9 de setembro de 2012

O imbróglio da Feteira

A população da Féteira de Carnide acusa Narciso Mota os ter a enganado porque lhes prometeu, em reunião pública, que os limites históricos da freguesia se manteriam e não cumpriu. Em vez disso alinhou com as pretensões do presidente da junta da Ilha que queria e, pelos vistos, conseguiu apropriar-se de uma parte do lugar da Feteira. O presidente da junta de Carnide – vá lá perceber-se porquê – não se opôs.
Indignados e abandonados ao seu destino, a população avançou para os tribunais. Entrepôs processos contra a Câmara Municipal e contra as Juntas de Freguesia de Carnide e da Ilha no Tribunal Administrativo de Leiria para pedir a correção dos limites da Freguesia.
Já sabemos o que nos espera: a CMP vai litigar, como de costume, até ao tribunal constitucional. E nós pagamos.
Não havia necessidade!

11 comentários:

  1. Afinal os labregos não são os de Carnide, mas sim quem os subestimou. Se eles foram para tribunal devem ter as suas razões. Como de costume uns fazem as panelinhas que mais lhes convem e depois quem vai pagar a fatura somos todos nós. Força pessoal de Carnide.

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  2. Pois ,tentar não custa!...
    Mas,para quem fez todos aqueles arranjos, de politica suja ,subestimando todo um povo ,digno de ser bem tratado .
    Poderão ficar certos de que força e coragem não lhes faltará!...Para lotar contra a maior, tentativa de amputação da freguesia de Carnide,em especial o lugar de féteira!

    Para os mesmo causadores será certo ,que não se pagaram todas lá em "cima" Na terra também se paga!!!

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  3. Mais uma vez o Engenheiro Narciso Mota fez asneira.
    Já lá vai o tempo em que se tirava a uns para oferecer a outros sem que ninguem se oponha. Pelos vistos não esperava encontrar pela frente pessoas com tanta determinação.
    Os dois Presidentes de Junta tambem não estão isentos de culpa, um por ser ganancioso e o outro por falta de coragem.
    O Presidente da Camara deveria ser imparcial, juntar toda a gente, ouvir o que cada um tinha a dizer e ajudá-los a resolver os seus problemas. Em vez disso teve uma postura lamentável, barafustou, insultou, prometeu e não cumpriu.
    Agora deve explicar aos seus munícipes se é ele que vai pagar aos advogados com o seu dinheiro ou se, como de costume, os contribuintes é que vão pagar.
    Se os nossos politicos fossem responsabilizados pelos disparates que fazem Portugal estaria bem melhor.


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  4. Esta situação dos limites da Freguesia de Carnide, da qual o Presidente da Câmara é o principal responsável, vem servir a sua estratégia em relação à sua Freguesia de origem. O que neste momento está em jogo é a sobrevivência de Carnide como Freguesia. A constante perca de território e os sensos errados deixam Carnide mais vulnerável. Assim Narciso Mota pode facilmente entregar o que restar às Meirinhas. É importante aqui lembrar que Carnide é Freguesia desde 1952 e tem mais do dobro da superfície das Meirinhas. Os sensos 2011 não foram feitos com o rigor que se devia. Também a população da Féteira ou foi abarcada para a Ilha ou simplesmente não respondeu aos sensos.
    Foi o Presidente da Câmara que teve a necessidade de enviar o Dr. Armando Ferreira à Assembleia de Freguesia de Carnide “explicar” as alterações propostas nos limites da Freguesia e que a escola da Féteira passaria para a Ilha porque ele assim decidiu (Acta nº1 da JFC de 21.04.2011). Foi ele que numa reunião na CMP com o povo da Féteira em 16.05.2011, pediu para deixarem o Sr. Carlos Domingues passar para a Ilha porque ele era lá o Presidente e depois prometeu que os limites não seriam alterados e se iriam manter, sabendo que estava a mentir e não tinha intensões de cumprir. Foi ele que manietou o Dr. Grilo, impedindo os três primeiros inscritos na Assembleia Municipal de 30.09.2011 de tomarem a palavra. Foi ele que recusou o convite da população da Féteira para visitar os limites em discussão, mas não hesitou em aceitar o convite do Presidente de Junta da Ilha a participar numa festa de aniversário em sua casa. Para melhor mostrar o seu apoio e fez-se acompanhar por dois ilustres Meirinhenses.
    O PSD do qual sou militante não se pode deixar manipular pelo Presidente da Câmara e servir os seus intentos. Deve ouvir as populações e respeitar as suas preocupações.
    Se chegámos a esta situação é porque o Presidente da Câmara nunca teve interesse em resolver este conflito, chamando os dois Presidentes de Junta à razão. Ao contrário tomou sempre partido de uma das partes, não resistindo à sua maior influencia na CMP e às suas melhores afeições.
    Agora se compreende porque o Sr. Narciso Mota teve o cuidado de beneficiar a sua Freguesia com tantas obras. Assim numa próxima junção de Freguesias, as Meirinhas serão sempre a sede da Freguesia por terem as melhores infraestruturas e a sua passagem pela CMP não terá sido em vão.

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  5. Este caso faz-me lembrar um casamento. A noiva (grávida) fez chantagem sobre o noivo para se realizar a boda. O noivo coitadito (que não a amava) com a pressão cedeu de imediato. A boda foi linda, a noiva toda contente pelos objectivos atingidos, o noivo a sorrir longe de imaginar o que o esperava. Falta falar no parco, um homem muito feliz, pois sabendo da história toda através da confissão dava a sua benção e casava a sua afilhada. Resta agora saber como vai decorrer a lua de mel, ao que se sabe há varias pessoas a lutar pela felicidade do casal.
    É de lamentar que se abandone uma população inteira para beneficiar 2 pessoas, mas tudo terá uma explicação. Gastam-se verbas públicas para defender interesses pessoais. Desejo a maior sorte a esta luta popular, pois sabendo da boda e conhecendo os noivos não foram convidados para o matrimónio.

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  6. É do conhecimento geral as boas relações existentes entre Narciso Mota e Carlos Domingues e a sua esposa Luzia Domingues. Também é do conhecimento geral todo o poder e influência da nova Presidenta sobre Narciso Mota. Por acaso ela vem da Ilha, já esteve na Junta da Ilha e até pode ter sido aconselhada pelo amigo Carlos.
    Todas estas influências são muito bem aproveitadas pelos nossos amigos e vizinhos Carlos Domingues e esposa Luzia, que finórios como eles são, convidaram o Narciso Mota e acompanhantes a sua casa, ofereceram-lhes bolinho e champanhe, cantaram os parabens à senhora e ainda os levou a visitar um cidadão modelo da Féteira para mostrar que nem todos estão contra ele. Aqui jogou o Presidente da Camara que desmentiu toda esta vigarice com a Féteira. O pobre cidadão ficou tão convencido que até presenteou o senhor Presidente com uma garrafinha de whisky velho, para marcar a sua passagem na sua humilde casinha.
    Tambem na Assembleia Municipal o nosso amigo Carlos entrou em choro compulsivo, foi consolado pela sua esposa e obteve um estrondoso aplauso por parte da bancado do PSD. Parabens ao amigo Carlos e esposa, sabem entrar no coração das pessoas, só que esquecem-se que a razão nem sempre está do lado dos chorões. Sabia que a Ilha ao ser criada entrou em território de Carnide sem estes terem conhecimento. Aproveitou-se desta vantagem para chantagear o Presidente de Carnide, que não tem estofo para defender a sua Freguesia. Aconteça o que acontecer Carlos Domingues e os seus descendentes serão sempre lembrados por tentarem vigarizar todo o lugar da Féteira e a Freguesia de Carnide.

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  7. Nesta história há três personagens que me fazem lembrar um filme da Cosa Nostra:

    DON VITO CORLEONE, também conhecido por EL PADRINO. É um homem implacável com os seus inimigos, tem muito mau feitio e perde as estribeiras muito facilmente, berra muito e dá murros na mesa quando as coisas não lhe correm bem e insulta quem ousa contrariá-lo, até deita fogo pelos olhos. Está rodeado da gentalha que come na sua mão e a quem ele distribui favores, em troca pede apoio e lealdade. Dá emprego aos amigos, tem boa reputação no sexo oposto e nunca se faz rogado, gosta de apreciar o que é bom e escolhe sempre muito bem. Faz tudo pela sua terra e é muito fiel ao seu grande amigo Calvarío, em agradecimento por este lhe ter dado o cargo de presidente. Não olha a meios para destruir as freguesias vizinhas e salvar a sua. Quando as pessoas são cooperantes, alem de umas palmadinhas nas costas, têm direito a um baralho de cartas ou até um medalhão. E assim engana os tolos. É um homem perigoso.

    AL CAPONE, também conhecido por CHORINGAS. É um homem muito amável, tem muito bons modos, nunca se enerva com ninguém, disfarça muito bem a sua ambição. Pertence a muito boas famílias, está muito acima das gentes da sua terra e trata-as com desprezo. O seu sonho de criança era ser rico. Nunca toma decisões sem o consentimento de sua esposa. Para conseguir os seus fins usa toda a sua diplomacia e relacionamentos. Faz-se sempre de vítima e chora para terem pena dele. Para mudar a sua casinha para a freguesia onde nasceu, inventou um mapa com muitas curvas, consegui os apoios necessários e quem não estiver bem que se lixe. É um homem perigoso.

    TOMASO BUSCETTA, também conhecido por COVEIRO DA FREGUESIA. É um homem sem palavra, um troca-tintas, foge das complicações. É um mãos largas, dá tudo aquilo que lhe pedem, sobretudo o que não é seu. Vive de aparências, mas anda sempre depenado. Nunca dá a cara, manda sempre recadinhos. Consegue enganar meio mundo e o seu maior apoio está na Sacristia, até mesmo o padre confiou nele e desmentiu tudo do altar abaixo. Nega sempre os disparates que faz, vai perdendo apoios, mas há sempre alguém que acredita nele. Veio para enterrar os mortos e enquanto houver trabalho vai ficando por cá. É um homem perigoso.

    Com gente desta estamos bem entregues à bicharada.

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  8. Vejo com profunda tristeza e preocupação a indignação com que determinadas pessoas tratam assuntos destes. Como morador da localidade, da freguesia, do concelho e do País tais jogos políticos representam bem onde nos encontramos. Votamos neles agora temos que carregar com eles.

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  9. 1ª PARTE
    É com grande perplexidade que leio os comentários aqui expostos. Para já, e a minha única crítica fica já feita (para me demarcar dos restantes comentários pejados de acusações estéreis e fúteis), até compreendo que insultem indivíduos devido à banalidade deste ato (o de insultar) na nossa vida quotidiana e na relação com as pessoas, agora insultar a ilustre e nobre Língua Portuguesa? Estará Luís de Camões relacionado com este caso? Ter-vos-á ele insultado de alguma forma? Se não o fez, pelo menos parece, uma vez que sempre que este assunto vê a luz do dia traz consigo política da mais baixa e, como se tal não bastasse, erros graves na redação das “cartas abertas”, especialmente. Um jornal que publica tais pérolas está a dar um exemplo péssimo, mesmo que protegido pela “exclusiva responsabilidade do autor”. Quer isto dizer que se eu enviasse um artigo em árabe publicá-lo-iam de igual forma, é isso? São as vicissitudes do jornalismo nacional e, particularmente, pombalense...

    Sendo este o meu primeiro comentário neste blog, gostaria também de deixar a minha opinião em relação à sua natureza. Desta forma, basta recordar os brilhantes escritores que foram cravando as tais farpas no século XIX: Ramalho Ortigão e Eça de Queirós. Já que a Questão Coimbrã e toda a polémica relacionada com a Geração de 70 (da qual ambos faziam parte) deverá ser do vosso conhecimento, passo à frente e recordo que Eça de Queirós não teve qualquer pudor em aceitar diversos cargos políticos (e os altos salários não são novidades da atualidade...) quer como Administrador do Concelho de Leiria (foi no nosso distrito que Eça, tendo vista privilegiada para a Sé de Leiria, escreveu “O Crime do Padre Amaro”) quer, mais tarde, em diversos Consulados Portugueses pelo mundo fora. Quero com isto dizer que de forma alguma as suas opiniões escritas (quer nas farpas quer no riquíssimo legado literário deixado pela Questão Coimbrã) se coadunaram com a sua atitude a partir do momento em que aceitou os cargos políticos. Ou seja, na minha opinião, a manifestação de ideias contrárias (a oposição) e especificamente a existência deste blog é de elevada importância para a saúde da vida política municipal. Contudo, nada me parece inócuo nestas matérias. Isto é, não me parece que nenhum dos iluminados “da casa” fosse forte o suficiente para recusar um bom ordenado independentemente do sítio, da cor política e, consequentemente, das convicções do “patrão”...

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  10. Bem, vamos finalmente ao que interessa. Por vezes torna-se complicado arranjar as melhores palavras e a melhor ordenação quando há tanta coisa para dizer. Em primeiro lugar, uma palavra de congratulação para quem, a partir de poucas e inofensivas palavras, conseguiu desencadear uma discussão na qual se disse tudo o que o autor desta queria dizer mas que por boa educação e para manter uma boa imagem não disse. Ao descer nos comentários vamos assistindo a votos de sucesso aos participantes desta demanda. Até aqui nada de interessante. Entre votos de sucesso e críticas ao Eng.º Narciso Mota lá vamos avançando até que chegamos ao comentário do Sr. António Gomes Fernandes, o tal dos insultos. Entre repetições de um disco riscado que já tem uns anos e conspirações infundadas chegamos precisamente ao que quero condenar veementemente e que se repete nos comentários seguintes. Sr. António Fernandes, há coisas que pertencem à esfera privada e que não são para aqui chamadas. Tanto o Presidente da Câmara como os Presidentes das Juntas implicadas neste “imbróglio” são, antes de mais, pessoas como nós e, como tal, têm direito à sua vida privada desde que esta não interfira com as decisões públicas por influências. Deste modo, o facto de o Eng.º Narciso Mota ter estado numa festa de anos (se é que isso é verdade) não só não é da sua conta como também não tem nada que ver com este assunto.

    Ao Freguês Indignado, a sua analogia parece-me falaciosa, mas quem sou eu para opinar sobre a coerência da sua argumentação. Contudo, se até à lua-de-mel ainda se identifica alguma lógica, esta desvanece-se por completo quando começa a falar em beneficiar duas pessoas prejudicando uma população inteira mas, especialmente, quando fala em gastar verbas públicas para defender interesses pessoais (agradecia que me explicasse especialmente esta parte).

    O facto de os comentadores deste post parecerem tão bem informados mostra bem a natureza mesquinha destas gentes, a inveja que lhes corre no sangue. Pergunto, como fazem para obter informação tão pormenorizada? Em relação ao choro compulsivo, há o pathos que, não sendo preferencial como o logos, continua a ser melhor que falácias ad hominem ininterruptas (não preciso de vos ouvir muito para identificar inúmeras falácias deste tipo no vosso discurso). Por último, implicar para sempre os descendentes do Sr. Carlos Domingues nesta “vigarice” parece-me excessivo. Deduzo que não tem noção da extensão do conceito “descendentes”...

    Em resposta ao Renegado de Pombal, há de facto três coisas perigosas: a inveja, a frustração e a distorção.

    Em relação à questão do dinheiro público, faz todo o sentido na minha cabeça que sejam os advogados da CMP a tratar deste processo, não só porque se trata do Tribunal Administrativo de Leiria, mas também porque o processo implica a CMP, a JFC e a JFI e não, respetivamente, o Eng.º Narciso Mota, o Sr. Eusébio Rodrigues e o Sr. Carlos Domingues.

    Espero sinceramente que seja feita justiça, mas é importantíssimo ter em mente que, para todas as questões, nunca há uma só verdade absoluta. As verdades relativizam-se consoante aquilo que vai acontecendo e também consoante a visão de cada interveniente.

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  11. Caro(a) amigo(a) Pombalense, não entendo o que é que a literatura tem a haver com este assunto. Este blogue trata simplesmente do problema dos limites na Féteira entre Carnide e a Ilha, se foi tudo feito dentro da legalidade ou não, se houve jogo de influências ou não, de quem é a responsabilidade e que interesses houve para alterar os limites reconhecidos pelas populações e também quem vai pagar a factura dos advogados da CMP e das Juntas. Nunca é demais repetir que os obreiros deste imbróglio foram os três Presidentes, portanto compete a eles pagarem do seu bolso.
    O Senhor diz que, todos têm direito à sua vida privada desde que esta não interfira com as decisões públicas por influências. Tem toda a razão, mas não acha muito estranho que precisamente na mesma altura em que recebeu o convite para visitar um lugar onde há um problema grave a resolver e o Presidente da CMP poderia ser a chave da problema, porque os dois Presidentes de Junta o escutariam e porque também ele foi responsável, ele tenha ignorado, mas aceitou o convite do Presidente de Junta da Ilha Sr. Carlos Domingues e de sua esposa, membro da bancada do PSD na Assembleia Municipal de Pombal a estar presente em sua casa, numa festa. Então isto não são influências? Mostrou claramente de que lado estava, e para reforçar o seu apoio fez-se acompanhar de peso pesado dentro da Assembleia Municipal e do PSD.
    Quanto a insultos, no meu comentário não insultei ninguém, mas o(a) Senhor (a) certamente estava a referir-se ao Presidente da CMP, porque quando se trata de insultar, ele não se faz rogado e como pessoa culta que é, só lhe fica mal. Também não apontou nenhum erro ou engano nos factos que eu apresentei.
    Por estes lados, nem todos sabem quem é Ramalho Ortigão ou Eça de Queiroz, mas todos sabemos distinguir o que é correcto ou errado e quem é que está a tentar enganar-nos.
    Por fim como se diz por aqui, certas pessoas com aparência de Doutores até podem ser burros e outros com aparência de burros até podem não ser.

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