O canto do cisne é uma crença antiga de que o cisne branco é completamente mudo durante toda a vida mas pode cantar uma bela e triste canção imediatamente antes de morrer. Sabe-se há muito tempo que a crença é falsa – os cisnes brancos não são mudos e não cantam antes de morrer.
Todos sabemos que D. Diogo ouve bem, tem boa memória, e canta ainda melhor. Que tem um discurso politicamente construído, ideológico, mesmo na forma como introduz a tecnicidade, cheio de elementos significantes (a ordem, a fé, o elitismo, etc.), que usa uma retórica vigorosa, habilidosa, muitas vezes falsa, sem materialidade, ora cortês ora agressiva, não como instrumento de persuasão mas de manipulação da opinião pública e dos seus opositores. O seu problema esteve sempre na dose, foi a dose que o matou.
Ontem, nas reuniões do executivo e da AM, D. Diogo exercitou o seu discurso de despedida, um verdadeira representação do canto do cisne, repleto de ironia e sarcasmo, virilidade e altivez, verbosidade e impudência, pretensiosismo e vaidade, digno de quem se considera “o eleito” - ainda não caiu na real.
Sem comentários:
Enviar um comentário
O comentário que vai submeter será moderado (rejeitado ou aceite na integra), tão breve quanto possível, por um dos administradores.
Se o comentário não abordar a temática do post ou o fizer de forma injuriosa ou difamatória não será publicado. Neste caso, aconselhamo-lo a corrigir o conteúdo ou a linguagem.
Bons comentários.