O “Presidente da Junta” – doutor Pimpão - reuniu a “junta” para acordarem a atribuição de medalhas no Dia do Município. Não vale a pena aqui relatar como decorreram as reuniões - preparatória e decisória - porque há algo de muito mais risível para contar. Deixo só uma nota: aquilo já está abaixo do nível de “reunião da junta” - já está ao nível de “reunião da comissão de festas”, com o ajudante a dar bitaites e a participar nas decisões.
Perante este delírio colectivo, onde a toleima é tanta que faz rir pelo cómico e chorar pelo trágico, só nos resta que D. Diogo tenha um mínimo de decoro, de memória e de dignidade, e que não aceite tão hipócrita homenagem, que em vez de o engrandecer, o diminui, e zomba dos seus concidadãos.
Perante tamanha hipocrisia, já nem falo do mérito do homenageado ou da falta dele, nem dos seus actos e medidas mais polémicas; relembro tão só todo o processo de afastamento de D. Diogo, e o mínimo de decoro e de nojo que deve existir nestas circunstâncias. Só nos filmes infantis é que o carrasco se reconcilia com vítima com esta ainda a sangrar da estocada. Por isso, esta (proposta de) medalha tem tanto hipócrita como de infantil e patético.
É conhecida a correlação entre o risível e o patético e a felicidade (tola), mas na vida pública convém não ultrapassar certos limites.
O farpas quer é uma medalha.
ResponderEliminarTalvez o novo pelouro lhe dê tal felicidade.
Imaginem que Diogo Mateus, que saiu pela porta dos fundos, resolve rejeitar? Como fica a felicidade daquela gente? Os Vereadores que se representam a eles próprios, votaram a favor? Afinal para o PS Diogo foi um bom Presidente? Com gente desta a frente do meu partido, Pombal está entregue aos bichos.
ResponderEliminarAntes bichos que bichas.
EliminarApesar de ser já tradição agraciar os ex presidentes de câmara com esta distinção e a ser verdade o que aqui o Farpas afirma, julgo que seria mais prudente agraciar DM num período um pouco mais distante, porque por agora ainda estão abertas as feridas do processo de substituição recente.
ResponderEliminarPor vezes há tradições que devem ser interrompidas ou adiadas a bem de uma maior pacificação.
Se o executivo decidiu está decidido e, embora eu tenha a opinião que já dei, também não considero que seja assim tão grande hipocrisia nem maior mal vem ao mundo porque, afinal cumpre-se a tradição.
Obvio que há sempre o risco de DM declinar a honraria, o que viria confirmar os receios da tempestividade da decisão.
Não vejo essa tradição, mas enfim...
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