12 de setembro de 2012

Mais um prego



Acto: Pub. - Sentença Declaração Insolvência 

Referência: 3178595 
Processo: 1220/12.0TBPBL, 2º Juízo 
Espécie:  Insolvência pessoa coletiva (Requerida) 
Data: 12-09-2012 



Insolvente: Anotando - Sociedade Editora Lda 
        

Por outras palavras, a empresa que é dona (presumo que ainda o seja) d'"o Correio de Pombal" foi decretada insolvente, ou seja, incapaz de cumprir as suas obrigações. 
 
Não quer isto dizer que o Jornal deixe de ser publicado imediatamente ou que não venha um plano de recuperação a ser aprovado, mas parece ser mais um prego no caixão da comunicação social em Pombal, no que concerne à capacidade de informar. Caixão esse que é mais formal que material, pois não é preciso ser-se especialista na arte de informar, mas apenas na arte de ser informado, que a boa vontade (e alguns casos de abnegação) só não chega para garantir um jornal. 
 
Assim se avança para o fim da comunicação social escrita em Pombal. Alguns dirão que mais vale, atendendo ao que existe/existia. Outros, muito mais, lamentarão. O espelho de uma terra também é feito da órgãos de informação que ajudam aos laços de comunidade. Mais uma herança deste 20 anos e de equilíbrios com o poder, projectos que não estão alinhados com as expectativas dos seus destinatários, conjectura geral de crise? Independentemente do diagnóstico e das responsabilidades que se queiram apurar, a triste realidade poderá ser esta. Há quem continue a informar em Pombal e na região (e ainda bem), mas um jornal não é apenas um adereço, é algo que informa com base em factos. E isto quando se faz bem, é bom. Para a comunidade. Para todos.

15 comentários:

  1. É pena, mas a perda não é assim tão grande. O jornal já não cumpria essa função, e era um "esboço raquítico" do que já foi.
    Esta fragilidade é um paradoxo quando comparado com alguma sobranceria evidente em alguns sinais. Olhem o último número, por exemplo. "Porcos ciclistas"? O que é isso? Num artigo não assinado, mas cujo estilo (ou falta dele) é facilmente identificável? Ou números inteiros quase sem noticias, só com "publicidade tacanhamente aparentada com noticia"?
    A eventual morte do OCP é triste para o concelho. Mas o ACTUAL OCP é, também ele, uma tristeza. Paz à sua alma!

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  2. Caros,

    Depois de uma longa agonia, confirmou-se o que disse há quase um ano: http://farpaspombalinas.blogspot.pt/2011/10/rip.html

    Pena que, na morte, os responsáveis do jornal não tenham sabido manter a dignidade que o título pombalense merecia.

    Abraço,
    Adérito

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  3. Esqueci-me de outra hipótese:

    Alguns dirão que mais vale atendendo ao que existe e só lamentarão que não exista um jornal digno desse nome.

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  4. Estamos mais pobres a confirmar-se o desaparecimento do jornal e não apenas da … empresa!

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    1. Por isso mesmo: "Não quer isto dizer que o Jornal deixe de ser publicado imediatamente ou que não venha um plano de recuperação a ser aprovado, mas parece ser mais um prego no caixão da comunicação social em Pombal, no que concerne à capacidade de informar."

      Mas não é apenas em política que o parece é, infelizmente para o caso. Aguardemos, contudo.

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  5. A notícia só nos pode suscitar um enorme lamento. Foi este o estado a que chegou uma terra onde viveram vários jornais. Talvez seja então a hora para o actual proprietário do título "O Eco" o tirar da gaveta e fazer renascer, devolvendo-lhe as bancas. Que tal?

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  6. Como é evidente! Todo o tipo de razoes o justifica. Económicas, de imagem, de serviço à sociedade,...

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  7. Desdramatizando, e agora onde vai parar a Bárbara? A beleza loura do concurso do OCP. Lembram-se?

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    1. J ferreira
      esta um verdadeiro ZeZé Camarinha, mas não tem pinta para a loura
      fique com as morenas ... V. Exa. cheira a Naftalina

      não seja ignobil e preocupe se com as suas !!!!

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    2. Boa tarde!
      Que memória indiscutível! diria mesmo memória de elefante!

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  8. Amigo e companheiro João Alvim, boa noite.
    Choro lágrimas sofridas.
    Para memória futura, digo-te que…
    Quando o José Pimpão ressuscitou o título entrei no jogo e levei comigo uns amigos.
    Aguentei-me até poder.
    Quando o primeiro número, dessa série, chegou às bancas o Zé dizia que era como ter mais um filho.
    A Alice não concordava e vai-me perdoar a minha inconfidência.
    Um dia o Zé encontrou, a dezoras, colada na porta do quarto do casal uma folha A4 que dizia: “Isto não é uma pensão”.
    Os filhos, João e Pedro Pimpão, pequeninos, mas diligentes, eram uma autêntica força de trabalho.
    Choro, novamente, pelo passado e pelo presente.
    Quero acreditar que o futuro será melhor.
    A Paula Sofia fala no “O Eco”.
    Choro, de novo.
    Em memória do meu parente José Miguéns Simões Vieira e do saudoso Francisco Manuel de Menezes Falcão.
    E que dizer do “Voz do Arunca”!?
    Em Maio de 1989 “convenci” os saudosos Engº Vaz de Morais e Luís Cabral a publicarem uma peça de minha autoria sobre a vida política de Pombal.
    Foi publicada, contra tudo e contra todos, no dia do falecimento do, também, saudoso Engº Guilherme Santos, adversário temido, mas respeitado.
    Que dizer mais?
    Somente chorar!

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  9. João Pimpão, boa noite.
    Peço-te desculpa e em particular ao Fernando pela minha omissão.
    Foi uma época de ouro que não se vai repetir.
    Vocês eram o que de melhor existia em Pombal.
    Não tenho palavras.
    Parece que tudo se esfumou.
    Foi um sonho!
    Lágrimas? Para quê?
    Abraço.

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