"E depois de Abril? Viemos nós, os que nos habituámos a pouco valorizar a liberdade, porque nela crescemos. Os que fomos, aos poucos, cedendo tanto, sem, às vezes, disso nos apercebermos. Os que aceitámos a premeditada censura, ou a auto-censura, como se fosse uma necessária moderação feita à medida e fomos abdicando de falar, de escrever, de pensar, de estar. Mas é tempo de assumir outra atitude. É tempo de afirmar a liberdade, a diferença, a cidadania. É tempo de reflectir, de criticar e de denunciar “progresso da decadência”.
Passados 30 anos, o nosso mundo divide-se – outra vez – por uma cortina de liberdade: entre os que têm a coragem de afirmar a liberdade e os outros, que se escondem atrás do ecrã, no anonimato, à espera da benesse.
Nesta esquina colectiva em que nos juntámos, só há lugar para os primeiros.
Viva a liberdade!"
Viva.
Bom dia!
ResponderEliminarNo dia 25 de Abril de 1974 estava em Moeda, Planalto Maconde, no norte de Moçambique. na minha unidade, cerca das 19 horas da manhã chega um jeep em slalon e o condutor pergunta: o seu comandante? respondi está no gabinete!
Leve me a ele, é urgente, assim fiz! O meu comandante, Ten. Engrácio da Silva, depois de ler a mensagem, ordena a formatura imediata de todos os militares e informa: há tumores de um golpe de Estado em Lisboa e pouco ou nada se sabe, vamos ficar calmos, vigilantes, não acreditar em rumores e o melhor será desligar os rádios porque a contra informação vai estar muito activa, Mandou destroçar e seguiu para a reunião no comendo Sector.
Foi com estas palavras que eu e restantes militares tivemos conhecimento duma suposta revolução que afinal não foi.
Não foi porque para haver revolução deve existir uma viragem total no sistema vigente, têm que haver culpados e julgados, nada disto aconteceu.
Numa manhã soalheira, na qual depositámos toda a esperança e estávamos confiantes na despedida de uma noite escura sem esperança a caminho de novas oportunidades e de um futuro muito próspero cheio de liberdade e democracia, puro engano, obtivemos as trevas!
Passados estes anos concluo que o Estadista, protector, moldou o Estado à imagem e semelhança do povo que tinha, mandou fazer leis que obrigava a cumprir, existia respeito pelas leis e pelo próximo. Naquela época, como uma população de cerca de 9 milhões de habitantes as nossas cadeias tinham cerca de 2.000 presos sendo que 90 % eram presos políticos,podíamos sair à rua, tal como os nossos filhos, nada nos acontecia. Hoje, com a população aproximada a 10 milhões de habitantes, temos as cadeias superlotadas, com uma população prisional a rondar os 11.000 presos, sendo que não há presos políticos. Nós, tal como os nossos filhos, não saímos à noite, à rua, sem ser acompanhados.
A promiscuidade entre a política, os detentores do dinheiro e os detentores dos meios de produção é tanta que já não sabemos quem é o politico, quem é o banqueiro ou quem é o industrial, todos eles, em conjunto, fazem um task force para moldar as leis à sua imagem e semelhança sem se preocuparem com o próximo ou se trucidam alguém e esquecem os direitos mais elementares da família. A Assembleia da Republica passou a ser um viveiro de advogados que exercem a política a tempo parcial e têm o seu gabinete sempre com uma pessoa a aguardar consulta, resta saber quando é exigida exclusividade os Srs. deputados! Os políticos eleitos, quando saem da política, têm um subsídio de integração social bem chorudo mas não abdicam dum bom tacho numa empresa ou duma reforma dourada.
Nunca se cometeram tantos atropelos à liberdade das pessoas como agora sendo que o maior atropelo é a falta de emprego!
Liberdades conquistadas em Abril: poder escrever este artigo sem ser incomodado, criticar o poder sempre que tiver uma opinião divergente e escolher quem me governa com o meu voto. Que me interessa a mim ter liberdade se não não tenho dinheiro para a gozar, não tenho emprego nem dinheiro para um prato de sopa como posso viver em liberdade? O preço que estamos a pagar para poder falar e criticar é demasiado elevado. Se isto são conquistas do 25 de Abril venha o 24 de Abril.
Companheiro Mário, boa noite.
ResponderEliminarPor afazeres da Pátria amada tenho andado arredado das lides do Farpas.
Mas tu vens, agora, recordar-me aquilo que aqui já escrevi há muito tempo e que vou recordar.
Estive, voluntário à força, nos serviços secretos do Exército durante três anos.
Montei tenda no Quartel General de Tomar, onde desempenhei a minha função com eficiência e eficácia antes e depois do 25 de Abril de 1974 e sem matar ninguém, mesmo que figurativo.
Agora venho recordar uma caixa de “O Eco” com data de 25 de Abril de…… 1948.
O título, em letras garrafais, tinha um nome: SALAZAR!
"Vinte anos de sacrifício em prol de Portugal!
Vinte anos de abnegação, de trabalho inteligente, persistente e honesto!
Vinte anos de Vida devotada inteiramente à Causa comum dos portugueses!
Vinte anos consumidos no labor fervoroso e sublime de tornar forte e saudável
uma Pátria que estava fraca e doente! Vinte anos do mais nobre e salutar
exemplo que a Vida impoluta de um Homem, pode oferecer!!!
Quem será o crente que não levante a Deus uma oração por Vós?! Quem
será o português que não erga ao Alto um pensamento liberto de paixões para
Vos agradecer, saudar e desejar longa vida ao serviço da Nação?!
Neste vigésimo ano do Vosso providencial encontro com a Pátria, nós Vos
saudamos, ó Igrégio Português entre todos os portugueses! Nós Vos rendemos,
com coração e alma vibrantes de amor pátrio, as homenagens da nossa
profunda e inabalável gratidão!!!
Salvé SALAZAR!"
Abraço.
Bom dia!
ResponderEliminarMarques:
Este artigo, embora bom, traduz a opinião do director do jornal e, como este tipo de apreciações é sempre subjectivo, seria bom justificar esta apreciação com o que existia antes dele dele chegar ao poder e o que foi feito nos aludidos 20 anos da governação de Salazar.
Um dia destes disse a um amigo, de esquerda assumido: Não te tenho visto, tens estado doente? felizmente a saúde não vai mal, estou é doente da carteira, nem no tempo de SALAZAR passei tão mal como agora e andei eu de braço no ar a manifestar-me contra ele e acrescentou: nós devia-mos ter levado uma malha, todos!
Até já a esquerda começa a reconhecer os méritos de um ESTADISTA a sério
Não deixaremos nunca de ser subservientes enquanto não quisermos ser mais do que isso.
ResponderEliminarUm povo analfabeto deixou-se manipular e murchou durante 48 anos. E no "querer" nebulado e acinzentado de parte desse povo, ainda assim estávamos nos dias que correm, 38 anos passados.
Erros e tiranias, coexistem nos dias que correm. Concordo! Mas talvez porque os mesmos que se acobardaram então, se continuem a acobardar nos dias que correm. Porque as premissas (adapte-se a escala) permanecem.
Se aquele era o Portugal com que sonharam, lamento. Mas têm feito (quem não tem?) um bom trabalho para o regresso a esse tempo.
Viva o 25 de Abril!
Bom dia!
ResponderEliminarCaríssimo Gabriel:
Ignorar as condições politico sociais e económicas do momento em que Salazar chegou ao poder é rejeitar a nossa história.
O Estadista em causa chegou ao poder em 192e veio renunciar meses depois por falta de condições económicas. Na década de 1930 não havia escolas, estradas, saneamento básico, a maior parte da população não tinha luz, etc.. Na década de 40 equilibraram-se as contas públicas, começaram a levar electricidade às primeiras aldeias e os primeiros Km de asfalta, etc. Nos primeiros anos da década de 50 fez-se uma rede de escolas e tornou-se o ensino básico obrigatório e continuou-se a levar a electricidade a mais aldeias. Nos Finais da década de 50 foi asfaltada a estrada que liga Pombal ao Louriçal e na década de 70 as exportações foram potenciadas e as contas publicas ficaram positivas.
Deste Estadista não restam dúvidas: Nunca deu o passo maior que o pé, não enriqueceu sem causa, nunca foi rico, equilibrou as contas públicas, nunca permitiu que a culpa morresse solteira porque as leis eram para todos, respeitavam o princípio da universalidade.
Se Salazar tivesse feito uma lei eleitoral e se se tivesse sujeitado a um sufrágio livre e directo , hoje era idolatrado como é Charles De Gaull
Talvez alguém possa fazer uma recolha mais precisa sobre os primeiros 25 anos do poder de Salazar, seria bom!
Cont.
ResponderEliminarAs aldeias de Assanha da Paz, Barros da Paz e Reguengo foram electrificadas na 1978 ( mais ano Menos ano).
Naquele tempo, como dizia um profeta, os políticos saiam de actividade e voltavam à profissão que exerciam antes, sem qualquer subsídio. reforma ou tacho. Hoje, ser político a tempo parcial, é ter direito a:
- um sem número de mordomias e um tacho numa empresa para estatal.
- direito a não ser julgado pelos erros que comete.
- direito a ser venerado nas cerimónias públicas
- Em suma estar acima da lei e de todos.
Não me leve a mal mas diga-me qual o político que foi julgado como deve ser? Veja o que se passou na Ucrânia: primeira Ministra fez um contrato que lesou o Estado acabou na prisão.
Em Portugal são condecorados pelo mau serviço que prestam ao País, é só esta difrença.
Belissimo exemplo, esse o da Ucrânia. E vejo-me forçado a dar-lhe razão! O que se passou na Ucrânia com a acusação a Iulia Timochenko está muito próximo do que acontecia em Portugal nos seus "dourados 48 anos". VIVA!
ResponderEliminarJá agora... mas que porra, com todos estes defeitos destes politicos pós-25 de Abril, e o seu exemplo vai para aas estradas e as escolas e o saneamento básico? APRE... é só contar. Conte os kms de estrada nos 48 anos seguintes (ainda só passaram 38, mas aposta que já se ultrapassaram umas 6 ou 7 vezes?) Não compare é a obra de um reinado ode mais de 40 anos com a de um outro de 4 anos, que isso não é sério. Saneamento básico???? Em Pombal, o que havia de saneamento básico no dia 24 de Abril de 1974? Escolas? Para quem, para os rapazes? Sim, porque qual era a taxa de alfabetização das mulheres no dia 24 de Abril de 1974? Luz elétrica? Não brinque comigo... Nas Cavadas, chegou em 1982 ou 1983... Na terra do meu pai, como na da minha mãe, a pobreza era generalizada. Sapatos, um luxo a que alguns só acediam em dias de casamento. Móveis, não se vendiam em lado nenhum, só nas casas senhoriais... sim, que o eram, muitas vezes, porque andavam de braço dado com o poder político. Ou é mentira?
ResponderEliminarAlinho na critica a uma classe politica que é, em grande parte, absolutamente imprestável, nos dias que correm. Mas daí ao elogio do ditador, separa-nos um inteiro oceano de diferenças.
Caro Gabriel.
ResponderEliminarLendo o teu comentário, parece que antes de Salazar Portugal tinha tudo, que Salazar tirou tudo e que o 25 de Abril trouxe tudo, como se os tempos de Salazar fossem os hoje e o conhecimento e as tecnologias postas ao serviço do homem fossem iguais.
Sejamos razoáveis: antes de Salazar tínhamos a banca rota, a anarquia, a miséria, o analfabetismo e a liberdade para os que podiam. Salazar acabou com a anarquia e com a liberdade, iniciou a alfabetização, equilibrou as finanças e iniciou o desenvolvimento do país.
Só por desonestidade intelectual se pode omitir o período anterior a Salazar na avaliação da sua governação. Com tal posição, de omissão da história, os detractores de Salazar parecem insinuar que Portugal foi um país próspero, culto e evoluído desde a sua fundação por Afonso Henriques até ao Estado Novo e que a prosperidade, a cultura e o desenvolvimento tinham padrões actuais e acabaram com Salazar.
Temos de ter coragem de analisar com isenção todos os períodos da nossa história.
Boa tarde!
ResponderEliminarCaríssimos:
JGF - subscrevo inteiramente o seu comentário
Gabriel - pelo que escreve, ignorando a nossa história, deixa entender que no dia do casamento (desculpe o paralelismo), a viver do seu ordenado, compra vivenda com quinta, compra carro, barco e avião? Significa isto que dará o passo maior que o pé!
A máxima do povo Roma e Pavia não se fez no mesmo dia!
Pequena resenha:
- 1928 Salazar toma posse, faz um estudo, e diz situação impossível, só com ajuda externa!
- Pedido de ajuda externa não é autorizado pelo SR. Presidente da Republica, demite-se 6 meses depois.
- 2 anos mais tarde Salazar é novamente convidado para formar governo com autorização para pedir ajuda externa ao REINO UNIDO!
- nos primeiros vinte anos equilibra as contas públicas, dá início à construção das primeiras barragens para produção de energia eléctrica, monta uma rede de escolas e impõe ensino obrigatório até à 4ª classe, com penas de prisão para os pais que não mandassem os filhos frequentar a escola, inicia uma rede de estradas na qual estava incluída a A1, (Lisboa/ Porto), a ponte da Arrábida, a ponte sobre o Tejo, Aeroporto de Lisboa, consegue evitar a nossa participação na II Guerra, a culpa não morria solteira, etc.
Para um País que só tinha miséria, quando Salazar tomou posse, o que acabo de referir orgulhava qualquer político da actualidade, não têm estofo para tanta obra!
Se me perguntar se estou de acordo com a situação extrema a que ficou sujeita a Lulia Timochenko, digo-lhe que não, porque do ato por ela praticado não resultou proveito próprio.
Caros,
ResponderEliminarNão percebo onde conseguem ler alguma apreciação minha ao período da primeira república. Mas se vamos nessa ordem de ideias... quem é que herdou uma situação favorável? Só o D. João V, e pouco mais. E essa desculpa servia também para o pós-25 de Abril, uma vez que os politicos destes 38 anos apanharam um país miserável, analfabeto, sem estruturas, e segundo o DBOSS com "planos" (A1???)...
De resto, JGF, bem sei que o meu argumento não foi razoável. Mas lê com atenção... queria apenas elucidar o DBOSS que o argumento das estradas, das escolas e do saneamento não tem ponta por onde se lhe pegue. Porque se Portugal não evoluiu quanto devia no pós-25 de Abril, não foi por "ter diminuido a construção de estradas ou de escolas". É evidente que as regras e as necessidades são, hoje em dia, bem diferentes!
Mas não deixo de responder à deixa que lanças, JGF. Se acho que Salazar tudo tirou? Não... tirou apenas a liberdade (deixo de lado a valoração desse bem). Mas parece-me que estagnou Portugal, que em 4 décadas não recuperou um centímetro em relação à Europa. Que ficou analfabeto como nenhum outro país europeu. Que não teve essa "força moral" aqui apregoada, porque se aceito que Salazar (que se saiba) não enriqueceu à custa do estado, mas convenhamos que as grandes fortunas construidas à sombra do estado eram então uma realidade não menos evidente do que é hoje. Olhemos para a protecção dos monopólios, por exemplo.
Da tua frase central, JGF, dizes duas coisas com que concordo em absoluto: Salazar acabou com a liberdade e equilibrou as finanças. Há outra afirmação que, sendo verdadeira, não me parece uma coisa apenas boa: o acabar com a anarquia. Entre a anarquia e a ditadura, a escolha é, a meu ver, dificil. Talvez prefira a anarquia. E afirmas duas outras coisas com as quais não concordo nada. Alfabetização (se o fez na década de 30, meu caro, remeto-te o teu próprio argumento: os tempos mudaram, e em 1965, por exemplo, os meios de que a Europa e o mundo mais evoluido dispunham não se compadecia com o analfabetismo que tinhamos em Portugal. Analfabetismo particularmente esmagador nas mulheres, mas que não isentava os homens, como bem sabem. Nas Cavadas, por exemplo, haviam umas 10 pessoas que sabiam ler, em 300 habitantes). E desenvolvimento... que desenvolvimento? Onde estava esse desenvolvimento? Visível e concretizável (esqueçamos os bolsos de um Champalimaud, de um Melo, de um Espirito Santo... nesses, havia desenvolvimento)... onde estava esse desenvolvimento? Em Pombal, por exemplo? Na Ranha? Em Vermoil? Em Leiria, até... onde estava esse desenvolvimento? Havia fábricas de tapetes? Fábricas de sapatos? Está bem, mas o dinheiro dessa produção não contribuia para o bem estar das pessoas. E apesar de os produzirmos, nas casas dos portugueses haviam, por vezes, fetos em vez de tapetes, e nos pés dos portugueses, calos em vez de sapatos. Desenvolvimento? Não sei onde...!
De facto, meus caros, não percebo também essa de separar águas entre o Estado Novo e o Resto.
ResponderEliminarA I República levou ao Estado Novo. Uma monarquia que nunca foi liberal à I República e por aí adiante. Também eu assumi como clara a constatação do Gabriel. E também eu a subscrevo. Comparo o Estado Novo com a nossa III República. E por muito que entenda que o desvario da I redundou num regime ditatorial (e na Europa Mediterrânica digam-me quantas, Repúblicas e Monarquias, não passaram no Séc. XX por um período ditatorial?), entendo que o Estado Novo se afogou na sua própria mediocridade e cegueira, por ser incapaz de perceber que tinha que se desenvolver e colocar um fim ao Império, seguindo, porque não, o exemplo de outros países, em especial na África Austral, avançando para uma confederação (a nossa história colonial permitia-o, se fosse tomada na década de 50). Em vez disso, não. Cegueira, repressão e iliteracia. Uma panela de pressão que rebentou e deu num PREC felizmente terminado a 25 de Novembro. Mas felizmete pelo 25 de Abril e pela janela de oportunidade. Podíamos estar melhor? Sim, claro. Mas não vejo como, debaixo de um regime esclerosado poderíamos estar pior. Aliás, foi o próprio regime que ditou a sua morte. Olhe-se para Espanha. Olhe-se para o Chile. Antes não fora preciso um 25 de Abril para viver em democracia. Mas foi. Hoje não é preciso outro. Nem, felizmente, um ditador. Mas é preciso ter aquilo que nunca tivemos antes. Nem antes do 25 de Abril nem depois. Um nós. Uma sociedade que fiscalize activamente e que exija respeito pelo que é de todos. Onde ideologias diferentes convivam no respeito democrata. E como eu digo a quem me gaba qualquer país que viva em regime ditatorial: faça as malas e viva lá, se é assim tão bom.
Meus caros amigos Alvim e Gabriel
ResponderEliminarO que eu não aceito é a análise histórica feita de forma dogmática pela corrente política de esquerda, em que tudo é diabolizado no regime de Salazar e tudo é dourado no regime "pós 25 de Abril" e em que se omite omitindo a apreciação sequencial de todos os outros períodos da nossa história, próximos dos analisados, e as condições sócio económicas de cada época.
Parodiando, direi que quando os analistas, que culpam Salazar de tudo aquilo que tivemos e temos de mau, esgotarem os seus argumentos e estudarem a história e souberem que Afonso Henriques prendeu a sua mãe e traiu o seu primo rei de Leão quando fundou Portugal, irão culpar o nosso primeiro rei pela actual crise económica, por não ter desenvolvido o país, por não ter alfabetizado o povo e por ter sido um déspota e um tirano.
Assim, devo repetir que, apesar de ter vivido a minha infância e parte da adolescência sob o regime de Salazar, de que não gostei, tenho de contestar as manipulações da história.
Já é tempo de mudarmos de atitude e, partindo da análise histórica dos erros do passado, reconhecermos os erros do presente. Para evoluirmos, necessitamos de uma mudança de cultura e de mentalidade, o que parece que até agora nem o 25 de Abril conseguiu.
Nem eu meu caro JGF. Nem o Gabriel, presumo.
ResponderEliminarA questão, repito, é que falta agora o que não havia antes. Ou melhor, cumprir uma outra dimensão do D. Desenvolver.
Dogmas na História dão no que dão.
Abraços
Corroboro, Alvim.
ResponderEliminarE concordo com o JGF: os erros do passado (as terríveis heranças) não podem justificar os erros presentes. E por aí temos, efectivamente, tantos combates para travar...!
Boa tarde!
ResponderEliminarCaríssimos amigos
Quando comentei este post pretendi transmitir-lhes uma mensagem de desilusão que sofri com o 25 de de ABRIL, dai eu afirmar: VRNHA O "$ DE ABRIL.
Para o efeito referi muitos aspectos positivos, inquestionáveis, do regime do grande Estadista Salazar, todos sabemos que não há coisas perfeitas.
Ao referir-me a várias infraestruturas projectadas inclui o plano energético nacional e, para compararem, segue lista das barragens mais importantes construídas, projectadas e pagas no Estado Novo:
Alto CÁVADO concluída e paga em 1964; Alto RAVAGÂO concluída em 1964;Alfandega da Fé concluída 1970; MARCHAL CARMONA concluída em 1947; CABRIL concluída em 1954; BOUÇÃ concluída em 1955; CASTELO DE BODE concluída em 1951; CANIÇADA concluída em 1955; da RÉGUA concluída 1973; do CAIA concluída em 1967; do FRATEL concluída em 1973; ANDORINHAS concluída em 1945; COBRÂO concluída em 1960; VILARINHO DAS FURNAS concluída em 1972; CAMPELO concluída em 1972; projectou a barragem do Alqueva e outras menos importantes.
Depois do 25 de ABRIl
- recuperou-se Alqueva concluída em 2002; CRESTUMA LEVER concluída em 1985;BEMPOSTA concluída em 2004; ALIJÓ concluída em 1991; POCINHO concluída em 1982.
Acrescento ainda: construir para ficar a dever todos os governantes o fizeram depois do 25 de Abril, mesmo com o déficit público a crescer em exponencial e, o Homem que é odiado por uns e venerado por outros, construiu, pagou e deixou uma pesada herança uma rede escolas iniciava na década de 50, tenho dito
Boas noites,
ResponderEliminarGostaria de dizer que se as ditaduras surgem após os períodos de liberdade, é porque essa liberdade não foi gerida com responsabilidade. E a principal questão da fraqueza da democracia é essa mesmo, que por não ser construída num modelo ideológico forte e estruturado, devidamente sedimentado em princípios de rigor, facilmente é capturado pela demagogia, resvalando facilmente para um modelo fraco, gastador e gerido por incompetentes que prometem o que não é deles e dão aos amigos o que é de todos. A história, está cheiinha de exemplos destes, desde Gregos, a Romanos passando pela nossa malograda história que fez com que criássemos riquezas maravilhosas e destruíssemos num ápice o que tantos criaram com sacrifícios inarráveis.
É verdade que criamos nos últimos anos um país com muitas infra-estruturas, com imensos meios, dos países mais bem apetrechados da Europa, a questão é porque não crescemos? Porque provavelmente muitas dessas infra-estruturas e muitos desses meios não eram necessários, ficam bem, podemos mostrar, sim, mas colocaram-nos numa situação inqualificável, ao ponto de colocar em causa a nossa liberdade. Sim porque estar na dependência de estrangeiros e não produzirmos o suficiente para nos alimentarmos é estarmos na dependência de alguém, é perda de liberdade. E este é o maior dos males da democracia, é que degenera até penhorar as vidas das pessoas que dela dependem. O mérito não foi do Salazar, sendo que ele tinha uma estratégia para o país, contrariamente ao que temos hoje (veja-se o caso das opções por ex: na Agricultura), o demérito é de quem nos governa e nos governou, ao ponto de deixar saudades de regimes não democráticos. As dividas públicas não se pagam gerem-se, o problema é quando se tornam ingeríreis…
Bom dia!
ResponderEliminarO grande problema é mesmo esse: receberam um cofre cheio de ouro vindo das ex colónias e venderam-no ( pesada herança), endividaram-se e nem sequer tiveram estaleca para gerir a dívida, à semelhança do que aconteceu na Europa.
Breve resenha da evolução da dívida pública em percentagem, desde 1920
1920 a dívida representava 60% do PIB; 1925 a dívida era 85% do PIB; 1930 a dívida era de 60% do PIB; 1950 a dívida era de 28% do PIB; 1975 a dívida representava 19% do PIB ( leram Bem?): 1980 a dívida era 30% do PIB; 1990 a dívida era de 55% do PIB; 1995 a dívida era de 60% do PIB; 2000 a dívida era de 60% do PIB; 2010 a Dívida a pública representava 92 % do PIB, ou seja 92 euros em cada 100 euros que produzimos é para pagar dívida, em 10 anos este rácio subiu 42%, uma loucura que continuaria se não fosse o voto do povo.
Quer-me parecer que grande parte do ouro já tinha sido "torrado" numa guerra sem nexo. Sem nexo porque podia ter sido resolvida a questão de forma política, garantindo uma independência ou uma solução de confederação. E ainda no Estado Novo muitos defenderam isso, mas para não variar, a miopia, a cegueira e, claro, os interesses da Guerra Fria, ajudaram a manter o status quo.
ResponderEliminarMas já agora e há/houve alguma época na História de Portugal em que o ouro (ou afim) que viesse de fora não fosse gasto sem rei nem roque?
Sobre o que disse o João:
ResponderEliminar"Gostaria de dizer que se as ditaduras surgem após os períodos de liberdade, é porque essa liberdade não foi gerida com responsabilidade"
É por aqui.
Bom dia!
ResponderEliminarCaríssimo Melo Alvim: Opções politicas do tipo confederação, tudo era possível se bem delineado.
Quanto ao ouro, bem, tudo quanto o povo sabe é que ele existia e uma grande parte foi vendida nos finais da década de 70.
Para que se saiba, passaram muitos anos, já posso falar, uma grande parte do nosso ouro era proveniente da África do Sul, cujo circuito era este:Portugal contratava nativos na ex colónia Moçambique, mandava-os num C 130 da Força Aérea para a cidade do Cabo e em troca da Mão de obra recebia frutas, leite, algumas conservas para as tropas e algum ouro que era transportado no mesmo C130 da força aérea!
Fonte devidamente identificada solicitou-me a publicação do seguinte:
Eliminar"Os governos português e sul africano estabeleceram um acordo, segundo o qual Moçambique enviava mão de obra para as minas sul africanas que era pago em duas partes: uma, ands,aos trabalhadores; outra, em ouro a Portugal (que era transferido para os cofres em Lisboa). No final do contrato, ao regressarem a Moçambique, os trabalhadores recebiam (um X por mês) em escudos moçambicanos o correspondente ao valor que fora cativo (enviado em ouro para o "puto").
Neste negócio, claro, o grande lucro era para Portugal, pois os trabalhadores não eram compensados do juro da parte do dinheiro acumulado durante o tempo de contrato.
Ao contrário do que se refere num dos comentários, os trabalhadores não eram transportados no C130 da Força Aérea; na época, não existiam ainda C130... Iam nos comboios que faziam a ligam de Lourenço Marques para Joanesburgo.
Um abraço,"
Bom dia!
EliminarCaríssimo João Alvim:
Houve moçambicanos que foram de comboio e outros que foram de avião, os aviões não voavam vazios para lá, levavam moçambicanos.
Quanto aso aviões também está mal informado, nós tínhamos os seguintes para transporte de mercadorias : NORTH ATLLAS, DACOTA e HERCULES C 130.
O primeiro Hercules C- 130 foi construído em 1954.
Há muitas fotografias do C 130, proveniente da África do Sul, a descarregar mantimentos em MOEDA, especialmente no Inverno, aliás, aquelas maratonas a descarregar o avião eram sempre uma festa porque nas semanas mais próximas havia alimentação e bebidas de jeito!
O ordenado de cada nativo naquela época, em 1973/ 1974, era de, aproximadamente: 90 escudos mensais e nunca podiam receber à Sexta Feira, se recebessem nesse dia apanhavam só uma e ficavam 4 ou cinco dias doentes em casa, razão pela qual só lhes pagávamos à Segunda Feira. Como vê, ainda bem, o ouro não foi gasto na guerra
Meu caro
EliminarA resposta não é minha, é de alguém que, pretendendo manter o anonimato, a enviou para o meu mail. Eu apenas a coloquei aqui. Quanto a esta questão, apenas posso aguardar que haja ou não nova resposta.
Fossem quais fossem os circuitos, o que é certo é que estamos aqui, hoje e agora. Sem esquecer a História, mas sem usar dogmas, impõe-se que não se caia novamente na questão de resvalar de forma saudosa para algo que, de todo em todo, não nos serve (mantenho que a ausência de liberdade individual, política, social e económica - a ordem dos factores não é o essencial - não é uma solução para uma criação da riqueza sustentada.
ResponderEliminarInevitavelmente temos de ir para a questão da estratégia. Onde queremos chegar? E como? Que erros é que cometemos que não temos que cometer novamente? Onde temos de apostar? O que temos de aperfeiçoar no funcionamento do Estado e da Sociedade (ou o inverso). Perguntas para as quais eu e muitos temos apenas respostas parciais, por "interferência" profissional ou limitação de experiência.
Do que vejo, encaro como fundamental uma reforma da Justiça, para que seja mais célere e eficaz, concentrando-a na questão da cobrança de dívidas, bem como nas implicações a nível fiscal. Para mim seriam dois pilares absolutamente necessários, mas que, até para alimentar um Estado indomesticável (mas ao mesmo tempo tão necessário para alimentar clientelas), precisam de reformas. O Estado é necessário para a vida em sociedade, mas não para interferir, planificar ou centralizar, essencialmente para regular e garantir os direitos inalienáveis dos cidadãos.
Mas inevitavelmente pergunto-me: aqui (Pombal), na região, em Portugal, na Europa - qual é a estratégia? Para onde se quer ir? É que a fazer fé no que vemos, nesta navegação à vista, neste neotontismo merceeiro (e nada liberal), não percebo para onde se vai. Aliás, perceber, percebo. E, olhando para a História, temo muito.
E mesmo hoje, não é por falta de ouro, camaradas!
ResponderEliminarVolto ao argumento que usei com o JGF, caro DBOSS: de que nos serviu, no tempo da velha senhora, tanto ouro, e CUF's, e o diabo? As pessoas eram, em larga escala, pobres! Eu não sou feliz com ouro, mas sim com o que ele pode fazer para me ajudar. E por Portugal, antes do 25 de Abril, fez muito pouco!
Boa Tarde!
ResponderEliminarCaríssimos:
O que foi equacionado foi o pós e o antes 25 de Abril e, lamento, fiquei desiludido com todas as gerações de políticos actuais, logo, investiguei o antes 25 de Abril.
A geração de alguns dos políticos no poder fez o curso com passagens administrativas, logo não se pode exigir muito. também não têm para dar! O Gabriel e o João Alvim, tenho-os como inteligentes, fizeram os seus cursos queimando a pestana, trabalhando e sabem que, de facto, em 1928 só havia fome, miséria, com pessoas a viverem em condições sub humanas e um défict público próximo dos 80%. Devemos fazer justiça, o seu a seu dono!
Analisando bem, sem electricidade, sem escolas, sem uma rede viária eficaz, sem tecido empresarial capaz de gerar empregos não há progresso, há fome e iliteracia. Efectivamente, em 1930, já com Salazar no poder o deficit descera de 80% para 60% do PIB não havia barragens para a produção energia, não havia escolas, não havia estradas, nem pontes dignas desse nome, não havia saneamento básico em suma estávamos na miséria e, hoje na miséria estamos mas com o deficit em 90% do PIB.
Também sabemos do contributo que as novas tecnologias deram á consolidação da democracia, nomeadamente a caixinha mágica que apareceu no fim da década de 50 e revolucionou a capacidade de comunicação, na altura funcionou como reforço do regime vigente, é certo, mas sempre ajudou a cultivar o povo
O problema, de facto, será encontrar o melhor caminho para se poder fazer e proporcionar um crescimento sustentado da economia, sem entrar em gastos desmesurados uma vez que em cada 100 euros produzidos 92 euros são absorvidos pela dívida, fazendo bem as contas, o que produzimos não dá para pagar o serviço da dívida.
Quanta a dívidas em tribunal quantos empresários e particulares sonharam que seria possível ver o seu nome envolvido em algum processo?
Conheço um empresário que, quando viu o seu nome no tribunal, passou um mês a caminho do WC, razões nervosas, e teve que ser medicado.
Somos unânimes ao afirmar que nos interessa a riqueza se o pão não chega à mesa? onde está a liberdade se não disponho de meios para a gozar e por vezes nem para a sopa?
Caros amigos Gabriel e Alvim
ResponderEliminarO ouro não é uma inutilidade, é dinheiro, é a moeda de troca mais segura e mais fiável e é, sobretudo, poder. Naturalmente que o ouro é utilitariamente um meio de obter os bens que nos podem proporcionar bem-estar. Porém, são melhores um país e uma população com ouro do que com dívidas. É melhor pouparmos e termos poder do que esbanjarmos o que não temos em nome da mentira da vida fácil e ficarmos escravos das dívidas e da miséria. Teria sido melhor evoluirmos devagar…
Nas Vossas análises, partis sempre do “postulado” maniqueísta e errado de que só existia desgraça no regime de Salazar. O Vosso “preconceito” político não Vos deixa ver que os meios económicos, tecnológicos e culturais postos ao serviço do progresso há cerca de 50-80 anos não eram iguais aos de hoje, que as dificuldades não “nasceram” apenas por volta de 1930 e que, no final da 1ª república, Portugal estava miserável, pobre e analfabeto.
Em nenhuma ocasião vi, nos Vossos sábios comentários, qualquer referência ao estado em que Salazar encontrou o país. Têm medo de quê? Da verdade?
Não tenham medo, porque Salazar não vai voltar. Nós não queremos e ele não pode...
Por outro lado, quando os meus amigos dizem que existem outras soluções para o país alternativas às actuais políticas de austeridade e de poupança, pergunto-vos o que é que ainda não entendestes? Não há dinheiro, porra… E temos de pagar as dívidas…
Terão os meus amigos outras soluções para a crise sem necessidade de dinheiro? Pretenderão que Portugal saia do sistema monetário do Euro e saia da União Europeia e que volte às ocupações e às nacionalizações do PREC?
Caro JGF
ResponderEliminarSobre ouro disse o seguinte: "Mas já agora e há/houve alguma época na História de Portugal em que o ouro (ou afim) que viesse de fora não fosse gasto sem rei nem roque?". Nada que ponha em causa a tua visão. E concordo com a visão prudente.
Sobre o resto, não parti de qualquer postulado maniqueísta (não sofro desse mal - não gosto de dogmas). Também o preconceito político, esse sim, é que me parece maniqueísta da tua parte.
Mas num comentário meu está escrito que o Estado Novo se deve à I República. Julgava que se depreendia o porquê dessa afirmação. Por outro lado, se leres os meus comentários com atenção, reparas que me centro na incapacidade do Estado Novo de evoluir. E não é a primeira vez que aqui digo isso. Pelo exposto, sou levado a concluir que, no mínimo, me leste na diagonal.
Sobre as soluções escrevi:
"Do que vejo, encaro como fundamental uma reforma da Justiça, para que seja mais célere e eficaz, concentrando-a na questão da cobrança de dívidas, bem como nas implicações a nível fiscal. Para mim seriam dois pilares absolutamente necessários, mas que, até para alimentar um Estado indomesticável (mas ao mesmo tempo tão necessário para alimentar clientelas), precisam de reformas. O Estado é necessário para a vida em sociedade, mas não para interferir, planificar ou centralizar, essencialmente para regular e garantir os direitos inalienáveis dos cidadãos."
Estas são as minhas propostas (parcas) mas onde é que elas exigem dinheiro? Ou vão contra o que foi negociado? Ou melhor, põem em causa maior seriedade na gestão da coisa pública?
Questiono esta austeridade neotonta, mas nunca a responsabilidade fiscal e não deixo de criticar como chegámos aqui.
A outra vez que falei em solução, disse: "(o autoritarismo) não é uma solução para uma criação da riqueza sustentada".
E sobretudo para alguém (eu) que escreveu que ainda bem que o PREC foi terminado pelo 25 de Novembro, perguntares-me se pretendo saída do Euro ou voltar ao PREC, só pode demonstrar mesmo que não leste nada do que escrevi ou defendi ao longo desta "conversa".
Posto isto, meu estimado amigo, posso ter militado no PS, mas isso não implica uma automática rotulagem (ou se calhar na AM nunca teríamos tido tantas posições convergentes).
Discutiremos, sempre, mas devolvo-te o desafio: sem maniqueísmos.
Abraço
Meu caro amigo Alvim
ResponderEliminarTalvez o meu equívoco sobre as tuas posições seja real...
Mas, em contrapartida, talvez não tenhas percebido que não dou como sã e perfeita qualquer solução política... Donde talvez não seja dogmático...
Caro JGF
ResponderEliminarÉ real. Não tenhas dúvida. Lê-me e está lá quase tudo. E explica algumas das minhas posições.
Mas não te tenho como dogmático, longe disso.
Por outro lado, não dizia o Grande Churchill que a Democracia é o pior sistema à excepção de todos os outros?
Por isso é que defendo a Democracia liberal como o único sistema que permite chegarmos mais longe, mas sem esquecer os direitos e deveres que a vida em sociedade implica. Mas nada na vida é perfeito, tem é que ser construído e penso que comungamos da mesma "angústia", com algumas nuances de perspectiva: há quem tente melhorar, há quem se tente aproveitar.
Abraço
Companheiros, boa noite.
ResponderEliminarCentremo-nos no âmago da questão.
Recordo uma caixa de “O Eco” com data de 25 de Abril de…… 1948.
O título, em letras garrafais, tinha um nome: SALAZAR!
"Vinte anos de sacrifício em prol de Portugal!
Vinte anos de abnegação, de trabalho inteligente, persistente e honesto!
Vinte anos de Vida devotada inteiramente à Causa comum dos portugueses!
Vinte anos consumidos no labor fervoroso e sublime de tornar forte e saudável
uma Pátria que estava fraca e doente! Vinte anos do mais nobre e salutar
exemplo que a Vida impoluta de um Homem, pode oferecer!!!
Quem será o crente que não levante a Deus uma oração por Vós?! Quem
será o português que não erga ao Alto um pensamento liberto de paixões para
Vos agradecer, saudar e desejar longa vida ao serviço da Nação?!
Neste vigésimo ano do Vosso providencial encontro com a Pátria, nós Vos
saudamos, ó Igrégio Português entre todos os portugueses! Nós Vos rendemos,
com coração e alma vibrantes de amor pátrio, as homenagens da nossa
profunda e inabalável gratidão!!!
Salvé SALAZAR!"
Saúde e Fraternidade
Caro Amigo e Eng. Rodrigues Marques
ResponderEliminarBombas de fumo, que eu saiba, em dois sítios, sede do PSD ou no Largo do Cardal. Lá, pode o meu amigo soltá-las que ninguém estranha. Todos (ou quase, já que, por exemplo, o JGF não padece - felizmente - dessa condição) aceitarão como normal a neblina de onde emergirá um qualquer D. Sebastião que, fiel aos seus amigos, nos/vos perderá nos deserto de ideias, inovação ou empreendedorismo, sempre escudado dos seus regimentos de demagogia e de famélicos das migalhas de poder (a Internacional Social-Democrata de Pombal - para alguns).
Quando regressar, terei o maior prazer em lembrar-lhe porque razão apoiar marxistas encapotados deu no que deu. Mas estou certo que antes de chegar ao fim, o meu caro amigo chorará.
Abraço
Apesar da a sinistra figura me enjoar, estou a pensar criar um Blog só para discutir Salazar e a sua governação.
ResponderEliminarEstou certo que os seus imensos admiradores se iriam deliciar.
Apesar de ter muito orgulho em ser Português, teria prefeiro viver no meio século dos Filipes do que no meio século do Salazar.
Não percebi o Adelino Malho: Não devemos ter nojo da nossa história nem medo de comentar de forma desprendida todas as épocas e personalidades históricas.
ResponderEliminarMuito menos percebi Rodrigues Marques. Parece que o Presidente da Comissão Política do PSD de Pombal pratica culto da personalidade de Salazar.
Aceito as avaliações positivas, negativas ou mistas das soluções politicas e económicas de Salazar para se comparar e avaliar o anterior e o actual estado da nação e as soluções dos políticos. Já não compreendo o culto da personalidade, pois os cultos levam sempre à negação da liberdade de consciência e de autodeterminação. Acresce que eu não tenho ídolos e sou um anti-herói.
Boa noite,
ResponderEliminarnão cultivo o culto da personalidade, no entanto existem homens/mulheres que por vezes fazem a diferença. Salazar conseguiu que fossemos um país respeitado até a nível internacional, embora fossemos regularmente acossados nas Nações Unidas, na realidade tinham-nos muito respeitinho (queriam era os nossas riquezas). O modelo era muito simples, para termos uma nação forte, temos de depender unicamente de nós. Temos de reconhecer que era um patriota, tinha muitos defeitos mas gostava da sua pátria e lutava por ela. Hoje á conta da liberdade, aceitamos políticos a governar-nos que nos vendem e despojam-nos das nossas vidas, todos os dias, vidas construídas com tanto sacrifício... Democracia, claro que sim, mas a este preço? Mais uma nota, a responsabilidade dos políticos não pode terminar no acto eleitoral, quando tomam posições que prejudicam irremediavelmente o seu povo e têm consequências tão drásticas para a vida das populações, como está a acontecer neste momento, têm de se sentar no banco dos réus, tem de haver consequências.
Caro João.
ResponderEliminarO conteúdo do Vosso comentário parece revelar dúvidas ou equívocos quanto à aceitação da democracia e dos correspondentes direitos liberais e sociais. Gostaria de conhecer a Vossa posição sobre o modelo de regime político e de governação que defende.
Também eu discordo do excesso de direitos e do exercício abusivo de direitos de alguns por contraposição à imposição dos correspondentes deveres ou encargos para outros.
Porém, também sabemos a que levam todas as ditaduras.
Cumprimentos.
Caro José Gomes,
ResponderEliminarA minha posição é muito clara, democracia mas com responsabilidade. Como afinal os nossos politicos não são capazes de exercer os seus cargos com responsabilidade, tem de existir linhas directoras com penalizações, a titulo de exemplo o défice. Não quero que o país volte a ser refém de homens como Sócrates, Jorge Coelho, Dias Loureiro e companhia. Esses estão muito bem e o povo paga a suposta crise da divida pública. O que se está a passar no país é uma vergonha, tenho vergonha desta democracia que não é capaz de punir os seus grandes detractores. Cito apenas Maria Filomena Lopes "Sócrates foi um delinquente politico".
Bom dia!
ResponderEliminarMelo Alvim veja, por favor, a minha resposta à sua resposta do dia 4 de MAIO!
Bom dia!
ResponderEliminarCaro Sr. Adelino Malho:
À minha pessoa só a mentira me enjoa, aliás, a esquerda têm lançado muitas nuvens de fumo sobre períodos da nossa história evidenciando apenas os aspectos negativos de um grande Estadista que foi Salazar. Como a esquerda fracassou as pessoas, descontentes, começam a investigar a obra de Salazar, apenas para saber o que estava mal e o que está bem!
Na primeira metade do século passado surgiram os grandes eventos que revolucionaram o mundo, a energia eléctrica, o automóvel, o avião, o telegrafo, o telefone Temos de reconhecer o grande passo dado pelas tecnologias de informação no sentido do desenvolvimento cultural e social actuais. As tecnologias de informação deram um forte contributo para o amadurecimento e emancipação das democracias ocidentais, veja-se as manifestações que se convocam através da net, os acontecimentos em directo de vários cenários de guerra . Hoje, aquilo que acontece na Europa segundos depois está nos EUA e no Japão, em simultâneo e, isto, não seria possível com os pombos correios.Quando morreu o primeiro presidente dos EUA o facto só foi conhecido na Europa 4 dias depois.
Não admitir que o desenvolvimento cultural dos nossos dias e das democracias ocidentais se deve em grande parte às tecnologias de informação é o mesmo que ignorar a nossa história, a fome, a miséria, o analfabetismo e o subdesenvolvimento existente em 1928
Não admitir que em Portugal, no ano de 1928, só existia fome e miséria
Boas!
ResponderEliminarVale mais tarde que nunca
Em 1964 o Financial Times escrevia:
" O modelo económico aplicado por Salazar em Portugal permitirá a este pequeno País atingir o terceiro milagre económico e ultrapassar muitas vezes os outros dois milagres económicos que são a Japão e a Alemanha"
Palavras para quê? os Factos falam por si!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminar????
ResponderEliminarRendo-me!
Ganharam, ganharam... esta merda era espetacular antes de 74!
LO LOOO!
ResponderEliminarO esquerdista nem de porrada é farto