do PSD Pombal nem em nenhuma lista de voto eleitoral popular.

    Outros que torcem a orelha já não podem dizer o mesmo.
    Mais, a mim podem acusar de alguma coisa menos conseguida, contudo, nunca de não ter enfrentado e denunciado a politica do PSD Pombal e do eng. Narcido Mota e seus pares enquanto edis.
    Da sua falta de verticalidade politica em alguns casos, da sua incompetencia em outros e mais grave, minha opinião, da sua arrogancia em muitas ocasiões.

    Da forma como foi tratado o "desfalque" de 500 mil euros dos cofres da Cãmara de Pombal.
    Dos gastos em Festas do Bodo e dos seus relatórios "manobrados" nas contas aprsentadas que levaram a uma cena de novela "Villaverde Gate"...
    Do "emblematico" Cine Teatro Amalia Rodrigues...
    Lembra-se da defesa do vereador que foi "caço" com alcool no sangue e a conduzir?
    Lembra-se da forma como foram tratados os membros da AM num famoso telefonema com um técnico da Câmara?
    Lembra-se do tratamento que Feliciano Barreiras Duarte deu à falta de "chá" do "nosso" presidente numa sessão de apresentação de um livro?
    Recordar aqui a "cena" do vereador Alfredo...
    Do "inquerito" ao "desaparecimento" das senhas de cinema e do dinheiro respectivo...

    Lembra-se ainda da cena no Louriçal com o então presidente de Junta eng. Jordão Gonçalves?
    Lembra-se ainda da saída do "financeiro" César Correia do primeiro mandato e do "arrufo" eleitoral com Eliseu Ferreira Dias posterior?

    Bem podia continuar mas para mim já chega.
    É assim que querem?
    Será assim que vão ter por muitos e bons anos.

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  19. Meu caro amigo F Carolino
    No meu comentário de 29-08, apresentei o verso e o anverso da moeda. Por vezes destaco as acções negativas como recomendação tácita de correcção, sem deixar de reconhecer que todos e tudo têm algo de positivo e de negativo. Só depois de se efectuar a “pesagem” se poderá determinar o “superavit” ou “deficit”.
    Perece-me que apenas realças a parte negativa daquele edil, omitindo a constatação de que os “vícios de poder” são comuns a todos os mortais que se habituam a permanecer no poder. Parece-me também que aproveitas a oportunidade para colares o mesmo rótulo na testa de todos os que rodeiam o dito edil ou que lhe podem suceder na edilidade. Se olhares o espelho das rosas, talvez encontres mais espinhos no teu roseiral do que no meu laranjal…

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  20. Carissimo JGF
    Encontro, encontro, oh se encontro mas contrariamente ao laranjal no roseiral não se anda em "carneirada". Pior ainda e sabes bem do que escrevo (e muito mais gente em Pombal)só uma subserviencia e atidez ao "bem amado lider" pode fazer com que alguns tenham "pão para a boca" politico ou de outros...
    Claro que no post que coloquei realcei a maldissencia e o lado negro da coisa (segundo o meu ponto de vista) mas tenho de reconhecer que há algo positivo no meio destes anos todos que medeiam 1993 e 2011. Há sim senhor coisas boas que são reportadas ao "reinado" autarquico do PSD em Pombal. Há com certeza obras charneira, desenvolvimento cultural, actividade comercial diversa e diversificada, há ainda um fortissimo investimento no desenvolvimento do próprio concelho. Reconheço não sou hipocrita que o concelho está melhor que quando aí cheguei em 1977. Também reconheço o esforço efectuado por todas as equipas de vereação que passaram pela Câmara de Pombal, esforço esse em manter a continuidade e que por esta ou aquela razão pessoal foram caindo do lugar, uns empurrados outros pelo pé próprio. Mas continuo a ter a noção que na realidade este meu nosso concelho é um concelho fulcral no centro de Portugal e liderado por um eng. que sabe da poda.
    Só há uma pequena coisinha que me incomoda, bem na realidade talvez duas, a primeira é porque raio ainda tem o concelho, em media, praticamente a mesma percentagem de saneamento básico que havia em 1993 e a segunda, é porque de tanta placa, plaquinha e essas ultimas em aumentativo que se espalham pelo concelho em pontes, pontões, sedes e pavilhões?
    Se estou a ser mauzinho e nada "ceguinho" no bater, peço desde já desculpa aos intervenientes. Mas que diacho, façam o vosso trabalho bem feito que não há ninguém que incomode. Agora deixar as contas na mão de um "pilantra" a coisa pode correr mal. Ah já correu? Desculpem uma vez mais. Pensei que eram as contas das festas do Bodo...

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