Consultando a página que contem informação sobre a Publicidade das Insolvências constata-se o seguinte:
Acto: Pub. - Sentença Declaração Insolvência
Referência: 3178595
Processo: 1220/12.0TBPBL, 2º Juízo
Espécie: Insolvência pessoa coletiva (Requerida)
Data: 12-09-2012
Insolvente: Anotando - Sociedade Editora Lda
Por outras palavras, a empresa que é dona (presumo que ainda o seja) d'"o Correio de Pombal" foi decretada insolvente, ou seja, incapaz de cumprir as suas obrigações.
Não quer isto dizer que o Jornal deixe de ser publicado imediatamente ou que não venha um plano de recuperação a ser aprovado, mas parece ser mais um prego no caixão da comunicação social em Pombal, no que concerne à capacidade de informar. Caixão esse que é mais formal que material, pois não é preciso ser-se especialista na arte de informar, mas apenas na arte de ser informado, que a boa vontade (e alguns casos de abnegação) só não chega para garantir um jornal.
Assim se avança para o fim da comunicação social escrita em Pombal. Alguns dirão que mais vale, atendendo ao que existe/existia. Outros, muito mais, lamentarão. O espelho de uma terra também é feito da órgãos de informação que ajudam aos laços de comunidade. Mais uma herança deste 20 anos e de equilíbrios com o poder, projectos que não estão alinhados com as expectativas dos seus destinatários, conjectura geral de crise? Independentemente do diagnóstico e das responsabilidades que se queiram apurar, a triste realidade poderá ser esta. Há quem continue a informar em Pombal e na região (e ainda bem), mas um jornal não é apenas um adereço, é algo que informa com base em factos. E isto quando se faz bem, é bom. Para a comunidade. Para todos.
É pena, mas a perda não é assim tão grande. O jornal já não cumpria essa função, e era um "esboço raquítico" do que já foi.
ResponderEliminarEsta fragilidade é um paradoxo quando comparado com alguma sobranceria evidente em alguns sinais. Olhem o último número, por exemplo. "Porcos ciclistas"? O que é isso? Num artigo não assinado, mas cujo estilo (ou falta dele) é facilmente identificável? Ou números inteiros quase sem noticias, só com "publicidade tacanhamente aparentada com noticia"?
A eventual morte do OCP é triste para o concelho. Mas o ACTUAL OCP é, também ele, uma tristeza. Paz à sua alma!
Caros,
ResponderEliminarDepois de uma longa agonia, confirmou-se o que disse há quase um ano: http://farpaspombalinas.blogspot.pt/2011/10/rip.html
Pena que, na morte, os responsáveis do jornal não tenham sabido manter a dignidade que o título pombalense merecia.
Abraço,
Adérito
Esqueci-me de outra hipótese:
ResponderEliminarAlguns dirão que mais vale atendendo ao que existe e só lamentarão que não exista um jornal digno desse nome.
Estamos mais pobres a confirmar-se o desaparecimento do jornal e não apenas da … empresa!
ResponderEliminarPor isso mesmo: "Não quer isto dizer que o Jornal deixe de ser publicado imediatamente ou que não venha um plano de recuperação a ser aprovado, mas parece ser mais um prego no caixão da comunicação social em Pombal, no que concerne à capacidade de informar."
EliminarMas não é apenas em política que o parece é, infelizmente para o caso. Aguardemos, contudo.
A notícia só nos pode suscitar um enorme lamento. Foi este o estado a que chegou uma terra onde viveram vários jornais. Talvez seja então a hora para o actual proprietário do título "O Eco" o tirar da gaveta e fazer renascer, devolvendo-lhe as bancas. Que tal?
ResponderEliminarComo é evidente! Todo o tipo de razoes o justifica. Económicas, de imagem, de serviço à sociedade,...
ResponderEliminarIsso era brutal!
ResponderEliminarDesdramatizando, e agora onde vai parar a Bárbara? A beleza loura do concurso do OCP. Lembram-se?
ResponderEliminarJ ferreira
Eliminaresta um verdadeiro ZeZé Camarinha, mas não tem pinta para a loura
fique com as morenas ... V. Exa. cheira a Naftalina
não seja ignobil e preocupe se com as suas !!!!
Boa tarde!
EliminarQue memória indiscutível! diria mesmo memória de elefante!
Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
ResponderEliminarChoro lágrimas sofridas.
Para memória futura, digo-te que…
Quando o José Pimpão ressuscitou o título entrei no jogo e levei comigo uns amigos.
Aguentei-me até poder.
Quando o primeiro número, dessa série, chegou às bancas o Zé dizia que era como ter mais um filho.
A Alice não concordava e vai-me perdoar a minha inconfidência.
Um dia o Zé encontrou, a dezoras, colada na porta do quarto do casal uma folha A4 que dizia: “Isto não é uma pensão”.
Os filhos, João e Pedro Pimpão, pequeninos, mas diligentes, eram uma autêntica força de trabalho.
Choro, novamente, pelo passado e pelo presente.
Quero acreditar que o futuro será melhor.
A Paula Sofia fala no “O Eco”.
Choro, de novo.
Em memória do meu parente José Miguéns Simões Vieira e do saudoso Francisco Manuel de Menezes Falcão.
E que dizer do “Voz do Arunca”!?
Em Maio de 1989 “convenci” os saudosos Engº Vaz de Morais e Luís Cabral a publicarem uma peça de minha autoria sobre a vida política de Pombal.
Foi publicada, contra tudo e contra todos, no dia do falecimento do, também, saudoso Engº Guilherme Santos, adversário temido, mas respeitado.
Que dizer mais?
Somente chorar!
Sr Engº
ResponderEliminarO Nando também!
boa tarde!
EliminarJoão recordar é viver!
João Pimpão, boa noite.
ResponderEliminarPeço-te desculpa e em particular ao Fernando pela minha omissão.
Foi uma época de ouro que não se vai repetir.
Vocês eram o que de melhor existia em Pombal.
Não tenho palavras.
Parece que tudo se esfumou.
Foi um sonho!
Lágrimas? Para quê?
Abraço.