20 de julho de 2020

A cultura de 'picar o ponto'



Ao longo do dia de hoje a RTP está dedicada ao distrito de Leiria, a propósito do concurso "7 maravilhas da cultura popular". E mais uma vez Pombal fica de fora. Porquê? Porque se ficou, de novo, por "picar o ponto": levou a concurso a lenda de Al Pal-Omar (que à partida não teria qualquer hipótese, está bem de ver) e a arte do bracejo da Ilha, além do capacho, ícone maior desse artesanato. Alguém nos explique, por obséquio, por que razão não candidatámos a lenda do Bodo?
Mas o empenho do município foi tanto que nenhuma das candidaturas foi contemplada. Custa a crer que não tenham sido envolvidos nessa candidatura os rapazes e raparigas da ARCUPS, aqueles que melhor sabem promover o bracejo e as capacheiras. 
Assim, ficamos a assistir pela tv à promoção dos outros municípios: Porto de Mós (muros de pedra seca), Batalha (procissão dos caracóis no Reguengo do Fétal)), Peniche (Renda de Bilros e procissão nocturna de Nossa Senhora da Boa Viagem), Marinha Grande (artesanato em vidro e arte xávega da praia da Vieira) e Leiria (enterro do Bacalhau no Soutocico ).
Temos esta tendência natural para servir de capacho. E para nos empenharmos pouco. Depois venham dizer-nos que Pombal é cultura, que é isto e aquilo. É uma maravilha, sim, mas é para meia dúzia que lhe usa o nome no currículo e se está nas tintas para o concelho e para o povo. 

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