4 de julho de 2013

Cardaladas das Rijas - I

Cardal etc e Tal

Eu de Pombal não sei grande coisa.
Sei é muitas coisitas. Geralmente das miúdas, por grossas. E grosseiras, por miudinhas.
É verdade que ao saber se me ajuntam, por igual, boas coisas, factos bons de boa gente – mas essas e esses e esta valem menos às crónicas no plano capitoso, tanto no da retórica como no da leitura.
Parece que a partir desta quinta-feira aqui nos reencontramos. Eu deste lado, de onde, deveras e de facto, nunca saí senão geograficamente; e Vós desse, que é o de Pombal, essa castelã “charneira” de certo poder local com “h” a seguir ao “p”.
Por ser esta a primeira crónica do nosso reencontro (não, infelizmente, em papel de jornal mas em modernaço espaço internáutico, aproveitando a boleia e a caridade anfitriã das Farpas Pombalinas), sinto a necessidade de deixar alguns avisos a Vós e à navegação. Estes aqui:

1 - Escrever-vos-ei com a ortografia que aprendi, cursei, venero e pratico sem fadiga nem cedência. Recuso o abortês acordográfico do infame “simplex” em má hora herdado. Se, por absurdo ou masoquismo, ou por impura ignorância, eu Vos escrevesse como agora se desescreve, não Vos pareceria eu assim uma espécie de Joaquim Branco a falar ou, pior, o já quase extinto Dinossauro de ali perto da Ranha a assimilar uma crítica construtiva em legítima sede pública de assembleia? Pareceria.

2 – Não tecerei nem considerações nem desconsiderações sobre essa espécie de Twilight Zone a que chamamos Sporting. (NB: nem sobre o de Alvalade, nem sobre o nosso de Pombal.) Esta nossa é uma terra esmagadoramente verde-branca, à excepção de alguns dois ou três infelizes que fazem das tripas (tripeiras) coração e de uma pouca dúzia e meia de gente séria (como por exemplo eu) que assimila por Benfica a verdade sinonímia da Grei Lusitana.

3 – Por 500 paus dos antigos (meros €2,5 dos modernos), tergiversarei aqui, a pedido pagante de alguém interesseiro e interessado, sobre qualquer tema. (Menos o Sporting.) Se tiver o texto a pedido de meter insultos os mais soezes & mais duradouros, daqueles que doem até na bílis, digamos, narcísica, então a coisa terá de ser paga, ao negro e por debaixo da mesa, a 750 paus (em euros, “é só fazer as contas”, para citar o inefável Guterres, que anda lá fora a fazer de bonzinho à guisa de Madre Teresa de Calcutá.

4 e Última – Encontramo-nos depois

a) na Cervejália
ou
b) em tribunal.

Saudações viperinas do

Daniel Abrunheiro

12 comentários:

  1. Amigo e companheiro Daniel Abrunheiro, bom dia.
    Estás atrasado pelo menos 4 minutos (ver o meu comentário no teu post).
    Quatro minutos que são determinantes para o "pula e avança" do País.
    Fico triste!

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  2. Não sendo muito letrado, gosto especialmente do "h" a seguir ao "p".
    Respeitante ao nº. 4, pode ser na alínea a), já que não é possível no Cabaça e Meia.

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  3. Bom dia
    Pessoas de bem resolvem sempre os seus assuntos pela alínea a) .
    Com esta qualidade literária O Farpas está mais rico, são textos para ler e reler, quanta à bílis, ela que exerça a função, será mais uma diarreia cerebral, ou não!

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  4. Daniel, ler os teus textos pela manhã, fazem com que o dia seja mais descontraido e positivo. Nunca deixes de nos fazer sorrir

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  5. Sois todos gentilíssimos. Vou fazer por ler tudo o que aqui sai, em textos e comentários, pagando com um texto semanal que espero seja sempre de partilha, mesmo que em discordância. É tempo de falarmos. É sempre tempo de falarmos. Abraços amigos do
    DA.

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  6. Daniel,
    Sobre o ponto 4:
    Infelizmente aposto mais a opção “b”. Se o nosso amigo Rodrigues Marques tivesse sido o escolhido (e merecia-o!, pelo que trabalhou) estou certo que tudo se resolveria na Cervejália ou no Paulo (ele puxa mais para lá), e estou ainda mais certo que acabaríamos todos alcoólicos…
    Com os outros a hipótese “a” é, logo à partida, impossível.
    Boas,
    AM

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  7. Bom dia, Adelino. Quero crer que a hipótese b) não se concretizará. A a) pode ser em qualquer lado. Em Albergaria dos Doze, por exemplo, para a tal caracolada com que o nosso Amigo Man'el Rodrigues Marques se propõe, parece-me, re-evangelizar o Zé Gomes Fernandes.

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  8. Boa tarde!
    Ó Daniel re-evangelizar o Zé Gomes Fernandes? Ortodoxo já ele é até à medula!

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  9. Não joaquimbranquizarás as tuas palavras, estou certo. Nem as tuas ideias (perdoa-me o paradoxo). Vejo em ti um leão que o é sem o pretender ser. Como o bom homem que também é muçulmano, budista, cristão ou pagão. Plenamente. Chamo-te mentiroso? Não, chamo-te heterodoxo. É mais ou menos a mesma porra, mas soa melhor. Bem aparecido sejas, amigo. É(s) um gosto!

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